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História Choices of the heart 3 - A princesa perdida - Guerra declarada


Escrita por: DrewDeeh

Capítulo 35 - Guerra declarada


—Kylie! — sorri ao ver Astra ali.  

—Você precisa leva-los para o hospital, por favor! — implorei sem conseguir me mexer. O olhar dela seguiu para a cama, arregalando os olhos ao ver Justin.  

—Claro. Claro. — ela repetiu surpresa, então se aproximou e colocou as mãos no Justin e no medico sumindo com eles.  

Eu desabei no chão chorando compulsivamente, eu tinha hesitado. Se ele morresse eu não iria me perdoar por ter hesitado em salva-lo. Como eu poderia ter feito isso?  

Meu peito doía, parecia ter algo pressionando. Eu me sentia pesada, a ponto de explodir. As lagrimas me impediam de ver qualquer coisa na minha frente. Vozes rodeavam minha cabeça me fazendo sentir ainda mais confusa dizendo que ele iria morrer e era minha culpa.  

Soltei um grito tentado aliviar aquela dor, eu sentia a magia saindo de mim. Eu não entendia o que acontecia comigo. A dor na barriga tinha sumido e eu começava a me sentir em chamas.  

Levou um tempo para eu me sentir mais leve, respirei fundo abrindo os olhos, meus pais estavam na minha frente confuso, algo pesou em pescoço, engoli a seco. 

—O que aconteceu? — perguntei intercalando o olhar neles.  

—Você acabou com a luz e começou um incêndio no jardim. — Olhei para o lado vendo pela a janela o jardim com áreas pretas, soldados seguravam extintores.  

—Eu não sei... — disse voltando a chorar. Cobri meu rosto tentando abafar meu soluço.  

—Está tudo bem. — Amelia falou alisando meu ombro. — Onde está o Justin? — ela perguntou tirando meu cabelo do rosto. Coloquei a mão na cabeça procurando a coroa. — Eu tirei. — ela respondeu, abri meus olhos para ela.  

—Astra o levou e o médico para o hospital. Eu não poderia salva-lo, não sem.... me matar. — falei a última parte baixo sabendo que era uma mentira.  

—Ele vai ficar bem. — ela tentou soar confiante e isso só me fez chorar ainda mais.  

—Eu vou solicitar os melhores médicos. — Mason falou e eu escutei seus passos.  

—Eu também passei por isso. Essa falta de controle, porem foi na sua gravidez. É difícil lidar com tanta magia dentro de nós, imagino que seja pela a sua vitória, mas você precisa conversar comigo sobre isso. Só assim posso ajudar. — ela falou após me abraçar, afagando meu cabelo, eu ainda soluçava e chorava sem parar. Sua voz era tão tranquila e compreensiva que me deu uma enorme vontade de falar o que estava acontecendo, mas eu afastei a vontade sabendo que era o certo. Peguei a pedra do meu colar e sorri por usa-la. Só ela para conter meus poderes nesse momento.  

O tempo foi passando e eu fui me acalmando. Amelia me soltou ao notar que eu não tremia mais.  

—Vamos para o hospital? — ela perguntou e eu concordei.  

Me levantei junto com ela, que estava ajoelhada ao meu lado, mas parei de andar ao notar a roupa que eu usava.  

—Vou trocar de roupa. — disse rindo fraco, entrei no closet tirando aquele vestido e os saltos. Quando eu iria me imaginar correndo com os saltos?  

Coloquei uma roupa confortável e sai dali vendo que minha mão não estava ali. Andei até meu criado mudo pegando o anel de magia e o coloquei absorvendo um pouco da magia do sol. Então sai do quarto com roupas confortáveis e fui para a entrada vendo que os soldados me esperavam, eles me levaram para o hospital sem nenhum problema no caminho.  

Os soldados ficaram a minha volta indo pedir informações na recepção, observei uma TV no canto passando sobre o incidente na proclamação. Ainda continuava sem uma explicação, suspirei sem querer pensar nisso. O soldado voltou nos guiando pelos corredores do hospital que parecia ser bem caro. Logo estávamos no andar que tinha placas de cirurgia.  

—Vocês não podem estar aqui. — uma enfermeira falou nos barrando de entrar ali.  

—Sim, podemos. — o soldado falou, toquei seu ombro e tomei a frente.  

—Desculpe, não queremos causar problemas, apenas informações do príncipe. — ela arregalou os olhos ainda mais quando mencionei o nome príncipe.  

—Alteza, me desculpe. Eu... Eu não sabia que era você. Eu não posso ajuda-la. Não sei onde o príncipe estar. — assenti sorrindo para ela.  

—Por favor, peço que não espalhe essa informação. — ela assentiu.  

—Espere aqui, eu vou tentar achar a sala em quem ele estar para leva-la.  

—Obrigada. — a enfermeira correu para dentro daquela área e eu respirei fundo tentando prender meu cabelo, a ansiedade tomava conta do meu corpo.  

—Seu pai quer que você volte. — um soldado falou e eu neguei.  

—Não irei voltar, vocês podem voltar, mas eu não vou. — disse sem olha-lo.  

—Alteza? — ela me chamou e eu me virei para a enfermeira. — Vem comigo. — a segui com os soldados atrás de mim, ela nos levou até o observatório de uma sala de cirurgia.  

—Como ele está? — questionei contra o vidro observando os médicos trabalharem. — Sabe onde está minha ajudante? Ela trouxe o príncipe e o médico. — falei olhando para ela.  

—Eu vou procura-la, mas ele está indo bem. Apenas será demorado e ele precisara ficar de cama. — assenti, ela pediu licença e se retirou, engoli a seco com a mão no vidro, era horrível ver essa cena. — Me deixem a sós. — pedi sem olhar para os soldados, podia vê-los pelo reflexo, observei cada um sair e então deixei as lagrimas caírem, então deslizei ficando ajoelhada no chão chorando inconsoladamente.  

Um enorme enjoou me atingiu ao ver um órgão sair de dentro do meu noivo. Vi uma lata de lixo e corri até lá vomitando.  

Levantei a cabeça vendo os médicos agitados, a máquina que media os batimentos apitava freneticamente até parar, deixando uma linha reta na tela. Eles pegaram um aparelho que eu não conhecia e colocaram sobe o peito dele, Justin pulou e isso fez a linha reta mexer, mas logo ela voltou a ficar reta. Tudo ficou em câmera lenta, minha cabeça rodou e eu me apoiei na parede, tirei aquele colar jogando-o ali no chão e então me transportei para a sala assustando todos ali.  

—Você não pode estar aqui. — um deles falou. — é um lugar esterilizado.  

—Alteza, você precisa sair. — o médico que estava no palácio falou, estreitei os olhos balançando a cabeça.  

—O que isso significa? — perguntei apontando para o monitor, o médico ficou tenso, ele estava com as mãos para cima deixando bastante expostas suas luvas cheias de sangue.  

—O coração dele parou. — ele falou baixo, minha boca abriu e eu não conseguia respirar. — Tirem ela daqui! — ele pediu e eu afastei as enfermeiras que tentaram se aproximar. 

Andei até o Justin mesmo com protestos de todos, fechei os olhos sentindo mãos tentaram me atingir, mas eu não permitia e isso estava me consumindo mais do que eu queria, coloquei minha mão em cima de seu coração fechei os olhos, então o curei mais lentamente do que eu queria.  

O aparelho voltou a apitar freneticamente, mas isso não me fez parar até estar regular, reconstruir tudo que estava destruído em seu coração.  

—Kylie! — Astra gritou, apenas gesticulei a afastando de onde quer que esteja. Assim pude finalizar meu trabalho, abri os olhos vendo todos pasmos.  

—Nem sempre vocês podem salvar o paciente. — falei para o médico que tanto tentou me tirar dali. — Eu já trabalhei em um campo de guerra e vi isso pessoalmente, as vezes o coração para e você não pode fazer nada, mas eu posso. — falei firme. — Da próxima vez que um de vocês tentarem me parar eu mato cada um, afinal eu sou uma princesa e possuo magia. — Sustentei me argumento mostrando o anel e uma chama na mesma mão. — Agora salvem o príncipe! — dei as costas saindo dali pela a porta. Ao estar no corredor encostei minhas costas na parede sentindo cada musculo do meu corpo doer. Me curvei comprimindo um grito em meu útero.  

—Você precisa parar! — Astra falou me segurando. Então abriu minha mão colocando algo nela, logo identifiquei a pedra que me fez recuperar meus poderes. Pouco a pouco a dor foi passando.  

—Eles não podiam salva-lo. — falei ficando reta. — Eu devia deixa-lo morrer? — perguntei a enfrentando. Astra recuou e suspirou.  

—Não, mas deveria ter me chamado para te ajudar. — ela falou triste 

—Eu sei, mas não sabia onde você estava, não dava tempo de sair te procurando pelo hospital.  

—Tudo bem. Vocês vão ficar bem. Melhor irmos para a sala de espera. — neguei respirando fundo.  

—Preciso pegar meu colar, eu derrubei no observatório e a sala de espera e muito exposto. 

—Eu peguei seu colar. — ela mostrou o colar e eu sorri. — Vamos para o quarto dele então. — concordei seguindo com ela e os soldados pelos corredores até o quarto em que Justin tinha ficado.  

O tempo ali foi passando lentamente fiquei focada em uma parede aleatória tentando organizar meus pensamentos, as vezes fazia Astra tentar organiza-los. Até o médico surgir pela a porta.  

—Então? — perguntei me levantando.  

—Ele está bem, está no pos operatório. Vamos traze-lo assim que o efeito da anestesia passar. Ele está bem, Alteza. Sem risco, você o salvou. — sorri com isso, meus olhos ficaram marejados e ele saiu, coloquei a mão na barriga e Astra sorriu.  

—Ele não vai crescer sem pai. — falei com a voz embargada. Astra me abraçou e eu retribui chorando em seu ombro.   

Um barulho estranho foi feito na televisão, Astra ficou tensa e então se virou para o monitor preso na parede.  

—O que é isso? — perguntei confusa.  

—Algum problema no país. — ela falou engolindo a seco.  

—Boa tarde, Saffron! Venho aqui informar que o atentado a nossa praça da nação foi de autoria de Illea, foi um jeito encontrado pelo rei Jeremy Bieber de declarar guerra ao nosso país, apenas por termos nos tornados independentes novamente. Quero tranquiliza-los que todas as medidas já estão sendo tomadas para evitar qualquer tipo de perda ao nosso país.  — olhei para Astra.  

—Ele quase matou o filho dele. — falei me sentando. — Como ele pode ter feito isso? 

—Ele não deveria saber, Kylie. Jeremy não mataria o Justin. Quem iria assumir? A Jazmyn não tem nem noção de para onde isso vai.  

—O que o rei não contava era que seu filho está no meio dos feridos desse atentado. O príncipe Justin Bieber se encontra em um hospital passando por uma cirurgia, as ultimas noticias que tivemos não foram as melhores, apesar do que seu pai fez, todos da família real esperamos que ele saia bem dessa. Porém, não iriemos desperdiçar essa oportunidade, por tanto Justin acaba de se transformar em um prisioneiro de guerra.  

Arregalei os olhos para a Astra.  

—Acho que você devia falar com ele. — fechei meus olhos negando.  

—Não tenho cabeça para isso agora. Não é como se ele fosse trancar Justin em uma masmorra. Por que se ela fizer eu destruo aquele palácio ou esse país. — eu podia sentir minha pele fervendo.  

Respirei fundo tentando me acalmar.  

—Eu queria ver a cara de Jeremy ao saber que quase matou o próprio filho. — falei rindo. — Oh, a Patricia e a Jazmyn. — disse a olhando.  

—Vou falar com elas. — Assenti e fitei a televisão, meu pai já tinha saído. Pai, tão estranho chama-lo assim.  

Meus pensamentos foram interrompidos quando os enfermeiros trouxeram o Justin em sua maca, sorri me levantando. Eles o trocaram de maca e então saíram. Me aproximei segurando sua mão. Justin abriu os olhos com dificuldade e deu um sorriso.  

—Eu disse que ia conseguir. — sua voz estava ainda mais rouca, sorri com isso e afaguei seu cabelo.  

—Você sempre consegue. — falei juntando nossos lábios em um beijo rápido.  

—Como você está? — ele perguntou colocando a mão na minha barriga.  

—Vou sobreviver. — respondi ainda afagando seu cabelo, Justin fechou os olhos e eu respirei aliviada, ele não precisava saber do que tinha acontecido.  

Justin adormeceu e eu ri, imaginando que ainda seria a anestesia, mas continuei ali afagando seu cabelo.  

—Você não pode ficar aqui, Alteza. Ele é um prisioneiro. — me virei para os soldados que entravam e sorri para eles.  

—Vão me tirar? — questionei cruzando os braços. — Meu pai ordenou? — perguntei novamente observando cada um. Eles ficaram em silencio. — Então?  

—Não, ele não ordenou, apenas disse que ninguém podia ficar aqui além dos médicos e enfermeiros. — um deles falou e eu sorri.  

—Ótimo, eu sou a princesa, não ninguém. Então eu posso ficar onde eu quiser, claro podem tentar me tirar, mas eu posso queima-los sem nenhuma piedade se tentarem. — olhei nos olhos de cada um e então sorri gentilmente. — Obrigada rapazes, fiquem na porta para evitar intrusos de verdade. Oh claro, Astra pode entrar, afinal ela é minha ajudante e não ninguém. — eles engoliram em seco e concordaram saindo.  

—Você está muito brava. — Justin murmurou e eu ri.  

—Apenas treinando como ser da realeza. — disse o observando. — Você precisa descansar.  

—Por que eu sou um prisioneiro? — Justin abriu os olhos e eu suspirei.  

—Foi seu pai que detonou a praça. Ele declarou guerra à Saffron. Nada que precise se preocupar agora. Eu preciso de você vivo. — falei me inclinando, ele apenas assentiu. — Descansa.  

—Fica aqui. — Justin pediu manhoso e eu ri.  

—Não vou a lugar nenhum, não sem uma luta. — falei e ele riu, mas logo gemeu de dor, me senti culpada.  

—Estou falando de você deitar aqui. — Concordei assim fazendo, tentando tirar todos os cabos para me deitar ao seu lado. Ele deitou sua cabeça em meu ombro e passou seu braço pela minha barriga, já que ele não poderia se virar completamente. Fiquei afagando seu cabelo pensando no que iria acontecer agora. 



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