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História Cidade de Sangue Parte 1 - Verdades


Escrita por: AlanaLouris

Notas do Autor


Demorei mas voltei, meus dias estao dificeis para escrever e postar mas eu nao vou desistir ainda. Boa leitura.

Capítulo 23 - Verdades


Fanfic / Fanfiction Cidade de Sangue Parte 1 - Verdades

Enquanto Regina ficava paralisada por falta de palavras e sem reação, a outra Rainha andava em direção a ela com sua filha ao seu lado. Zelena estava vestida com roupas bem diferentes, estava mais familiarizada com a moda da cidade e por tanto, optou por vestir-se como os cidadãos, ela estava em um traje social da mesma maneira que Regina se vestia mas suas cores eram peculiares, tons diferentes de verdes por assim dizer.

– O que faz aqui? – Malévola aprontou-se em perguntar.

– Precisei vir. – Cora respondeu sentindo-se desafiada.

– Precisamos da ajuda de todas vocês. – Zelena revelou sem segredo.

Regina pensou em abrir a boca, e Ruby a notou, a moça estava ciente de que nada decente seria pronunciado pelos seus lábios então a tocou como pedido para que não falasse nada que viesse se arrepender depois. As quatro mulheres se encaravam com tanta frieza que seria impossível não notar que rais se odiavam muito, sim, apenas as quatro pois Zelena se sentia incapaz de sentir qualquer sentimento dessa natureza, além disso ninguém ali tinha algo contra a ruivinha.

 

No meio daqueles olhares todos Ruby foi a única que se desviou e olhou para a porta que estava a ser aberta as costas de Cora e Zelena. A detetive Swan entrava sem se pronunciar.

– Emma? – Ruby chamou sua atenção.

– Oi… Eu vi as luzes acesas e resolvi entrar para averiguar se está tudo bem. Já são quase meia noite Ruby. – Diz Emma  com as mãos no bolso e de relance olhou para a face de Regina que a observava com muita tensão.

– Houve um imprevisto. – Ruby apontou para Cora que logo virou-se olhando para Emma e sorriu.

– Ah… você.– Emma comentou desdenhosa e sorriu fraco. – Ok então eu vou indo…

– Oh não Emma! Fique. – Regina chamou a detetive e a convidou para ficar. – Você precisa ouvir o que Cora tem a dizer. Ela veio se explicar, porque ela não veio aqui apenas por Daniel. – Ela sorriu.

Emma foi até o balcão deixando a porta fechar-se por si só. Ela encostou-se no balcão do estabelecimento e ficou em silêncio.

– Vamos, explique-se. – Regina exigiu ríspida.

– Bom… – Cora baixou a cabeça procurando as palavras e o caminho por onde começar. – Eu não planejei essa bola de neve, mas aconteceu. – Ela olhou fixamente para os olhos de Regina. – Quando eu dei Zelena para um casal que a cuidaria na cidade de Oz, não pensei em momento algum que teria de ir buscá-la um dia, mas quando Rumple descobriu que eu tinha dado a luz a uma menina, ele quis conhecê-la, Ele tinha perdido Neal e estava apaixonado por Bella, ele queria uma família e acima de tudo uma filha com dom para magia como ele. – Ela comecara a andar de um lado para o outro e as mulheres lhe observavam. – Mas eu também precisava de um bebê, então roubei Regina pra mim. Eu pensei que meu plano estava perfeito e nada daria errado. Mas descobri que Rumple estava a procura de Zelena. Eu perderia minha filha para aquele homem asqueroso. – Cora olhou para Zelena e a ruiva sorriu. – Mas Malévola sequestrou Bella depois de anos esperando que Rumple cumpri-se o acordo de resgatar Regina em troca de alguns artefatos antigos. – Ela olhou nos olhos de Malévola e se aproximou dela sorrindo. – Oh minha velha amiga, eu lhe agradeço muito por isso, se você não o tivesse distraído eu perderia minha filha.

– BRUXA ESTÚPIDA! VOCÊ MERECE SOFRER NO INFERNO. – Malévola gritou.

–Por isso estou aqui, Rumple pretende se vingar e eu tenho certeza que não serei a única a pagar. – Cora sorriu.

– Do que você está falando? – Regina perguntou temendo o pior.

– Rumple não quer Bella para ter um família e bla bla bla. – Cora falou com desprezo. – Ele quer Bella porque depende dela, ou melhor do coração dela, os planos do senhor das trevas. – Ela voltou a ficar no meio do estabelecimento. – Rumple vai usar o coração de quem mais ama para me levar de corpo e alma para Sete além. – Cora arqueou uma das sobrancelhas.

– Sete o que? Mas esse lugar existe mesmo? – Emma perguntou descrente.

– Sim Emma, e é bem diferente das histórias que te contaram lá fora. – Regina olhou para Emma com uma expressão nada agradável no rosto. – Sete além não é só um lugar de sofrimento, é o pior lugar que alguém poderia estar. Um lugar de ruína, tormenta, escuridão e tortura. Nem mesmo Hades  se atreve a enfrentar sete além. 

– Isso é impossível Regina. – Ruby comentou com esperança no olhar.

– Não lobinha, não é. – A prefeita respirou  fundo.

– Acredito que ele está longe de conseguir o que quer… – Malévola palpitou.

– Basta encontrar a moça, Bella é o único meio. Por isso a mandei para o desconhecido. Mas se Rumple encontrá-la, podem ter certeza que não vou para sete  além sozinha. – Mais uma vez Falava Cora com um sorriso de canto a canto porém seus belos dentes não escondiam o desespero que sentia.

– Rumple sacrificaria a vida dela por uma vingança? – Emma perguntou quase certa da resposta. 

– Assim como Regina sacrifícou a vida de quem mais amava para se vingar de Branca. Ele é o senhor das trevas, é claro que ele faria isso. – Cora afirmou e prosseguiu  – Magias grandes como maldição, punição… exigem grandes sacrifícios como coração de quem ama. São magias antigas e exigem tempo para serem feitas. Rumple precisa de um objeto que pertenceu a quem ele quer punir, do coração de quem ama e da oitava lua nova do ano para conjurar a magia  para o sete além. Ele nunca mataria Baelfire e menos ainda Zelena então só sobra a pobre Bella. 

– Porque eu tenho a impressão de que não é só isso? – Ruby perguntou colocando a mão no queixo.

– Porque não é, criança tola. – Cora confirmou. – Tem mais. Hook  foi o responsável pelo sequestro de Regina. Eu havia retirado dela a chama do dragão quando ainda era um bebê, mas quando viemos a Storybrooke precisei levá-la para devolver o que eu havia lhe tirado. – Cora olhou para Regina e a mesma não ficou nada contente com o que ouvia. – Me desculpe se eu apaguei sua memória mas eu não sabia que precisaria ficar na cidade um pouco mais. – Cora sorriu outra vez.

– Eu devia saber que tinha dedo seu em todo o lugar, havia tantas pistas e eu fui tão estúpida. – Regina se culpou mas antes que pudessem continuar, Emma interveio. 

– Pensei que Daniel estivesse feito tudo aquilo. – Emma indagou.

– Daniel foi o autor pelos assassinatos mas quem levou Regina foi o pirata Hook. – Cora explicou.

– Mas não é essa a questão agora. – Zelena abriu a boca por fim.

– Tem razão, a questão é  que esse mesmo pirata veio aqui atrás de algo, algo que para os piratas é mais valioso que prata e ouro. – Cora pausou e Zelena bufou entediada fazendo sua mãe rir a seguir. – Um coração de dragão. 

– MAS O QUE FOI QUE VOCÊ FEZ? – malévola gritou.  

– Eu não tive escolha, eu precisava da ajuda dele para me trazer até Storybrooke. – Cora gargalhou.

– Eu nunca vi tanta perversidade dentro de alguém. – Ruby comentou desapontada e Zelena se entristeceu.

– Se espera que a ajudemos, pode esperar sentada no seu trono, porque eu não vou mover um músculo por você. – Falou Regina ríspida e saiu do estabelecimento.

Emma a seguiu.

– Ela veio destruir todos nós. – Regina caminhava em direção ao seu carro mas ao se aproximar dele, Emma a  impediu de dar mais um passo, a segurando pelo braço.

–Regina ela quer nossa ajuda, significa que podemos impedir isso. – Emma fez Regina olhar para ela virando-a.

– Malévola é a minha mãe verdadeira. – Regina revelou. Emma pôde ver os olhos da mulher cheios de lágrima.

– Porquê? – Emma perguntou referindo-se às lágrimas.

– Porque eu mudei Emma, e estou com medo. – A prefeita encostou-se em seu carro e cruzou os braços, ela baixou a cabeça e encarou o chão.

– Mas você ainda é poderosa e pode deter isso com a ajuda de todos nós. – Emma sorria.

– Hook é um pirata destemido, ele não viria para a cidade de mãos vazias sabendo que posso feri-lo. E eu não sei qual é o plano dele. – Regina deixou suas lágrimas caírem. – Eu estou cansada.

– Vamos dar um jeito. Amanhã reúna todos na prefeitura. Vamos bolar algum plano. – Emma ficou de frente para Regina e a fez olhar para ela segurando seu queixo e levantando seu rosto. 

– O que vai fazer? – Regina perguntou olhando fixamente para os olhos de Emma, a maré que eles produziam vinha de encontro ao emocional de Regina e a comoveu profundamente, a fazendo sentir-se confortável.

– Tudo o que puder para ninguém mais morrer. – Emma sorriu. – Ninguém vai ser ferido de novo. Chega de mortes. 

Regina sorriu e abraçou a detetive no mesmo momento, Emma sempre foi boa  em confortar e como tal retribuiu o abraço.

– Você confia em tudo o que Cora disse? – Emma afastou-se de Regina aos poucos e a olhou nos olhos outra vez.

– Sim, eu acredito em cada palavra, porque eu sei o quanto ela quer ajuda, ela ta com medo e não consegue disfarçar. – Regina voltou a encostar-se em seu carro. – A única coisa boa que ela fez até agora foi nos contar a verdade. – Cruzou os braços.

– Não estou interessada em ajudá-la mas a cidade precisa ficar segura. – Emma olhava para Regina que encarava o chão, bastante chateada.

Elas não notaram quando mais alguém se aproximava. 

– Acho que já está na hora de ir. – Malévola falou caminhando para perto de Regina. – Elas fizeram questão de desaparecer lá dentro mesmo. – Malévola colocou as mãos no bolso de seu sobretudo a fim de aquecê- las, o que a deixou muito mais vislumbre. Emma e Regina a visualizou e a ouviu atentamente.

– Ficará em minha casa. – Regina segurou a mão de sua mãe a retirando do bolso. – Henry e eu ficaremos muito felizes em te ter conosco. – A prefeita sorriu.

– Será um prazer. – Malévola sorriu. – Eu não consigo acreditar que tenho uma filha. – Ela olhou entusiasmada para Emma e a mesma sorriu observando o afeto da mãe pela filha.

– Só me dê um tempo. Eu ainda não consegui digerir tudo isso. – Regina soltou a mão de Malévola e buscou em seu sobretudo, a chave do carro, Emma a observava e Malévola também, porém não tão feliz como a poucos segundos atrás, Regina parecia mesmo não ter a ficha caída ainda. Quando a encontrou, destravou o veículo e deu a volta em todo ele, ela abriu a porta para a mãe entrar, o banco ao lado do motorista.

– Vamos? – A prefeita sugeriu e a mãe sorriu levemente.

– Até mais Emma, foi um prazer. – Malévola despediu-se com um aperto de mão, o qual Emma aceitou com muito prazer.

– Boa noite, nós vemos amanhã. –  A loira avisou.

– Emma! – Regina a chamou ainda segurando a porta para Malévola. 

– Sim prefeita Mills. – A detetive respondeu e esperou resposta.

– Espere Ruby fechar tudo, não é seguro deixá-la sozinha. – Regina sorriu.

Malévola entrou no carro e a prefeita fechou a porta, depois deu a volta nele outra vez e subiu a calçada parando de frente para Emma. – Está tarde, se puder levá-la em casa, agradecerei muito.

– Claro. – Emma sorriu com as mãos nos bolsos da calça – Boa noite!

– Boa noite Swan! Regina despediu-se desviando seus olhos de Emma o máximo que podia, e como Emma era muito desconfiada, notou que algo tinha mudado alí, a prefeita parecia sem jeito e como era orgulhosa demais para isso, disfarçou desprezando os olhos de Emma. Ela deu as costas e entrou no seu carro como se nada tivesse acontecido. Emma a assistiu partir como era de costume fazer.

 

A loira ficou ali na calçada do Granny's sem entender bem o que estava rolando. Seria possível que Regina a desprezasse por causa de um abraço num momento de fragilidade que precisou de uma amiga? “Talvez”, Emma pensou olhando para a porta do Granny's. “Talvez ela não saiba como é ter alguém ao seu lado.” 

A detetive sabia que Regina a encarava como ameaça mas esteve em seus braços tão inofensiva, como uma onça ferida, será que isso não mudava nada? Outra vez ela pensava “Talvez”. E com essa distração de pensamentos, Emma tomou um susto ao desviar seus olhos do Granny's e ver um homem parado a lhe observar.

– Oi. Posso ajudar? – Emma perguntou o analisando de cima a baixo.

– Eu procurava uma ligar para comer mas vejo que tudo aqui já está fechado. – O rapaz falou ao olhar para a porta do Granny's e notar que Ruby acabará de aparecer e virar a plaquinha da porta deixando visível o “fechado”, para avisar que por hoje o Granny's  estava encerrado. A moça loba estava aprontando tudo la dentro para ir embora nessa hora.

– Pois é, está tarde não é? – Emma sorriu simpática.

– Eu sou Ho… Killiam – comprimentou ele, aproximando-se devagar e estendendo a mão direita. 

– Sou Swan, Emma Swan. Detetive da cidade. – Emma aceitou os comprimentos sorrindo e apertou sua mão.

– O que faz aqui nessa pequena cidade Swan? O mundo é tão grande e você vive aqui nesse pequeno espaço? – O rapaz soltou a mão de Emma.

– Pois é. – Emma o observou outra vez de cima a baixo e o notou diferente. – O que houve com a sua mão. – Ela se referia ao braço direito do rapaz que estava coberto por um casaco de mangas longas escondendo a mão esquerda.

– Ah eu a perdi num acidente. – O rapaz explicou por alto deixando uma pulga área da orelha de Emma. Ela ainda encarava o lugar em que a mão dele devia estar.

– Bom.. até mais Swan. – O rapaz se despediu e saiu andando. Emma só pôde sorrir e o assistir partir.

– Vamos? – Emma escutou a voz de Ruby próxima a ela e olhou a moça ali parada a lhe esperar.

– Sim. Vamos! – Exclamou a detetive.

– Parece que viu um passarinho. – Ruby sorriu.

– Que? – Emma procurava o rapaz mas nenhum sinal dele, havia sumido no final da rua. – Claro que não. – Ela ainda  o procurava. Acho que não.

– Hora… então vamos, Emma! – Ruby a puxou pelo braço a fazendo andar e também procurou algo com os olhos na mesma direção que Emma olhava mas não achou nada. Elas começaram a andar indo para casa.


Notas Finais


Entao como estamos?


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