Acendia seus cigarros como se fossem incensos. Queria seu cheiro comigo.
— Parei de fumar — disse você certo dia. — Ela odeia o cheiro, entende? Não tive escolha.
Mas eu amava o cheiro. Um cheiro que passei a amar porque era o seu.
Você então me entregou um envelope branco.
— Aqui. Ficarei feliz se puder aparecer.
Queria reduzi-lo a cinzas, como seus cigarros, mas mantinha o convite comigo. Nunca o abri.
Trago. Engasgo com a fumaça e o gosto forte. Sinto os olhos arderem. Seu cheiro me sufoca.
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