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História Cidade de Sangue Parte 1 - Um inimigo amigo.


Escrita por: AlanaLouris

Notas do Autor


boa noite e bom final de domingo pra voces, começo pedindo que leitores fantasmas por favor pareçam, é muito importante a presença de voces, e sem mais, boa leituraaaaaaaaa

Capítulo 14 - Um inimigo amigo.


Fanfic / Fanfiction Cidade de Sangue Parte 1 - Um inimigo amigo.

 

Com muita pressa e sem olhar para tras Emma saiu novamente da delegacia, mas dessa vez pela porta dos fundos e Graham a seguia sem entender.

– Emma o que está havendo? – O xerife perguntou assim que Emma abriu a porta para se aventurar outra vez naquela chuva bizarra.

– O Doutor Whale precisa de nós, há algo muito errado no hospital da cidade. – Emma falou com pressa atravessando a porta para o lado de fora da delegacia e ao encontrar os primeiros pingos da chuva, ela olhou para trás afim de olhar para Graham que ainda estava na porta.

– É melhor que não precisemos de ajuda porque nao vai ser bom se mais alguém souber o que está acontecendo lá. – Emma olhou séria para Graham passando a ele a escolha de não chamar nenhum de seus policiais, mas era tarde para esconder algo deles, pois nessa mesma hora Robin apareceu atrás de Graham.

– Xerife pra onde vão? – Robin perguntou surpreso por estarem saindo sem falar nada.

– … É… Você não devia estar no auditorio?… – Graham virou-se para falar com Robin mas Emma interveio e o impediu de continuar.

– Não temos tempo. – Emma proferiu quase sem paciência, a garoa fina estava a aborrecer por simplesmente estar fria.

– Eu posso ajudar. – Robin afirmou e começou a andar seguindo Emma que já não estava mais aguardando decisões de Graham. E quando o xerife percebeu que Emma não lhe contaria nada, sua única saída para saber o que estava havendo era ir com ela e ver com os próprios olhos. Ele fechou a porta e entrou na chuva seguindo Emma.

– Não precisava vir, você devia estar com os outros. – Emma falou e sorriu fraco para Robin que já estava começando a sentir na pele aquela chuva meio  pastosa, ele olhava em volta surpreendendo-se com os pingos mas prestava atenção no que Emma dizia.

– Parece ser urgente então não posso simplesmente ficar aqui. – Robin falou passando a mão no braço com vermelho da chuva mas sorria fraco para Emma.

Eles seguiram para o carro do xerife que estava mais perto da delegacia, andaram rápido até chegar nele e ninguém os viu sair, então ao alcançarem entraram nele e Graham deu partida seguindo para o hospital.

– Eu não entendendo, porque estamos passando por isso? Existe uma explicação? – Robin perguntou sentado no banco de trás do carro, ele olhava atentamente para as próprias mãos e vez ou outra para o vidro da janela do carro.

– Sidney, se encarregou de nos explicar parte, ele tem certeza de que estamos passando por metade das consequências por Regina sair da cidade. – Emma estava com um guardanapo nas mãos, e as secava com rapidez antes que suas mãos secassem sem serem limpas, ao mesmo tempo se perguntava porque Graham tinha um pacote de guardanapos no carro.

– Metade? Você quer dizer que ainda tem mais? – Robin secava as mãos na própria roupa, em especial onde estava seco, ele também secou os lábios que tinham alguns respingos.

– Quiz dizer que… isso é só o começo. – Emma afirmou e olhou para o espelho do carro secando o próprio rosto com outro guardanapo.

Graham permanecia calado durante o caminho, ele já estava conversando demasiadamente com seus próprios pensamentos, tentando entender tudo o que o deixava confuso e tentando esquecer tudo o que o tirava da realidade, enquanto isso seu pé no acelerador não descansava e o parabrisa não ficava quieto, pois tinha pressa e precisava enxergar bem por onde conduzia o carro para aumentar a velocidade mas com segurança. Em menos de cinco minutos, o carro da polícia já estava estacionando em frente ao hospital e pelo que eles ouviam do lado de fora, nada  estava sob controle, Robin ficou pasmado ao escutar alguns gritos e Emma não perdeu tempo, assim que Graham estacionou, a loira saiu do veículo com muita pressa e adentrou o hospital atenta a tudo o que seus olhos viam.

A recepção do hospital estava vazia, nem ao menos havia guardas ou a moça que atende o telefone. Então Emma seguiu para os corredores, passando pela porta principal, Graham e Robin estavam mais atrás porém  não menos atentos, eles não sabiam de nada e principalmente Graham estava intrigado por isso, eles passaram pela sala da recepção e se deparam com o mesmo que Emma, uma sala vazia e abandonada, então assim como Emma eles seguiram para os corredores passando pela porta principal e ao abri-la para atravessá-la, visualizaram Emma em pé no corredor comprido e largo cheio do que não parecia ser pacientes adoentados, Emma estava paralisada mas reagiu quando Graham a tocou no ombro.

– O que está havendo? – Robin olhou para todo o corredor abismado, haviam extintores de incêndio no chão, macas hospitalares caídas, pranchetas no chão, algumas lâmpadas quebradas e um aglomerados de pessoas enfurecidas.

– XERIFE! AQUI! – Whale gritou o mais alto que pôde. E ao escutá-lo, Graham apressou-se para alcançá-lo, vendo ele que o Doutor estava com alguém em sua posse, um paciente que tinha a voz grossa a gritar e tentando soltar-se, mas Whale não estava sozinho, os funcionários estavam com ele e tentavam acalmar todas aquelas pessoas.

Emma e Robin aprontaram-se em ajudar outros funcionários segurando firme alguns pacientes, os que estavam desacordados  pelo corredor foram examinados por algumas enfermeiras e sempre que precisavam avisar que o paciente estava morto, negavam com a cabeça e formavam em seus rostos uma expressão melancólica, elas já estavam exaustas e tinham seus uniformes sujos por sangue.

Emma e Robin juntaram-se com dois guardas do hospital a fim de conseguirem ajudar um ao outro, eles amarraram as mãos dos pacientes que conseguiam agarrar e os colocavam nas camas dos quartos e as enfermeiras os sedavam com uma dose forte de vacina. Whale, Gram e outro médico companheiro de Whale se ajudavam agarrando outros pacientes violentos.

– Como isso aconteceu? – Emma estava segurando um paciente de idade em cima de uma das camas do quarto de hospital enquanto uma enfermeira ruiva e baixa aplicava injeção no braço dele.

– Não sabemos detetive, foi tudo muito rápido, nossa atenção foi chamada quando vimos um paciente correr pelo corredor e sair para fora do hospital, com sorte um dos guardas o agarrou e o trouxe para dentro, ele estava com o braço quebrado e foi atendido pelo Doutor Whale mas pelo que sabemos ele não foi atacado, ele atacou, achamos um extintor de incêndio no chão de uma das salas onde ficam as mães para aguardar a hora, e ela estava morta. – A enfermeira explicou o que sabia e o que viu, e Emma esbugalhou os olhos quando escutou a história.

– Mas antes que as outras mães tentassem matar uma a outra, atacaram este paciente resultando em um branco quebrado e então a confusão começou, salvamos o bebê da mulher que havia morridos mas tinha mais mães feridas do que havíamos previsto. – A enfermeira jogou a agulha no lixo e foi até outra cama onde tinha mais um paciente que Emma segurou, e chegavam mais a cada três minutos.

– Mas o que eles tinham? – Emma perguntou recolhendo mais informacao que precisava para concluir o que ela tinha quase certeza.

– Não sabemos, os olhos deles mudaram, suas íris estavam brancas e eles não paravam de gritar que havia algo querendo matá-los, pelos olhos deles, estavam defendendo-se de algo. Mas estavam na verdade matando uns aos outros, contamos sete corpos em todo o hospital. – A enfermeira injetou mais uma injeção no braço de uma paciente que estava bastante ferida e amedrontada.

– Apenas os pacientes estavam tendo essas ilusões? – Emma investigou a olhando com confusão nos olhos.

– Sim, mas havia um deles que não parecia estar tendo ilusão. – A enfermeira afirmou com convicção.

– Posso vê-lo? – Emma perguntou interessada em entender o que estava havendo.

– Sim, ele está no quarto ao lado, está sendo tratado de pneumonia. – Assim que a enfermeira explicou Emma soltou o paciente que já estava medicado e a enfermeira jogou no lixo outro estojo de injeção.

– Eu posso ir sozinha, não se preocupe. – Emma pronunciou e passou pela porta saindo do quarto e seguindo para o outro ao lado.

Antes de entrar no quarto do paciente que queria ver, Emma se deparou com o corredor já tranquilo, só restara agora alguns corpos e a bagunça feita por eles. A detetive sabia que todos estavam ocupados tentando acalmar os que ainda estavam alterados e por isso não constatou Whale antes de visitar o paciente, ela abriu a porta do quarto dele e entrou. Ele estava calmo em sua cama, olhando para a janela,  mas tinha alguns arranhões no rosto e a mão enfaixada.

– Boa noite senhor… – Emma olhou para a ficha médica do paciente antes de continuar.

– “Desconhecido” – Emma leu baixo em quase um sussurro.

– De onde você veio? – Emma perguntou olhando para o paciente que a observava sem reação.

– Eu fui atacado Detetive Swan. – O paciente contou.

– Quando você deu entrada no hospital? – Emma perguntou cruzando os braços.

– Eu não sei, não lembro, só posso dizer que apareci aqui. – Ele engoliu seco ao falar.

– Não se lembra de como veio parar aqui? – Emma voltou a perguntar.

– Já lhe falei o que sei detetive, não posso contar mais que isso, eu estava… eu só lembro de estar aqui. – O desconhecido olhou para a janela lá fora e não voltou a encarar o rosto de Emma.

– Eu preciso saber o que te trouxe aqui para poder te ajudar. – Emma tentou passar confiança para o paciente mas ele não falou uma só palavra. Apenas estendeu as mãos e a entregou algo.

– O que é isso? – Emma pegou o papel cor amarela da mão esquerda do paciente e o abriu com muita curiosidade mas ao ver o que tinha escrito no papel, Emma ficou perplexa.

– Essa chave.. De onde você conhece essa chave? – Emma perguntou calma, ela realmente queria ajudar aquele desconhecido  até antes de receber aquele papel desenhado, mas não entendia o porque.

– Eu não sei, estava comigo quando cheguei aqui. – O homem afirmou engolindo seco outra vez. E Emma o observou com pena quanto ele a encarava confuso.

A chuva daquele dia se ausentava aos poucos mas à medida que as horas se passavam as pessoas que foram acolhidas no auditório sentiam-se ainda mais assustadas para sair dali e enfrentar as ruas com medo de encontrar algo mais surreal.

Emma e Graham juntamente com os outros policiais forneciam a elas agasalhos e comida ao mesmo tempo que tentavam passar o máximo de confiança para eles. Enquanto Robin e Graham distribuía chocolate quente para a maioria, Emma e alguns dos policiais readmitidos distribuiam sopa aos outros, e em meio a esse tempo alguns olhares peculiares vinham da parte de Emma para o xerife, já eram  17:00 pm horas, e ela tinha muito a pensar, principalmente sobre a loba qual tanto se preocupavam e o acontecido no hospital o qual queriam manter em segredo por hora. As ruas estavam completamente desertas e o frio que vinha da floresta fazia da cidade um abrigo gelado, a maioria das pessoas no auditório estavam agasalhadas mas ainda tremiam. David ajudava como podia assim como os outros mas não havia muito o que fazer, eles tinham comida e abrigo mas estavam assustados e muitos queriam suas famílias mas não podiam sair.

Depois que todos já estavam um pouco mais confortáveis, Graham subiu para a delegacia deixando os cidadãos na observação dos policiais e nesta hora Emma o viu subir as escadas e logo se aprontou em deixar em cima de uma cadeira, a bandeja que estava em suas mãos, e põe-se a caminhar para as escadas que levavam à delegacia, mas antes de sumir do auditório ela procurou Barnabas com os olhos e ao encontrá-lo, conseguiu fazer com que ele a avistasse e então Emma  olhou para Barnabas um tanto que diferente e assentiu com a cabeça, com isso fez o policial entender que a detetive não desejava ser incomodada naquela hora. Havia algo acontecendo e mesmo que Barnabas estivesse curioso, sabia que seja lá o que fosse ele ficaria a par se necessário.

Emma subiu as escadas e caminhou pelo corredor indo até a sala de Graham que já havia sido reformada depois de tudo o que havia acontecido ali, algumas coisas haviam sido mudadas de lugar mas com toda a correria pela segurança da cidade ninguém havia parado na delegacia para reparar as mudanças. Emma adentrou a sala do xerife e visualizou o homem sentado em sua gigante e confortável cadeira.

– Não adianta, não importa o que façamos algo sempre vai acontecer e piorar tudo, o que mais nos falta passar? Um furacão? Avalanche? Terremoto? – Graham olhava em direção ao seu computador que estava desligado e mexia em suas chaves com a mão direita, a qual estava erguida e o cotovelo desse lado apoiava-se na mesa fazendo com que a mão dele ficasse a altura da cabeça. Emma olhou para Graham franzindo a testa e então fechou a porta e deu um passo à frente, ela prendeu o cabelo apenas o juntando e o amarrando ao pé da nuca.

– Ficar aborrecido não ajuda, eles precisam de nós, essa cidade confia em nós. – Emma olhou para Graham enquanto tentava acalmá-lo com suas palavras e então o homem a observou e a indicou com os olhos, a cadeira a frente para ela sentar-se e assim ela o fez.

– Está falando como a sua mãe.– Graham sorriu fraco e Emma retribuiu.

–   Eu sei que está difícil e você não é só o xerife da cidade, você também voltou a ser o caçador que tem seu próprio modo de pensar e não está mais reagindo ao que a maldição fez, mas se desistir agora esse lugar vai abaixo na mesma hora. – Emma procurava olhar sempre para os olhos de Graham pois via que alguma idéia começara a surgir na mente do xerife e esta com toda certeza era a decisão de ficar ou ir embora de Storybrooke.

– O que vamos fazer se Regina não voltar? Nem Rumpelstiltskin faz ideia de onde ela esteja. – Graham olhou para Emma e largou as chaves na mesa, colocando sua mão em cima delas.

– Talvez ele saiba. Eu não duvidaria disso ainda, o Gold não é de ficar de mãos atadas como nós, e até agora ele não mostrou preocupação alguma. – Emma colocou seus pensamentos para fora revelando sua opinião e com isso despertou um ar de esperança em Graham. Ele fazia-se de forte, mostrava a todos que estava firme mas em sua cabeça, cenas de destruição à pequena cidade o atormentava e tirava seu sono.

Graham olhou para a janela de sua sala e viu os pingos de sangue escorrerem em lento na vidraça, e era nítido naqueles olhos que a mente de Graham estava sobrecarregada então por impulso e movida a ajudar, Emma colocou sua mão esquerda sobre a mão de Graham e no mesmo instante que sentiu algo macio e quente em sua pele, o xerife voltou seus olhos para Emma e a viu sorrindo, aquele sorriso que ela sempre dava quando esforçava-se em fazer alguem continuar a acreditar em algo, algo forte, bom e real. O xerife olhou para as mãos da detetive e lentamente colocou seu polegar sobre ela, como se abraçasse a mão de Emma com apenas um dedo e então sorriu para ela mas algo os fez recuar, no minuto em que Graham olhou para os olhos da loira, a porta da sala do xerife foi batida e pela contínua batida a pessoa ao outro lado parecia ter pressa. A detetive logo levantou-se da cadeira e recorreu a maçaneta da porta a girando e abrindo em seguida. Do lado de fora da sala estava Robin e trazia consigo uma feição de contentamento ao olhar para Emma e sorrir simpático.

– Alguma novidade? – Emma perguntou escancarando a porta para Robin mas mantendo sua mão na maçaneta dela.

– As pessoas estão se retirando, alguns policiais estão as levando para casa e eu vim pedir permissão para me retirar por hoje, Marian precisa de mim, ela não está muito bem ainda– Robin explicou calmamente e sorriu ao final.

Graham levantou-se ao escutar seu policial e aproximou-se deles na porta.

– Claro, sua esposa precisa de você e por hoje não podemos fazer mais nada. Já passa das 18:00 pm horas e a ronda será feita por Barnabás hoje, não se preocupe com mais nada. – Graham  concluiu e sorriu para Robin, ele sabia que a grande tristeza de perder um filho era muito maior na mãe pois era a que menos conseguia superar a perda, mas também via o quanto seu dedicado policial ainda estava abalado e mesmo assim ainda havia ajudado tanto.

– Obrigada, e boa noite. – Robin concluiu e se virou para retirar-se mas no mesmo momento Graham o chamou pelo nome o fazendo olhar para o xerife outra vez.

– Você não teve tempo para seu luto, tivemos tantos acontecimentos que quase não conseguimos tempo para respirar, fique com sua esposa, dois dias em casa não fará mal, temos muito policiais por aqui então você está livre. – Graham proferiu e terminou por sorrir. Mas Robin não respondeu-lhe, apenas mostrou seu agradecimento pela consideração do xerife, ele mostrou um sorriso singelo ao amigo e saiu andando e Emma por sua vez sorriu para Robin até o ver sumir no corredor de acesso a escada de saída, ela sabia o que ele estava passando, pois mesmo que Henry não estivesse morrido, ela o havia perdido quando o entregou a adoção e isso foi doloroso o suficiente para ela estar ciente de como é perder o bem mais precioso de uma mãe.

– Emma o que te deixou atordoada no telefone? Pensei que seu trabalho tinha a ver com homicídios múltiplos. – Graham perguntou curioso e preocupado entrando de volta em sua sala.

– Sidney tinha razão, Storybrooke está se destruindo, Ele já sabia que isso aconteceria e não vai ficar só no hospital, quando isso se espalhar vamos ter corpos até no topo das árvores– Emma olhou para Graham frustrada, e ele por sua vez ficou boquiaberto.

Enquanto isso na casa de Mary Margaret um Henry amedrontado afogava suas tristezas no colo da avó que tanto ama. Mary Margaret e o menino estavam a espera de algum sinal de David ou de Emma pois a chuva havia começado a cair durante o tempo em que estavam sozinhos e por segurança do neto a heroína resolveu não sair de casa para saber o que acontecia, durante esse tempo, suas ligações para a filha e para o esposo em intervalos de 1 minuto não dava resultado, caindo sempre em caixa de mensagem, somando assim 49 chamadas para cada um e nenhuma delas foi retornada até agora, mas ao contrário do tantos pensamentos ruins que Henry se encontrava, Mary Margaret estava tranquila, sua preocupação era guardada apenas para ela enquanto suas mãos corriam pelos cabelos castanhos do menino que estava abraçado a ela, ele mantinha seus olhos fechados e de vez em quando olhava para a avó para saber por meio de alguma reação dela, se, havia alguma notícia, mas todas as vezes que ele a olhava, ela lhe negava com a cabeça mostrando-lhe que ninguém lhe tinha ligado ou mandado mensagem e que a situação ainda era a mesma. Os dois estavam encolhidos no sofá da sala e muito bem agasalhados, Henry com calça de moletom azul escuro e meia em seus pés, luvas pretas nas mãos, cachecol no pescoço e blusa de frio grossa e macia. O frio que invadia a casa de Mary mostrava-se impiedoso mas a moça  estava de vestido todavia, seu cachecol verde turquesa e sua boina francesa de feltro da mesma cor, que por vista estava bem torta no topo de sua cabeça a aquecia com gentileza, seus pés estavam calçados com um tipo de Ankle boots de camurça preta, salto baixo e grosso; e frente um pouco que arredondada, ela encolhia suas pernas fazendo com que seu vestido cinza cobrisse parte de sua perna.

Os olhos de Mary Margaret olhavam para o relógio redondo da parede a cada 2 minutos e o ambiente calmo e silencioso começara a atrair sono aos olhos da mulher e antes que ela pudesse cair sobre ele, Henry ressonou chamando atenção dela, então formou-se um sorriso em seu rosto e seus olhos entregaram-se.

As 23:00 pm horas Emma já estava a caminho de casa, e David estava logo atrás do fusca dela também voltando para seu lar. Emma Concentrava-se na chuva lá fora que de pouco em pouco parecia ir embora, seu fusca amarelo tinha gotas do vermelho escorrendo por todos os vidros mas não impedia que a Detetive pudesse dirigir com segurança, Emma começou a pensar a respeito da tão temida Ruby, ela ainda não acreditava que realmente existia coisas sobrenaturais como as que estavam acontecendo e no momento em que ela parava para raciocinar, se via com a cabeça cheia. Emma já não sentia mais a esperança de encontrar Regina em algum lugar da cidade, e não fazia ideia de como encontrá-la fora dela mas de algo ela sabia, ela e seus pais deviam algo a Henry e se não podessem encontrar a mãe dele, que sejam a base de um grande consolo para o menino no momento em que as esperanças dele também acabassem. Emma estava bem distraida indo para casa mas não pôde deixar de notar as ruas voltando a serem limpas com a nova chuva que caia, mas mesmo percebendo que a chuva já voltara ao normal algo nela a convencia de que nada ficaria bem. A detetive estacionou em frente a sua casa e saiu do carro o travando em seguida, e ao sair dele sentiu a garoa gelada tocar seu rosto, no mesmo instante tocou o dedo indicador da mão esquerda no lugar onde estava molhado, em sua testa bem perto da sobrancelha, ela torceu para não encontrar nada vermelho e assim aconteceu, ela olhou para seu dedo e encontrou água nele e então levou seus olhos para as mãos vendo que a chuva a molhara e não a sujava, ela sorriu e bem atrás dela seu pai se aproximava.

– Amanhã tudo isso não passará de um sonho, logo logo todos esquecerão do que aconteceu. – David falou tocando no ombro da filha assim que se aproximou dela. Emma pensou em falar algo mas sentiu seu celular vibrar em seu bolso então o retirou de lá enquanto caminhava para casa com seu pai ao seu lado. Ela viu na tela do celular uma mensagem de um número que não conhecia e então a abriu para ler.

– Emma já temos o resultado sobre a presilha que encontramos no banco. – David chamou atenção da detetive a fazendo olhar para ele e ao observá-lo, notou que ele também estava com um  celular nas mãos e o mesmo que ele lhe dizia era o que continha na mensagem de seu próprio celular.

– Parece que a perícia da cidade faz um ótimo trabalho, também fui constatada sobre isso. – Emma mostrou seu celular a David e ele lembrou-se de ter deixado para sua equipe, o número da detetive como segunda fonte segura para ser avisada sobre qualquer coisa que analisassem pois se algo o acontecesse e ele precisasse ausentar-se Emma sempre estaria lá pronta para qualquer coisa.

– Não posso esperar até amanhã, vou até lá. – Emma guardou o celular no bolso enquanto falava e aprontou sua chave para entrar no carro e partir mas antes que ela o fizesse, seu pai a tocou no braço.

– Eu vou com você. – David a avisou e recebeu em troca um sorriso, esse ato vindo de Emma fez os sentimentos paternos de David alarmarem, ele não havia tido tempo para sua filha depois de tudo o que houve, e trabalhar com ela em um caso era para ele agora o melhor passatempo entre pai e filha mesmo  sendo tarde da noite. Emma entrou em seu fusca e David fez o mesmo sentando-se no banco do carona, afivelaram os cintos e partiram, estavam ansiosos mas não tinham pressa.

– Você e Graham tem alguma coisa? – David perguntou a Emma quebrando um silêncio que já durava a 5 minutos.

– Que? Eu e o xerife? Não… Claro que não. O que te fez pensar isso? – Emma respondeu em pausas mas não estava nervosa, e tudo o que ocupava a cabeça dessa detetive era o tal análise que estava prestes a descobrir.

– Bom… Vocês parecem tão próximos. – David olhava para a estrada enquanto comentava sobre, mas a cada 6 segundos olhava para a filha a fim de ver a reação dela.

– Estou tentando convencer a Graham a não ir embora. – Emma desabafou a falar

– Graham vai embora? – David olhou para a filha impressionado, na verdade ele estava mais frustrado que impressionado.

– Eu espero que não. Quando você conheceu o caçador? – Emma perguntou curiosa e olhou para David.

– Em um momento não muito agradável… Ele… EMMA CUIDADO! – David estava olhando para a estrada e Emma o olhava, então não conseguiu avistar uma pessoa a frente mas assim que seu pai gritou a loira olhou para a estrada e desviou o veículo, mas não necessariamente pois a tal pessoa que não se pôde identificar desapareceu à medida que o carro se aproximava então Emma seguiu dirigindo mas ficou estupefata e David sem palavras. Eles respiravam pesado e olhavam um para o outro sem entender o que havia acontecido.

– O que foi aquilo? – David perguntou e olhou para o espelho retrovisor com o intuito de encontrar o ser atrás na estrada mas ninguém estava lá, a estrada atrás deles estava deserta.

– Não faço ideia, mas ilusão não era. – Emma se mexeu no banco ficando sentada mais ereta e segurou firme no volante ficando mais atenta a estrada. Eles passaram alguns minutos em silêncio e então retomaram a conversa.

–  Graham caçava uma mulher quando eu o conheci. Depois desse dia nunca mais o vi e então a maldição foi lançada. – David contou sem olhar para Emma, ele lembrava-se do dia e estava determinado a contar sobre isso.

– Era outono, e eu estava a caminho do reino de Katharine, a princesa Abigail e uma moça apareceu de frente a minha carruagem e o cocheiro foi obrigado a parar os cavalos, ela estava assustada e caiu no chão quando deu de frente com os cavalos e trás dela estava Graham, com vestes de guarda real.. – David olhou para o céu enquanto falava e viu as nuvens carregadas prontas a despejar toda a água que guardavam para limpar a cidade.

– Guarda da Regina. – Emma concluiu e olhou para o pai, ele assentiu afirmando sua conclusão. Emma mudou sua feição ficando descontente, ela parecia frustrada mas não admirada.

– Graham tinha em mãos uma… – David começou sua história e Emma seguia dirigindo com ouvidos atentos ao que ele falava.

Uma moça de cabelo longo e todo desgrenhado caiu no chão ao meio de uma estrada dentro de uma floresta aberta, ela vestia botas, calça de couro e um tipo de vestido aberto, o qual mulheres usavam para cavalgar. A moça muito assustada continuou no chão depois de cair e os cavalos da carruagem do príncipe de um reino longe dali estavam a cerca de 2 passos de frente a ela, ela ofegava e seu Coração estava disparado. Quando o príncipe viu que sua carruagem havia parado desceu dela com a intenção de descobrir o motivo, ele desceu as escadinhas de sua carruagem e avistou a moça no chão assustada, ela olhava para todos os lados como se procurasse por alguém. O príncipe caminhou até ela e lhe estendeu a mão.

– Precisa de ajuda? – Ele perguntou e a moça o observou não muito simpática.

– Eu posso levantar sozinha, obrigada.  – A moça afirmou com cara de poucos amigos e então se levantou.

– Se não precisa de ajuda porque estava correndo? Você sabia que acabou de me atrasar? – O príncipe alegou e a moça bufou irritada.

– Me desculpe majestade. – Ela comentou e fez uma reverência depois deu meia volta e começou a caminhar.

– Eu acho que a senhorita não deveria estar caminhando por essa estrada sozinha. E ainda me parece que precisa de ajuda. – David gritou um pouco alto para que ela lhe desse atenção então a moça virou-se e o olhou sem interesse. Apenas o olhou a fim de ser educada.

– Eu sei me cuidar sozinha e essa estrada eu conheço bem. – Ela rebateu e voltou a andar.

– Vai escurecer, tem certeza de que quer ficar sozinha aqui? – Ele falou convicto de que a convenceria em deixá-lo ajudar. A moça parou de andar e então virou-se outra vez para observa-lo.

– Vai escurecer e essa estrada é um pouco perigosa, ouvi dizer que ladrões saqueiam carruagens por aqui. – A moça enfim sorriu e mudou de ideia esquecendo-se de que a poucos segundos havia recusado ajuda. Ela caminhou até o príncipe e aproximou-se do rosto dele.

– Tem alguém me perseguido… ele está na floresta e é incansável – A moça cochichou e voltou a olhar para o príncipe. Ele tinha vestes reais, e uma espada presa à roupa do lado esquerdo da cintura, seu anel na mão brilhava.

– Cocheiro! Siga para o Castelo do rei Midas, eu não demorarei. – David virou-se para dar a ordem ao cocheiro e então soltou um dos cavalos e o cocheiro cumpriu as ordens indo embora com os dois cavalos que ficaram com ele.

– Vamos fazer o seguinte…. A 90 pés daqui tem uma ponte… – O príncipe cochichou para Mary e em seguida ela começou a andar, ele subiu em cima do cavalo e seguiu para uma  outra direção sem pressa.

À mais ou menos 10 minutos andando, a moça encontrou a ponte e com ela o caçador, ele estava no meio dela, parado e a espera.

– Está de brincadeira encantado? – A moça cochichou para si mesma frustrada e sentindo-se enganada, ela observou o caçador vindo ao seu encontro e conforme ele dava passos lentos para frente, ela dava passos lentos para trás.

– Precisa de ajuda senhorita? – A voz do príncipe adentrou aos ouvidos da moça e ela sorriu mesmo que por dentro quisesse derrubá-lo do cavalo, um cavalo branco a propósito.

– Pensei que havia me deixado aqui pra morrer. – A moça revelou olhando para trás e no mesmo instante o príncipe saltou do cavalo e pegou sua espada. Ele deu passos para frente deixando a moça atrás de si e o caçador já estava preparado com sua espada também em mãos.

– Vá embora Principezinho, a rainha me deu ordens e eu pretendo cumpri-la. – O caçador esbravejou dando seu primeiro golpe com a espada e o príncipe defendeu-se, ouvindo-se assim o tinir de suas espadas, as lâminas se encontraram.

– Sua rainha é má e não vai tirar a vida de uma inocente. – O príncipe deu passos para trás à medida que o caçador dava passos a frente, eles travavam está batalha em sincronia como se cada um já soubesse qual seria os passos um do outro, o príncipe atacou, avançando para cima do caçador e ele por sua vez defendeu-se com sua espada sempre a frente.

– Esta mulher não é inocente, ela causou a morte de um homem. – O caçador esbravejava com muita ânsia de vontade, vontade de cumprir seu dever como se fosse a coisa mais importante de sua vida.

– O que ? Isso é verdade senhorita? – O príncipe defendeu-se e deu passos para trás mais uma vez, eles já estavam no meio da ponte.

– De certa forma... – A moça respondeu em desânimo.

– O que houve? Acho que preciso saber pelo que estou batalhando não? – O príncipe pediu com muito esforço pois já começara a ficar encurralado, ele parou suas costas na parede mediana da ponte e se viu sem saída para dar mais passos.

– Ela contou um segredo quando tinha 12 anos e isso custou a vida de alguém importante. – O caçador revelou com muita fúria.

– Está em uma missão para matar alguém que contou um segredo? E com 12 anos? – O príncipe Perguntou sem compreender porque o caçador estava tão furioso.

– Não era apenas um segredo qualquer. – O caçador lançou vários  movimentos com a espada, mas O príncipe interviu e conseguiu contra atacar e deixar o caçador impossibilitado de mover sua espada, ele encurralou o caçador na outra parede da ponte que parecia ser de algo como concreto.

– Ele está sendo controlado por Regina. – Percebendo o quanto o caçador estava enfurecido a moça gritou e começou a caminhar até eles.

– Como tem tanta certeza? – O príncipe perguntou duvidoso e enfim fez a espada do caçador cair de suas mãos, e apontou a ponta de sua própria espada contra o caçador.

– Por favor não o mate, ele não sabe o que está fazendo. – A moça aproximou-se deles e olhou para o caçador que sorriu.

– Que garota esperta! – O caçador sorriu sarcástico para a moça e ela reagiu com um olhar triste.

– Por favor me deixe ir Regina, você não me verá nunca mais. – A moça pediu quase implorando e o principe ficou atento com a espada na mão.

– EU VOU TE ENCONTRAR DE NOVO, E VOCÊ VAI ME  PAGAR PELO QUE FEZ. – O caçador vociferou encarando a moça.

O príncipe chutou a espada do caçador para longe e com a moça ao seu lado, foram se afastando até chegar perto do cavalo, o caçador pegou sua espada e a colocou de volta na cintura, ele caminhou para fora da ponte e desapareceu na floresta. Depois que o perigo contra a vida da moça pareceu ter ido, ela enfim soltou a voz.

– Obrigada por isso, eu pensei que tinha me deixado sozinha para morrer. – A moça agradeceu sorrindo enquanto via o príncipe guardar sua espada.

– Eu estava bem atrás de você, um príncipe jamais deixaria uma donzela sozinha nesse lugar perigoso, mesmo que desconhecida – O príncipe falou sorrindo.

– A propósito, sou Branca de neve. – A moça sorriu e o príncipe Retribuiu o sorriso com outro maior e então a ajudou a subir no cavalo, eles seguiram o caminho para o castelo em que o príncipe pretendia chegar, Branca de neve estava fugindo a muito tempo e portanto encontrar alguém e fazer amigos não era a pior opção, o príncipe seguiu caminho, andando guiando o cavalo e a conversa fluiu por todo o percurso até o destino deles.

Emma tinha seu carro parado aguardando que o sinal abrisse para prosseguir e olhava para David de minuto em minuto prestando atenção em toda a história que lhe era contada.

– Então eu a ajudei a fugir de Regina e por algum tempo Graham nos deixou em paz, até voltar outra vez, ele era incansável. – David concluiu sua história olhando para Emma e a detetive sorriu voltando a olhar para o sinal que agora estava verde a deixando seguir caminho. A chuva já não dava mais sinais, os chuviscos já haviam ido embora e muitos lugares da cidade estavam ainda manchados pelo sangue que a horas atrás caíra do céu de Storybrooke.

– Então Graham tentou matar Mary Margaret? – Emma perguntou sem dúvidas mas queria essa confirmação para ver que tudo não era só história, pois algumas coisas ainda eram difíceis de ser digeridas, lobos, chuva vermelha, assassinatos, maldição… Eram todos para Emma, difícil de aceitar.

– Branca! Pode chamar de Branca, ela sofreu muito nas mãos de Regina e mesmo assim tentou ajudar Graham a se livrar do controle da Rainha má. – David olhou para o caminho em que percorriam para chegar até o prédio em que a perícia os esperava. Emma sorriu e olhou para David como se lhe implorasse por mais histórias, e ele nem precisou de súplica, começou sua “era uma vez”, mais uma vez.

– No dia que conheci Branca, eu estava a caminho de um reino a negócios, o rei Midas  e meu pai estavam a ponto de fechar um acordo em prol dos dois reinos, eles pretendiam casar seus filhos, mas ao levar Branca até o castelo do rei Midas como minha companhia, comecei a sentir por ela algo que não conseguia explicar e sem dúvidas ela sentiu o mesmo por mim pois nos três dias que desfrutamos da companhia um do outro conhecemos o amor. – David sorria e olhava para as luzes do farol do fusca de Emma como assistindo a sua propria história.

–  A princesa Abigail e eu não pretendiamos pagar o preço do acordo dos reis, porquê ela também tinha um grande amor, e não era eu. – David olhava para Emma e sorria  enquanto explicava a história, ele não conseguia simplesmente resumir o conto de fadas que era sua vida. Emma sorria.

– Eu e Branca  ajudamos a princesa a  fugir e encontrar o amor verdadeiro, e o acordo dos reinos foi desfeito, é claro que os reis não estavam felizes mas com um grande esforço de todos eles encontraram outra saída e no último dia de visita ao reino do rei Midas, celebramos com uma grande festa. – David começou mais uma história com Grande sorriso no rosto, ele estava reluzente e Emma sorria junto pois estava ciente do motivo para tanta felicidade.

Era noite, e todos os convidados da Festa do rei Midas estava no grande salão, alguns notavam a ausência da princesas Abigail ao olhar ao redor e não encontrá-la ao lado do pai, como de costume. A dança e o banquete estavam por toda parte, a música que era tocada, ressoava por todos cantos fazendo as paredes do castelo parecerem vivas.

Branca de neve estava sendo tratada como uma convidada pois como sendo companhia do príncipe, era também  considerada uma amiga de Midas. O rei ordenou a suas criadas que vestissem Branca com um dos vestidos deixados por Abigail e a tratassem com extremo respeito, dando a Branca de neve toda a autoridade sobre as criadas. Elas a deixaram deslumbrante, o vestido da princesa caira bem em Branca de neve, o penteado rústico cheio de graça fazia dela a moça mais encantadora que já se vira, até as criadas deixaram escapar que Branca era mais bela que Abigail e aquele visual meigo não devia ser de mais ninguém exceto dela.

Naquela noite Abigail apareceu no salão na companhia de um rapaz muito bonito, eles estavam de braços enlaçados e eram realmente um lindo casal, Abigail estava radiante, seu sorriso contagiava a todos e ela passou a ser, de uma moça sem encantos a uma princesa fascinante. No momento em que a princesa adentrara o salão com seu par, Branca descia as escadas até o salão, os olhos das duas moças se encontraram e como uma conexão amiga, elas sorriram com a mesma intensidade, era um sorriso cúmplice pois torciam pela felicidade uma da outra.

Ao chegar ao pé da escada Branca encontrou os Braços do homem que amava e o aceitou com gentileza, todos estavam tensos por dentro, temendo que a volta de Abigail lhes causassem alguma reviravolta mas para a surpresa de todos o pai da princesa a recebeu com muito amor e apoio. Abigail era órfã de mãe e por isso via no pai toda a família que precisava, então o apoio dele e a influência em sua felicidade era muito importante. A única pessoa ali que não estava feliz era o rei George, um homem ganancioso e que a todo custo queria sua família repleta de membros da realeza, então as boas vindas para Branca de neve não vieram da parte dele. Mas o príncipe encantado e Branca de neve não estavam nem um pouco preocupados com o ambicioso George. Uma outra pessoa causava danos a felicidade de Branca, a única que a preocupava era, Regina, e naquela noite a rainha má apareceu no meio do salão roubando a atenção de todos, e que Branca não sabia era que, Regina havia sido, convidada.

...

Emma olhava incrédula para David, como se ele lhe tivesse dito algo surpreendentemente surreal.

– Ah você está de brincadeira… O que essa mulher foi fazer no castelo do Rei Midas? – Emma perguntava com uma expressão revoltosa no rosto.

– Eu demorei pra entender que Regina fazia parte do acordo dos reis. As terras dela os interessava muito, mas eu nunca soube porque alguém iria querer algo que vinha de uma mulher tão sombria. – David concluiu e continuou a história.

….

Regina apareceu no meio do salão com uma chegada triunfal, ela estava com Graham ao seu lado e ele parecia já não lembrar-se de Branca ou do que tentou fazer a ela, pois a olhou como se a desconhecesse e ao notar isso, Branca percebeu uma brecha para salvar a vida do rapaz. Ela conhecia bem as artimanhas de Regina e num momento em que a Rainha não estivesse com os olhos grudados nela, ela agiu. Decidindo que não fugiria dali mas ficaria para ajudar o caçador. Enquanto a rainha e os reis negociavam numa sala à parte, Branca e o príncipe encantado convenceram o caçador a conversar, e durante esse tempo descobriram que o caçador não tinha lembranças alguma sobre os serviços que realizava para Regina, pois a rainha sempre apagava sua memória no final do dia, e mantinha seu coração muito bem guardado em seus aposentos. O caçador decidiu que continuaria ao lado de Regina até que descobrisse um jeito de detê-la e prometeu a Branca que faria o que estivesse ao seu alcance para que sua vida seguisse em paz.

Mas no final da festa Regina capturou a moça, e a levou para longe, despertando assim o ódio do príncipe encantado que por muitas vezes tentou recuperar o amor de sua vida.

….

David terminou sua história com uma expressão diferente nos olhos, toda a lembrança das buscas por Branca lhe fazia sentir que o incondicional amor pela sua esposa era incomparável a qualquer outro.

– E então eu me aventurei a encontrá-la onde quer que ela estivesse, eu sempre a encontraria. – David concluiu sua história sorrindo mas Emma já não o escutava, ela olhava pela janela do seu veículo e estava completamente imóvel, eles já estavam estacionados no meio fio.

– Emma o que você está vendo? – David perguntou curioso, Emma não parecia feliz nem triste, na verdade sua expressão era totalmente desconhecida.

– Emma?! – David a chamou e a loira o olhou confusa.

– Sim… – Emma respondeu mas voltou a olhar pela janela do fusca.

– Aquele homem me é familiar…. – Emma falava tranquila mas sua mente trabalhava para reconhecer o homem que estava em uma conversa intrigante com alguém na calçada do outro lado da rua.

– Será… que… já está pronto?. –  O desconhecido que conversava com o rapaz que incomodava a mente de Emma deixou escapar uma pergunta em um tom que se podia ouvir e Emma entre-fechou os olhos pensando

– Você está falando do filho do Gold? – David perguntou a Emma e olhou também para os dois homens que estavam na calçada com a luz de um poste que os iluminava com franqueza.

– Não, estou falando de outra pessoa… – Emma entre-fechava os olhos sempre que pensava, raciocinando ser ele alguém que conhecia. Ela não havia escutado o que David tinha lhe perguntado, ela tinha a mente distante e sua resposta foi desdenhosa.

– É o Neal. – O coração de Emma badalou forte ao reconhecer o homem e ela não conseguiu se conter, um turbilhão de sentimentos a invadia, ela sentia felicidade e raiva. E de pronto abaixou o vidro do carro com pressa.

– NEAL! – Emma gritou e tirou a chave da ignição para sair do veículo. O rapaz olhou para ela assim que a viu, e ficou perplexo, e seu amigo ao lado não parecia se impressionar, já David não compreendia muito do que acontecia.

Quando Emma abriu a porta do carro e saiu dele, ela olhou para Neal sem saber se sorria ou chorava e ele estava imóvel sem saber como reagir também.

Assim que Emma virou-se para fechar a porta de seu fusca, seu coração já não lhe cabia no peito e parecia que o tempo estava a passar devagar, retardando cada movimento que ela fazia para prosseguir em aproximar-se de seu conhecido.

Mas assim que ela virou-se outra vez pronta para atravessar a rua afim de falar com ele, o homem já não estava mais lá, no lugar em que eles estavam, havia agora apenas um gato branco e muito peludo que lambia suas patinhas com delicadeza.

– Ele sumiu. – Emma falou para si mesma com os olhos esbugalhados, ela já não tinha certeza se era real ou fruto de sua imaginação.

– Mas… o que o filho do Gold faz aqui uma hora dessas? Na verdade… O que ele faz na cidade? – David saiu do carro e olhou para o gatinho que ocupava ainda o lugar daqueles homens. Assim que Emma escutou o que David falava, o olhou estupefata. A frase “filho do Gold” abalou sua cabeça.

 


Notas Finais


entao como estão depois de um capitulo como este confesso que eu nao tinha animo para escrever esse capitulo e peço desculpas por isso desde ja por qualquer erro ou mal produção


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