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História Chosen Fanfiction - Epílogo


Escrita por: olivthay

Notas do Autor


Hey gente, desculpem pela demora. Foram semanas ocupadas </3. Obrigada a todas que acompanharam esta fic até, vocês são incríveis. Espero que possamos nos encontrar com vocês lendo outras obras minhas ou eu lendo as de vocês. Obrigada por todos os comentários <3

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Capítulo 38 - Epílogo


Fanfic / Fanfiction Chosen Fanfiction - Epílogo

Pela trilionésima vez eu pensei sobre como a sala do trono de Sgiach era um lugar incrível. Ela era uma rainha vampira anciã, a Grande Decepadora de Cabeças, superpoderosa e rodeada por seus próprios Guerreiros conhecidos como Guardiões. Inferno, há muito tempo atrás ela tinha enfrentou o Conselho Supremo dos Vampiros e venceu. Seu castelo também não era todo medieval e cheio de suor e armas, na verdade era um lugar muito chique e com internet e TV á cabo (graças a Nyx!). Um lugar cheio de paz e magia antiga controlada. Seres da natureza brincavam com as pessoas, homens e mulheres armados treinavam diariamente e todos amavam e respeitavam sua rainha. Era inacreditável.

O lugar todo era tão lindo que todas as vezes que eu passava por uma janela com vista para o mar, eu suspirava.

- É só que... aqui é tão lindo! - suspirei novamente ao me debruçar no parapeito da janela da sala do trono.

- Você não precisa ir embora, sabe disso, não é? - Sgiach comentou docemente. - Você e sua Parceira se adaptaram a Skye de uma forma que eu não acontece com todos os visitantes,- ela riu - tudo bem que faz um século ou dois que não temos visitantes.

Me virei para olhar a rainha. Uma rainha guerreira e ancestral absolutamente linda. Aphrodite e eu estávamos na Ilha por mais de 6 meses, decidimos tentar entrar lá depois de passar um tempo com o Conselho Supremo, aprendendo sobre as obrigações de uma Grande Sacerdotisa e pesquisando sobre conseguir entrar na Ilha das Mulheres. Claro que a curiosidade sobre a magia antiga e a coisa toda de uma rainha vampira foram o que me incentivaram á entrar nessa aventura, mas logo nas primeiras semanas aqui eu entendi porquê Sgiach não saia da ilha. E agora, depois de meses conhecendo a rainha e seu povo e treinando com eles, eu mesma não me sentia muito inclinada a ir embora.

- Você acha mesmo que eu poderia ficar? Digo... eu só tenho 18 anos e já preciso assumir uma House Of Night? Caramba.

A rainha me deu um sorriso gentil.

- Zoey, você pode ficar aqui por quanto tempo quiser. Suas responsabilidades ainda estarão lá quando você retornar.

- Todos os meus amigos estão retornando para Tulsa agora, para um reencontro comigo, como líder do Conselho eu preciso estar lá quando eles anunciarem o que farão com sua imortalidade.

Sgiach assentiu.

- Você é bem mais madura do que pensa que é, Zoey. Se o seu coração te lembra tanto do que precisa fazer, então não é certo ignorar isso.

- Agora você falou como Aphrodite e sua voz de Profetisa de Nyx, as vezes tenho saudade de quando ela era negligente e me incentivava a não me estressar com as responsabilidades.

- Aphrodite é sábia, ela cuida de você.

- Assim como Seoras cuida de você. - eu disse suavemente e então acrescentei:- Há quanto tempo Seoras é seu Guardião?

- Ele se tornou meu Guardião por Juramento a mais de quinhentos anos.

- Quinhentos anos? Putzz! Quantos anos você tem, afinal?

A rainha riu de verdade.

- Depois de um certo ponto, você acha que a idade ainda é importante?

Abri a boca para responder, mas o rosto de Sgiach se iluminou e eu podia jurar que ela tinha ficado mais bonita, e eu fechei a boca porque já sabia o que viria a seguir.

- Não é educado perguntar a idade de uma dama. - Seoras falou ao entrar na sala.

Sorri para o Guerreiro. Dava para saber da sua aproximação apenas pela forma que Sgiach reagia, nem era necessário escutar sua voz ou realmente vê-lo. A ligação deles era realmente forte. A rainha imediatamente focou sua atenção no Guardião e eu franzi o cenho quando ele disse em tom de dispensa:

- Ela está esperando por você no bosque, jovem rainha.

Aphrodite. Ele falava sobre ela.

- Obrigada por avisar, vou até ela.

Enquanto eu me apressava para a porta, a rainha falou para mim:

- Leve aquele cachecol que você comprou na cidade, está esfriando.

Eu pensei que isso era algo estranho para ela falar, mas decidi passar no quarto e pegar o cachecol. Era de caxemira cor creme e com linhas de ouro nas bordas. Felizmente, sem detalhes de natal.

Olhei com carinho para o quarto que Aphrodite e eu dividimos nos últimos meses. Na cama que compartilhamos e onde, nos primeiros dias, a Profetisa me provocou incansavelmente e riu todas as vezes sobre como eu ficava quando ela me beijava. Momentos realmente bons. Mas nas semanas em que ambas começamos nosso treinamento, eu com Sgiach e ela com os Guerreiros, nossas noites começavam e terminavam com minha cabeça descansando em seu ombro enquanto ambas reclamávamos do difícil treinamento. Ainda assim, apenas nós duas, sem intromissões ou uma pessoa para salvar... realmente bons momentos. Meus olhos encontraram as malas prontas no canto do quarto e eu me encolhi, rapidamente me lembrando que precisava encontrar Aphrodite no bosque.

Alcancei a saída do castelo rapidamente, tudo graças ao meu quarto no primeiro andar. Apressei o passo e envolvi o cachecol em meu pescoço enquanto passava pela ponte e o vento batia a minha volta. Guerreiros acendiam as tochas e se curvaram quando me viram passar, respondi ao cumprimento com a mão fechada em punho sobre o peito. Em breve eles começariam a cantar em volta de uma fogueira.

Alcancei a estrada que dava inicio ao Bosque Sagrado. Tochas já estavam acesas dos dois lados da estrada, a luz do fogo só deixava o Bosque mais assustador do que ele já era. Não era um lugar mau, era realmente bonito durante o dia, com todos as criaturas fae dançando e brincando entre as árvores e o lago, mas a noite... a noite era quando a magia antiga acordava. Não era realmente receptiva.

Ignorei a alfinetadas que senti em minha pele e dei um puxão na ligação da Carimbagem para me guiar na estrada até encontrar Aphrodite. Ela estava parada diante de uma árvore na beira do lago, uma árvore realmente grande em uma parte do Bosque que eu ainda não tinha visitado.

Aphrodite estava mais bonita do que nunca. Ela negaria até a morte, mas um tempo na natureza realmente fez bem a ela. Sua figura tinha se tornado ainda mais esguia e delineada com o Treinamento de combate, ela vestia calça e uma blusa de Treinamentos típicos dos Guerreiros daqui e tinha uma adaga pendurada na cintura. Seu cabelo loiro estava na altura dos seios agora, já muito crescido depois do corte que ela deu meses atrás, os fios estavam mais grossos e brilhantes. Seu semblante era mais maduro e com ainda delicados apesar da idade adulta. Ela se virou para mim, um sorriso iluminando o rosto.

- É ótimo saber que você me acha tão linda assim.

Revirei os olhos.

- É bom saber que você está me espionando.

Ela deu um sorriso metido.

- Você praticamente jogou isso pra mim através da ligação, seja discreta, minha rainha.

Senti um arrepio diante do termo que ela usou. Era assim que eu me sentia para ela... uma rainha com plenos poderes.

Aphrodite provavelmente ouviu ou sentiu (não entendo ainda) meus pensamentos porque se aproximou e me abraçou apertado, plantando um beijo suave em meus lábios. Seu toque suave, cheio de segurança.

Inspirei seu cheiro. Ela me afastou para olhar em meus olhos e dizer:

- Você faria algo comigo?

Minha resposta foi fácil:

- Qualquer coisa.

Aphrodite riu.

- Essa resposta me faz querer mudar o que eu ia te pedir.

Revirei os olhos e sai de seus braços com falsa birra. Ela ergueu os braços em rendição.

- Okay, me desculpe - seus ainda brilhavam quando ela ficou mais séria - Zoey Redbird, você amarraria seus sonhos e seus desejos para um futuro comigo em um nó, nesta árvore?

Ela ergueu um pouco a manga da jaqueta e puxou um fio das tiras entrelaçadas que formavam uma pulseira em seu pulso, um presente dos Guardiões. Então eu entendi porque Sgiach mandou que eu levasse o cachecol. Meus olhos encheram de lágrimas.

- Sim, Aphrodite Lafont, eu amarro meus sonhos e desejos aos seus.

Tirei uma das tiras de ouro e do cachecol e Aphrodite me ajudou a amarrar a ponta com sua tira verde.

- Assim faz um laço forte entre nós duas. - ela explicou. - Mas é mesmo uma tristeza tirar uma única tira desse cachecol, ele é lindo!

- É mesmo, não é? - concordei efusivamente.

Ela riu e apertou minha mão com a tira.

- Vou te recompensar depois. - ela piscou e me guiou para mais perto da árvore - Escolha um galho, temos que amarrar as tiras lá e fazer nossos pedidos.

Agora que estávamos bem debaixo das folhas e galhos eu podia ver outros tecidos amarrados nos galhos, muitos deles. Sorri ao encontrar um galho particularmente perto da água.

- Aquele ali.

Aphrodite abaixou o ramo.

- Cada uma de nós amarra uma ponta e então faz o pedido, é simples. Vamos? - assenti e ela sorriu.

Amarramos a tira verde de sua pulseira presa com a minha tira dourada, nossos dedos tocando um ao outro no final. Aphrodite disse primeiro:

- Eu desejo que nosso futuro seja entrelaçado como este nó, mas sem a força para nos sufocar.

Ela sorriu para mim.

- Espero que nosso futuro seja tão cheio de esperança quanto estamos no momento em que fazemos estes pedidos.

Selamos o pedido com um beijo de tirar o fôlego. Soltamos o galho e eu me recostei em Aphrodite, o sentimento ameaçando me derrubar.

- Você está bem? - perguntou.

Olhei para seus olhos azuis. Sua pele agora estava um pouco bronzeada pelos menos correndo na praia, o corpo mais forte. Aphrodite não queria ser uma humana fraca, ela disse, enquanto eu tinha aulas de comportamento e burocracia de Alta Sacerdotisa com o Conselho Supremo, ela decidiu aprender técnicas de defesa, fortalecer seu corpo e sua mente para que eu não ficasse desprotegida com ela. Ela se esforçou muito por mim. Desde o inicio desse relacionamento ela se esforçou. Eu só queria continuar com ela em Skye, longe dos problemas, longe de qualquer conflito que pudesse nos separar.

Ela balançou a cabeça algumas vezes. Entendimento enchendo seu rosto sem que eu precisasse falar nada em voz alta.

- Somos fortes, Z., - ela disse - enfrentamos as Trevas e passamos por momentos terríveis. Mas estamos juntas e não seremos separadas com facilidade. Eu posso não ser uma Guerreira oficialmente, mas aprendi muitas coisas para não ser uma inútil, aprendi também que meu coração te quer mais do que eu imaginei. - um pequeno sorriso e ela apertou minhas mãos - e sabe o que isso significa, minha rainha?

- O que? - perguntei em um murmurio.

Aphrodite sorriu brilhantemente.

- Significa que não seremos facilmente separadas. Vamos voltar para Tulsa e você vai assumir o cargo que te espera lá, mas não tenha medo, eu vou estar com você. - ela deu uma piscadela - E nas férias nós vamos viajar o mundo.

- Com o dinheiro dos vamps?

- Com certeza.

Um sorriso se formou em meu rosto, a alegria de Aphrodite me atingindo fortemente através da ligação.

- Partimos pela manhã. - expliquei - A turma toda vai estar lá.

- Bem, eu meio que estou com saudade da turma de nerds.

Parei dramaticamente.

- Nossa, está doendo?

- O que? - ela perguntou com confusão.

- Você acabou de admitir que gosta deles.

- Eu não disse isso, tenho certeza.

- Aphrodite, você gosta deles.

Ela cruzou os braços e fez uma careta.

- Eu não sinto tal coisa por eles.

Estreitei os olhos para ela, que, dramaticamente jogou os braços para o alto e falou com uma careta:

- Está bem, não dá para ganhar todas, não é?

- Você gosta mesmo deles. - eu ri.

- Isso que eu chamo de ler nas entrelinhas. - comentou sarcasticamente, depois me olhou nos olhos e disse - Mas eu gosto de você.

- Por muito tempo?

- Muito, muito tempo, Z.

- Bom, eu também gosto de você. Ainda mais quando sei que você vai me comprar um cachecol com tiras de ouro novo.

- Que mercenária!

Aphrodite colocou um braço em meu ombro e começamos a andar de volta para o castelo. No dia seguinte iriamos para o continente de barco e de lá usaríamos o jatinho particular da Morada da Noite para voltar para Tulsa, direto para o nosso futuro.

Ao longe, misturado ao som das ondas e do vento nas árvores, eu jurei ter ouvido a risada suave da deusa.

 

 



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