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História CHB e Deuses lendo Percy Jackson- Livro 1 - A profecia cumpre-se-parte -parte 2


Escrita por: igobyR

Notas do Autor


Não vos vou roubar tempo a ler isto
Passem logo para a história 🙃

Capítulo 48 - A profecia cumpre-se-parte -parte 2


Pouco a pouco a rapariga ruiva viu as expressões do seu público transformarem-se.O que eram dantes expressões de surpresa passaram a indignação e zangadas.Os colegas de Luke e alguns dos seus amigos ostentavam expressões traídas,Grover apenas comia uma lata nervosamente.Poseiodn abrira a boca tal como Apolo e Ares,mesmo o deus da guerra não acreditava.Zeus tinha os olhos arregalados e as deusas trocaram olhares de desaprovação.Afrodite via-se ao espelho.Dionisio e Quiron suspira.
Annabeth tirara as mãos da boca,mas não queria acreditar.

- Não, não é possível,Luke...Por favor diz-me que...

- Desculpa-disse o loiro - Desculpem.Mas isto não dá para mim.Nunca deu.Nunca tive o amor de um pai presente,nunca tive o amor de uma mãe,sempre estive sozinho.

Apesar de ninguém ter entendido a parte da mãe, estavam todos demasiado focados no que havia acontecido para se preocuparem.

- Isso não é verdade Luke-Quiron disse-Somos uma família,tens amigos ..

- Não-interrompeu.- Os amigos não servem de nada,na realidade estamos sempre sozinhos.Desculpem,eu não pude recusar. Ja o andava a planear á algum tempo.E não me arrependo.

Annabeth desmanchou-se em lágrimas e Percy pôs-lhe o braço em volta dos ombros numa tentativa de a consolar,sentiu arrepios pelo corpo quando a rapariga afundou a sua cara no peito do moreno,chorando.

- SEU CRETINO!-Alguns dos filhos de Ares levantaram-se e Clarisse do futuro saiu de perto da amiga pondo-o á frente de Luke.Percy não conseguia olhar para os olhos do loiro.Tanto odeio que lá estava contido...

- Não! Ninguém julga ninguém até acabarmos.- disse Rachel autoritariamente.

- Mas já estamos quase a acabar,como se ele fosse melhorar alguma coisa até ao fim.Um traidor é o que ele é!-gritou um filho de Ares

- Devíamos assa-lo vivo!-gritou outro.

Num instante todos gritavam algo do chalé de Ares e Rachel tentava falar por cima de todos.
Zeus,vendo a rapariga a tentar falar fez um trovão ribombou no céu,o que calou todos.
Rachel sorriu ao deus é disse alto.

- Ninguém justa ninguém,sentem-se.

Contrariado e a resmungar,os filhos de Ares foram-se sentando,se bem que alguns do o fizeram quando Clarisse do futuro desembainhou a espada.

O ambiente ficou pesado.

- Você - disse eu.
Ele se levantou calmamente e sacudiu o pó dos seus jeans.
O escorpião não lhe deu atenção. Seus olhos pequenos e brilhantes continuavam fixos em mim, apertando as pinças enquanto se arrastava para cima do meu sapato.
- Eu vi muita coisa lá fora no mundo, Percy - disse Luke. - Você não sentiu... a escuridão se
acumulando, os monstros ficando mais fortes? Não percebeu como tudo é inútil? Todos os feitos
heróicos... Nós não passamos de peões dos deuses. Eles já deviam ter sido derrubados há milhares
de anos, mas persistem, graças a nós, meios-sangues.

Zeus respirou fundo,tentando não mostrar o quando assustado estava com a guerra que viria.Uma semana antes a coisa mais grave que poderia acontecer era o céu é o mar entrarem em guerra,mas agora.Agora tudo mudava.

Eu não podia acreditar no que estava acontecendo.
- Luke... você está falando dos nossos pais - disse eu.
Ele riu.
- E por isso eu preciso amá-los? A sua preciosa "civilização ocidental" é uma doença, Percy. Ela
está matando o mundo. O único meio de detê-la é queimá-la completamente e começar tudo de
novo com algo mais honesto.
- Você é tão louco quanto Ares.
Seus olhos flamejaram.
- Ares é um tolo. Ele nunca percebeu quem é o verdadeiro mestre a quem está servindo. Se eu
tivesse tempo, Percy, poderia explicar. Mas infelizmente você não vai viver tanto.

De tão revoltado que estava,Ares nem se lembrou de reclamar por lhe ter chamado tolo.

O escorpião se arrastou para cima da perna das minhas calças.
Tinha de haver um meio de sair dessa. Eu precisava de tempo para pensar.
- Cronos - disse eu. - É a ele que você serve. O ar ficou mais frio.
- Você devia ter cuidado com nomes - avisou Luke.
- Cronos fez você roubar o raio-mestre e o elmo. Ele falou com você nos seus sonhos.
O olho de Luke se contraiu.
- Ele falou com você também, Percy. Devia ter ouvido.
- Ele está fazendo uma lavagem cerebral em você, Luke.

Annabeth soluçou,ainda agarrada a Percy.

- Você está errado. Ele me mostrou que os meus talentos estão sendo desperdiçados. Você sabe
qual foi a minha missão dois anos atrás, Percy? Meu pai, Hermes, queria que eu roubasse um
pomo de ouro do jardim das Hespérides e o levasse ao Olimpo. Depois de todo o treinamento que
fiz, aquilo foi o melhor em que ele pôde pensar.
- Essa não é uma missão fácil - disse eu. - Hércules fez isso.
- Exatamente - disse Luke. - Onde está a glória em repetir o que outros já fizeram? Tudo o que
os deuses sabem fazer é repetir o passado. Meu coração não estava naquilo. O dragão do jardim
me deu isto - ele apontou para a cicatriz -, e quando voltei, tudo o que ganhei foi piedade. Eu
queria destruir o Olimpo pedra por pedra naquele momento, mas esperei pelo momento certo.
Comecei a sonhar com Cronos. Ele me convenceu a roubar alguma coisa que valesse a pena, algo
que nenhum herói jamais tivera a coragem de pegar. Quando fomos naquela excursão do solstício
de inverno, enquanto os outros campistas dormiam, entrei furtivamente na sala do trono e peguei o
raio-mestre de Zeus bem em cima da cadeira dele. O elmo das trevas de Hades também.

Os deuses mantinham expressões espantadas,e todos os heróis travavam lutas internas.
Aquele era Luke.O rapaz que muitos havia conhecido a vida toda.

Você não tem idéia como foi fácil. Os olimpianos são tão arrogantes; eles nunca nem sonharam
que alguém se atrevesse a roubá-los. A segurança deles é horrível. Eu já estava a meio caminho
através de New Jersey antes de ouvir as tempestades troando, e soube que eles tinham descoberto
o meu roubo.
O escorpião agora estava parado no meu joelho, me olhando com seus olhos brilhantes. Tentei
manter a voz no mesmo nível.

Percy quase não pensava no facto de estar quase a morrer,nem de ter a rapariga abraçada a si.
O choque era demasiado grande.

- Então por que não levou os objetos para Cronos?
O sorriso de Luke vacilou.
Eu... eu fiquei confiante demais. Zeus mandou seus filhos e filhas para encontrar o raio
roubado: Ártemis, Apoio, meu pai, Hermes. Mas foi Ares quem me pegou. Eu podia tê-lo vencido,
mas não fui bastante cuidadoso. Ele me desarmou, tomou de mim os objetos de poder, ameaçou
devolvê-los ao Olimpo e me queimar vivo. Então a voz de Cronos veio a mim e me falou o que
dizer. Pus na cabeça de Ares a idéia de uma grande guerra entre os deuses. Disse que tudo o que
ele teria de fazer seria esconder os objetos por algum tempo e ficar assistindo enquanto os outros
lutavam. Um brilho perverso surgiu nos olhos de Ares.
Eu sabia que ele estava fisgado. Ele me deixou ir, e eu voltei ao Olimpo antes que alguém
notasse a minha ausência. - Luke sacou a sua nova espada. Ele correu o polegar pela parte
achatada da lâmina, como se estivesse hipnotizado por sua beleza. - Depois, o Senhor dos Titãs...
e-ele me castigou com pesadelos. Eu jurei não falhar outra vez. De volta ao Acampamento Meio-
Sangue, em meus sonhos, me foi dito que um segundo herói chegaria, um que poderia ser
enganado para levar o raio e o elmo o resto do caminho, de Ares até o Tártaro.

- Já sabias?-Zeus perguntou

O rapaz abanou a cabeça afirmativamente
- Há muito tempo.

- Você convocou o cão infernal aquela noite na floresta.
- Tínhamos de fazer Quíron pensar que o acampamento não era seguro para você, e assim ele
iria dar início à sua missão. Tínhamos de confirmar seus temores de que Hades estava atrás de
você. E
funcionou.
- Os tênis voadores estavam amaldiçoados - disse eu.
- Eles deveriam me arrastar com a mochila para dentro do Tártaro.

Annabeth levantou a cabeça olhando Luke e desta vez Percy viu algo deferente nos seus olhos.Ja não era só descrença,era angústia,era dor.
Abraçou-a com mais força e a rapariga deixou-se desaparecer nos seus braços.

- E teriam, se você os estivesse usando. Mas você os deu ao sátiro, o que não era parte do plano.
Grover bagunça tudo o que ele toca. Confundiu até a maldição.

- Muito obrigada- disse Grover como se estivesse realmente a ser elogiado,com uma pontada de ironia que quase não se notava na voz.

Luke baixou os olhos para o escorpião, que estava agora parado na minha coxa.
- Você devia ter morrido no Tártaro, Percy. Mas não se preocupe. Vou deixá-lo com o meu
pequeno amigo para corrigir as coisas.
- Thalia deu a vida dela para salvá-lo - disse eu rangendo os dentes. - E é assim que você
retribui?

Zeus arregalou os olhos ao se dar conta de que era realmente verdade.A sua filha havia dado a vida para que aquele rapaz traidor pudesse viver.
Poseidon reparou na expressão do irmão e pôs-lhe a mão no ombro ,mantendo-o mais calmo.

- Não fale de Thalia! - berrou ele. - Os deuses a deixaram morrer! Essa é uma das muitas coisas
pelas quais eles pagarão.
- Você está sendo usado, Luke. Você e Ares, os dois. Não dê ouvidos a Cronos.
- Eu estou sendo usado? - A voz de Luke ficou estridente.
- Olhe para você mesmo. O que o seu pai já fez por você? Cronos se erguerá. Você apenas
retardou os seus planos. Ele irá lançar os olimpianos no Tártaro e mandará a humanidade de volta
para as cavernas.
Todos menos os mais fortes; aqueles que o servem.
- Chame de volta o seu bicho rastejante - disse eu. - Se você é tão forte, lute comigo você
mesmo.
Luke sorriu.
- Boa tentativa, Percy. Mas eu não sou Ares. Você não pode me engabelar. Meu senhor está
esperando, e ele tem muitas missões para mim.
- Luke...
-Adeus, Percy. Uma nova Idade do Ouro está chegando. Você não será parte dela.

O silêncio voltou a reinar ali.

Ele traçou um arco com a espada e desapareceu numa onda de escuridão.
O escorpião deu o bote.
Eu o joguei de lado com a mão e destampei a espada. A coisa pulou em cima de mim e eu a
cortei ao meio no ar.
Estava a ponto de me congratular quando olhei para a minha mão. Na palma havia um enorme
vergão vermelho, que destilava uma secreção amarela e fumegante. A coisa me pegara, afinal.

Annabeth sem reparar,apertou mais o abraço do rapaz,que ouvia a história demasiado concentrado para se envergonhar.Nem Athena reclamou.

Meus ouvidos latejavam. Minha visão ficou embaçada. A água, pensei. Ela já me curara antes.
Cambaleei até o regato e mergulhei a mão, mas nada pareceu acontecer. O veneno era forte
demais.
Minha visão estava escurecendo. Eu mal conseguia ficar em pé.
Sessenta segundos, Luke me dissera.
Eu tinha de voltar ao acampamento. Se desmaiasse aqui, meu corpo seria o jantar de algum
monstro.
Ninguém jamais saberia o que aconteceu.
Minhas pernas pareciam feitas de chumbo. Minha testa queimava. Fui cambaleando até o
acampamento, e as ninfas despertaram de suas árvores.
- Socorro - grasnei. - Por favor...
Duas delas seguraram os meus braços e me puxaram para frente. Lembro-me de chegar até a
clareira, de um conselheiro gritando por ajuda, de um centauro tocando uma trombeta de concha.
Então tudo escureceu.
• • •
Acordei com um canudinho na boca. Estava bebendo alguma coisa que tinha gosto de biscoitos
de flocos de chocolate líquidos. Néctar.
Abri os olhos.
Estava reclinado na cama no quarto de doentes da Casa Grande, a mão direita enfaixada como
um pedaço de pau. Argos montava guarda no canto. Annabeth estava sentada ao meu lado,
segurando o copo de néctar e enxugando a minha testa com uma toalha.

Os dois largaram o abraço,meio envergonhados,mas mantiveram-se ombro com ombro.

- Aqui estamos nós outra vez - disse eu.
- Seu idiota - disse Annabeth, e foi como eu percebi que ela estava radiante por me ver
consciente. - Você estava verde e ficando cinzento quando o encontramos. Se não fosse o
tratamento de Quíron...
- Vamos, vamos - disse a voz de Quíron. - A constituição de Percy merece parte do crédito.
Ele estava sentado perto do pé da minha cama em forma humana, e foi por isso que eu não o
notara antes. Sua parte inferior estava magicamente compactada na cadeira de rodas, e a parte
superior usava casaco e gravata. Ele sorriu, mas seu rosto parecia cansado e pálido, como quando
passava a noite em claro corrigindo provas de latim.
- Como está se sentindo? - perguntou.
- Como se as minhas entranhas tivessem sido congeladas e depois assadas no microondas.
- Apropriado, considerando que foi veneno de escorpião das profundezas. Agora você tem de
me contar, se puder, exatamente o que aconteceu.
Entre goles de néctar, contei-lhes a história.
O quarto ficou em silêncio por um longo tempo.
- Eu não posso acreditar que Luke... - A voz de Annabeth vacilou. Sua expressão ficou zangada
e triste. -
Sim. Sim, eu posso acreditar. Que os deuses o amaldiçoem... Ele nunca mais foi o mesmo depois da sua missão.

Annabeth baixou a cabeça.

- É verdade...

- Isso deve ser relatado ao Olimpo - murmurou Quíron.
- Irei imediatamente.
- Luke está lá fora agora - disse eu. - Preciso ir atrás dele.
Quíron sacudiu a cabeça.
- Não, Percy. Os deuses...
- Nem mesmo falam sobre Cronos - disparei. - Zeus declarou o assunto encerrado!
- Percy, eu sei que é difícil. Mas você não deve correr atrás de vingança. Você não está
preparado.
Eu não gostei, mas parte de mim suspeitava que Quíron estava certo. Bastava uma olhada para a
minha mão e dava para ver que não haveria lutas de espada tão cedo.
- Quíron... a sua profecia do Oráculo... era sobre Cronos, não era? Eu estava nela? E Annabeth?
Quíron olhou nervosamente para o teto.
- Percy, não cabe a mim...
- Você recebeu ordens de não falar comigo sobre isso, não foi?
Seus olhos eram solidários, mas tristes.

Os deuses encararam Quiron intensamente,especialmente os Grandes irmãos.

- Você será um grande herói, criança. Darei o melhor de mim para prepará-lo. Mas se estou
certo quanto ao caminho à sua frente... - O trovão ribombou acima, chacoalhando as janelas.
- Está certo! - gritou Quíron. - Perfeito! - Ele suspirou com frustração. - Os deuses têm suas
razões, Percy.
Saber demais sobre o próprio futuro nunca é uma boa coisa.

- Neste momento,nem nós sabemos-disse Zeus sombrio.

- Não podemos simplesmente ficar sentados sem fazer nada - disse eu.
- Nós não vamos ficar sentados - prometeu Quíron. - Mas você precisa ter cuidado. Cronos quer
que você seja destruído. Ele quer a sua vida interrompida, os seus pensamentos obscureci-dos por
medo e raiva.
Não dê a ele o que ele quer. Treine pacientemente. O seu momento chegará.
- Presumindo que eu esteja vivo até lá.
Quíron pousou a mão no meu tornozelo.
- Você terá de confiar em mim, Percy. Você viverá. Mas primeiro precisa decidir seu caminho
para o próximo ano. Não posso dizer a você qual é a escolha certa... - Tive a impressão de que ele
tinha uma opinião muito bem definida, e estava usando toda a sua força de vontade para não me
aconselhar. - Mas você precisa decidir se vai ficar no Acampamento Meio-Sangue o ano inteiro,
ou se vai voltar ao mundo mortal para a sétima série e ser um campista de verão. Pense nisso.
Quando eu voltar do Olimpo, você terá de me contar a sua decisão.
Eu quis protestar. Quis lhe fazer mais perguntas. Mas sua expressão me disse que não haveria
mais discussão; ele já dissera tudo o que podia.
- Estarei de volta assim que puder - prometeu Quíron.
- Argos o protegerá.
Ele lançou um olhar para Annabeth.
- Ah, e minha querida... quando estiver pronta, eles estão aqui.
- Quem está aqui? - perguntei.
Ninguém respondeu.
Quíron rodou para fora do quarto. Ouvi o som metálico abafado das rodas da sua cadeira
descendo cautelosamente os degraus da frente, dois de cada vez.
Annabeth estudou o gelo na minha bebida.
- O que está errado? - perguntei a ela.
- Nada. - Ela pôs o copo sobre a mesa. - Eu... apenas aceitei o seu conselho sobre algo. Você...
ahn...
precisa de alguma coisa?
- Sim. Ajude-me a levantar. Quero ir para fora.
- Percy, não é uma boa idéia.
Arrastei as pernas para fora da cama. Annabeth me agarrou antes que eu desabasse no chão.

Percy corou e Annabeth riu-se sem grande humor.

Uma onda de náusea me acometeu.
Annabeth disse:
- Eu falei...
- Estou ótimo - insisti. Eu não queria ficar deitado na cama como um inválido enquanto Luke
estava lá fora planejando destruir o mundo ocidental.
Consegui dar um passo para a frente. Depois outro, ainda me apoiando pesadamente em
Annabeth.
Argos nos seguiu para fora, mas manteve distância.
Quando chegamos à varanda, meu rosto estava molhado de suor. Meu estômago se contorcia em
nós.
Mas eu conseguira ir até a cerca.
Estava anoitecendo. O acampamento parecia completamente deserto. Os chalés estavam escuros
e a quadra de vôlei, silenciosa. Nenhuma canoa cortava a superfície do lago. Além dos bosques e
dos campos de morangos, o estreito de Long Island brilhava com os últimos raios do sol.
- O que você vai fazer? - perguntou-me Annabeth.
- Eu não sei.
Disse a ela que tinha a sensação de que Quíron queria que eu ficasse o ano inteiro, para ter mais
tempo de treinamento individual, mas eu não tinha certeza de que era isso o que queria. Porém
admiti que me sentia mal por deixá-la sozinha, com Clarisse por companhia...
Annabeth apertou os lábios e então disse baixinho: - Eu vou passar o ano em casa, Percy. Eu
olhei para ela.

A boca da loira abriu-se.

- Você quer dizer, com o seu pai?
Ela apontou para o cume da Colina Meio-Sangue. Junto ao pinheiro de Thalia, bem no limite
das fronteiras mágicas do acampamento, havia uma família em silhueta - duas crianças pequenas,
uma mulher e um homem alto de cabelos loiros. Pareciam estar aguardando. O homem segurava
uma mochila parecida com a que Annabeth pegara no Parque Aquático em Denver.
- Eu escrevi uma carta para ele quando voltamos - disse Annabeth. - Como você sugeriu. Eu
disse a ele...
que sentia muito. Que iria para casa passar o ano escolar se ele ainda me quisesse. Ele
respondeu na mesma hora. Nós decidimos... que íamos tentar de novo.
- Foi preciso coragem para isso.
Ela apertou os lábios.
- Você não vai tentar nada de estúpido durante o ano escolar, vai? Pelo menos... não sem me
mandar uma mensagem de íris?

Afrodite sorriu.

Consegui sorrir.
- Não vou procurar encrenca. Normalmente eu não preciso.
- Quando eu voltar no próximo verão - disse ela -, vamos caçar Luke. Vou pedir uma missão,
mas se não tivermos aprovação, vamos sair escondidos e fazer isso do mesmo jeito. De acordo?
Parece um plano digno de Atena.
Ela estendeu a mão. Eu a apertei.
- Cuide-se, Cabeça de Alga - disse Annabeth. - Mantenha os olhos abertos.

Os dois encararam-se e está vez, até Zeus deu um sorrisinho.

- Você também, Sabidinha.
Fiquei olhando enquanto ela subia a colina para se juntar à família. Ela deu um abraço meio
sem jeito no pai e olhou para o vale atrás dela uma última vez. Tocou o pinheiro de Thalia e então
se deixou levar por cima do cume e para dentro do mundo mortal.
Pela primeira vez no acampamento, me senti verdadeiramente só. Olhei para o estreito de Long
Island e me lembrei do meu pai dizendo: O mar não gosta de ser contido.

Poseidon conseguiu soltara um riso baixo,por cima do ainda presente choque.

Tomei minha decisão.
Fiquei pensando: se Poseidon estivesse vendo, ele aprovaria a minha escolha?
Estarei de volta no próximo verão - prometi a ele. - Sobreviverei até lá. Afinal, eu sou seu filho.

O rio borbulhou.

- Pedi a Argos para me levar até o chalé 3, para eu arrumar as minhas coisas antes de ir para casa.

Rachel fechou o livro é um estalido ecuou por todo o campo,atravessando planícies campos e chalés,como se algo poderoso se tivesse fechado na vida de cada um naquele campo.

É assim,uma luz azul apareceu no centro do anfiteatro, brilhante e a emanar poder.


Notas Finais


💥💥💥


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