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História Chromatica - Light Blue


Escrita por: Kashi_

Notas do Autor


Att bem boiola de hoje dedicada para @httpdessa porque ela é meu doce!
Boa leitura!

Capítulo 27 - Light Blue


 

Draco Pov

Eu ainda me lembrava da expressão engraçada que minha psicóloga fez quando eu entrei em seu consultório naquela manhã e disse ‘Eu estou apaixonado pelo Harry’.

Eu mal havia me sentado quando comecei a falar milhares de coisas ao mesmo tempo, contando a ela todas as coisas que antigamente eu não parava para pensar, mas que faziam sentido quando se percebia estar apaixonado.

Eu me sentia um novo homem!

E, é claro...

Perceber que estava apaixonado por Harry me fez notar que eu provavelmente era o cara perfeito para ser o namorado dele.

Eu o conhecia, o amava, gostava de lhe mimar, sua família me adorava e só haviam vantagens intermináveis, e depois de um bom tempo pontuando como eu me enquadrava perfeitamente na categoria namorado do ano, foi que eu comecei a entrar em detalhes maiores sobre o agora.

Eu havia pensado bastante sobre isso.

— ... E eu vou fazer um encontro especial, e pedir para ser o namorado dele — Falei, pensativo, olhando para a janela, um pouco distante — Ontem eu estava pensando... a gente provavelmente até poderia pular essa coisa toda — Pontuei, mordendo o lábio inferior — Nós moramos juntos, vivemos juntos, nos amamos... Quero dizer... pessoas namoram por anos antes de casar, mas se você somar todas as vezes que fomos namorados emprestados... Parece loucura? — Me virei para ela, que me olhava de cenho arqueado — Tudo bem, é loucura — Conclui, dando de ombros.

Harry nem sabia sobre meus sentimentos, provavelmente receber um pedido de casamento sem mais nem menos seria estranho!

— Ou é apaixonado e corajoso...? — Sugeri, olhando para ela, que abriu a boca, mas não precisou dizer nada antes que eu revirasse os olhos — Ok, é loucura.

O fato é que minha mente não havia parado por um instante desde que eu consegui perceber com amplitude que estava apaixonado por Harry, e isso envolvia a coisa toda de uma maneira gigantesca.

Envolvia querer ser seu namorado, envolvia querer continuar sendo seu melhor amigo, e envolvia uma porção de desejos indefinidos e confusos sobre ele.

Haviam memórias de nossa infância e adolescência me rondando a mente, haviam vozes de pessoas que diziam que sempre fomos apaixonados, e aquela duvida cruel pairando se eu era apenas muito burro, ou se aqueles sentimentos eram apenas recentes.

— Sabe o que eu acho? Eu sempre vi Harry como algo intocável e precioso. Acho que parte de mim sempre viu nele aquele garotinho de sete anos que eu conheci. Então, quando... uma coisa me fez ter esse choque de perceber que ele cresceu... bem, foi como abrir os olhos. Faz sentido, não faz? — Questionei, mas não esperei a resposta antes de susprar — Se eu houvesse parado de ficar em negação antes, provavelmente já teríamos nos casado nessa altura — Murmurei, certo do que dizia.

Harry sempre me contou que eu era o cara perfeito para ele, e que se houvesse qualquer possibilidade, estaríamos juntos.

E eu sempre soube que era verdade, porque Harry também era a pessoa perfeita para mim.

De um jeito engraçado, desde sempre nós dois queríamos a mesma coisa. Uma casa grande para as crianças brincarem no quintal nos dias de sol (queríamos duas crianças), um cachorro para levar nas caminhadas matinais, domingos preguiçosos no sofá...

Isso me fez sorrir ao perceber o quanto planejávamos juntos, muito embora nas nossas mentes idiotas se quer pensávamos que seriamos a metade um do outro.

Nos nossos momentos mais insanos, combinamos de ser vizinhos para nossos filhos serem melhores amigos e brincarem juntos.

— Ah! A hora passou rápido hoje — Contei olhando para o relógio, vendo que meu falatório interminável nos fez passar cinco minutos do horário — Isso foi ótimo! Eu me sinto ótimo! Até semana que vem! — Falei, me levantando e acenei para ela, que parecia divertida em me ver sair, se despedindo com um sorriso.

Foi só quando estava dentro do carro, que eu percebi que ela não havia dito absolutamente nenhuma palavra depois de ‘Boa tarde’, e que eu havia feito um monólogo sobre Harry, casamento e paixão durante toda a sessão.

Eu realmente estava muito feliz, então aproveitei para passar em um restaurante legal e levar nosso jantar.

Harry teria um dia cheio, e provavelmente iria querer comer mais cedo e ir para a cama, porque ele teve uma crise leve de asma ontem e não havia dormido muito bem, então eu peguei coisas que ele gostava, e segui para casa muito animado.

Na minha cabeça, tudo fazia muito sentido.

Eu iria ser franco com ele, ter uma conversa muito sincera e aberta, e dizer sobre meus sentimentos. Harry sempre disse que qualquer chance comigo, em universos alternativos, acabaríamos juntos.

Estávamos aqui.

 Era real.

Ao mesmo tempo, não sentia que poderia apenas dizer isso a ele, então estava ansioso e havia pensando o dia inteiro, até conseguir definir que primeiro... teríamos um encontro.

Eu o levaria para um encontro legal, onde ficaria claro o quanto eu sou bom como seu namorado emprestado, e então ele aceitaria ser meu namorado de verdade.

Então, depois de uma quantidade adequada de meses, eu pediria ele em casamento e pronto.

Minha vida estava totalmente feita.

Eu teria Harry para sempre, e isso era tudo o que um homem poderia querer.

Não conseguia parar de rir sozinho ao imaginar o quanto Ronald e Blaise ficariam felizes quando estivéssemos juntos, e essas coisas bobas estavam me deixando tão feliz!

Nem mesmo uma nota possivelmente perigosa de Snape que eu havia recebido hoje me chateava.

Eu teria que me esforçar para tirar 6,8 no próximo exame se não quisesse me complicar, mas o mundo parecia lindo demais desde que eu descobrir estar apaixonado por Harry.

Era um sentimento engraçado, e eu me vi querendo dizer para todo mundo que estavam certos.

 Astoria, Ron, Blaise, Theo, Hermione, Viktor, meus pais, os pais dele, seus padrinhos, nossos colegas do fundamental, qualquer pessoas que nos visse juntos, nossos colegas do ensino médio e aquele cara que trabalhava na padaria... Todos eles estavam certos!

Como eu imaginaria isso?

Era incrível perceber!

Eu provavelmente parecia um idiota enquanto seguia para o elevador com as sacolas, e os pensamentos distantes e ansiosos.

Saber que veria Harry parecia ter um novo significado agora, e eu PRECISAVA me segurar e não soltar aleatoriamente que estava apaixonado, afinal não me parecia ser algo muito vantajoso.

Cheguei em casa totalmente alegre, deixando as coisas sobre a mesa de jantar, e segui para a cozinha, onde a luz estava acesa.

Harry pulou de susto e riu quando passei os braços ao seu redor, deitando a cabeça contra seu ombro para deixar diversos beijos na lateral do seu rosto.

— Eu cheguei — Falei, todo bobo vendo aquele sorriso que eu tanto amava, enquanto ele se virava no meu abraço para me olhar.

— Alguém parece feliz hoje — Disse contente, e eu assenti, estreitando o abraço ao redor dele, sentindo meu coração se encher de felicidade e sentimentos bons quando ele se esticou para beijar meu rosto.

Como eu nunca percebi o quanto amava Harry? E sua atenção, seus carinhos, seu sorriso, seus lindos olhos verdes...

Era engraçado perceber isso em um momento tão espontâneo, porque eu se quer tive controle em me refrear, e distribui uma porção de beijos pelo rosto dele, rendido pelo som de sua risada ecoando no nosso apartamento.

Eu estava tão feliz!

— Eu amo ver você alegre assim — Ele disse, me abraçando de volta, e nós ficamos daquele jeito, agarrados no meio da cozinha, tão unidos que eu me sentia nas nuvens.

— Eu trouxe nosso jantar — Revelei, e ele ergueu os olhos para mim, com um sorriso.

— Você não tem nenhum defeito, sabia? — Disse me arrancando um riso fácil — O que te deixou tão feliz assim?

— Eu só estou feliz — Falei dando de ombros, tentando não agir estranho — Ei, quando sua agenda vai estar tranquila?

— Porque?

— Eu descobri que inaugurou um parque do outro lado da cidade. Lembra? Como aquele que tinha perto da nossa casa, na época do halloween. Tem todos os brinquedos que você gosta. Pensei que poderíamos ir juntos qualquer dia — Falei, tentando na deixar óbvio que era algo totalmente planejado.

— Parece legal! Eu sinto tanta falta daquela época — Contou sorrindo espontâneo, se aconchegando no meu abraço — Quer chamar o pessoal?

— Eu... pensei em irmos nós dois. Como... quando éramos mais novos — Falei cauteloso, olhando em seus olhos.

— Foi em um parque assim que tivemos nosso primeiro encontro — Ele disse, sorrindo e eu assenti.

Era a razão para ter decidido que nosso encontro tinha que ser daquela maneira.

Onde tudo havia começado.

— Nós dois estamos com uma rotina maluca e cansativa. Pensei que seria legal tirarmos um dia só nosso, para ficarmos juntos... Nos divertirmos... você sabe...

— É uma ótima ideia. Quer ir domingo? — Questionou ansioso e animado, com os olhos verdes brilhando.

— Domingo é perfeito — Falei sorrindo, e ele retribuiu.

— Sabe o que deveríamos fazer? — Ele disse subitamente agitado — Lembra quando tirávamos um final de semana inteiro para ficarmos juntos na casa da árvore? Só nós dois, fugindo do mundo...

— Ah! Aquilo era incrível! — Falei, rindo ao me lembrar de como levávamos aquilo como um ritual sagrado. Um final de semana no mês nós ficávamos totalmente grudados, jogando vídeo game, vendo filmes e comendo porcarias por dois dias, na casa da árvore. Era como viver em um mundo só nosso.

— O que acha? Podemos deixar as coisas da faculdade para a próxima semana, e eu tenho conteúdo guardado para Blue. Quer escapar de todas as obrigações? Podemos tirar um tempo para não fazer nada, e ficarmos juntos.

— Para que fazer hoje, algo que posso fazer na semana que vem, não é? — Brinquei, rindo junto a ele, sentindo uma alegria fora de série quando Harry se esticou para beijar meu rosto, descendo os beijos pela lateral do meu pescoço.

Eu estava TÃO apaixonado!

— Quarenta e oito horas de amor? — Sugeriu, e eu ri ao me lembrar de quando era mais novo, e havia eu mesmo escolhido aquele nome.

‘Quarenta e oito horas de amor’. Eu realmente chamava passar um final de semana com meu melhor amigo de quarenta e oito horas de amor e tinha a cara de pau de dizer para as pessoas que não era nada demais.

Até eu quis me socar agora com essa percepção.

— Quarenta e oito horas de amor — Concordei, ansioso pelo final de semana.

Eu ainda não sabia, é claro.

Mas aquele final de semana...

Mudaria nossas vidas para sempre.


Notas Finais


Draco levou 26 capítulos para perceber que está apaixonado, e um dia depois acha que pode simplesmente pedir o Harry em casamento e pular todo o período de namoro HAUSHUASHUAS Imagina ele chegar no Harry, 'Ei, casa comigo' e o Harry sem nem saber de onde veio aiaiai Amo meus boiolinhas!
Ansiosos com esse final de semana dos Drarrys? Muita coisa pode acontecer rsrsrsrsrs
Espero que estejam gostando da fic!
Crô está começado a ir para reta final! Preparados?


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