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História Chocolate a dois é melhor - Capítulo Único;


Escrita por: sebaekdreams

Notas do Autor


Olá, sonhadores e sonhadoras. Sebaekos e sebaekas. E, espero que tenha grilos e grilas, por aqui, também.

Quem diria, não é mesmo? A Maduzi está no topo do mundo, vejam só! Irei dominá-lo.

Brincadeiras a parte, eu queria dizer que estou muito feliz – de verdade – por ter conseguido passar e agora fazer parte deste projetinho que enaltece Sebaek. Espero que vocês deem muito amor às fanfictions do projeto e aos capistas, betas, escritores, e administradores, também. Afinal, é tudo para você, para mim, para todos.

Obrigada à @dechets pela capa!

Por ora é isso. Boa leitura a todos ❤

Capítulo 1 - Capítulo Único;


 

Todo começo de mês era a mesma coisa.

Todo mês, em seus primeiros dias, Baekhyun e Sehun iam até o mercado e se livravam da compra mensal, querendo ter o resto do tempo livre, jogados no sofá e se preocupando apenas com o dia seguinte no trabalho. Gostavam de ter a garantia de que chegariam a casa, iam abrir a geladeira, e encontrariam ali tudo que precisavam para um jantar rápido ou um pouco mais elaborado – como aos finais de semana em que Luhan e Minseok, seus amigos de longa data – combinavam de visitá-los.

Mas, como tudo tem uma primeira vez – infelizmente – ali estava Oh Sehun, sozinho, em meio ao corredor do supermercado com uma carranca explícita em sua face e os olhos perdidos vagando sobre as prateleiras diante de si. Não que achasse muito difícil fazer compras. Não. Para ele, era consideravelmente fácil acompanhar o marido naquelas maratonas todos os meses e observar, em silêncio, ou distraído em seu celular, o amante fazer as suas escolhas e encher o carrinho. Após duas horas – ou mais – sobrava para Sehun ir até o caixa e aguentar a fila enorme enquanto o Byun sempre voltava, alegando ter se esquecido de pegar algo, apenas para que o mais novo pagasse as compras.

Era rotina.

Nunca fora de ligar-se a marcas, ou tamanhos dos produtos, apenas sabia para que eles serviam, se eram bons, ou não. Talvez por isso tivesse demorado mais do que o necessário ao parar em frente a prateleira de papel higiênico sem saber qual levar. Sequer sabia se já tinha visto alguma daquelas embalagens em sua casa ou algo parecido. Fora a mesma coisa com os o leite, os condimentos, o arroz que Baekhyun julga ser o único bom e certo para as suas receitas, e tantas outras coisas que o menor dera em uma lista anotada no verso de um encarte antigo para que o marido fizesse as compras do mês.

“Sehun, eu nunca lhe pedi nada. Por favor, tente fazer isso direito.”

A voz do moreno soava em sua mente todas as vezes que o loiro pegava um produto. Podia jurar, inclusive, que o amante gritava um “não” ao pé do seu ouvido, ou o chamava de “idiota”, sem pensar duas vezes. Sehun já estava se sentindo frustrado diante daquela prateleira de chocolates, optando, finalmente, por chamar um dos trabalhadores que desfilavam pelo corredor com seus patins e rádio-escuta.

— Boa noite. Em que posso ajudá-lo?

Surpreendeu-se com o cumprimento do atendente alto demais – Park Chanyeol, segundo o crachá em seu peito – que fizera Sehun questionar-se sobre como conseguia manter-se sobre aquelas quatro pequenas rodinhas. O homem tinha um sorriso largo e bonito, mas o que chamou a sua atenção nisso tudo foi a sua fala; “boa noite”. Não conseguia acreditar que já se passaram quatro horas que estava naquele mercado, por isso tudo parecia estar esvaziando aos poucos. A sensação de vazio era real. O estabelecimento estava quase fechando e Oh Sehun não conseguia escolher um chocolate qualquer, ainda.

— Eu queria comprar um chocolate — respondeu de forma automática, recebendo um arquear de sobrancelhas. Em sua cabeça Baekhyun gritou: “Sério? Pensei que estivesse atrás de um cachorro.” — Você poderia me recomendar algum?

— Você tem preferência? Prefere chocolate ao leite, meio amargo, branco?

— Eu não sei — suspirou. — Na verdade, é para o meu marido. Eu não sei qual ele gosta.

Baekhyun não era intolerante à lactose, afinal? Podia jurar que sim.

— As pessoas costumam sempre levar chocolate branco para as suas namoradas, ou namorados. — Chanyeol disse simples, pegando um doce do topo da prateleira ao entregar para o loiro. — É o favorito do meu namorado, também.

Em qualquer outro momento, pensaria duas vezes antes de aceitar o chocolate, talvez até pensasse um pouco mais sobre qual levar. Porém, o branco era o seu favorito também. Como sempre acreditou que seu marido fosse a sua alma gêmea e os seus gostos fossem os mesmos – pelo menos a maioria, já que Sehun dizia que, se fosse Baekhyun, não ia namorar ele mesmo –, resolveu levar aquele mesmo.

 

[...]

 

— Eu já estava quase mandando a polícia atrás de você, Sehun.

“Pronto, o inferno está prestes a começar”, pensou assim que adentrou a sua casa e sorriu fraco para o marido sentado no sofá sob um cobertor e com um pacote de chocolate em mãos. Não podia ser verdade. Negava-se veementemente a acreditar em que os seus olhos viam.

— O mercado estava cheio — explicou a meia verdade ao aproximar-se do seu pequeno, deixando um beijo no topo da sua cabeça antes de ir até a cozinha, deixando as compras sobre a mesa.

— Você comprou o meu chocolate?

Naquele instante pôde sentir o calafrio começar em sua nuca e deslizar ao longo das suas costas. Poderia culpar o aquecedor quebrado do seu apartamento, se não fosse pelos movimentos do Byun ao levantar-se do sofá e ir de encontro a Sehun na cozinha. Talvez aquele calafrio fosse um prelúdio do que era a morte, afinal.

— Comprei. — respondeu sem muita enrolação, tirando a embalagem branca da sacola. — Mas, você não era intolerante à lactose?

O moreno encolheu-se imediatamente diante do mais novo. Um sorriso fraco e de lado, deixando claro que fora pego no ato de algo que não julgaria muito decente se não fosse feito por si mesmo, mas sim por outros, nascia em seus lábios cheinhos e já sujos de chocolate. As bochechas fofas tornaram-se quentes e avermelhadas, enquanto ambas as suas mãos estavam no bolso do seu casaco grande demais – que Sehun tinha certeza que lhe pertencia.

— Depende. — Baekhyun mordeu o lábio inferior ao falar. — Apenas de alguns. Tipo, dos chocolates que eu não gosto.

A verdade é que Baek – como era carinhosamente chamado pelos amigos e pelo marido – nunca fora intolerante à lactose, mas gostava de fazer cena sempre que lhe perguntavam, pois isso rendia comidas distintas e feitas somente para si. Se havia algo que Baekhyun não suportava era compartilhar comida. Sem dúvidas. Poderiam lhe tirar Sehun, mas não o jantar. Palavras do próprio taurino guloso que encarava Sehun com os olhos brilhantes e esperançosos.

— Cadê o meu chocolate?

— Aqui. — o loiro resmungou desgostoso, deixando que o mais velho levasse o doce sem mais palavras.

O silêncio se sucedeu na cozinha por longos e milagrosos dezessete segundos – não que Sehun estivesse contando, claro – antes que a voz esganiçada e absurdamente alta, e potente, do Byun soasse. Tudo que o maior fizera ao levantar-se após guardar os produtos de limpeza no armário inferior, fora rir.

— Eu não acredito que nem isso você consegue fazer direito, Oh Sehun!

— Você pediu um chocolate, amor, mas não disse qual.

— Eu esperava que após oito anos de namoro você soubesse, no mínimo, o meu chocolate favorito!

— Amor, nestes oito anos de namoro você mentiu para mim dizendo que era intolerante à lactose.

O moreno abriu a boca, fechou, e abriu novamente, pensando em algo que pudesse dizer e que justificasse completamente o seu lado. Ele estava sempre certo. Era assim que as coisas funcionavam. E quando ele estava errado, Sehun estava mais errado ainda, pois Byun não sabia – e nem fazia questão – de perder qualquer coisa, mas, principalmente, uma das discussões de casal que sempre se sucediam no dia a dia daqueles dois. Era um mimado, chato, egocêntrico e resmungão. Sehun sabia bem disso, mas não reclamava, pois tinha grande parte da culpa nos modos que o marido tinha.

Fora ele que o mimara, fora ele que atendia a todas suas reclamações e, também, ele era o culpado por inflar o ego daquele pequeno com alma de velho. Era o seu oposto perfeito, pois para Oh, tudo estava muito bom, sempre.

— Eu não quero esse. — torceu o nariz, deixando o doce sobre a bancada de mármore ao cruzar os braços. — Sehun-ah, compre outro para mim.

Quase, – por muito pouco mesmo – que o mais novo cedeu. Estava prestes a puxar o menor para entre os seus braços e enchê-lo de beijos antes de mandá-lo de volta para a sala enquanto ia, mais uma vez, em busca de um mercado aberto naquele horário. Tudo por conta do bendito chocolate.

— Ótimo, Baek, sobra mais para mim. — Sehun deu de ombros, pegando o doce de cacau para si.

— Eu quero chocolate — ali estava, mais uma vez, a birra, os olhos marejados e a voz manhosa. Sehun não ia ceder. — Eu não acredito que você vai comer!

O loiro não só ia como já estava com um pedaço do chocolate branco entre os lábios. Mastigou-o lentamente, como se a sua vida dependesse disso, soltando um suspiro satisfeito ao finalmente engoli-lo.

— Ué, você ainda não tem o Diamante Negro que estava comendo quando eu cheguei? — arqueou as sobrancelhas escuras. — Coma-o. Caso queira, tem chocolate branco no armário, é só comer e parar de besteira.

Sehun tirou mais um pedaço do doce e levou aos lábios, guardando o mesmo no armário logo depois. Baekhyun suspirou, cansado, e ainda com a cabeça doendo um pouco pela gripe que o impossibilitou de ir ao mercado com o marido e evitar tal tragédia. Sabia que o amante ia errar nas escolhas, mas torcia para que não tivesse errado muitas coisas mais.

Cansado de xingar mentalmente o estúpido marido que fora arranjar, aproximou-se do rapaz, passando ambos os braços ao redor da sua cintura fina. Era um pedido de desculpas silencioso, esperava que o outro entendesse, pois não diria nada do estilo em voz alta. E Sehun, por sorte, entendera exatamente o que o seu pequeno queria dizer.

Por isso levou a mão direita até o queixo do mais velho ao inclinar o seu rosto em sua direção, deixando um selar estalado sobre os lábios inchados e quentinhos do marido. Baekhyun estranhou no primeiro momento, mas logo em seguida passou a língua sobre os próprios lábios, buscando um pouco mais daquele sabor desconhecido por si, mas admirado naquele momento. Era uma de suas manias, dizer que não gostava das coisas antes mesmo de prová-las; sua mãe sempre odiou isso.

— Você está com gosto de Diamante Negro. — Sehun comentou, beijando-o mais uma vez.

— Você tem gosto de Lacta Branco. — Baekhyun sussurrou, não querendo dar o braço a torcer. — Eu gostei.

Oh arqueou as sobrancelhas e sorriu de lado, descansando as mãos sobre a cintura do marido ao puxá-lo junto a si, aprofundando o beijo de maneira lenta e leve, sem pressa alguma, apenas sentindo a sua língua contra a do mais velho e o gosto de ambos os chocolates se misturando. Um gemido rouco escapou por entre os lábios de Byun, enquanto um suspiro arrastado libertou-se do controle de Sehun, que buscou a barra do casaco alheio como apoio, apertando-o entre os dedos.

— Amor, — a voz do menor se fez presente — eu acho que chocolate duo é bem melhor, sabe? Diamante Negro e Lacta Branco combinam.

— Você acha?

— Eu tenho certeza. — o menor suspirou ao sentir os lábios do marido em seu pescoço, aproveitando para pegar o chocolate no armário.

— Você ainda tem Diamante Negro?

Ambos se olharam e sem trocar uma palavra sequer, foram em direção a sala. Beakhyun comeu uma fatia de Diamante Negro. Sehun degustou o Lacta Branco. E ambos se beijaram, começando a sentir e reconhecer os diversos sabores diferentes que o doce poderia ter ao ser misturado e espalhado. Primeiro em suas línguas, depois em suas clavículas e por último nas coxas de Baekhyun, que era, sem sombra de dúvidas, o doce favorito de Sehun.

Pode-se dizer que até o final daquela noite Baekhyun deixou de ser intolerante a lactose e Sehun aprendeu novamente cada uma das partes do corpo humano de uma forma bem melhor, e mais divertida, do que era ensinado nas aulas de anatomia.

 


Notas Finais


Jogo rápido, porque não devem mais me aguentar aqui: acompanhem o projeto, adicionem o perfil e sigam o perfil do projeto e dos escritores – segue a staff toda logo, diacho. Espero que vocês tenham gostado da história e que façam parte deste momento que estamos tendo aqui.

E, claro, não vai esquecer:

Se você chegou até aqui, deixe o seu “te amo grila”, e faça uma Maria feliz. Mentira, pode ser o “oi” de sempre mesmo.

Amo vocês. Nunca deixem de sonhar ❤


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