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História Cinco Garotas, Um Sonho - Imagine BTS - Jeon Jungkook - Chapter Fifteen


Escrita por: SouApenasEu

Notas do Autor


História iniciada em 16/12/2016 e terminada dia 11/05/2017, mais de 100 mil visualizações e 400 comentários, adicionada em mais de 200 listas de leitura e favoritada por mais de 1.000 pessoas, e por fim excluída pelo site em 25/03/2019 (Um ano depois).

Re-upada atualmente.

Boa Leitura!

Capítulo 15 - Chapter Fifteen


 

 (S/N) ON

Eu já estava pronta, malas e fisicamente. Completamente arrumada, fazia frio lá fora e eu era a mais desleixada das meninas, chegavam a me comparar com Suga só por que vesti um moletom grande que ia até um pouco acima do joelho e largo, minha calça jeans era escuro e a minha paixão por All Star não saía de mim, afinal, eu tinha uma coleção.

Minha máscara preta e meus óculos escuros preservava metade da minha identidade, todos haviam ido para a empresa e graças a uma divindade mística eu me recuperei, mesmo que minhas olheiras, meus lábios machucados de tanto morder e minha palidez assustadora dissessem ao contrário.

Eu havia passado pouca maquiagem, pois eu sabia que haveria paparazzi no aeroporto, o próprio senhor Bang havia me avisado por meio de mensagem.

Levei minha mala para a sala, era pouca coisa, mas coisas o suficiente para me ajudar a ficar um dia em Nova York e voltasse para cá, mesmo que eu não descansasse mentalmente eu voltaria pronta para treinar e compensar meu tempo perdido, eu iria debutar na próxima semana, isso era importante e eu não vou deixar passar. 

O carro chegou e fui direto para o aeroporto, e como eu havia pensado, paparazzi, droga. Alguns entrevistadores, outros fotógrafos. Passei direto para ir fazer meu check-in e assim embarquei em um voo de treze horas e vinte três minutos.

... Quebra de Tempo ...

Eu iria sozinha para casa, sim, meu Tio não estaria ali me esperando, eu já sou bem grandinha e conheço aquele lugar como a palma de minha mão, as vezes ficar trancada no quarto estudando o mapa de seu país não é tão ruim.

Peguei um táxi, provavelmente não me reconheceriam tanto quanto lá na Coréia, mas havia um grupo de meninas com uma faixa em mãos com o meu e abaixo "BadGirls Fã".

Puta que pariu.

Dei um pequeno aceno para elas mas logo entrei no táxi falando para ele o endereço, o mesmo como um bom profissional apenas ligou o carro e saiu do estacionamento próprio para taxistas.

- A senhorita é famosa? - Ele perguntou educadamente.

- Pode se dizer que sim... - Falei observando as árvores lá fora...

- Entendo... - Ele falou quase inaudível e continuou seu trabalho.

.         .        .

Não demorou muito para chegar à casa que meu tio havia alugado nas pressas já que a sua foi dizimada pelo fogo, e lá do táxi eu pude escutar vozes lá dentro, hora de rever seus parentes (S/N)... Hora de revê-los. Saí do carro e peguei a quantia certa que precisava para pagar o táxi, o mesmo retirou minha mala do carro e recebeu o dinheiro, deu um breve sorriso e logo saiu dali.

A casa dos meus tios ficava em um bairro nobre, ela trabalhava como diretora de um orfanato, enquanto meu tio trabalhava como um advogado bem sucedido em seus casos e quase sempre os ganhava, sempre os admirei, mas agora a casa se foi junto com minha tia.

A "nova-casa" ficava em um bairro perto do meu antigo bairro, e aquilo me trazia lembranças agradáveis, mas nem tanto para o momento.

- Hora de ir... - Sussurrei para mim mesma tomando coragem, e enfim bati na porta, que foi aberta por uma figura igual a mim, só que masculina, era ele, meu irmão. Seus cabelos eram curtos e tinha seu próprio estilo, seus olhos eram acinzentados como os meus, a única diferença era meu cabelo pintado de azul, ele tinha músculos que lembrava o corpo de JungKook e era alto, bem alto. Abaixei minha cabeça, eu não queria olhar em seus olhos, eu não queria lembrar que era só para ele ter nascido, eu não queria lembrar que ele era o preferido.

- É você, (S/N)? - Ele perguntou, sua voz era rouca e grave, essas características me lembravam da voz de Taehyung. 

- Sim. - Eu disse um pouco mais alto que um murmuro, pois minha voz não saía mais alta. Droga, já está na hora de mostrar para eles que eu não estou afetada por sua presença, parar de me esconder deles como um bicho que foge dos seus predadores. Olhe para mim, estou prestes a virar um K-Idol, está na hora deles verem o que uma filha rejeitada pode mudar.

Abaixei minha máscara, levantei minha cabeça para encará-lo e retirei meus óculos, com estilo devo dizer.

- Cadê o meu tio? - Perguntei curta e grossa, eu não teria outros tons de voz para lidar com eles, nunca.

- Já faz tempo que não nos vemos (S/N), v-você ainda lembra de mim? - Ele perguntou tentando desviar de minha pergunta e tentando abrir espaço e ganhar minha atenção, lamento querido irmão, mas hoje não.

- Eu querendo ou não ainda sou sua irmã, e gêmea ainda, aqueles anos me traumatizaram, ainda acha que não me lembro de você? - Perguntei cortante. - Ande logo, onde meu tio está? - Perguntei novamente sem dar espaço para que ele respondesse a pergunta anterior.

- Ele está na cozinha com nossos pais. - Ele falou desistindo de tentar conversar comigo, confesso que me deixou um pouco desapontada, achei que todos aqueles mimos que ele recebia pudessem fazer alguma diferença e fazê-lo homem de verdade, acho que me enganei. Passei por ele com minha mala deixando a mesma na onde eu julgava ser a sala.

Segui em frente e de primeira entrei na cozinha, encontrando três pessoas conversando, meu tio estava com olheiras em baixo de seus olhos, seu rosto estava inchado, ele estava em um estado péssimo, e aqueles dois seres com ele era meus "pais", estavam mais velhos desde que os vi pela última vez em meus oito anos de idade.

- Tio. - Fiz uma reverência que é bem comum na Coréia, acho que venho me acostumando, isso é bom. - Ah, vocês... Olá. - Disse sem dar muita importância, eles apenas ficaram em silêncio.

- Querida! - Ele se levantou e me abraçou, fiquei meio sem jeito, não sou uma pessoa que sou fã de abraços, muito contato físico é desnecessário.

- Lamento, só poderei ficar até amanhã de manhã. - Falei depois de ele me soltar de seu abraço.

- Não tem problema (S/N), sei que está cheia de trabalho, as promoções de seu grupo se expandiram, passou até mesmo aqui nas emissoras de Nova York. - Dei um leve sorriso, eu sei bem o que ele queria fazer, ele queria mostrar para o senhor e a senhora Minami que eu me tornei famosa e progredi mesmo sem eles por perto, que tal entrar um pouco na onda?

- Sério? Que bom que meu trabalho duro está fazendo efeito. - Falei parecendo alegre. 

- Você pintou o cabelo (S/N)? - Perguntou meu suposto pai entrando na conversa e tirando todo fluxo, ele parece o Jin.

- Sim, algum problema? - Perguntei mudando totalmente meu alegre para o frio congelante. 

- Não é algo que se faça no Japão em famílias tradicionais. - Ele falou no mesmo tom, ele queria dizer que eu era da mesma família que ele? Ah não, eu não faço parte dessa família a muito tempo.

- Não me entenda mal senhor Minami, mas, eu não faço parte dessa família há muito tempo por escolha de vocês dois, tenho apenas o sobrenome que não pode ser tirado, e pintar meu cabelo faz parte de meu trabalho então não discuta, por favor. - Meu tom era calmo, mas ainda sim cortante, ele não era ninguém para me falar o que fazer naquela altura do campeonato, há muito tempo eu já deixei de ser filha deles e uma cidadã japonesa tradicional. - E... eu não sou uma cidadã japonesa, eu sou uma cidadã coreana, eu não tenho mais laços com o Japão além de minha nacionalidade, com licença.

Reverenciei-me em direção ao meu tio e dando uma última olhada naqueles dois, minha suposta mãe de cabeça abaixada e aquele homem que se denominava meu pai me olhava frieza, a mesma que eu recebia quando criança, aquele olhar já não fazia diferença em mim, pois eu ainda tinha meu tio, e meus companheiros de trabalho, que eram amorosos demais, atenciosos demais, engraçados demais, e mesmo que aquilo me irritasse eu não podia negar que eu adorava aquela atmosfera que eles criavam em um só ambiente, e novamente eu me sentia animada para acabar com tudo aquilo e me despedir uma última vez de minha tia, correr para a Coréia e voltar ao meu trabalho, era tudo o que eu queria.

 

                                           .       .       .

 

Sai dali e fui para sala encontrando Kaito olhando fotos no celular, e eu reconheceria aquelas fotos de longe, K-Idol Noticies, era o nome do site, as fotos eram as mesmas que havíamos tirado naquele dia para nossa promoção, o mesmo percebeu minha presença na sala e logo se virou para mim sem desbloquear o celular como se quisesse que eu visse que ele havia pesquisado sobre mim e minha vida fora do Japão sem eles. 

- Então você virou uma K-Idol...? - Ele afirmou, e saiu mais como uma pergunta. 

- Sim. - Me limitei a dizê-lo para que não prolongasse aquela conversa sem sentido, e graças a alguma divindade superior Derek apareceu na sala chamando minha atenção e de Kaito. 

- (S/N), deixarei sua mala no seu quarto, é o último do corredor, porta esquerda. O velório será daqui trinta minutos, se arrume, por favor. - Ele falou com sua voz que antes era alegre e agora estava baixa e rouca. 

- Sim. - Murmurei para ele e o mesmo pegou minhas malas e subiu as escadas da casa, desaparecendo entre os corredores do segundo andar.

Peguei meu celular que havia mensagens de alguns dos garotas e das garotas.

Taehyung - Mensagem ON

- (S/N)! Volte logo, o Kookie já é maior de idade e eu não posso mais brincar com ele se não ele me bate! Quero minha dongsaeng de volta!

Taehyung - Mensagem OFF

Aquele V sempre que podia me atazanava, com indiretas, abraços e brincadeiras discretas, era engraçado seu jeito doido e fofo ao mesmo tempo, ele era o típico 4D de um grupo qualquer de amigos. 

Dak Ho - Mensagem ON

- (S/N)!!!! Temos uma entrevista hoje, provavelmente irão perguntar de você, é estranho não receber uma dose de frieza por dia sabe, e vê se não se esquece de trazer um hambúrguer, os melhores são de Nova York! Beijos.

Dak Ho - Mensagem OFF

A outra que só pensa em comer.

Jimin - Mensagem ON

- (S/N), me desculpe por ontem ter interrompido sua conversa pelo telefone, fiquei preocupado só isso, fique bem e volte logo!

Jimin - Mensagem OFF

Eu não esperava uma mensagem de Jimin, e quando fui ver tinha uma de JungKook, eles pareciam preocupados ontem, agradeço as preocupações dos dois por mais que achei estranho a proximidade repentina acompanhada de preocupação e proteção de ambos.

JungKook - Mensagem ON

- Volte em segurança e logo (S/N), todos nós estamos com saudade... 

JungKook - Mensagem OFF

Até suas mensagens eram fofas demais, droga, só de lembrar me vem na cabeça seu sorriso semelhante a um coelho e suas bochechas coradas ao me encontrar.

Balancei minha cabeça espantando aqueles pensamentos e guardando meu celular e logo em seguida subindo as escadas deixando Kaito sozinho na sala.

Fui para meu quarto que tinha paredes brancas e azuis, era realmente bonito, mas eu precisava de um banho e em vinte minutos seria a "cerimônia" de despedida. Tomei um banho e vesti um moletom preto no mesmo estilo do outro, minha calça era jeans escura rasgada nos joelhos, coloquei um All Star branco, meus colares e um em questão, uma correntinha de ouro com um pingente de prata legítimo em forma de uma flecha, aquela correntinha era meu presente de despedida que a pedido de Alice, minha tia, Derek mandará fazer e me deu no aeroporto. 

Fiz um coque desarrumado e ao me olhar no espelho a maquiagem havia saído depois do banho revelando minhas olheiras profundas, eu teria que voltar sem elas para a Coréia pelo bem de minha própria imagem, passei uma base e um corretivo além de um pó compacto, não em exagero, mas apenas para disfarçar.

Desci as escadas quinze minutos depois, sim, eu arrumo rápido em minha opinião, todos estavam trajando preto, e eu até tentei entrar no clima com meu moletom e minha calça escura, mas o resto, pra que, preto ou não eu estarei lá e é isso que importa por agora.

- Você deveria ter mais respeito com sua finada tia e trajar roupas pretas. - Falou meu maravilhoso pai.

- Pare Seiji! - Falou Derek levantando sua voz e me defendendo. - Ela veste o que achar melhor e você não pode interferir nisso! - Continuou ele olhando severamente para Seiji, mas depois olhou para mim e seu olhar pousou sobre o cordão que eu usava, o mesmo abriu um pequeno sorriso. - Fico feliz que esteja usando-o para esta ocasião, querida. - Ele falou e eu apenas assenti com respeito.

.             .            .

A cerimônia foi bonita, minha tia era uma típica religiosa católica, o padre rezou uma pequena oração e logo depois fomos liberados para o enterro, algumas pessoas presentes eram importantes para minha tia, uma dessas pessoas eram crianças do orfanato onde Alice era diretora, entre seis a quatorze anos, essa era a faixa de idade das crianças presentes, algumas mais antigas me conhecia como ninguém é de pedra eu soltei uma pequena lágrima quando fui colocar a última rosa branca no caixão de minha tia, assim eu pude me despedir da mesma que não pode ser velada em caixão aberto, a pedido dos médicos e afirmação dele seu corpo estava praticamente todo dizimado.

Voltamos para a casa alugada de meu tio e o mesmo sentou-se à mesa de jantar junto a mim, e aquela era uma das raras vezes que eu comecei a puxar assunto.

- O que você irá fazer agora? - Perguntei olhando-o.

- Terei que esperar a casa ficar pronta, o seguro cobre tudo, e depois, irei vendê-la. - O olhei de relance e o mesmo se explicou. - Não posso ficar numa casa onde vivi os melhores momentos com o amor da minha vida e relembrar cada vez que eu olhar para aquelas paredes estruturadas e projetadas pela minha esposam, você sabe disso.

- Sim, eu sei... - Falei baixo.

- Vá dormir, já é quase meia-noite, você irá viajar amanhã de manhã e seu trabalho será muito cansativo. - Ele falou em tom de compreensão. - Você já se despediu dela como devia, mas agora você deve pensar em você e focar em sua carreira querida. 

- Boa noite... - Falei me levantando e fazendo uma reverência, o mesmo assentiu, mas antes que eu chegasse à porta eu quis lhe perguntar algo. - Me leva amanhã no aeroporto? Sete e meia da manhã. - O avisei e vi o mesmo assentir novamente, eu apenas abri um sorriso e sai dali.

- Então quer dizer que a senhorita agora está morando na Coréia? Parece mesmo que você tocou a sua vida (S/N) - Era Seiji que falava com sua voz atrás de mim.

- Sim, estou morando fixamente lá, empregada e bem sucedida, algum problema com isso, Pai? - Me virei para ele provocando-o com a palavra pai, a única coisa que senti foi uma ardência no meu rosto no lado esquerdo do meu rosto, ele havia me dado um tapa.

- Você pode ser sangue do meu sangue, mas não tem o direito de me chamar de pai, entendeu? - Ele falava alterado e vi meu tio surgir na porta da cozinha enquanto vi Kaito descer as escadas parecendo assustado com a barulheira feita por nós dois na sala.

- Eu realmente não me importo senhor Seiji, com licença. - Saí da sala indo para meu quarto, tomando um banho e colocando meus moletons largos e confortáveis e acabei por dormir com a sensação de vida zerada.

E amanhã seria minha volta para Coréia, aquele tapa só serviu para mostrar o quanto eles me desprezam por ter nascido, nada muito diferente do que já vivi.

Continua

.          .         .

 


Notas Finais


Seiji = Pai de (S/N)

Akemi = Mãe de (S/N)

Kaito = Irmão de (S/N)

Derek: Tio de (S/N) e marido da falecida Alice.

Alice: Finada tia de (S/N).

Obrigada por Ler.

Leia também:

- Damn Camera, Damn JungKook: https://www.spiritfanfiction.com/historia/damn-camera-damn-jungkook--imagine-jeon-jungkook-11048718

~Kissus


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