História Cidade Fantasma - Sasusaku - Capítulo 2

Sakura sempre foi eufórica e falar era seu melhor hobby, mas Sasuke se mantia calado desde do último assunto, pois o moreno dificilmente se abria e com Sakura foi diferente, por isso ele preferia não falar nada, do que exagerar e falar o que não deve, mesmo já tendo revelado o maior segredo, que é ser um vampiro.

— Você é sempre tão calado? – a moça perguntou com o tom de voz entendiado

— E você sempre fala de mais? – Sasuke debochou – Você se parece muito com um amigo meu

A moça se calou por um tempo, ela não sabia se era bom se parecer com esse tal amigo, era estranho a necessidade que seu coração tinha em saber se era bom ou ruim essa comparação.

— É bom? – Sasuke olhou confuso para a rosada – Se parecer com esse seu amigo?

— Com o Naruto? – Sasuke gargalhou e pela primeira vez Sakura viu que não era deboche e sim uma risada gostosa – E te importa saber?

— Sim, não quero ser uma comparação ruim! – Sasuke franziu o senho – Não pense besteira, você não é o centro do universo e ainda para variar é um sangue suga!

— Você tá se amarrando no Sangue suga – Sasuke brincou

— Fica na sua – ela jogou um travesseiro no rapaz

Mais uma vez o silêncio se estabeleceu entre eles, só que dessa vez, não incomodou somente a rosada e sim o moreno, que sentia uma necessidade enorme em ouvir a voz dela, por algum motivo o coração dele palpitava ao ouvir tal melodiosa e doce voz.

—Não é ruim – ele percebeu o olhar confuso da moça – que você se pareça com o Naruto, ele é importante é quase irmão

Sasuke estranhou, pela primeira vez alguém pegou ele de surpresa e de um modo tão repentino com um abraço caloroso.

— Que bom, isso significa que eu sou uma pessoa boa – Sakura sussurrou, ainda abraçando o moreno – você não parece gostar de todo mundo e nem de pessoas ruins – a rosada suspirou – será que pode retribuir o meu abraço?

Aos pouquinhos, no tempo dele, Sasuke foi rodeando seus braços sobre a cintura da moça e encostando a cabeça no ombro dela, ele se sentia seguro e nem ele mesmo entendia o motivo disso.

— Você tem medo das pessoas, não é? – Saky se distanciou e olhou nos olhos de Sasuke – Por que não aceita carinho? Ou pena? Ou afeto? Por que não aceitou os meus sentimentos, quando disse que sentia muito pela sua mãe?

— Você faz perguntas de mais e.…..– Sakura cortou ele

— E isso te irrita! – ela exclamou olhando no fundo dos olhos dele e colocando as mãos envolta das Buchechas do mesmo– Essa máscara de durão não cola com você e olha que eu te conheci a umas oito horas e já descobri

— Me deixa, Sakura – Sasuke falou se distanciando – Eu sou frio, assim como você viu a oito Horas atrás e eu não sou normal, então se distância

— E seu eu quiser ser sua amiga? E seu eu quiser estar perto? – pela primeira vez Sakura sentiu angústia em perder alguém, o estranho é que ela tinha acabado de o conhecer – Você vai me impedir de te ter por perto? Eu não me importo que você é diferente!

— Sakura para! – Sasuke sussurrou – Eu não quero você perto e não quero que ponha os pés em Ghost town, aqui não é lugar para Humanos

— Você quer que eu vá embora? – Sakura se aproximou dele de novo e se sentiu magoada ao vê-lo se afastar – Já me respondeu, desculpa eu já vou

— Agora não! – a rosada se assustou – ainda tá escuro, não é seguro pegar a estrada agora, para os vampiros renegados, a escuridão é a melhor hora

— Pouco me importa, nada garante que com você é seguro, não é?

— É, pensando nesse caso, nem comigo você está segura – ele falou abaixando a cabeça

— Essa não era a resposta que eu queria, o que custa você dizer que com você eu estaria segura? – Sakura abriu a porta e sorriu de lado para o rapaz – Foi bom te conhecer Sasuke.

Crevian - Algumas semanas depois da viagem

Sakura andava meio emersa e seu pai já havia percebido essa mudança de comportamento em sua filha. Mas ele preferiu deixar ela em seu canto, pensando, pois na visão do pai era somente um sentimento de amadurecimento que todos temos em determinadas idades, mas para Sakura era a necessidade de ver novamente alguém que ela conheceu por apenas misérias oito horas.

Ela nunca mentiu ou omitiu algo de seu pai, mas algo dentro dela não deixava que ela compartilhasse tais sentimentos com o homem que sempre esteve ao lado dela.

A moça decidiu andar, já estava escuro e as estrelas já brilhavam com intensidade no céu e estranhamente, aquele céu escuro lembrava os olhos de Sasuke, escuro, mas repleto de estrelas que o tornava um céu brilhante. E os olhos de Sasuke eram assim, escuros, mas brilhavam com intensidade.

— Pensando no meu irmão? – Sakura se assustou – Ele costuma fazer esse efeito nas mulheres

— Quem é você? – Sakura perguntou – Se parece muito com ele, mas eu não vou confiar

— Itachi Uchiha – o rapaz respondeu sentando do lado da Rosada – E não confie, não devemos confiar em ninguém

— Não é assim que vai conquistar a minha confiança – a rosada debochou – por que você está aqui?

— Sasuke – a rosada olhou para Itachi com um brilho imenso nos olhos – Ele não quer ir no meu casamento e nem sair daquele quarto e é culpa sua!

— Minha culpa? – a rosada exclamou indignada – Mas eu não fiz nada!

— Você fez tudo Sakura, o Sasuke nunca amou ninguém e nunca permitiu que ninguém invadisse o seu espaço e a sua escuridão, mas do nada você apareceu naquela noite escura e em somente oito horas fez ele se abrir para você, como ele nunca havia se abrido para ninguém e agora ele acha que te machucou e não quer sair do quarto, então resumindo é isso

— Por que ele gostou tanto da minha amizade e não me falou nada? – Sakura estranhou ao ver Itachi gargalhar

— Você é mais lerda que o Naruto – Sakura fez uma cara Brava – Pense no que eu te falei e veja se o sentimento foi mesmo o que você tá imaginando.

    Itachi desapareceu de repente, deixando a rosada pensativa, ela não sabia distinguir se o que o Sasuke sentiu era amizade ou amor, mas será que é possível amar uma pessoa em apenas oito horas?