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História Cigarettes - Parte II


Escrita por: uchihacchi

Notas do Autor


Boa leitura e espero que gostem ♡.

P. S: Leiam as notas finais, por favor.

Capítulo 2 - Parte II


Fanfic / Fanfiction Cigarettes - Parte II

 

“– Pode ficar tranquilo hyung – abandonei um selinho em sua boca e levei a minha até seu ouvindo. – Eu vou te foder com jeitinho...”

 

Meu coração batia forte e era como se o sangue do meu corpo todo houvesse resolvido se concentrar em uma única parte do mesmo – que já estava completamente desesperada para invadir e acomodar-se no interior do corpo de YoonGi. Aproveitei que estava ali, pertinho da sua orelha, e dei uma mordida na hélice da mesma antes de começar a trilhar beijos de sua têmpora até seus lábios.

Eu sequer percebi o momento em que YoonGi enfiou o meu primeiro digito lambuzado dentro de si. A ficha disso só caiu quando um grunhido, nitidamente incomodado, interrompeu a conexão de nossas bocas.

Comecei a tirar e colocar meu dedo dentro do seu corpo assim que o invadi com um segundo digito, e quase que imediatamente, YoonGi gemeu sôfrego e me puxou para um beijo quase violento, que me pegará um tanto quanto desprevenido, e que me fizera no fim, atordoadamente bêbado de prazer, introduzir de uma só vez o terceiro digito dentro dele sem nenhum aviso prévio. 

Em resposta a dor que eu sem nenhuma hesitação lhe causara, YoonGi prendeu meu lábio inferior com os dentes e repuxou este com força, conseguindo até mesmo me ferir por isso.

Passou pela minha cabeça parar o que eu fazia e lhe pedir desculpas, mas é claro que eu não consegui o fazer. Por isso tratei de ao menos diminuir um pouco a velocidade que colocara em meus dedos para que ele, no seu tempo, pudesse começar a se acostumar com tudo. E ficamos assim, “concentrados” somente no beijo que automaticamente voltamos a trocar, porque as nossas bocas sem sobra de duvida alguma havia nascido para estarem grudadas por incontáveis anos, até que ele afastou-se para respirar e inconsciente, eu acho, rebolou em meus dedos, que quase pararam totalmente de entrar e sair de si – tamanha era a forma como o seu beijo tinha a capacidade de me desconcentrar –, indicando que não estava mais sentindo tanto incômodo.

Sem perceber, suspirei aliviado e lancei um sorriso sugestivo para ele, que, com o rosto adoravelmente corado, assentiu com a cabeça e rebolou mais em meus dedos. Tanto ele quanto eu estávamos agora com o corpo todo coberto por muito suor, e YoonGi estava incrivelmente febril, o que denunciou que já estava mais do que na hora de eu penetra-lo como algo meu muito longe de ser pequeno como os meus dedos.

Sem mais delongas, alinhei o seu corpo no meu, meu sexo em sua entrada e, para entretê-lo, voltei a beija-lo na boca. E então, bem lentamente, deslizei para dentro dele. Um gemido saiu arrastado pela minha boca e eu pisquei rapidamente algumas vezes, meio tonto até, graças ao arrebatador prazer que me atingirá em cheio – e que resultara em meu pré-gozo, lambuzando o interior de YoonGi, que mordeu com força a própria boca, segurando-me pelos ombros.

Ofegando como quem está com falta de ar, olhei para garoto em baixo de mim com um ar de puríssima admiração e encanto, e ele estava com um nariz retorcido e a testa franzida em uma careta semelhante à de choro. Descobri neste instante mesmo que jamais cansaria de acha-lo a criatura mais fofa desse mundo todo, independente da situação.

YoonGi soltou o ar pesadamente e gemeu muito alto assim que eu comecei a me mover em seu corpo, e com muito esforço consegui me obrigar a parar de me mexer – e fazer isso não foi nem de longe algo fácil.  Tentar ir contra todos os meus instintos, na verdade, nunca fora algo tão difícil de fazer. Pensei até que estava enlouquecendo de fato. YoonGi choramingou, gravou suas unhas curtas em minha costa e gemeu de dor – gritou, na realidade. Notei as gotas d’agua silenciosas que escapuliam dos seus olhos apertados e rolavam pelo seu rosto choroso, e foi aí que eu comecei a me sentir muito mal. Como se estivesse com náuseas e hiperventilado. Com o coração apertando como se eu estivesse à beira de um infarto.

Meu corpo todo estava tremulo e eu não tinha mais certeza de nada. Ele estava sentido dor demais e ele não deveria sentir tanta dor, deveria? Tanta dor a ponto de chorar? Eu sabia que sim, que podia acontecer sim, que aquilo doía pra caralho. Mas que era normal. Que a dor era normal. Que o incomodo era normal. Que o mal-estar pela dor e pelo incomodo do seu parceiro era normal, porque sim, aquilo tudo era normal, pois era a nossa primeira vez. Nada podia ser feito para evitar isso. Eu estava o machucando, mas logo, logo, a dor ia passar.

Piedoso e certamente culpado, levei uma de minhas mãos ao rosto dele. Beijei as suas duas pálpebras dos olhos e suas duas bochechas também. Eu queria me desculpar, queria poder conforta-lo, eu realmente sentia muito. Cadê a porra dos efeitos da adrenalina quando a gente precisa deles? Isso deveria ser mais fácil.

YoonGi resmungou alguma coisa e fechou os olhos em seguida. Seu peito subia e descia rápido e aquela altura eu já tinha desistido de tentar qualquer movimento que fosse dentro de si, embora, a vontade que sentisse fosse colossal.

- Você está bem, hyung? – perguntei baixinho, acariciando o seu rosto e ele imediatamente balançou a cabeça em concordância.

- S-só está doendo... Mais do que eu achei que doeria – seus olhos úmidos encontraram com os meus no instante em que a sua voz pastosa adentrou os meus ouvidos. Quis abraça-lo e livra-lo de tudo aquilo, ainda que fosse injusto pararmos por ali.

- Você sabe que nós não precisamos ter pressa para... – o restante do que eu planejava dizer ficou travado em minha garganta quando, com um ar repentinamente determinado, YoonGi selou meus lábios aos seus.

- Nós não nadamos até aqui para morrer na praia... Eu estou bem – ele riu e, embora o seu corpo estivesse menos tenso que antes, fora ela, a sua risada, o que me incentivara a concordar com ele.

Sem dizer mais nenhuma palavra sequer, tomei seus lábios para mim com o máximo de delicadeza possível, a fim de obriga-lo a esquece-se um pouco daquela dita dor que eu sem controle o causava à medida que voltava a invadir seu intimo.

Não sei dizer ao certo por quanto tempo que fiquei investindo contra ele meio a uma velocidade oscilante, pois, mediante a tantas coisas, tantos conflitos e pesares, quando bem dei por mim, honestamente, eu já me retirava quase que totalmente de dentro dele motivado apenas pela vontade louca de afundar novamente em seu interior com força. Aquilo era coisa de outro mundo. A forma como ele era gostoso. Tive que separar minha boca da sua devido aos ofegos fortes que cortavam a minha garganta aos montes, um atrás do outro, e por um segundo fechei os meus olhos para tudo e vivi apenas o quão absurdamente bom que era fazer aquilo, daquele jeito, com ele.

YoonGi era absurdamente incrível.

Seu interior estava tão quente em minha carne quanto o seu corpo todo em minhas mãos. Era úmido e era também muito apertado – e ele me apertava ainda mais a cada estocada que eu lhe dava, ocasionando-me assim, esparmos excepcionalmente deliciosos. Quanto mais fundo nele eu conseguia ir, mais fundo nele eu queria ir e eu só conseguia pensar nisso.

Foi só quando ele soltou outro gemido, que para mim, novamente, mais se parecera com um grito, que consegui retornar à realidade e voltei a cessar os movimentos nervosamente, assustado e muito preocupado com a real possibilidade de tê-lo dessa vez machucado para valer.

- N-não, Seokseok, não... Não me machucou... A-ah... Você não, não m-me machucou – como se lesse os meus pensamentos, ele disse, enquanto insistia a forçasse para cima e para baixo. – Continua... T-tá tudo bem. Por favor, só c-continua... – Pediu, erguendo as pernas e cruzando suas canelas, envolta da minha cintura.

- V-você tem certeza disso, h-hyung? Eu posso parar se...

Não tive condições para terminar aquela frase, pois ele me apertou dentro de si e em minha mente fez brotar momentaneamente um monte de estrelinhas brilhantes.

Aquilo era, realmente, coisa de enlouquecer.

- Eu tenho total certeza que quero... Que continue a ir o mais fundo que conseguir ir... – seus braços contornaram o meu pescoço, trouxeram o meu rosto para perto e seus lábios deixaram um selinho molhado nos meus. – Quero isso, nem que eu não consiga me sentar direito amanhã por causa disso... Eu quero.

- Aish, Yoongi – resmunguei e ele sorriu, grudou nossas testas uma na outra e fechou os olhos, iniciando um beijo caloroso.

- Quero sentir o efeito disso... Quero sentir o efeito de ter me tornado um com você completamente – falou, ao fim do beijo, me olhando intensamente, bem fundo nos olhos.

Instantaneamente o meu coração pareceu querer explodir dentro do meu peito. Derreter, talvez. E então, num instante tudo pareceu mentira, até que ele riu daquele jeito infantil, porque o meu rosto devia estar terrivelmente vermelho, a julgar pela dormência de minhas bochechas.

Soltei uma risadinha automática e nervosa antes de respirar fundo, completamente decidido com o que eu devia fazer. É agora, pensei, engolindo seco. Fechei e abri os olhos, não querendo muito encara-lo ainda, tentando manter a calma e reunindo forças. É agora ou nunca Jung Hoseok!

Tinha de ser agora. Por isso, com as orelhas em chamas e o meu estomago dando voltas e mais voltas, lhe disse, de uma só vez, aquilo que já estava entalado em minha garganta há tempo demais:

- Eu amo você, Min YoonGi.

E ele riu; riu como se eu tivesse acabado de lhe contar uma boa piada - o que logo de cara me deixou extremamente confuso, encarando-o com uma provável cara de paisagem.

Muito lentamente senti o meu coração apertar. Estava nervoso, mais que isso, estava apreensivo. Eu só queria uma resposta. Uma resposta vinda dele – era tudo o que eu mais precisava ouvir aquele momento. Nem que ele me dissesse só “Eu também gosto de você, HoSeok”. Não me importava. Eu só queria ouvi-lo confirmar que, decididamente não eram apenas os cigarros, as únicas coisas que compartilhávamos um com outro...

- Você não está falando sério, está? – YoonGi perguntou depois de um tempo, parando de rir, e a sua resposta travou em minha garganta, tanto que apenas assenti com a cabeça, completamente mudo.

Ele riu novamente, soprado, balançando a cabeça em negativa, como se não pudesse acreditar no que eu dissera. Como se não pudesse acreditar em mim... E foi aí que eu comecei a temer a sua resposta.

Um gosto horrível subiu pela garganta e voltei a me sentir como se estivesse nauseado e hiperventilado. Já ia abrir a boca para dizer “Qual é a graça?” até, mas ele, notando isso, fez “Shh” para mim, com o seu indicador sobre a própria boca.

O olhei confuso e ele rapidamente desviou o seu olhar do meu.

- Você é mesmo muito idiota HoSeok... – ele murmurou distante, pensativo, talvez, parecendo até um pouco frustrado, eu acho, não sei, e eu senti como se tivesse acabado de levar um puto tiro no meio das costas.

Imediatamente franzi o cenho, sentindo os meus olhos marejarem. Tudo bem que eu queria uma resposta, mas... “Você é mesmo muito idiota HoSeok”? Eu sou mesmo um idiota por ama-lo? Ou por esperar que ele sentisse o mesmo por mim? De qualquer forma, não importava e é obvio que ele tinha toda razão. Ele riu de mim e me chamou de idiota. Ele está certo. Eu sou um idiota e está doendo tanto agora...

De repente, estava pronto para xinga-lo de todos os nomes mais horríveis em que conseguia pensar, meio toda aquela minha confusão sentimental e mental, enquanto saia de dentro de si, desistindo de tudo para dá um jeito de só ir embora da sua casa o mais rápido possível, desaparecer da sua vida de uma vez por todas, me jogar da ponte mais próxima, talvez... Quando ele acrescentou:

-... Eu também amo você, Jung HoSeok.

O QUE!?

Minha cabeça deu mil voltas em torno do seu próprio eixo e meu coração batia tão forte contra as minhas costelas, tão agitado, que ele literalmente passou a ser a única coisa que eu conseguia ouvir aquele momento. Não sei porque, mas comecei a me sentir tonto. Talvez porque algo grande e louco pareceu acordar em meu peito apenas para urrar de algo que, a meu ver, ainda não tinha um nome, talvez não. O que eu estava sentindo não era apenas alegria e muito menos era felicidade. Era algo mais quente, mais intenso, mais complexo, algo muito mais sublime. E a forma de como que era irresistivelmente aconchegante não dava para sequer tentar explicar. Era algo tão, tão divino, que fiquei completamente atordoado.

Meu estupor era tanto que, quando um Min YoonGi timidamente sorridente, e que ainda não se dera conta de como me deixara perdido em algo incrível demais para ser de verdade –  embora fosse –, se aproximou do meu rosto, a fim de me beijar, eu simplesmente o interrompi, colocando meu indicador naquele projeto rosado e úmido de biquinho em seus lábios.

- Você não está falando mesmo sério, está? Você não devia brincar desse jeito hyung, eu...

- Yah, por que você não acredita em mim? – ele me cortou, tirando meu dedo de sua boca bruscamente, e bem lá no fundo eu lhe agradeci muito por isso, porque as palavras estavam simplesmente saindo pela minha boca, sem que eu quisesse realmente dize-las. – É claro que estou falando, seu imbecil!

Fiquei ali, em choque, por pelo menos mais uns dois ou três minutos inteiros. Com a cabeça acelerada, com os meus pensamentos uma verdadeira bagunça e com as minhas terminações nervosas estourando feito milho antes de virar pipoca. Fiquei assim até que um sorriso enorme começou a se forma em meu rosto, e, muito embora a minha ficha parecesse insistir em não cair, eu aproximei o rosto do de YoonGi o bastante para que pudesse tocar os seus lábios com os meus –  e ele ainda estava meio chateado com a minha descrença em si, quando grudei minha testa na sua e lhe sussurrei:

- Você é mesmo muito idiota YoonGie.

E YoonGi, sendo YoonGi, meteu um tapa em meu peito, resmungando igual a um velho.

Comecei a rir infantilmente e ele no fim acabou por me acompanhar, o que resultou em nós dois rindo feitos os idiotas que éramos. YoonGi logo fez menção de me puxar para um beijo e com isso ele acabou relembrando a nós dois da nossa “esquecida”, e linda, união. Gemidos irromperam por nossas gargantas ao mesmo tempo e ai sim ele me puxou pelo pescoço para um beijou ansioso que ele usou, em algum momento, para me deixar alheio e inverter as nossas posições, ficando assim por cima de mim.

Segurei a sua cintura com firmeza e ele apoiou suas duas mãos em meu peitoral e começou a pular bem em cima de mim, comigo dentro de si, a uma rapidez entorpecente. Nem que eu quisesse prender qualquer gemido que fosse, eu conseguiria, pois daquele jeito era tão mais fácil chegar profundamente dentro dele e ver mais de um bilhão de estrelas brilhantes do nada que eu, por um segundo, pensei até que fui um grande idiota por não ter pensando em fazer as coisas daquele jeito desde o início. Então, simplesmente não censurei nada que queria sair diretamente pela minha boca, assim como ele também não se deu ao trabalho de censurar absolutamente nada que saia da sua.

Não demorou, e eu tentando completar ainda mais aquele inacreditável prazer que estávamos, sem sobra de dúvidas sentindo, comecei a mover o meu quadril de encontro ao seu.

Min YoonGi, como você é perfeito para mim... Toquei em seu rosto com uma das mãos e ele piscou algumas vezes antes de fixar seus olhos nos meus. Sussurrei um “eu te amo” mudo para ele e ele sorriu, encantadoramente, mostrando as suas gengivas e tudo, bem como podia, devido aos gemidos incessantes que lhe atravessam a boca.

Seu interior se contraiu e me apertou algumas outras vezes e eu percebi que tanto ele, quanto eu, não iriamos mais aguentar por muito tempo, por isso me sentei na cama e o puxei para outro beijo apaixonado e envolvente, apressando-me para masturbar nossas ereções quando ele atracou em meu pescoço, e quando o nosso ápice enfim chegou, fiz questão de gritar bem alto o seu nome.

A sensação de preencher seu interior com o meu gozo à medida que o seu sujava minha barriga e a sua, na verdade, era melhor do que eu esperava.

Que loucura, pensei, e um sorriso grande e insistente brotou e manteve-se estampando em meu rosto, sem grandes problemas. Sorrindo comigo, YoonGi plantou dois beijos em meu pescoço antes de me retirar de dentro de si com cuidado. E então ele, ofegante e tremulo, simplesmente, desabou sobre mim, rindo abobadamente o que me fez acompanha-lo.

Nós deitamos em seu colchão suado e quente e eu o abracei, aconchegando-o em meu peito, que subia e descia muito, mas muito rápido por sua causa.

Todo o meu corpo estava mole e sem força alguma para mais nada que não fosse continuar ali onde estava com quem eu estava. Era apenas isso o que eu conseguia me imaginar fazendo nas próximas horas, enquanto que tudo em mim aproveitava de todos aqueles sentimentos e sensações que me inundavam.

De repente, eu estava com sono, mas eu queria tanto vê-lo que é claro que esse sentimento ganhou. E, quando ele se afastou para nos cobrir com um lençol e voltou a se aconchegar em meu corpo, eu segurei seu rosto e inclinei a sua cabeça o suficiente para que os meus olhos pudessem ficar presos aos seus. YoonGi era tão bonito. E quando ele sorriu quase envergonhado, com os seus adoráveis olhos miudinhos por tal ato, eu só conseguir retribuir ao seu sorriso, me sentindo bem idiota, bem bobo e bem apaixonando, antes de trazê-lo para um beijo demorado.

Não sei dizer ao certo quanto tempo se passou até que deixamos de nos beijar, mas sei que, logo que isso aconteceu, não demorou muito para nós começarmos a nos dedicar a dar explicações sobre como e desde quando estávamos apaixonados um pelo outro.

Nós ficamos conversando e rindo até que o sono e o cansaço nos obrigaram a calar a boca e nos colocaram mansamente atentos ao silêncio barulhento e confortável que aquela madrugada tinha, como se ela fosse uma musica de ninar exclusiva e que apenas nós dois ouvíamos.

 

~O~

 

Na manhã seguinte, tive de tomar nota de que o quarto de YoonGi possuía uma janela que ontem passara totalmente despercebida, pois era justamente através desta que alguns raios de sol invadiam o ambiente, meio as persianas, e recaiam sobre o meu rosto, obrigando-me a abrir os olhos.

Resmunguei baixinho e cobri o rosto com o meu antebraço, tentando fugir, pois não estava nenhum pouco pronto para acordar ainda. Estava muito cansado e meu corpo continuava todo molengo. Sentia-me preguiçoso e isso era novidade já que eu tinha certa imunidade à preguiça. Bocejei com uma mão sobre a boca e tentei me espreguiça, mas o espaço que eu tinha era pequeno e acabei batendo no corpo inerte deitado ao meu lado.

E então tudo veio de uma só vez.

Um sorriso automaticamente enfeitou o meu rosto dormente e que eu tinha certeza que estava todo amarrotado de sono. Meu coração já estava trabalhando bem mais rápido do que realmente deveria quando busquei com os olhos, enfim acostumados com a claridade do quarto, o rostinho do certo alguém que, até onde conseguia lembrar, dormira acomodado em meu corpo.

E, diante da imagem adorável que encontrei, eu sabia que o meu sorriso não caberia mais em meu rosto, se assim fosse possível, pois ela era preciosa demais.

YoonGi dormia intensamente – nenhum pouco incomodado com os benditos raios de sol que invadiam o seu quarto – e profundamente, com a boca meio aberta deixando escapar um ronco inofensivo. Ele estava deitado de barriga pra baixo e o lençol que cobria a minha nudez, cobria uma parte da sua costa, a sua bunda e apenas uma de suas pernas.

Àquela altura, eu já tinha certeza que os meus olhos brilhavam, tamanha era a forma em que eu estava encantado. Contudo, bem lá no fundo, além de encanto eu me sentia certamente ofendido. Como posso ter sido acordado pelo sol pousando em meu rosto, só para depois ter de dar de cara com tamanha perfeição dormindo tão angelicalmente do meu lado – com o mesmo sol que me acordara pousando também sobre o seu rosto, sem incomoda-lo, mas sim o deixando ainda mais bonito na verdade, pois os cabelos loiros que lhe cobriam a testa, e quase os olhos, brilhavam e contrasteavam ainda mais com o seu tom de pele muito branco e com a sua expressão extremamente fofa dormindo –?

Abanei a cabeça e suspirei conformado e apaixonado. Não, Min YoonGi não era mesmo um ser humano como outro qualquer, mas nem fodendo...

... E por falar nessa variação do verbo “foder“– e eu aposto que, gramaticalmente falando, sei lá, isso nem existe mesmo –, que delicia de noite que tivemos meu Deus.

Respirei fundo, levando uma das minhas mãos até o seu rosto. E, relembrando carinhosamente os meus momentos favoritos que vivera com ele, comecei a tirar de cima de seus olhos, com as pontas dos dedos, os fios que ali estavam a fim de aprecia-lo melhor – e com isso, não demorou quase nada para que YoonGi franzisse o cenho e testa incomodado, pois agora sim a luz do sol conseguia pousar em seu rosto direito.

“Ah, então quer dizer que essa é a tática que esse hyung espertinho usa para não se deixa ser acordar pelo sol tão facilmente”, pensei, rindo da expressão nenhum pouco mais sereno que ele, sendo obrigado a despertar, possuía.

- Yah... HoSeok – ele resmungou, puxando o final do meu nome com um quê de reclamação e um bico nos lábios. – Eu ainda não estou pronto para acordar – acrescentou, virando o rosto para o outro lado. – E muito menos pronto para enfrentar você e a realidade dos fatos, então me deixe dormir!

Eu acabei por rir da situação e, principalmente, dele, porque YoonGi sendo rabugento é algo irresistivelmente engraçado de se ver. Por isso, o cutuquei na costela com o indicado e ri um pouco mais quando ele automaticamente se encolheu, murmurando um palavrão.

Se existia algo que YoonGi amava – depois de mim, é claro – esse algo era dormir, e ele odiava ser acordado, principalmente ser acordado quando não queria, ou quando não tinha que acordar – o que era o caso do dia de hoje, já que era Sábado. Contudo, para o seu azar, ele estava dividindo a sua cama comigo aquela manhã e eu adorava lhe perturbar.

Passei o braço pela sua cintura nua e o puxei para mim, apertando-o contra o meu corpo, e levei uma espécie de choque térmico/elétrico gostoso do seu corpo morno contra o meu o que me fez rir. YoonGi começou a reclamar assim que eu enterrei o meu rosto em seu pescoço e aspirei ao cheirinho bom de sono que ele tinha, e ele logo se encolheu todo arrepiado, resmungando um “Aish”, meio manhoso e meio irritado, atrás de outro.

Foi só quando ele me acertou uma cotovelada – para a minha sorte – desajeitada em minha barriga, que resolvi me pronunciar.

- Ainda não está pronto para acordar e aceita a realidade de que, de agora em diante, será somente meu, hyung? – lhe dei um beijinho no pescoço, e como resposta, ganhei dele um suspiro pesado.

Tentei aconchega-lo melhor em meu peito, mas ele não deixou e tentou em vão lutar para se soltar de mim. Pobre carneirinho. Não aguentei e comecei a gargalhar quando YoonGi voltou a tentar uma cotovelada e não conseguiu. Ele bufou frustrado e por isso achei que ele havia desistido. Contudo, ele foi mais além e, por “muito” pouco, não me jogou para fora da cama – tive de esmagar o seu corpo no meu para imobiliza-lo e evitar a queda.

No fim, consegui sair como vitorioso e um Yoongi derrotado enfim achou que era melhor ajeitar corretamente suas costas em meu peito e não insistir mais naquilo.

- Não, seu maldito – respondeu baixinho, talvez, mais para si do que para mim, e sorri com o rosto enterrado em seu cabelo. – Eu ainda não estou pronto para acordar e enfrentar a realidade de que aceitei ser somente seu estupidamente muito rápido – Yoongi acrescentou, bocejando sonolento e virando-se de frente para o meu peito em seguida.

Ele respirou fundo, com os olhos insistentemente fechados e retorceu um pouco o nariz quando eu disse que era fofo vê-lo se alinhar em meu corpo – e era mesmo.

- Acho bom você se apressar e voltar a dormi imediatamente, Jung HoSeok, porque se não...

Tive de rir de como que a sua voz sairá anasalada e abafada por conta do meu peitoral, que escondia de mim o seu rostinho amassado. Tomei nota para mim mesmo de que, encolhidinho daquele jeito em meu corpo, YoonGi parecia ser ainda menor do que realmente era – e ainda mais fofo do que já era também. E eu estava pronto para compartilhar isso com ele quando, de um jeito nenhum pouco carinhoso, ele furtivamente mordiscou o meu mamilo e me arrancou um gemido de dor.

O choque repentino de dor que percorreu por todo o meu corpo me fez começar a resmunga igual a ele.

- Anda logo, seu chato. Volte a dormi – falou ele, depois de algum tempo em silencio, e o tom levemente divertido e, inexplicavelmente, manhoso de sua voz me fez automaticamente parar de reclamar e voltar a sorrir feito um idiota que o achava extremamente adorável.

YoonGi abraçou o meu quadril, enroscou suas pernas nas minhas e alinhou seu rosto na altura do meu queixo, em meu pescoço.

Levei uma das mãos até o seu rosto e acariciei de leve sua bochecha e ele não conseguiu esconder de mim o sorriso envergonhado que deu por daquilo. Muito mais do que satisfeito com nós dois e o momento, tratei de abraçá-lo de volta e certifiquei-me de conforta-lo completamente em meu corpo.

YoonGi abanou a cabeça em concordância, e então suspirou, demostrando está igualmente satisfeito.

“Tão pequeno... e tão meu”, pensei, dando-lhe um beijo no topo da cabeça.

YoonGi agora realmente parecia ser de alguma forma, menor para mim. Menor, mais frágil e mais precioso também. E sem perceber me peguei jurando a mim mesmo, e a Deus, que iria protegê-lo de tudo e qualquer coisa, pois, definitivamente não importava nenhum pouco a imagem durona que tentava ele transmitia a todos, isso não mudava o fato de que ele era e sempre seria um hyung incrivelmente gentil e frágil.

Assim que determinei que ele dormia outra vez, fechei os meus olhos e deixei que a minha mente vagasse até aonde ele bem quisesse. Não me surpreendi por ela ter viajado até a nova vida que teria a partir daquele dia com o garoto que tinha em meus braços, e pensar nisso era bom. Pensar na vida que teríamos juntos era muito bom.

Pois YoonGi, desde o começo, sempre foi tudo o que eu precisei.

E enquanto começava a lhe fazer um cafuné inconsciente e leve na nuca, minha mente voltou a vagar livremente e, dessa vez, ela parou nos cigarros que nos dividíamos. Mesmo que tenha sido graças a eles que nós dois nos aproximamos, um amargo, mas doce vicio que tínhamos em comum, de qualquer forma, eles eram um vicio inquestionavelmente ruim. Por isso, comecei a me incentivar a aceitar que, no fim, os dois cigarros que dividíramos ontem à noite, antes de termos nos entregado de corpo e alma ao amor que desenvolvemos sem qualquer intenção premeditada, seriam na verdade os nossos últimos, porque agora que eu o tenho não permitirei, sobre hipótese nenhuma, que algo assim me tire ele – ou me tire dele.

“Não mesmo, nós vamos ficar juntos por muito tempo meu pequeno”, pensei, e beijei outra vez o topo de sua cabeça. “Vamos ficar juntos para sempre”.

Sempre ouvira dizer que o tal do “para sempre” não existia, que esse era apenas um jeito de falar, porque nada durava realmente para sempre. Que ele, o “para sempre”, não passava de uma esperança tola que os mais desesperados por um amor duradouro se agarravam para continuar a seguir com as suas vidas. Mas, para ser sincero, eu sempre discordei um pouco disso.

Passei a discordar ainda mais depois que a minha vida torta cruzou com a vida também torta de Yoongi, pois, em pouco tempo – por assim dizer –, ele conseguiu despertar em mim algo que eu só podia ter certeza de que seria realmente eterno para mim – e ele só precisou de simples cigarros para isso.

Pouco importar o que o mundo irá decidir dizer sobre as escolhas que tomamos; tenho certeza que nascemos para ficarmos juntos. E eu pretendo fazer com que Min YoonGi seja tão feliz e tão completo quanto ele me faz. Vou cuidar dele e estar sempre ao seu lado.

Vou fazer cada segundo valer a pena e cada minuto ser especial e cada hora durar como se fosse toda uma eternidade única, ao longo de todos esses indetermináveis anos que desfrutaremos juntos desse sentimento nobre e estranho que é o amor.

Balancei a cabeça em concordância e sorri, sentindo-me muito mais do que feliz, pois eu sei: teremos tempo mais do suficiente para calar a boca de alguma maioria de mal-amados, que enchem a boca para dizer que nada dura para sempre, e eternizar o que conquistamos o bastante para que eles sejam, no fim, consequentemente “para sempre”...

... Ao menos para nós.

 

 

Não é o ponto final que determina o “para sempre”, mas sim todas as incontáveis vírgulas e pontos em seguida, pois é por causa destes que os momentos mais felizes e inesquecíveis se fazem possíveis e eternos.


Notas Finais


OOOOOOOOOOOIN <33333
Coisinhas lindas, tudo bom com vocês???? Espero de verdade que sim ♥
Não quero tagarelar muito aqui dessa vez, então, vamos logo direto ao ponto: a atualização demorou - DEMAIS, eu sei, me perdoem :') -, mas enfim saiu, então né, borá relevar a demora e comemorar que é melhor \o/ ASHAUSHAUH'

EU PRECISO DA OPINIÃO DE VOCÊS, CERTO!?
O que vocês acharam desse lemon??? Eu acho que talvez eu tenha exagerado em alguns pontinhos, maaas, acho também que consegui transmitir o que eu queria e que, o lemon em si, ficou bomzinho :')
VOCÊS CURTIRAM OS DOIS POMBINHOS LINDOS NESSE FINAL????? Queria muito terminar as coisas com algo fofinho, então, eu tive que me esforçar bastante para conseguir um resultado beem perto disso, porque eu não sou muito boa para escrever coisas fofas :').

Eu espero que vocês tenham gostado de tudo o que leram aqui em Cigarettes, de verdade ♥

Dito tudo isso acima, só me resta agora dizer bye bye ><

Um beijo.
Um cheiro.
E que a paz de yoonseok esteja sempre com vocês.

AVISO 1: MUUUUUUUUUITO OBRIGADA POR TER DADO UMA CHANCE PRA ESSA TWO-SHOT DESSE SHIPPO QUE EU TANTO AMO, VIU?? VOCÊ É UM ANJINHO BEM PRECIOSO ♡.
AVISO 2: Eu vou responder os comentários que vocês me deixaram no ep. anterior e os que vocês me deixarem neste em breve, prometo ♡.


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