1. Spirit Fanfics >
  2. CHB e Deuses lendo Percy Jackson- Livro 1 >
  3. Três velhas senhoras tricotam as meias da morte/parte 2

História CHB e Deuses lendo Percy Jackson- Livro 1 - Três velhas senhoras tricotam as meias da morte/parte 2


Escrita por: igobyR

Notas do Autor


E assim acaba o segundo capítulo do primeiro livro do nosso herói favorito.Sai mais amanhã.

Capítulo 5 - Três velhas senhoras tricotam as meias da morte/parte 2


No dia seguinte,quando estava a sair da prova de latim de três horas,

- Três horas?!-Exclamou um dos filhos de Afrodite

O senhor Brunner chamou-me de volta.Por um momento fiquei preocupando,a achar que ele tinha descoberto sobre a noite anterior ,mas não parecia esse o motivo.

-Percy-disse ele-Nao fique desanimado por deixar Yancy, é.... é para o teu próprio bem.

O seu tom era gentil,mas mesmo assim as suas palavras bateram bem no fundo.

-Sim senhor-murmurei

-Quer dizer-o senhor Brunner andou para trás e para a frente com a cadeira,como se não tivesse total certeza do que dizer.-Esta não é o lugar certo para ti.

Era só uma questão de tempo.Ali estava o meu professor favorito,na frente da turma,a dizer que eu não era capaz.

- não era isso que eu queria dizer,Percy-Quiron disse,meio envergonhado

-Eu sei Quiron-Percy sorriu

-Tu também não és nada dramático-Clarrisse revirou os olhos irónica

- Certo- disse eu a tremer

-Ahm não,bolas.O que eu estava a tentar dizer....Percy,tu não és normal e...

-Obrigada-o por me lembrar,senhor

-Não Percy , não é nada disso...Percy!

Mas eu já tinha ido.
No último dia de aulas infiei tudo na mala.Os outros rapazes estavam a falar sobre o que iam fazer nas férias.Um cruzeiro de um mês pelas Caraíbas,trilhas na Suiça...Eles eram delinquentes como eu,mas era delinquentes ricos.
Perguntaram me o que eu ia fazer no verão,respondi que voltaria para a cidade.Um deles disse" Ah,fixe" e voltaram a ignorar-nos como se eu não existisse.
A única pessoa de quem tinha medo de me despedir era de Grover.Mas como ele comprou passagem no mesmo autocarro que eu para Manhattan isso não foi necessário.
Durante toda a viagem de autocarro,Grover olhava nervoso para o corredor,observando detalhadamente cada passageiro.Ocorreu-me que ele sempre água desta maneira quando saímos de Yancy,pensava que era por medo de que alguém se metesse com ele,mas no autocarro ninguém o faria.
Por fim decidi perguntar.
-Á procura de fúrias?Grover quase pulou do assento.

A maior parte riu.

-Juro pela minha vida que quase morri ali de ataque cardíaco-Grover já mastigava outra lata e ficou a olhar para o vazio como que a lembras-te do susto que apanhara.

- O que...o que você quer dizer?
Acabei por confessar ter ouvido a conversa na noite antes das provas.
O olho de Grover estremeceu.

-E...quanto ouviste?

-Não muito.O que é o prazo do solstício de verão?Ele esquivou-se.

-Olha Percy,eu só estava preocupado contigo.A ter alucinações demoníacas com professoras de matemática que nunca existiram? Eu só estava a dizer ao Senhor Brunner que...

-Grover,tu mentes muito mal,mesmo.

Luke caiu na gargalhada.

Grover ficou cor de rosa.Do bolso do seu casaco tirou um cartão de visista.

-Fica com isto.Para o caso de precisares de mim este verão.

O cartão tinha uma letra floreada,o que foi um terror para os meus olhos disléxicos,mas por fim, lá consegui ler.

-O que é a copinha Meio..

-Shiuuuu! Não fale alto-ganiu-É o meu,hum ,o meu endereço de verão.

O meu coração desabou.Grover tinha uma casa de verão.

-Certo-falei amuado.

-Se você precisar de mim...

-E porquê é que eu precisaria de você?Saiu bem mais rude do que eu queria.

Grover ficou todo vermelho

-Percy,a verdade é que eu tenho,de certa forma,de proteger-te.

Olhei fixamente para o nada lembrando de todas as vezes que eu tinha armado brigas para manter os rufias longe dele,todas as noites que havia ficado acordados a pensar no que seria dele quando eu saísse da escola,e ele agora a dizer-me que ele é que me tinha de proteger.

-Grover...de que ,exatamente é que me estás a proteger?
O barulho de algo a partir fez se ouvir debaixo dos nossos pés,e dois segundos depois o cheiro de um ovo podre invadiu o autocarro.O motorista praguejou e levou o autocarro até á beira da estrada.Deposi de alguns minutos a fazer sons metálicos no compartimento do motor,avisou que teríamos de descer.
Estávamos numa estrada rural,no meio do nada.Daquelaz que nunca eram notadas.Do nosso lado haviam apenas caixotes do lixo cheios como se não o viessem recolher há meses,mas do outro lado havia uma banca de frutas como as de antigamente.As coisas á venda pareciam realmente​ boas as não havia fregueses.
Só três velhas senhoras sentadas a tricotar o maior para de meias que eu já havia visto na minha vida.

- Oh não-gemeu Apolo olhando para o rapaz com certa pena

Quer dizer,as meias eram do tamanho de sweats,mas eram obviamente meias.A senhora da direita tricotada um,a da esquerda outra é a do meio segurava um enorme cesto de lã azul brilhante.As três mulheres pareciam muito velhas,com o rosto pálido e enrugado como fruta seca,cabelos prateados apanhados para trás e cobertos na sua maior parte por lenços, braços ossudos espetados para fora dos vestidos algodão pálidos.
Encarei Grover para comentar algo com ele e vi que o seu nariz tremia.

-Grover?Ei,mano...

-Por favor diz-me que elas não estão a olhar para ti.

-Estão,sim.Estranho não é?Achas que aquelas meias me serviam?

-Não tem graça Não tem graça nenhuma.

A velha do meio pegou numa tesoura longa e dourada.Ouvi Grover arfar.

-Vamos entrar Percy!

-O quê? Lá dentro está um calor do caraças!

-Vem!

Ele forçou a porta e subiu,mas eu fiquei em baixo.
As três olhavam diretamente para mim.A velha do meio cortou o fim de lã,e posso jurar que ouvi aquele ruído cruzar as quatro pistas de trânsito.

Zeus parou de ler uns segundos,tentando recuperar do pequeno choque e mais uma vez olhou pelo canto do olho para o seu irmão.

Lá atrás,o motorista arrancou alguma peça do autocarro fumegante e os passageiros comemoraram,entrando todos de novo.
Quando retomamos o caminho sentia-o como se tivesse apanhado uma gripe,e Grover não parecia muito melhor.

-Percy,o que viste lá atrás?

- O quê? as velhas?- ele assentiu- A do meio cortou o fio.

Grover fez um sinal com as mãos,como uma cruz,mas algo mais...antigo.

-Viste-a mesmo cortar o fio?

-Sim.E daí?
Mas mesmo a dizer isso,eu já sabia que era algo importante.

-Isto não está a acontecer... Não quero que seja como dá última vez-murmurou mordendo o dedo.

Que última vez?

-Sempre no sexto ano,nunca passam do sexto ano.

-Grover-começou a ficar assustado-do que estás para aí a falar?

Ele olhou para mim com tristeza,como se estivesse a pensar que tio de flores eu gostaria de ter no meu caixão...

- Acabou-disse Zeus

O anfiteatro havia caído num silêncio desconfortante.

-Eu leio o próximo-disse Athena e Zeus passou-lhe o livro.

- Grover,de repente,perde as calças.


Notas Finais


O que estão a achar?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...