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História Cidade de Sangue: Inferno. Parte 2 - Para casa


Escrita por: AlanaLouris

Notas do Autor


Me desculpem a demora, prometo me esforçar mais para atualizar mais rapido

Capítulo 10 - Para casa


Fanfic / Fanfiction Cidade de Sangue: Inferno. Parte 2 - Para casa

  Ver tantos olhares curiosos fazia Regina sentir prazer na demora, ela sabia que todos aguardavam ansiosos pela volta de seus lares. Mal podia acreditar que ela mesma havia tomado essa decisão.

  Quando Emma notou que Regina vinha acompanhada não só por Malévola mas também por fada azul e Daniel, ficou boquiaberta. 

   Regina parou em frente a todos e olhou para o chão, talvez pensando no que diria. Fada azul sorria para quem a olhasse. Finalmente a rainha ergueu a cabeça e Azul juntou as mãos na frente do corpo.

– Chegou ao conhecimento de vocês... – Regina deu uma pausa e voltou a olhar para o chão. Ela sentiu Daniel pegar sua mão e segurar firme. Ela o olhou, sorriu e prosseguiu. – Chegou ao conhecimento de vocês que estamos de partida. Isso é verdade, todos que estão aqui voltarão para casa como tanto desejaram. Sinto em dizer que se vocês reencontraram seus amigos e parentes no submundo, devem se despedir agora, porque nunca mais os verá novamente. 

   Alguns voltaram a sussurrar, pessoas como Marian e Graham tinham o olhar vazio e triste. 

– Contudo... – Voltou ela a falar um pouco mais motivada - Não vou impedir de ficar aqui, aqueles que desejarem. Mas preciso deixá-los cientes, que se ficarem, não poderão sair, nunca mais. – Regina sorria. 

– Ela está se divertindo com tudo isso. – Mary sussurrou para o marido. 

– Você não espera que ela veja toda a dúvida e toda a confusão nos olhos dessas pessoas e não se divirta não é? Ela ainda é a rainha má. – Disse Emma. Ela não estava feliz em saber que aquilo deixava Regina feliz, mas pensou por outro lado e era raro que ela só estivesse sorrindo ao invés de se gabar ou brincar com a situação. 

– Quem desejar ficar, pode ir embora desse local, não impediremos. – Regina observava, desejava que alguns realmente desistissem da partida. 

– Eu ficarei. – Robin gritou e deu um passo à frente. Roland estava nos braços dele e Marian ao seu lado. 

– Pois bem ladrão. – Regina estava séria dessa vez. – Isso é uma pena, mas como eu disse, os que quiserem ficar podem ir embora. 

  Ela voltou a olhar para o chão, tentou não encarar mais ninguém, esperando que outros se juntassem a Robin e deixassem o local em que estavam. Alguns realmente desistiram e se foram dali. David observava os tantos conhecidos indo embora, mas Emma só tinha olhos para Regina. Foi assim que ela notou que a Rainha não estava bem. Se aproximar? Era uma boa ideia? Emma não pensou duas vezes e foi até ela. 

– Regina o que houve? – Emma estava a um passo dela. – Você não parece muito bem. 

– O que faz aqui Swan? Tome seu lugar e aguarde. – Disse a rainha de cabeça baixa. 

– Não, até saber qual é o problema. 

   Regina respirou fundo e abraçou os próprios braços.

– O rei não pode seguir com a Rainha – Regina levantou a cabeça, seus olhos estavam vermelhos e ela não estava nada feliz. Emma olhou em volta e lá longe na direção que Regina veio, estava Henry, o rei.

– Eu sinto muito Regina. – Emma pegou a mão dela. – Eu sinto tanto.

– Não, senhorita Swan, não sente. Eu o abandonei uma vez e terei de abandoná-lo novamente. Eu sinto por isso, mas você… Você abandona as pessoas que te amam e não sente nada. – As lágrimas, presas, impedidas de abandonar os olhos dela faziam Regina parecer ainda mais triste. Majestosa, mas ainda assim triste.

– Você ainda é a senhora do submundo, ainda pode fazer algo quanto a isso. – Disse Emma.

– E acha que já não tentei? Ele não vai conosco se alguém tiver que pagar o preço. – Regina olhou para a mão que Emma segurava, a soltou devagar. – Ele não é assim. Ele é bom, é a pessoa mais doce que eu já conheci. 

– Nós vamos dar um jeito, sempre damos. Acredite em mim, eu posso te ajudar se me deixar ficar. – Emma a tocou no braço. – Ficar na sua vida.

– Eu não confio mais em você Swan. – Regina sorria, aquele sorriso fingido, que a rainha mostrava para esconder sua verdadeira face, a face que sofria. – Onde está o meu filho?

– Está bem ali. – Emma virou-se para olhar para Henry. Baelfire estava ao lado dele, eles sorriam e conversavam.

– Traga-o, eu preciso falar com vocês antes de mais nada. – Regina era boa em fugir de assuntos inacabados. Emma não insistiu mais e deixou-se levar. Ela assentiu com a cabeça e fez sinal para que Henry viesse ao seu encontro.

– Vocês vão primeiro. – Regina abaixou-se ficando na altura de Henry assim que ele se aproximou. Ela tocou a face dele, sorrindo. Respirou fundo e tentou sorrir. Os olhos dela estavam molhados pelas lágrimas. Era um momento difícil.

– O que?Porque? Do que você está falando? Não está pensando em ficar , está?– Emma olhou para baixo encontrando os olhos de Regina. 

– Se alguma coisa der errado e o portal se fechar, pelo menos vocês estarão bem longe daqui. – Regina voltou a se levantar. – Assim que chegarem ao outro lado, fiquem longe do portal para não serem puxados de volta. Eu estarei logo atrás de vocês, só preciso garantir que todos passem. 

   Regina olhou para longe, Rumple estava parado, sorrindo. Ele a olhava como se a analisasse, como se desejasse saber o que ela pensava ou sentia. 

– É uma pena que não possa deixá-lo aqui. – Disse Emma. 

– Bella está no submundo. Eu não o deixaria aqui para ser feliz. – Regina quase sorriu. – Ela estará livre quando nos for. 

– O que você fez? – Perguntou a salvadora. 

– Eu a mantive longe dele. O que acha que fiz? Não me olhe assim Emma. Ela está bem. – Regina estava séria mas Emma sabia que ela falava a verdade – Ele acha que Bella achou o seu assunto inacabado e cruzou a passagem. Deixe que pense assim até estarmos longe daqui. 

– Estamos pronto majestade.– Disse Azul. 

– Otimo. – Regina olhou para ela e em seguida para Emma e Henry. – Vejo voces do outro lado. 

– Fadas e trevas trabalhando juntas… – Emma olhou para Azul sorrindo. – A coisa é seria mesmo. 

    Azul tinha o poder de invocar portais e Regina era a única com magia suficiente para ajudá-la a mantê-lo aberto. Quando Azul fez aparecer uma porta no meio de todos, Emma desmanchou do rosto o sorriso que carregava, ela segurou as mãos de Henry e esperou que a fada falasse com ela. 

– Depois de aberta ela só poderá ser fechada quando todos passarem. – Regina falava enquanto a porta aparecia aos poucos. – Ajude os que passarem para o outro lado. Não sabemos em que lugar da floresta encantada essa porta vai dar. 

– Regina, porque as fadas não fizeram isso antes? – Emma perguntou. 

– Porque as irmãs delas estão presas. – Regina não olhava para Emma, ao invés disso encarava a porta sem piscar. – Quando estivermos longe elas estarão fora de perigo.

Você pensou em tudo não é? – Emma sentia-se decepcionada. 

– Você não? 

    Um pouco mais e ela já não estaria mais naquele pesadelo, pensou Emma. Tantas coisas erradas, poderiam ser consertadas, tantas pessoas tristes, poderiam passar a ser felizes. 

    Emma levou um tempo para acreditar que estava a alguns passos da liberdade. Fada Azul assentiu com a cabeça dando a ela autorização para abrir a porta. Emma olhou para Henry sorrindo, e em troca ele sorriu também. Quando se puseram a andar, ele olhou para trás, para Regina e encontrou o sorriso aprovador dela. 

   Colocar a mão na maçaneta prateada fazia o coração de Emma disparar. Ela a rodou com cuidado, mas muito ansiosa. A abriu. 

    Do outro lado? Não havia nada. Não tinha nada a não ser as lojas do submundo. Mas Emma sabia que era apenas uma ilusão, um espelho. Que ao atravessá-la ela não estaria mais no submundo. 

    Ela segurou firme a mão de Henry e  deu um passo para frente. A sensação era muito mais estranha do que ela imaginava, aos poucos surgiam árvores à sua frente e a brisa fria a atingia com delicadeza. O amarelado do submundo foi substituído por uma noite estrelada. Emma se via em meio ao relento e uma lua grande e luminosa. Era a única coisa que podia iluminar aquele lugar. 

    Ela afastou-se da porta que havia saído e esperou enquanto abraçava Henry.

    De uma em uma as pessoas vinham do portal, todas com largos sorrisos. Em menos de uma hora o local estava repleto de pessoas, algumas se juntavam a David e Archie para fazer fogo e iluminar a floresta. Mas Emma estava mais preocupada com Regina do outro lado, do que com o escuro. 

    Pensar na possibilidade de perder Regina para o submundo ou de ainda pior, ter sido enganada por ela era frustrante antes mesmo de acontecer. Emma sentia-se ainda pior que antes, pois tudo o que havia feito para consertar seu erro não tinha dado certo, e ao invés disso, quem consertou esse erro foi a pessoa com quem ela errou. 

– Ela já devia estar aqui. – Disse ela baixinho, mas não o suficiente, Branca e Ruby se aproximaram. 

– Fique tranquila Emma, ela se juntara a nos. – Disse a mãe da salvadora, colocando a mão no ombro da filha como de costume. 

– Porque não vai se aquecer? Estão todos em volta das fogueiras, esperando os demais. – Sugeriu a loba. Até mesmo Rumpelstiltskin se juntou a nós. 

   Emma olhou para  trás e lá estava ele, estava ao lado dos anões, Zangado, ou como prefiro dizer, Leroy conversava entusiasmado com o ex senhor das trevas e ele por sua vez escutava sem muito falar. Algumas pessoas que saiam do portal também se juntavam a eles nas fogueiras e sorriam por acharem seus conhecidos e amigos bem aquecidos em volta delas. 

– Se ela não aparecer aqui, vou voltar, vou buscá-la. – Disse Emma. 

– Não deve voltar Emma, Henry está bem ali, está tão preocupado quanto você, mas ele ficará mais ainda se você voltar para lá. – Disse Branca.

– O que estão esperando? – Perguntou Ruby tentando mudar o rumo da conversa. Elas olhavam para a porta à frente que de vez em quando era aberta. A cada vez que isso acontecia Emma ansiava por Regina. – Porque não vamos embora logo? Eu tenho certeza que Regina não iria querer que ficássemos aqui. E muitas pessoas foram embora para seus vilarejos e fazendas. 

– Talvez estejam esperando que ela volte, além disso ainda tem muitas pessoas lá. – Emma encarava a porta como se a odiasse. – Mas cade você Regina…


     



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