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História Cinco Letras Que Choram - Dois Corações E Um Só Amor - Parte 2


Escrita por: BabySuHo

Notas do Autor


Hellou, pessoinhas do meu bem querer!!
Me perdoem pela demora, mas esse semestre na faculdade já começou pesado. Novos professores e muito trabalhos pra fazer. Estou louca e tendo que me virar milagrosamente nos trinta.
Curso letras à noite e chego em casa morta com farofa. Estou muito cansada e isso atrapalha em muito a minha escrita, pois às vezes me dá bloqueio e se eu forçar, aí mesmo é que não sai nada.
Eu iria postar ontem, mas estourou o transformador da minha rua e somente ainda à pouco é que a luz voltou. Eu nem postaria mais nada hoje, mas como já tinha prometido à algumas leitoras, aqui estou.
~SehunOh, ~Darkshin-Kim, ~Vic123ingrid, ~Smart_girl_001, ~HannieAndHunnie, aqui está o capítulo prometido, viu?
Espero que gostem, pois foi escrito com muito amor e devoção.
Bora ler.
~Chu!!

Capítulo 29 - Dois Corações E Um Só Amor - Parte 2


Fanfic / Fanfiction Cinco Letras Que Choram - Dois Corações E Um Só Amor - Parte 2

Enquanto Luhan era consolado pela avó, Sehun passou imediatamente a mão no telefone e ligou para Jongin que atendeu no primeiro toque.

 

- Jongin.....

 

Porém, antes que pudesse dar continuidade à frase, foi interrompido pelo irmão.

 

- Sehun, se acalme , por favor!! Eu já estou sabendo de tudo e te garanto que nada vai acontecer com as crianças, ok?

- Como assim, sabe de tudo? - O loiro indagou, surpreso. - E como você pode ter tanta certeza assim, de que não vão fazer nada de mal aos meus filhos?

- Hunnie, você acha mesmo que eu iria deixar você vir sozinho atrás do Luhan? Mesmo com a Nari fora de combate momentaneamente, eu sabia que o Meang iria se aproveitar desse fato para fazer alguma coisa contra nós. Ele sabe muito bem que as mulheres agem movidas pela emoção, enquanto os homens são mais práticos e fazem uso sabiamente da razão. Qualquer coisa que Nari fizesse acabaria dando errado, então ele providenciou para que nada fugisse do seu controle. Ryu Meang não joga para perder, maninho!!

- Mas e agora? O que faremos para recuperar as crianças, Jongin?

- Já estou quase chegando aí, ok? Está tudo sendo devidamente monitorado e dessa vez ele não vai escapar. Agora me diga.....Como está o Luhan?

- Como você queria que ele estivesse, criatura? - Sehun responde, olhando em direção ao chinesinho que se acabava de chorar. - Preocupado, né?

- Coloque no viva-voz, por favor. Quero dar uma palavrinha com ele.

 

Atendendo ao pedido do irmão, Sehun vai até o chinês que se encontrava abraçado com MeiYing e lhe chama a atenção, apontando para o aparelho em suas mãos.

 

- Amor, o Jongin quer falar com você.

 

Enxugando rapidamente as lágrimas que escorriam sem parar de seus olhos, Luhan imediatamente se põe em alerta.

 

- Jongin.....??

- Oi, Lu.....Eu quero te pedir para que fique calmo e confie em mim, ok? Nós vamos resgatar as crianças em segurança e depois que tudo isso acabar iremos nos sentar para esclarecer toda essa trama diabólica. Por favor, seja um pouco mais condescendente com o Sehun, pois ele é tão vítima quanto o resto de nós. Está me ouvindo, Lu?

- Estou.....

- Daqui à algus minutos estarei chegando e juntos vamos colocar um ponto final nesse pesadelo. Até já!!

- Até!!

 

Após despedir-se, Luhan não aguenta mais e desaba nos braços de Sehun, que o acolhe em um abraço saudoso.

 

- Hunnie, eu os quero de volta.....

- Eu também amor, eu também.

- Diz para mim, que eu os terei novamente em meus braços.

- Claro que sim, meu amor. Nós vamos encontrá-los o mais breve possível e então seremos a família mais feliz do mundo.

- Promete? - O menor indaga, encarando bem de perto o olhar apaixonado do maior sobre si.

- Prometo.....

 

 

E então aconteceu.....Os lábios conectaram-se imediatamente e o beijo faminto trocado entre ambos representava mais do que um simples gesto de amor..... Um amor acumulado há tempos, mas nem por isso frio ou distante.

Apesar de Luhan estar em seus braços, Sehun ainda não acreditava. Temia estar vivendo um sonho que poderia acabar a qualquer momento, assim que abrisse os olhos novamente.

O tempo e a duração daquele ósculo tão sonhado era o fator mais insignificante do momento, pois o que mais queriam era apagar imediatamente o fogo abrasador que os consumia lentamente por dentro.

Queriam lembrar-se do cheiro e da textura da pele um do outro. Sehun segurava gentilmente o rosto de Luhan entre suas mãos e dava o máximo de si naquele beijo. Naquele momento esqueceram de tudo e não carregavam mais nas costas o peso das mágoas passadas, só procuravam demonstrar as coisas boas que sentiam.

O chinesinho puxava o maior de encontro a si implorando mais do calor de seu corpo, enquanto as mãos grandes de Sehun percorriam e abarcavam possessivamente sua cintura, pois quando se vive uma paixão verdadeira e única, dois corações se unem, suas almas festejam e compartilham lembranças e sentimentos.....Juntos se tornam a expressão mais pura do amor.

As bocas se encaixavam perfeitamente, as línguas afoitas dançavam e brincavam saudosamente uma com a outra tornando o beijo calmo e carregado de sentimentos, mas antes que pudessem aprofundá-lo, batidas insistentes na porta da residência acabam tirando-os de seu mundinho particular, trazendo-os imediatamente de volta à realidade.

Separando-se rapidamente, o casal ainda de mãos dadas é surpreendido pela chegada da família Oh em peso. Confuso e ao mesmo tempo surpreso, Sehun vai logo questionando o irmão do meio.

 

- Jongin, o que todos vocês vieram fazer aqui? E a Nari?

 

Dando um sorriso de lado, o moreno responde enquanto ia olhando as mensagens que chegavam sem parar em seu celular.

 

- Não se preocupe irmãozinho. Nari receberá voz de prisão assim que acordar, o que segundo o Channie não deve demorar a acontecer. E quanto a esse povo aí atrás de mim.....

 

O advogado não teve tempo de concluir a sua explicação, porque foi "gentilmente" empurrado para o lado pelo marido e por BaekHyun que avançaram correndo em direção a Luhan, que sorria para todos.

 

- Aaahhh, cale a boca, Jongin..... - KyungSoo repreendia o marido. - .....Deixe de ser mimizento. Isso aqui não é o tribunal!! Baekkie.....Chega!! Larga, que agora é a minha vez de abraçar o Lu.....Anda.....Sai!! Eu vou contar até três, heinnnnnn.....

 

Com muita dificuldade, o baixinho consegue finalmente "extrair" o chinesinho dos braços possessivos de BaekHyun, que emocionadíssimo com o reencontro foi se pendurar nos braços de Chanyeol.

 

- Quantas saudades, Lu..... - KyungSoo falava, enquanto apertava Luhan de encontro a si. - .....Por quê você fez isso com a gente, criatura? Não ter notícias suas durante todos esses anos quase nos matou de preocupação, sabia? Escondeu de nós que estava grávido.....Isso não se faz!!

- Desculpa gente, mas é que eu estava muito magoado com tudo o que havia acontecido e naquele momento me afastar de todos foi o que me pareceu melhor. Eu não queria levar mais problemas para ninguém. Você e o Baekkie iam se casar e não seria justo de minha parte atrapalhar a felicidade dos casais.

- Ah, é? - Interrompeu Min-Jee se aproximando dos dois rapazes. - E atrapalhar a minha podia, né mocinho? Pois saiba que me privar do convívio com os meus netos não foi nada legal.

 

Assustado com o tom de voz usado pela doce senhorinha, Luhan envergonhado abaixa a cabeça e responde baixinho.

 

- Desculpa, vovushka.....Eu não queria magoar ninguém!!

 

Encarando atentamente o rapaz miúdo parado à sua frente, Min-Jee retuca carinhosamente.

 

- Tudo bem, querido.....Eu vou te desculpar, porque entendo os seus motivos. Mas quero qe saiba que eu somente vou fazê-lo com uma condição.

- Qual? - Indagou curioso, levantando os olhos.

 

Sorrindo maliciosamente, a senhorinha responde com seu jeito alegre.

 

- Que você me deixe recuperar o tempo perdido e permita que eu mime as crianças até cansar. Concorda?

- M-mas isso vai estragá-las e além do mais não quero que gaste dinheiro com meus filhos. Isso é responsabilidade minha!!

- Não é mais!! - Uma terceira voz se fez ouvir de repente. - De hoje em diante essa responsabilidade é minha, Lu. Eu sou o pai dos dois e portanto é minha obrigação mantê-los financeiramente. Assim que tudo se resolver e estivermos livres dessa ameaça, vou me divorciar daquela mulher maluca e em seguida vamos nos casar. Quero o meu nome no registro de nascimento das crianças e não quero mais saber de ouvir contestações, entendeu? - Sehun fala, enquanto encara seriamente o outro. - Agora vamos concentrar todos os nossos esforços para encontrar os nossos filhos, depois resolveremos a nossa vida com mais calma, ok?

 

Diante da concordância do chinesinho, o Oh mais novo vira-se para o irmão e o questiona abertamente.

 

- E agora, Jongin? O que faremos?

- Vamos esperar o Meang se expor, irmãozinho. Ele é um homem precavido e nunca coloca sua própria vida em risco se não tiver um bom motivo para isso. A sua permanência à frente dos negócios da organização está em jogo e tenho certeza de que ele não quer perdê-la, portanto mais cedo ou mais tarde terá que sair do conforto de seu esconderijo para sujar as mãos.

- Como assim, sujar as mãos? - Luhan questiona apavorado.

- Ele quer garantir que tudo saia à contento, Lu. À essa altura do campeonato o bode velho não pode se dar ao luxo de confiar em ninguém, por isso vai cuidar pessoalmente para que nada saia errado. As crianças são o passaporte.....A garantia para obrigar meu pai e o Sehun à assinarem os documentos que darão a ele todo o controle sobre as empresas e a fortuna de nossa família.

- Meu Deus!!

- Pois é.....Foi agindo desse mesmo modo que esse cretino fez fortuna. Destruiu famílias, enganou e mandou executar pessoas inocentes que infelizmente caíram em sua lábia. Ainda bem que o appa desconfiou à tempo e mandou investigar o safado, senão todos nós já estaríamos jogados na rua da amargura.

- Falando no appa, onde ele está? - O caçula indaga, olhando atentamente ao redor à procura do genitor.

- Ficou encarregado de vigiar a "bela adormecida" junto com os agentes, que estão protegendo a nossa casa. O cerco está se fechando e agora é só uma questão de tempo até colocarmos as mãos no Meang e em sua gangue.

- Pelo menos você sabe onde encontrá-lo?

- Sei!!

- E então? O que está esperando para começar à agir?

- Uma ligação, Sehunnie.....

 

 

Dentro de um galpão abandonado fora dos limites da cidade, as duas crianças assustadas com toda aquela movimentação ao seu redor permaneciam encolhidinhas em um canto afastado do local, onde um grupo de homens mal-encarados conversava.

- E então, chefe.....Já teve notícias da patroinha?

- Não, ainda não!! - O mais velho respondeu com o semblante preocupado. - Tenho certeza de que tem o dedo daquele advogado intrometido por trás do sumiço da minha filha. Se ele ousou machucá-la, irá pagar muito caro por tal afronta. Á partir de hoje, Oh Jongin pode se considerar um homem morto!!

- Não tenho dúvidas quanto à isso chefe, mas o que faremos com as crianças?

- O de sempre, meu caro JinHo. Nós as usaremos de acordo com as nossas conveniências e depois que já não tiverem mais nenhuma serventia, terão o mesmo destino que os pais.....A vala!!

- Entendi.....Mas tal atitude não seria um ato extremo de sua parte?

- Olha.....Eu nadei muito e perdi a conta de quantas vezes enfrentei correntezas muito perigosas durante toda a minha vida. Não vai ser agora que vou morrer na praia. Já fui longe demais e não vou desistir de tudo só por causa de escrúpulos banais.

- O senhor é quem sabe..... - O homem respondeu indiferente, dando de ombros.

- Isso mesmo!! Traga-me o garoto..... - Falou apontando em direção às duas crianças, que o olhavam completamente aterrorizadas. - .....Está na hora de rolar os dados!!

 

Seguindo as instruções do chefe, o homem aproxima-se rapidamente de Ma-Huan e Mai-Lee, que pressentindo o perigo unem as mãozinhas e se abraçam em um gesto protetor. Foi um custo separá-los, pois em cada tentativa enroscavam-se cada vez mais, dificultando o trabalho alheio.

Irritado com a atitude desafiadora dos gêmeos, o homem em uma atitude totalmente desumana e covarde, desfere um violento tapa no rosto de Mai-Lee ao sentir a força de seus dentinhos afiados em seu braço.

Após sentir o forte impacto da agressão, a garotinha desmaia e é brutalmente jogada de encontro ao chão, onde permanece desacordada. Nervoso, Ma-Huan grita desesperadamente por socorro, enquanto tenta soltar-se inutilmente dos braços fortes que o arrastam para longe da irmã.

Indiferente a cena que acabara de se desenrolar alguns metros à sua frente, Ryu Meang foi curto e grosso ao ser questionado pelo garotinho que tremia em meio aos soluços, que sacudiam o seu corpinho.

 

- Esse homem matou a minha irmã?

 

Olhando atentamente para o menino, o mafioso responde sem o menor vestígio de emoção na voz.

 

- Não!! Mas não hesitarei em dar a ordem para que ele o faça, se você não fizer o que eu mandar, entendeu?

 

Vendo ali a oportunidade para salvar a irmã, Ma-Huan ingenuamente cede à ameaça do homem inescrupuloso.

 

- Se eu obedecer direitinho, o senhor promete que não vai mais machucar a Mai-Lee?

 

Aproveitando-se da ingenuidade da criança, o Meang aperta sua mãozinha enquanto mente descaradamente.

 

- Prometo, mas agora vamos ao que interessa.....

 

Tirando o telefone do bolso e disca o número conhecido. Ao ouvir a voz do outro lado da linha, foi bastate direto em seu propósito.

 

- Tem alguém aqui querendo falar com você!!

 

 

Embolados na pequena sala, os membros da família Oh ouviam atentamente as instruções de Jongin e dos agentes federais que o acompanhavam.

 

- Procurem se manter calmos e fiquem atentos a tudo, pois dessa gente se pode esperar qualquer coisa. E você Sehun, fique atento porque ele vai te contactar à qualquer momento para fazer alguma proposta e quando isso acontecer procure mantê-lo o mais tempo possível na linha, ok?

- Espera aí.....Por um acaso, você está tentando rastreá-lo?

- Isso mesmo, maninho!! Quanto mais tempo ele ficar na linha, mais chance teremos de localizá-lo e pegá-lo em flagrante.

 

Captando algo de oculto na explicação do advogado, Luhan não se contém e indaga com o coração aos saltos.

 

- Jongin, por favor não me diga que o que eu estou pensando é verdade.....Esse tal rastreador está com os meus filhos?

 

Diante do silêncio alheio o chinesinho volta a chorar copiosamente, enquanto é consolado por Sehun, que ao mesmo tempo solta os cachorros para cima do irmão do meio.

 

- Eu não estou acreditando que você teve coragem de fazer isso.....Cara, eles são seus sobrinhos!! Olha só, se alguma coisa acontecer com os meus filhos, eu juro que te mato!! Eu não que.....

 

Sehun teve a fala interrompida pelo toque do celular, que vibrava insistentemente em seu bolso.

 

- Atende, Sehunnie..... - Jongin pediu entrando em alerta, assim como todas as outras pessoas presentes.

- Ai, meu Deus!! - Choramingava Luhan, escondendo o rosto no peitoral do loiro. - Sehun.....

- Calma amor, tudo vai dar certo.

 

Respirando fundo e tentando manter a voz firme, atendeu a ligação e colocou no viva-voz para que todos pudessem ouvir atentamente a fala de Ryu Meang.

 

- Tem alguém aqui querendo falar com você.....

 

Após um momento de silêncio, pôde distinguir claramente o que seria o som de uma vozinha infantil em meio à soluços e fungadelas causadas pelo choro.

 

- Alô? Quem tá falando? - A criança indagou baixinho, o medo transparecendo na voz.

- É o appa Sehun..... - O empresário respondeu emocionado com o primeiro contato direto com um dos filhos. - .....E você? Quem é?

- Ma-Huan.....Cadê o omma, Lu?

- Está aqui ao meu lado. Você está bem, filho? E a sua irmã?

- Mai-Lee está dodói.....

 

Ao ouvir tal notícia, Luhan esquece completamente dos conselhos recebidos anteriormente e intromete-se na conversa. Entre lágrimas, questiona o garotinho.

 

- Bebê, é o omma!! Por quê, sua irmã está dodói? O que houve?

 

Ao ouvir a voz do chinês, Ma-Huan com a vozinha chorosa tenta contar rapidamente o que aconteceu.

 

- Omma, o homem mau bateu nela e.....

 

Porém, antes que pudesse passar a informação completa para os pais, teve o telefone arrancado abruptamente de sua mãozinha. Em segundos, a voz do mafioso fez-se ouvir novamente.

 

- Ora, ora.....Vejo que toda a família está reunida. Isso é muito bom, sabiam? Vai me poupar o trabalho de ter que matar um por um. Acho que vou começar por essas duas pestinhas choronas, mas antes disso preciso que você e seu pai assinem aqueles documentos para mim.

- Solta os meus filhos, Meang!! - Sehun grita, preocupado com a possibilidade da menininha estar gravemente ferida. - O que você fez com a minha filha, seu doente?

- Aaaahhhh, nada demais!! Eu só me encarreguei para que ela ficasse quietinha. Você sabe muito bem como as crianças podem ser irritantes, não é mesmo? - Respondeu ironicamente.

 

Ao ver Jongin fazendo o sinal de positivo, Sehun mandou o auto-controle às favas e descascou com o "sogro."

 

- Olha Meang.....Reze bastante para não bater de frente comigo, porque se isso voltar à acontecer, pode ter certeza de que esquecerei a sua idade e farei questão de quebrar isso que você tem a pretensão de chamar de cara.

- Acho que isso não vai acontecer, meu caro Sehun. Esqueceu que eu tenho dois pedacinhos seus aqui comigo? Se você realmente os quer de volta, trate de assinar logo aqueles malditos papéis, senão nunca mais terá a chance de segurá-los em seus braços, ouviu bem?

- Ouvi, mas só tem um problema.....

- Que problema? - O mafioso indagou, cabreiro.

- Esses documentos ficaram no cofre da empresa e somente o meu appa possui a combinação para abri-lo.

- Não seja por isso, oras!! Ligue para ele e peça para que os traga imediatamente, pois não gosto de esperar. Quero tudo em minhas mãos daqui à três horas, caso contrário.....Adeus crianças!!

 

O som característico da ligação cortada, deixou a todos apreensivos quanto às ameaças do homem totalmente inescrupuloso. Sabiam do que ele era capaz e portanto dali para a frente teriam que agir com muita cautela.

Inconsolável, Luhan refugiou-se novamente nos braços da avó, que assim como todos os outros, perguntavam-se como fariam para livrar Ma-Huan e Mai-Lee das garras ambiciosas de Ryu Meang.

Como sempre preocupado com o bem estar da família, Chanyeol quebrou o silêncio para fazer suas considerações.

 

- Jongin, se você for ligar para o appa, acho melhor fazer isso agora porque senão ele não vai chegar a tempo. - Falou enquanto olhava apreensivo o relógio preso em seu pulso.

- Não se preocupe, Channie..... - O advogado respondeu sorrindo. - .....Eu pensei em tudo e trouxe os documentos comigo só por precaução. Acabei de ser informado que Nari acordou e já foi para o xilindró ver o sol nascer quadrado.

- Quando foi isso?

- À umas quatro horas atrás. Aaahhh.....O appa já está quase chegando aqui, ok? Agora falta muito pouco para a gente se livrar de vez desse encosto.

 

Preocupadérrimo com o rumo que as coisas estavam tomando, KyungSoo se mete na conversa alheia.

 

- Jongin, esse homem é muito perigoso!! E se ele conseguir escapar? O que será de nós? - O baixinho questiona todo agitado, enquanto é amparado por BaekHyun e Min-Jee.

 

Percebendo o medo e a grande tensão que se apoderavam dos familiares, Jongin trata de acalmá-los.

 

- Gente.....Foca em mim!! Prestem bastante atenção no que eu vou falar, ok? Serei rápido, pois o momento final de aproxima e daqui para frente estarei ocupado coordenando toda a operação junto com a polícia. Fiquem tranquilos e não façam ou falem nada que possa prejudicar a prisão desse verme. Quando eu comecei à investigá-lo não podia imaginar que me depararia com tanta sujeira. Como todo mafioso que se preza, Ryu Meang se julga muito esperto, mas acho que ele não conhece ou nunca ouviu falar em um ditado popular que diz assim: "malandro demais vira bicho."

- Não entendi..... - BaekHyun retruca com cara de paisagem.

- Vou explicar, cunhadinho. Para subir degraus dentro da organização, Meang teve que passar por cima de muita gente importante e isso incluía tirá-las para sempre so seu caminho. Ele queria alcançar o poder e fez de tudo para consegui-lo. Corrompeu pessoas, abusou de suas lealdades e acabou retribuindo-as da pior maneira possível.

- V-você está querendo dizer, que ele as matou?

- Não pessoalmente, sabe? Ele foi tão covarde em sua escalada em busca do poder, que precisou se valer dos "serviços" de seus capangas para dar um sumiço em seus desafetos. Só que para azar dele tal atitude cometida no passado vai começar a se refletir agora em seu presente.

- Hummmm?? Como assim?

- Baekkie, essa explicação vai ter que ficar para depois, ok? Está na hora de engaiolarmos um certo pássaro.....

 

 

Andando de um lado para o outro sem parar, Ryu meang repassava cuidadosamente todos os ítens do seu ousado plano. Certo de que muito em breve mais uma vez sairia vencedor, o mafioso deixou-se cegar pela soberba e arrogância, que eram as suas marcas registradas.

Esqueceu-se completamente de que quem anda depressa não enxerga o que procura. Sua ganância desmedida o fez tomar decisões das quais se arrependeria amargamente, pois quem cobra vacilo não pode vacilar jamais.

Sem notícias de Nari e sem conseguir comunicar-se satisfatoriamente com os membros da base da organização em Seul, encontrava-se desconfortavelmente inquieto. A filha nunca ficou tanto tempo sem dar notícias e mesmo estando em seus piores dias sempre ligava para contar as novidades por mais bobas que fossem. O que teria acontecido com a sua garotinha? - Indagava-se preocupado.

Seus instintos apurados estavam apitando à todo vapor paracendo avisar-lhe da chegada iminente de um grande perigo, do qual talvez não pudesse escapar. Infelizmente sua ganância falava mais alto do que tudo e seduzido pelo montante de dinheiro que arrecadaria com aquele golpe bilionário, deixou de lado a prudência e mergulhou de cabeça na insensatez. Faltava muito pouco para alcançar seu objetivo e deixar tudo aquilo para trás era loucura, principalmente porque para que seu antigo sonho se tornasse realidade, precisava que a filha estivesse junto à si.

Trabalhara duro para chegar até ali e não seria justo agora que daria para trás. Estava com a faca e o queijo na mão.....Arriscara muita coisa, principalmente o próprio pescoço e por mais que a situação lhe apontasse o contrário, não se daria ao luxo de deixar ninguém atrapalhá-lo.

Foi arrancado de seus delírios nababescos ao ouvir o choro insistente de Mai-Lee, que desde que recobrara os sentidos vinha reclamando de fortes dores na cabeça.

 

- Já não mandei calar a boca? - Gritou exaltado, assustando ainda mais a menininha. - Se você continuar com essa ladainha chata, eu juro que vou te dar para o cachorro comer.....Será possível que não sabe fazer silêncio?

 

Afastado da irmã, Ma-Huan tentava à todo custo chamar a sua atenção fazendo sinais para que ficasse quietinha. Mesmo estando morrendo de medo tinha certeza de que o socorro viria, pois sabia que suas orações haviam sido atendidas pelo papai do céu.

Há muito tempo esperava em silêncio pela chegada do homem que até então conhecia somente através de uma única fotografia. Agora sabia que além daquela imagem, seu pai também possuía uma voz e embora estivesse muito assustado com toda aquela violência da qual estava sendo vítima, seu coraçãozinho lhe dizia para confiar.

Mesmo sendo uma criança pequena e indefesa, ouvia atentamente os conselhos e ensinamentos do omma, quando este lhe dizia para cuidar e proteger a irmã. Por ser alguns minutos mais velhos tomou para si a responsabilidade de vigiar e defender Mai-Lee em todos os lugares onde iam. Jamais a deixava sozinha por muito tempo e ao ver algum estranho se aproximar da linda garotinha, corria para ficar ao seu lado.

Enquanto aguardava o desfecho de toda a quela confusão, não tirava os olhinhos irrequietos de cima da irmã, que cansada de chorar, soluçava baixinho sentadinha no chão frio e úmido.

Aproveitando-se de um descuido momentaneo do homem que o vigiava, Ma-Huan não pedeu tempo.....Levantou-se e correu com todas as suas forças em direção à Mai-Lee, que assistia toda a cena com os olhos arregalados.

Irritado com a ousadia da criança, o capanga cortou rapidamente em poucos passos a distância que os separava e ao chegar perto do garotinho agarrou-o fortemente pelo braço, enquanto levantava a mão para bater-lhe por ter desobedecido as suas ordens. Não chegou a completar a ação porque um grito interrompeu à tempo o desnecessário gesto de violência.

 

- Deixe-os ficar juntos, Shio.....São apenas crianças e temos que mantê-las intactas até a hora da barganha. Mercadoria danificada não tem valor, lembra-se?

 

Acatando imediatamente as ordens do chefe, o homem solta o garotinho que volta à abraçar carinhosamente a irmã, enquanto tenta acalmá-la com palavras de encorajamento.

 

- Fique quietinha Lili, o appa está vindo salvar a gente. Não chore mais, tá? Eu estou aqui.....

- M-mas minha cabecinha dói.....

- Onde dói? - O garotinho indagou preocupado. - Deixa eu ver!!

- Aqui, óóóóó..... - A menininha respondeu, apontando para o local.

 

Após olhar atentamente a cabeça da irmã, Ma-Huan constatou que havia um corte grande coberto de terra, o que logicamente estaria inflamado e causando as tais dores que tanto incomodavam a menor.

 

- Tem um dodói grandinho bem aí, mas não se preocupe porque daqui à pouco a gente vai para casa e o omma vai te levar no médico pra ele colocar um remedinho e fazer parar de doer, tá bom?

- Huan.....Eu quero o omma e a bisavovó!! Tô com saudade.....

- Eu também Lili, mas temos que ser fortes e esperar o appa.

- O appa, Lu? Ele vai vir buscar a gente? - Mai-Lee questiona animada.

- Claro que ele também vem, mas eu tô falando do outro appa.....Aquele, lembra?

- Aaahhh.....O moço bonito da fotografia que fica dentro da carteira do omma?

- É, ele mesmo!! O nome dele é Sehun.....

- E como você sabe disso?

- Ele me falou, ué.....

- Quando?

- Depois que o homem mau te bateu e você caiu no chão. Eu falei com ele por telefone.

- E o que ele te falou?

- Que vinha buscar a gente!!

 

Embora ainda sentisse dor, um lindo sorriso desenhou-se no rostinho delicado, enquanto com a vozinha carregada de esperança, Mai-Lee decretou.

 

- Então, vamos esperar.....

 

 

A hora da verdade estava chegando e todo mundo sabe que ela tem o momento certo para aparecer. O àpice decisivo se aproximava rapidamente para todos e finalmente um ponto final seria colocado em tanto sofrimento e desencontro, principalmente porque tudo acontece exatamente quando deve acontecer.



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