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História Ciclo Perpétuo - Capítulo 2


Escrita por: Joo_Kawaii_chan

Notas do Autor


Céus, primeiramente boa noite e apenas digo que morri vendo cada comentário de incentivo no capítulo anterior, além dos favoritos, tipo, sério, a ser humana aqui ficou pasma e muitíssimo feliz. Obrigada, sim?

Boa leitura, jovens!

Capítulo 2 - Capítulo 2


Fanfic / Fanfiction Ciclo Perpétuo - Capítulo 2

Havia um carisma natural no loiro, como uma energia boa dissipando-se pelos poros do – aparentemente – mais jovem e chegando a si para causar uma graça singela. Jungkook sorria abobalhado, assistindo o ômega espremer o blazer quadriculado e agradecia por ter JungWon em seus braços, pois beirava a cometer uma loucura. Era um alfa, pela primeira vez vendo a criatura que completava sua alma e tornava-se difícil resistir aos instintos com o outro ensopado, adoravelmente tentando secar-se. 

Certamente, era uma ação inútil, as roupas não secariam tão rapidamente, mas era exatamente isso que trazia extrema fofura aos atos assistidos por si. Sabia que o outro apenas não conseguia olhá-lo devidamente. 

— Bebê, espere o papai com seus irmãos, hum? Eles já estão no terceiro andar do castelo – o alfa pediu ao filho caçula e depositou-o no chão – E jamais volte a se afastar deles novamente, promete? 

Estendeu a mão tatuada, enlaçando o dedo mindinho ao do filho e beijou a testa do garoto, esfregando o nariz contra o local.

— O WonWon promete, papai, 'tá bom? – o pequeno sorriu ao vê-lo assentir e saiu correndo. 

— Você tem três garotos lindos e se os outros dois forem como o JungWon, certamente são crianças estonteantes – a voz do ômega soou amável, enquanto abraçava o próprio blazer em buscar de conforto a seu embaraço – Tão adoráveis.  

— Pensa que apenas as crianças são estonteantes? – o alfa aproximou-se alguns passos, evidenciando a diferença de altura entre ambos – Nem sequer um elogio para o pai deles? 

O loiro apertou mais forte a peça de roupa, como se o tecido pudesse protegê-lo de seus olhos famintos, mas o Jeon ainda enxergava bem o rubor intenso da face delicada, ansiava apertar aquelas bochechas macias. As pupilas cor avelã estavam fixas na areia da praia e viu-o suspirar, afundando metade do rosto no blazer e assim, foi olhado pelo constrangido ômega, captava a modesta observação recebida em seu corpo e continuava insatisfeito. Suas tatuagens tornaram-se foco das orbes alheias, não fazia tempo que fechou o braço direito com os desenhos, artes aleatórias que iam do ombro aos dedos, um de seus charmes, por assim dizer. 

Queria tocá-lo. Via-se preenchido por um anseio mordaz de sentí-lo, a fim de comprovar se o acontecimento era mesmo real ou apenas uma traiçoeira ilusão

Foi sem culpa que tocou a bochecha rosada, erguendo a face alheia e dando mais outros três passos, esteve próximo o suficiente. Assim pôde roçar o nariz nos cabelos loiros e ouviu o tecido molhado cair no chão, devido ao crescente nervosismo do menor por suas ações. Jungkook tinha noção que parecia um desesperado e essa era a questão, não parecia, ele estava angustiado pelo seu destinado.

— Não irá mesmo me olhar devidamente? É tão tímido assim, ômega? – indagava, afundando mais o nariz nos fios cheirosos a pêssego e maresia – Um alfa sem camisa te encabula a tal ponto de aparentar ser um filhote trêmulo? 

— Não é isso! – negou fortemente o pequeno, mordendo os lábios para conter o tom revoltoso – Não tenho vergonha de alfas sem camisa, não mesmo!

O ômega possuía as pálpebras cerradas, lábios trêmulos e já havia ultrapassado todos os limites de avermelhado, virando uma pimentinha, o Jeon assistia cada mudança de perto, era uma visão deleitosa. Os polegares tocaram a derme morna do pequeno, confirmando a maciez dessa e esfregou as testas, sentindo o próprio coração surrar a caixa torácica a ponto de doer. Estava hipnotizado pelos lábios frágeis tentando formular uma frase e sua própria mente encontrava-se vazia, inebriado pelo cheiro envolvente e irresistivelmente doce, era pura baunilha com um toque fervoroso de pimenta rosa

Uma essência malditamente sedutora, que guiava-o para mais perto da falta de controle, induzindo-lhe a não querer largá-lo jamais. Na verdade, talvez não conseguisse deixá-lo partir, refletia o alfa, quando as orbes avelãs mesclaram-se ao preto das suas. Meu, era o pronome que eletrizou seus neurônios, emitindo tal informação a todo seu corpo e transbordando-lhe de posse. 

— Se não é vergonha, o que está sentindo, ômega? – o Jeon provocava mesmo consciente, pois as sensações queimavam em si também, mas queria ouvi-lo – Me diga, estou curioso. 

— Não é vergonha, como posso estar constrangido se trabalho com corpos despidos, certo? – ditou extremamente confuso, buscando respostas em seus olhos, mas Jungkook encontrou-se transtornado – O que houve? 

Jeon deu um passo para trás, a mente embaralhada pelo peso que as palavras do outro causaram em si e olhava para as roupas de grife, além das botas de salto jogadas na areia não tão distante deles. Encaixando as peças, chegava a nada mais que desespero e uma única profissão: 

— Você é acompanhante de luxo? – questionou, a voz grave e exigente. 

Encontrava-se desesperado por respostas, já refletindo em como tiraria o jovem da vida ilegal, poderia dar tudo que esse desejasse, mimá-lo de todos modos extistentes, era necessário apenas um sim. Todavia, para alegria e afastamento da amargura que abria espaço em sua alma, o ômega tombou a cabeça para o lado, a face repleta de inocência e comia os próprios lábios ao indagar: 

 O que é isso, alfa? Espere, acho que o Chimmy já citou antes, mas é tão vago... – o ômega pareceu pensar, os cílios longos debatendo-se graciosamente e puff, o loiro explodiu dando um tapa em seu peito – Como pode me ofender assim? Jamais em minha vida fiz essa... essa... essa depravação! 

— Você disse que trabalhava com corpos despidos, que outra conclusão teria eu? – apertou a mão alheia contra seu peitoral, logo pousando-a contra sua bochecha – Não me assuste assim, ômega, céus!

O polegar do loirinho esfrega-se em sua bochecha, trazendo rapidamente conforto a si e tamanha intensidade chegou a assustá-lo, eram realmente linhas traçadas pelo plano divino, um aconchego e pertencimento exorbitante, tendo como trilha sonora as doces risadas do outro. 

— Designer de moda, ao todo, estilista, trabalho com cores, tecidos e modelos de corpos diversos – explicou o pequeno ainda risonho, a mão arrastando-se até seu braço tatuado – Adoro toda expressão de arte, normalmente estaria imaginando sobre a delicadeza desses traços, mas simplesmente – retornou a esconder o rosto nas palmas miúdas, constrangido – Deixa-me estranho... e acalorado

— Quente como um inferno – o Jeon sussurrou rente ao ouvido do menor, ouvindo-o suspirar – Sente como se a coisa mais certa da sua vida fosse morar no meu abraço? 

— Queima, meu coração todo está queimando, apesar disso sinto-me seguro, é intenso, profundo – o ômega complementou a linha de raciocínio do alfa, esfregando as bochechas quentes e concluiu temeroso: – Não é o fato de você estar sem camisa, ainda a vestindo faria sentir-me caótico assim, certo? 

— É minha primeira experiência com essas sensações, ômega – confessou perante as orbes avelãs – Mas duvido que um dia pare de apreciá-lo na mesma intensidade de agora. 

O designer de moda tinha novamente os olhos úmidos de lágrimas, entre um riso energético soando em meio a soluços, ao dizer:

— Meu alfa destinado, então!

— E esse alfa pode saber o nome de seu ômega? Ele está ansioso demais – Jeon sorriu, limpando as lágrimas alheias. 

O menor assentiu, os lábios pequeninos e com belo formato emitiam um sorriso branquinho, brilhante a ponto de ser invejável, mas Jungkook não conseguia achá-lo algo diferente de perfeito. Porém, a visão se desfez ao esse cobrir o nariz para espirrar novamente, o corpo tremendo com maior intensidade e o alfa relembrou do fato dele estar encharcado, aquilo era arriscado. Não queria o loirinho resfriado, os ômegas eram frágeis a temperaturas e seus instintos guiaram-o a levar tal para baixo do guarda-sol. Preciso de roupas secas, era o que o Jeon pensava até YunHo, que vasculhava a mochila do irmão mais velho, passar a olhar de si para a nova presença inquieta na cadeira.  

— Que é isso, papai? – o garotinho cheirou o ar, totalmente desconfiado. 

— O companheiro destinado do papai, não deixe ele fugir, okay? – pediu ao filho, limpando as bochechas sujas desse de chocolate e retornou os olhos ao ômega  – Irei até o carro pegar toalhas e algo seco para você vestir, olhe as crianças um pouco, mas não precisa responder as perguntas.  

— Alfa, sobre o que você está…

O pobre loirinho não pôde concluir a pergunta, pois logo o pequeno YunHo gritou aos quatro ventos: 

— Junnie, o papai achou aquela baboseira de destino! Junnie! 

O alfa viu JuYeon parar subitamente de enfeitar o grande castelo de areia, logo pegando a mão de JungWon e indo em direção à mesa, os três filhos sabiam ser bastante curiosos. Somente torcia para  que os pequenos não assustassem o ômega, quando entusiasmados podiam ser muito barulhentos e o loiro já estava debilitado suficiente pelo aguaceiro. Suspirou, retornando a seguir para o estacionamento e foi constrangido pelo olhar de parabenização de alguns indivíduos na praia, por isso apressou os passos. 

Apenas na orla foi que deixou de ser o centro das atenções, era claro que todo lupino aguardava seu destinado e ele foi o premiado hoje, estava feliz, mas não menos hesitante. Era tudo tão novo, refletia ao abrir o porta-malas, recolhendo a toalha necessária e também lembrando de pegar uma muda de roupas para o ômega. Seu ômega, a mente adorava frisar essas duas palavras e percebeu o caos de seus hormônios quando as presas desceram, levando-o a chocar a testa no vidro do veículo.

— Trinta e um anos, Jungkook, comporte-se como tal, droga! – o alfa se exasperou, movido a pensar em algo diferente de marcar e foder. 

E assim, entre o desespero e o corpo quente, agarrou-se às lembranças das peripécias de seus filhotes, como o dia em que JungWon assustou YunHo e ele mesmo terminou sujo de Coca-cola em plena avenida. 

Como pai solteiro, o Jeon odiava estar desprevenido, principalmente em passeios longos, tornou-se um hábito levar roupas extras até mesmo para si, após aquele incidente em que o filho do meio lhe deu um banho de refrigerante. Em igual, desgostava de desorganização, mas algo lhe dizia que seu companheiro era o oposto, afinal, deveriam ser um equilíbrio e o outro exalava sossego, além do brilho inocente e inconsequente nas orbes avelãs.  Percebeu estar correto assim que retornou, mesmo à distância ouvia a risada volumosa de YunHo, enquanto o loirinho cochichava algo tendo JungWon no colo, o ômega era mesmo seu complemento. 

O jovem exalava alegria e simpatia, não que o alfa não tivesse carisma, mas não era menos rígido por isso, então era o encaixe perfeito a sua seriedade e lado calculista.

— Posso saber o que os quatro andam aprontando? – exigiu ao parar atrás do ômega e de frente aos filhos – Eles não te assustaram, certo? 

Deixou uma leve carícia na bochecha do loiro, logo depositou o que trouxera sobre a mesa e foi espremer-se junto às crianças na espreguiçadeira, depositando um JungWon sonolento no colo. 

— Pai, ele sabe imitar a voz Doraemon! – JuYeon sorriu animado para si. 

— Oh, é mesmo? – o alfa acariciava os fios do caçula, deixando-o confortável para o futuro cochilo – Deixe-me ver, então, loirinho

— Diz aquela frase vai, é engraçado! – dessa vez foi YunHo a pedir em tom de manha. 

O ômega pareceu relutante ao olhar cruzar com o seu, mas então suspirou olhando o brilho do sorriso das crianças e espremeu os lábios bonitos. O Jeon sentiu-se ansioso até mesmo por aquela besteira, detinha certeza que facilmente cederia a tudo desejado pelo menor. Admitia, já estava viciado nas expressões adoráveis e olhos avelãs. 

— Você é desajeitado, lento, odeia estudar, tímido, preguiçoso, denso – o loiro era espontâneo, imitando facilmente o tom fino e agudo do gato cósmico, listando os defeitos nos dedos adoravelmente – Ruim nos esportes, covarde, esquecido, não confiável e um pateta! 

Yunho gargalhou diante do cruzar dos braços do estilista, havia uma expressão de negação a cada manear de cabeça do ômega, realizando uma encenação completa do desenho animado. 

— Vê? É igualzinho, papai! – o filho do meio falou contente, tendo os lábios cobertos por JuYeon – Junnie chato…

— O WonWon dormiu, bobão, não fale alto, oras. 

— É realmente idêntico, querido – sorria encantado ao ômega, retirando com delicadeza a camisa úmida do filhote dorminhoco – Já pensaram no que desejam almoçar? 

— Mas ainda iremos andar nas pedras antes de ir no restaurante, não? – o ômegazinho questionou bicudo – Você prometeu, pai. 

— Nós iremos, meu doce, mas pensem no que querem almoçar, okay? Sempre demoram a pensar e o garçom falta criar raízes em nossa mesa. 

— É tudo culpa do Junnie – YunHo desdenhou e recebeu uma beliscão do irmão mais velho – Certo, podemos fingir que a culpa é minha. 

— Não comecem, okay? – o progenitor suspirou. 

Acabara por distrair-se com os miúdos, ouvindo-os relatar pedidos e negando certas exigências mirabolantes, a criatividade dos filhos era impressionante. Quando ergueu a cabeça, teve de acomodar-se melhor na espreguiçadeira, o ômega loiro havia tirado o suéter preto e estava de lateral para sua direção, retirando a calça encharcada. O jovem tinha dificuldades para livrar-se do tecido justo, inclinando-se e dando pulinhos, as crianças riam do sufoco alheio e o alfa, ah, esse morria vendo o contorno das nádegas cobertas por uma calcinha rosa clarinho. 

Era um corpo bonito, com singelas curvas e carnes distribuídas em equilíbrio, atraente a ponto de fazê-lo ferver e sentir ciúmes, afinal, possuía certeza de não ser o único a devorá-lo com os olhos, até mesmo ouviu assobios de algum atrevido. 

— É da Gucci mesmo, pai, vi o emblema – surpreso, JuYeon cochichou em seu ouvido. 

— Yah – o loiro olhou-os com indignação – O suéter é da Hope Word, coleção de inverno da H&W, está molhado, por isso os detalhes em púrpura não são visíveis! 

O ômega terminou de secar os cabelos, deixando a toalha sobre o pescoço e vestiu o suéter que pertencia a Jungkook, a peça ficou larga e o alfa agradeceu por tal cobrir o belo corpo devidamente, fazia bem a sua sanidade. E vasculhando os bolsos da calça úmida jogada na cadeira, esse sorriu ao achar um cartão e logo estendia-o a si, o Jeon analisou as informações com calma e engoliu em seco. Jung HoSeok, era esse o nome do homem, estilista e dono da marca Hope Word, eram as informações presentes, além dos números para contato e o fim havia o emblema da Mybe Group

Como advogado, Jungkook sempre estava informado sobre os setores coreanos e Mybe não era somente uma empresa, era um conglomerado composto por diversos ramos. Desde hotelaria, TI e eletrônicos, fast food e outros infinitos, sendo o mais recente, o ramo da moda e a H&W não parava de crescer. Ao que lembra, Hope Word havia conquistado em apenas dois anos o prêmio de prestígio International Woolmark Prize Asia, e agora, Jungkook tinha o próprio dono desse império como seu ômega. 

A cabeça pesou com tamanho fluxo de informações na mente e permaneceu em silêncio, mesmo percebendo a ansiedade dos olhos do Jung, que buscava algo em si. O ômega buscava aceitação, seu íntimo gritava. 

— Você é rico! – foi YunHo o primeiro a reacionar,  batendo as mãos em conclusão. 

— Todos nós... – ainda desorientado, JuYeon perdeu a fala – usamos H&W... papai só tem ternos da Hope Word. 

— Sério?! – HoSeok pareceu eufórico e envergonhado, inocentemente feliz – Farei peças exclusivas para seu papai, então. 

A questão era que Jeon Jungkook estava sendo devorado por angústia, o cartão sendo amassado por sua mão forte e depositou o filhote que dormia nos braços de JuYeon, precisava ter uma séria conversa com seu ômega, pois esse não parecia consciente da ligação formada entre eles. 

— Vocês ficam aqui, não ousem se mexer dessa espreguiçadeira e você, ômega – exalava seriedade, as feromonas dominantes expressando intensidade ao apontar para o loirinho – Vem comigo até o quiosque, vamos comprar bingsu para as crianças. 

Sequer houve chance do loiro confrontar a ideia, os olhos avelãs ainda preenchidos por dúvidas quando tal aceitou sua mão, dedos entrelaçados em um encaixe perfeito. Jungkook tinha pressa, queria esclarecer o pandemônio que a mente tornou-se, pois Jung HoSeok era ligado às mídias e a última notícia, saída cerca de um ano atrás, lhe transtornava. Desconcertado a ponto de puxar o corpo delicado pelo caminho, ansioso por uma mísera privacidade e assim, tardou a ouvir os pedidos manhosos do ômega para ele ter calma, pois seus pezinhos queimavam contra a areia. 

O Jeon olhou-o com preocupação, a vista capturando os pés protegidos apenas por meias ¾ da Gucci e a face vermelhinha de agonia, sentiu-se um alfa desleixado por não priorizá-lo devidamente. Como desculpas, roçou o nariz devotamente nos cabelos macios, logo sustentava o corpo leve contra a lateral de sua cintura, apenas um braço apoiando o pequeno por meio das nádegas, essas que roçaram em seu bíceps contraído. A face rosada do parceiro buscou abrigo nos fios negros de Jungkook, enquanto os dedos trêmulos ocupavam-se em buscar melhor apoio nas costas e ombros alheios, resultando em um alfa extasiado pela proximidade. 

O corpo do loirinho foi posto no chão quando chegaram à parte traseira do quiosque, mas o contato não foi destruído, pois o moreno permanecia com uma expressão descontente e prensava o miúdo contra a parede de madeira do estabelecimento. 

— Por que parece bravo, alfa? – o ômega olhava os próprios pés, tendo um bico emburrado nos lábios – É devido a minha casta econômica? Eu não sou esnobe, juro de dedinho que não, Jungkook-ah. 

Foi derretido pelo modo carinhoso que o outro chamou-lhe, o simples apelido afastara boa parte de seu desagrado e manso, tocou a bochecha farta com delicadeza. Alguém esnobe e mesquinho não pularia no mar, vestindo roupas de preço exorbitante, com o pequeno objetivo de ajudar uma criança desconhecida. Entre um suspiro risonho Jungkook ergueu a face bonita, roçando os narizes e sentindo o ômega começar a brincar com as alças para cinto localizadas no cós da calça que vestia. 

— Não me importo se meu ômega é uma patricinha viciado em chás da tarde – brincou, mas aquilo foi confirmado ao ter a face do pequeno esfregando-se em seu peitoral – Não gosto de dividir, meu bem, que alfa aprecia ter apenas lascas de seu companheiro, hum? 

— Mas o Jungkook-ah é meu alfa! Mesmo que a pouquinho tempo, jamais haverá necessidade de me dividir – havia manhosidade nas ações do loiro, cujo buscava mais do cheiro dominante do alfa – Patchouli e bergamota combinam tão bem com você, é deleitável

— Certeza que não devo me preocupar, pequeno? – a voz soou sensual, enquanto as mãos se apossaram da cintura fina e puxavam o outro mais para si.  Mordendo a orelha coberta de piercings desse ao concluir: – A última notícia que vi sobre o caçula do império Mybe, era que esse estava noivo de um australiano. 

HoSeok tremeu nos braços fortes do alfa, mas não por medo, era sensibilidade aos toques, contatos que bambeavam as frágeis pernas e faziam-o suspirar contra o peito largo livre de tecidos. Jeon observava o baixinho, adorando a moleza desse, mas ainda consumido por ciúmes, tendo os instintos à flor da pele que imploravam para marcar território. Todavia, não poderia foder seu ômega em área pública, mesmo que impregná-lo com o cheiro denso de seu gozo fosse deixá-lo mais seguro, jamais seria tão insano assim. 

Os pensamentos do alfa diziam aquilo, mas as mãos desceram até as coxas do menor, sentindo o quão roliças eram e ao subir, infiltrou-se por baixo do suéter lilás, acomodando as nádegas arrebitadas entre as palmas calejadas. Seu corpo estava incendiado desde a primeira troca de olhares, sentia como se o maior pecado fosse não tocá-lo, ansioso por apreciar com o tato o presente recebido das divindades. Julgava-se ser semelhante a uma fera domesticada, o Jeon explodia em instintos, mas expressava afeição ao conhecer as curvas do parceiro, tateando com amabilidade a renda fina da calcinha e bumbum rechonchudo. 

— Você não tem direito de pertencer a outro alfa, é o meu ômega – esclareceu, o tom rouco, afundando o rosto no pescoço leitoso e cheirando intensamente a fragrância de baunilha apimentada  – O alfa que tem não é suficiente, Jung HoSeok


Notas Finais


O que será que nosso HoSeok esconde, hum? Céus, amo dar spoiler, mas me seguro fortemente, sendo assim, vejo vocês no próximo capítulo. Aliás, calma, tenho um esclarecimento:

Os capítulos crescem de tico em tico no decorrer e os maiores ocorrem bem mais a frente.

Beijinhos e até a próxima terça!


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