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História Choices of the heart 3 - A princesa perdida - O que fazer?


Escrita por: DrewDeeh

Capítulo 13 - O que fazer?


Fanfic / Fanfiction Choices of the heart 3 - A princesa perdida - O que fazer?

Um dia tinha se passado e eu já me sentia melhor, ainda não tinha me livrado dos supressores de poder.  

Eu tomava café da manhã junto com todos, era bom estar em casa. Todos conversavam animadamente e eu observava tudo, apesar de me sentir bem por estar em casa, parecia que eu tinha perdido muita coisa.  

Me levantei e sai da casa, parecia não ter chamado atenção, fechei os olhos deixando a brisa balançar meus cabelos atualmente roxos. Eu precisava me informar de tudo, mas eles não queriam me contar.  

—Achou que eu não vi, você saindo de fininho? — Justin perguntou me abraçando, ri passando meus braços por cima dos dele, encostei minha cabeça em seu peitoral.  

—Imaginei que você viria. Quando vamos conversar? Foi muito tempo e muitos acontecimentos. — falei calmamente.  

—Quando você estiver bem. — ele falou beijando minha bochecha.  

—Justin... — me virei tomando uma curta distância dele. — O que aconteceu? Foi algo tão ruim que vocês não querem me contar? — fitei seus olhos tentando tirar algo dali. Ele engoliu a seco.  

—E se ela aparecer? — Justin questionou me olhando.  

—Lidaremos com ela. Agora eu tenho que saber o que estava acontecendo. Me conta. — Implorei e ele suspirou. 

—Meu pai te deu como morta pelos mandates da revolta, com isso ele conseguiu acalmar o país. E eu estou noivo da Samantha. — Fitei ele sem piscar e então fechei meus olhos rindo.   

—Então, eu não posso aparecer sem acabar com o país? Terei que viver aqui? Enquanto você casa com a outra? — questionei calmamente de braços cruzados.  

—Claro que não. Iriemos resolver isso juntos, como sempre deveria ter sido. — Ele segurou meus braços e eu soltei um longo suspiro, concordei o abraçando.  

—Você lembra o que aconteceu quando não me contou da Valeria? — perguntei, ele assentiu alisando minhas costas.  

—Você lembra o que aconteceu por você não me contar da magia? — ri fraco e suspirei.  

—Isso é um ótimo momento para não escondermos mais nada. — falei segurando seu rosto e o beijando.  

—Então, isso quer dizer que eu tenho que te contar o que eu fiz nesses últimos meses. — respirei fundo de olhos fechados.  

—Você quer dizer além de não cortar o cabelo? — perguntei rindo.  

—Eu posso ter acabado com meu fígado.  

—Sorte sua eu poder curar. — ele riu e suspirou.  

—Não tem como você resolver tudo, Kylie. Eu espanquei o Nicolas. — Comprimi minha boca e engoli a seco.  

—Por isso me trouxeram. Ele estava tão mal. — me afastei do Justin sem olha-lo. Tomei coragem e o olhei. —Por que fez isso? — perguntei fitando suas orbitas carameladas, mas ele olhava para a terra.  

—Eu não sei. Eu fiquei com um ódio e ele veio tentar me parar, só pensei em mata-lo.  

—De onde veio esse ódio, Justin? — ele abaixou a cabeça envergonhado.  

—Apareceu desde que você sumiu, raiva, culpa, ódio. Se tornou parte da rotina. — seu ar era de culpado, engoli a seco.  

—Isso não é coisa sua. Por que não me conta a história toda? — Justin levantou a cabeça confuso.  

—Você deveria estar com raiva. — Sorri e alisei sua bochecha. 

—Eu o curei e eu sei que esse não é você, Justin. — as lagrimas desceram e eu me surpreendi em vê-lo chorando.  

Acabamos nos sentando ali mesmo, enquanto ele chorava. 

—A culpa é minha. Se eu não tivesse reagido daquele jeito na feira de adoção, nada disso teria acontecido. — ele falou em meio as lagrimas, fechei os olhos e segurei seu rosto. Eu não sabia o que dizer, ele riu fraco. — Você não consegue dizer nada. Eu sou um monstro.  

—Não é isso. Eu... Queria muito que você me aceitasse e naquele momento que você me viu eu desejei tanto que em aceitasse, porque eu estava em pânico, mas eu sabia que você iria reagir daquele modo. Você é da realeza, foi criado assim.  

—Eu te chamei de monstro. Aquele não parecia ser eu. — sorri para ele.  

—Vamos esquecer isso, por favor. — implorei, não gostando de ser lembrada disso.  

—Não! Como posso ficar com você tendo feito isso? Não é certo.  

—Você se sentiu ameaçado, Justin. Eu estava fora de mim. Estava tendo crises, agora elas fazem sentido, poderia ser o álter ego. Tanto que aquele incêndio foi uma crise minha, que eu não consegui controlar. Eu te mantive preso para tirar suas memorias.  

—Eu te chamei de monstro. Talvez aquele momento tenha sido o primeiro que eu senti o mesmo ódio que nesses últimos meses.  

—Eu estava enfeitiçada, por uma porção de raiva, segundo a Gabriela. Poderia ter algo semelhante com você. Não importa o passado. Pelo menos não esse. Você me aceita agora, certo? — perguntei receosa, ele sorriu e concordou.  

—Completamente. Você fez coisas inimagináveis para me manter vivo. — ele falou entrelaçando nossos dedos.  

—Faria tudo novamente, talvez ate melhor.  

—Não vai ser necessário. Vamos planejar sua volta. Estava pensando em trazer sua mãe. — Concordei.  

—Como sua mãe está?  

—Ótima, em perfeito estado. Conversamos muito depois que ela se recuperou.  

—E o Brian? A Hannah?  

—Brian morreu, na luta. A Hanna esta presa pela a Gabriela. — sorri com isso, me sentia aliviada.  

—É uma reunião particular? — Giovanna perguntou se juntando a nos, neguei com a cabeça. — Decidiram como vai fazer?  

—Sobre o que? — perguntei confusa.  

—Sua volta. — neguei com a cabeça e olhei para o Justin.  

—Você deveria fazer uma grande entrada na festa que vai ter em breve. —Justin falou e eu suspirei. 

—Vai acusar seu pai? — perguntei o olhando, ele engoliu a seco.  

—Acho melhor não. Isso vai acabar com o país. Vamos decidir isso devagar. Precisamos nos atualizar. — ele sorriu, olhei para Giovanna que não reagiu.  

—Então, nesse tempo eu ficarei no meu mundo tentando entender minha magia.  

—Não! Se ela aparecer. — dei de ombros. — Vamos lidar com ela. Eu preciso de um tempo. — falei me levantando.  

Entrei na casa dando de cara com o Nicolas.  

—Está bem? — ele perguntou e eu assenti sorrindo.  

—E você? Como se sente? — perguntei o observando.  

—Estou ótimo, melhor ainda com você aqui. — sorri com isso.  

—É bom estar de volta.  

[...] 

Eu estava em meu mundo, algumas coisas pareciam diferente, talvez o álter ego tinha mudado. Entrei na sala com livros e então vi os livros abertos, todos falando de separação de corpos.  

Se eu tivesse muitos poderes, poderia fazer qualquer coisa. Tirei o colar do meu pescoço deixando na mesa e então fechei meus punhos fazendo as pulseiras caírem no chão, sorri com isso.   

Voltei a andar pela a sala vendo um boneco, parecia o rei, ao lado tinha um livro negro falando da magia do voodu, será que ela quer matar o rei?  

Tirei do meu bolso o frasco com o sangue de Justin, o ocorrido com ele, tinha me deixado intrigada, porque tanto ódio. Olhei em volta a procura de um livro que fosse me ajudar com isso, mas ao olhar para o frasco ele já tinha mudado de cor, mostrando que tinha sim sido alterado.  

Suspirei derrotada. Quem tinha feito isso? Tantas perguntas e parecia que nunca teriam respostas.  

Coloquei o frasco na mesa e olhei para minhas mãos, eu queria as memorias dela. Eu precisava. Fechei os olhos tentado me concentrar nisso, mas nada acontecia.  

Comecei a olhar os livros de separação vendo se algo poderia me ajudar com as memorias dela.  

Mordi meu lábio inferior e sai dali indo para o jardim, não tinha sido cuidado ultimamente. Andei até o jardim e me sentei em uma pedra no lago. Peguei um pouco daquela água a bebendo.  

—Está tudo bem? — Justin perguntou se sentando na minha frente.  

—Sim. — sorri segurando sua mão. — Você a viu? — questionei o fitando e ele negou.  

—Você está preocupada com ela? — assenti soltando um suspiro.  

—Não sei o que ela pode fazer ou como ela aparece. É muito complicado saber que tem isso dentro de mim. — Justin se levantou e estendeu a mão, a segurei e ele me puxou me levando para dentro de casa, nos sentamos ele me abraçou. — O que foi... — ele me interrompeu.  

—Xiii... Para. Você acabou de voltar, depois de meses longe e sem memória. Podemos apenas aproveitar? — engoli a seco e concordei me virando para ele.  

—Ainda assim teremos que resolver.  

—Temos muito a resolver — ele falou afagando meu rosto, fechei os olhos. — Eu gostei desse seu lugar. Sempre quis morar na praia. — sorri de lado.  

—Poderemos viver aqui, longe dos seu pai. — Justin abriu um longo sorriso se inclinando para beijar minha bochecha.  

—É uma proposta tentadora. — ele murmurou me fazendo fechar os olhos, alisei suas costas, seus beijos foram descendo pelo meu pescoço.  

—Acho que assim não vamos resolver nada. — falei fazendo ele ri.  

—Vamos resolver algo. — ele falou confiante, mordi meu lábio inferior e o observei por longos segundos, abracei seu pescoço juntando nossos lábios.  

[..] 

—Então, o que faremos? —Giovanna perguntou, estávamos todos em volta da mesa da sala de jantar. Grace tinha chegado e ela estava em meu colo.  

—Temos que saber como cuidar do alter ego. — Astra falou como se aquilo fosse a prioridade.  

—Também temos que declara-la viva. — Nicolas falou olhando para Astra.  

—Tenho que ver minha mãe e minhas amigas. — disse sem olha-los, fitava Grace.  

—Para isso você tem que estar legalmente viva. — Nicolas me olhava, apenas sorri.  

—Eu sei, mas não quero que elas saibam pelo mundo.  

—Pensei que você poderia fazer sua grande entrada semana festiva da princesa. — Estreitei os olhos confusa com a sugestão de Justin. — Os antigos reis vão celebrar a vida da filha roubada, eles vão ter uma semana intensa. Em um dos eventos você poderia aparecer.  

—No primeiro dia terá um evento aberto ao público. Seria um bom momento para a Kylie voltar, mas para isso vocês tem que pensar numa história. —Chaz falou, olhei para o Justin.  

—Sim, precisamos pensar em algo para o povo. — disse calmamente.  

—E seu lado do mal? Vai deixa-la a solta? — Astra perguntou surpresa.  

—Não! Não vou aparecer no mundo amanhã, Astra. Temos tempo para trabalhar. Precisamos pensar em algo que me prenda, precisamos da Gabriela. Eu não sei.  

—Ela está procurando toda a informação que pode. Disse que nunca viveu nada disso de uma pessoa ser duas, apenas transformação completa e ... — Astra parou de falar engolindo a seco.  

—Acha que é o próximo passo? Eu ser do mal por completo? — questionei ansiosa, eu não tinha pensado nisso. Quando Astra não respondeu abaixei a cabeça. Justin segurou minha mão.  

—Não vamos deixar isso acontecer. — Nicolas falou de uma maneira imponente.  

—Você não tem como controlar isso. Eu não tenho.  

—Eu vou descobrir como. —Nicola se retirou da sala nos deixando confusos.  

—O que aconteceu com ele? —perguntei olhando para Astra, que levantou os ombros, suspirei. — Vamos precisar da Violeta para a volta. — disse olhando para Justin que assentiu.  

—Vou resolver isso. — assenti pra ele que saiu junto com os meninos. Olhei as meninas.  

—Quando eu tentei acessar a mente do Nicolas, não funcionou porque ele estava escondendo algo. Ele estava com medo de me deixar entrar na mente dele.  

—Você acha que é algo contra nós? Acha que ele foi responsável pelo que aconteceu? — Astra perguntou com os olhos arregalados.  

—Ele não é um informante, Astra. Se tem alguém que tentou acha-la foi o Nicolas. — Giovana falou olhando para a morena que revirou os olhos.  

—Não acho que ele é informante, mas esconde algo que ninguém pode saber.  

—Tipo? — Astra questionou intrigada, levantei os ombros sem saber.  

—Precisamos pensar em como me deter. — disse suspirado. — Um colar mais poderoso. Um feitiço.  

—Vou fazer tudo isso. —Astra falou confiante.  

—E se falarmos com ela? — Giovana perguntou fazendo Astra a olhar pasma.  

—Está louca? Não podemos falar com ela. — Astra disse alto.  

—Calma! Podemos pensar nisso. Pode ser algo que nos ajude, a entende-la.  



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