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História Church (Taehyung - Hot) - You were doomed,


Escrita por: Victra

Notas do Autor


OLHA SÓ

vamo lá:
× esta é uma twoshot
× é um pwp. e a relação entre os protagonistas é de completa submissão (Kang Dulce) e dominação (Kim Taehyung). isso se estende às personalidades deles. se te incomoda, não leia.
× foi inspirada na música de mesmo nome do Fall Out Boy
× NÃO É fanfic de padre
× boa leitura <3

Capítulo 1 - You were doomed,




If you were a church,

 I'd get on my knees

Confess my love, 

I'd know where to be.



Há pessoas cujas meras gaze e existência exalam dominância; aquelas com postura intimidadora e sorriso felino.

Kim Taehyung é uma dessas pessoas.

— Bom dia, Dulce. — Ele deseja. A voz rouca e máscula acerta-me em cheio. Despreparada para lidar com sua presença, oscilo.

— Bom dia, Taehyung. — Devolvo, desacostumada a chamá-lo e ser chamada por nossos primeiros nomes.

É um nível completamente novo de intimidade. E eu não estou pronta. Essa nem é a questão, afinal. O ponto é: não acho que um dia estarei. Posso esbarrar com o Kim todos os dias, conversar com ele a cada hora, deixar com que nossos dedos se toquem enquanto trocamos documentos: tudo ainda será tão arrebatador como na primeira vez.

Estar preparada para Kim Taehyung não é algo possível. E mesmo que você se esforce e acredite estar, ele encontrará algum meio tão natural quanto uma respiração regulada para te derrubar.

Kim Taehyung é o meu labirinto. Estou presa em algum lugar entre seus olhos intrigantes e seus ombros largos; rodando pelos mesmos traços e sinais há meses. A pior parte é que não quero encontrar uma saída. Gosto da confusão que sua certeza traz.

— O Sr. Cho deixou o material que tinha comentado aqui? — Ele pergunta, apoiando-se na mesa onde estou acomodada.

Minhas púpilas captam cada um de seus detalhes inefáveis: desde o cabelo escuro perfeitamente alinhado à blusa social cujos últimos botões ele não se deu o trabalho de fechar. Então, abalada pela visão nociva a todos os campos de minhas integridade mental e física, preciso desviar o foco ocular para qualquer ponto aleatório na estrutura de madeira.

— Sim. A pesquisa não avançou muito nos últimos dias, mas ele disse estar ansioso para o seu regresso após o feriado. Aparentemente, teve algumas realizações e quer testar o andamento sob novas circunstâncias. — Faço um resumo de tudo o que me foi dito há algumas horas pelo nosso superior. Só após, percebo que deveria estar entregando os ditos resultados para Taehyung e apresso-me em fazê-lo.

— Certo. Eu vou ler os arquivos enquanto almoço. — Notifica, acompanhando-me com seu olhar conforme eu me levanto e apanho a pasta com os últimos dados de sua pesquisa. O objeto descansava numa das gavetas mais distantes, ao fundo do sala. E eu rezo para que Taehyung não note meu corpo trêmulo a cada movimento que faço.

— É realmente melhor que coma primeiro. Você não pode passar tantas horas em jejum para realizar seus estudos. Ambos podem ser afetados. — Ajeito os óculos com minha mão livre, apertando a pasta contra meu corpo com a outra enquanto refaço todo o caminho de volta à minha mesa.

Arrisco erguer o olhar para o moreno, que não parece ter tido sua atenção desviada de minha figura em momento algum. Meus joelhos falham entre um passo e outro. E antes que eu tente me convencer de que o Kim não notou, percebo o sorriso ladino em sua expressão, declarando que estou mais do que errada.

— Agradeço pela preocupação, mas estou bem. — Arqueia as sobrancelhas, tecendo algum adicional em sua fala — Me pergunto se você pode dizer o mesmo, no entanto. — Abaixa-se um pouco, de forma em que estejamos ainda mais próximos quando retorno ao meu leito, já esticando o material em sua direção.

— O que quer dizer? — Forço um riso que acaba soando claramente nervoso.

— Anda comendo bem? — Seu rosto é inclinado minimamente para o lado, analisando o meu com minúcia. — Seu corpo parece fraco ultimamente.

Ah, está. E como. Meu corpo está deplorável, ardendo e queimando quando estamos próximos; esfriando e implorando ao nos distanciarmos.

Eu estou mais do que fraca, estou doente. Em abstinência por uma droga que nunca sequer fiz uso: Kim Taehyung.

— Você está bem? — Reforça a preocupação ao notar minha ausência de respostas.

Suas orbes se tornam lascivas demais e eu sou obrigada a abaixar o rosto, fugindo delas. Descontente, ele se inclina ainda mais. Sua destra alcança meu queixo, levantando-o sem que uma força considerável seja necessária; não preciso de muito para seguir aos seus anseios.

— Kang Dulce — Ele sopra, estudando meu rosto com ainda mais afinco. — Você está bem? — Suas palavras e respiração quentes acertam-me com uma pressão que não sei como processar. Minha mão ainda está estendida e a pasta treme sem parar.

Droga, ele não pode só pegar a maldita pesquisa e ir embora?

Todavia, eu não quero que vá. Ele já esteve distante por toda uma semana. Malditos feriados nacionais e maldito garoto de outra cidade. Esta faculdade é meramente tolerável. Sem Kim Taehyung em seus corredores, ela se torna uma masmorra a qual eu me condenei voluntariamente.

Porque eu nunca soube o que estava fazendo ou o porquê de fazer. Nunca tive certeza do curso que escolhi — nem mesmo agora, a alguns semestres de seu fim. Desde que pisei aqui dentro, porém, não pestanejo a ouvir e seguir o homem de sobrenome Kim com a mais irracional das devoções, mas também a mais convicta.

— Estou bem. — Minto, a muito custo. E ele não precisa nem fingir que acreditou nas palavras proferidas pela minha voz falha e quase inaudível. Ninguém acreditaria. Muito menos Taehyung, o garoto prodígio.

O Kim fora iniciado cientificamente pelo corpo docente da universidade. Suas ideias só não eram tão magníficas quanto seu desempenho.

Uma daquelas pessoas que mudariam o mundo. E a maldita pessoa que havia se tornado o meu mundo.

Patético, Dulce.

— Está bem? — O deboche é nítido, praticamente palpável. E eu sou pura vergonha e nervosismo.

Ainda mais patético.

— Talvez você só precise se distrair um pouco, então — Estende seu riso malicioso em um semblante completamente feroz. Ele não está nem se esforçando, mas já me sinto como uma presa prestes a ser devorada. —. Eu soube que Jimin e os garotos vão dar uma festa no fim de semana. Por que não vai? — Seus dedos compridos acariciam a minha tez, esticando-se para tocar também em minhas bochechas. — Trabalhar e estudar sem parar é um dos caminhos mais rápidos para a exaustão. — Continua. E eu já não sei dizer qual ponto de meu rosto ele está mirando. Sei que ele nota quando arfo, entretanto.

— Eu não tenho muito tempo livre. Você sabe. — Replico. E ele assente porque sim, sabe. Enquanto Taehyung vive num laboratório para se manter na faculdade, eu mato minha agenda entre um escritório e outro. Pode-se dizer que nós, estudantes bolsistas e pseudo-estagiários, nos entendemos bem.

— Eu também não. Mas eu vou. — Seus olhos tornam a encontrar os meus. — E eu gostaria de te encontrar lá.

Pronto. É mais do que suficiente para me persuadir. Ele me quer lá. — Quando é? — Indago, deixando minha atenção cair para seus lábios no momento em que ele os umedece.

— Sábado. Começa às oito. — Declara.

É um péssimo dia. É um péssimo horário. — Eu preciso ir à igreja com minha mãe este sábado. — Murmuro, frustrada.

Subitamente, ele se afasta.

— Ah, por favor. Você realmente acredita nisso? — Devo transparecer completa confusão. Mas ele não tarda a explicar. — Você realmente acredita que precisa ir à igreja?  — Ou implica. Talvez esse seja um termo melhor para o seu ato.

De todo modo, entendo: estou falando sobre crenças com um ateu astrofísico. E eu poderia, muito bem, estar ofendida pelo tom usado. Porém eu concordo. Não porque desprezo as religiões ou a existência de um deus, e sim pois não acredito em nada disso.

E ele sabe que não.

— Tudo bem. — Cício. Simultaneamente, ele alcança a pasta que, em algum momento, eu abaixei. Então, afasta-se. E, droga, ele não pode só voltar aqui e cortar qualquer distância que nos separe? Para sempre? — Eu não preciso ir à igreja com minha mãe no sábado. Mas…

— Mas — Toma a voz, aparentando carregar a mais pura das satisfações. — Você precisa ir me encontrar às oito. Na fraternidade dos Ômega. — Postula. E eu concordo.

— Te vejo no sábado, então. — Confirmo nosso encontro iminente em um misto de alegria e inquietação.

Taehyung meneia a cabeça em um gesto de despedida. Seus lábios e olhos se juntam para formar uma expressão que não sou capaz de ler. Ao menos, reconheço o tom pesado em sua voz ao escutá-la novamente:

— Ótimo. Vou te esperar. — E sai. Deixando-me tonta, em necessidade de sua presença e toque.

Agarro-me à mesa, submetendo-me à própria fraqueza. Já que, de alguma forma, pareço ter acabado de marcar a data para minha execução. E mesmo que fosse o caso, não me importaria em tê-la pelas mãos de Kim Taehyung.

O que é outra besteira. Comparar tal evento com um fim drástico é a mais ridícula das tolices.

Este sábado é sobre começos.



Notas Finais


essa é minha primeira bdsm então peguem leve comigo ok

espero que tenha gostado. e espero que me deixe saber o que achou. o próximo capítulo (o hotzao) já está quase e praticamente pronto então, se tem interesse em lê-lo, me diga, por favor hihi

Meu perfil é @Victra, tem mais histórinhas por lá

muito obrigada por ler e obrigada a @woondz pela capa top e por ser a+ eficiente (ÍCONE)

xx, Lis-ah.


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