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História Cinco vezes Choi - Não seriam Choi, se não houvesse drama.


Escrita por: ShiroKohta

Notas do Autor


Quem é vivo sempre aparece, engraçado que já estou bem morta por dentro...

Capítulo 10 - Não seriam Choi, se não houvesse drama.


Fanfic / Fanfiction Cinco vezes Choi - Não seriam Choi, se não houvesse drama.

Jinyoung sempre gostou de estar sozinho. A solidão tinha algo atrativo, se sentia melhor em sua própria companhia. Foi assim por muito tempo, até conhecer Mark Tuan. Um amor a primeiro fora. Lembrava com exatidão, não havia ido muito com a cara fechada do Tuan e a recíproca foi verdadeira, ele não escondia de ninguém que não suportava quando as aulas eram suas. Foram meses soltando farpas até que se acertaram. Não estava em seus planos namorar com o Mark, — o máximo que esperava tirar da boa convivência era uma amizade — como também não estava em seus planos se sentir tão dependente da presença dele. Se tinha uma coisa de que sentia orgulho, era do fato de ser auto suficiente, poder dizer que não dependia ninguém emocionalmente. Parando pra pensar, sempre foi um tolo. Tinha medo de relacionamentos, e mesmo sendo cercado de exemplos positivos de que uma relação podia sim dar certo, sempre tendia a focar e tomar como exemplo aquelas que falhavam. Anos de terapia não conseguiram lhe ajudar a cooperar com seu medo infundado de relacionamentos, até pensou que estava funcionando, afinal, antes do Mark nenhum namoro seu havia durado mais que um mês, e ali estava o Tuan, entrando em sua pele por seis anos.

Seis anos. E ainda assim, Jinyoung não conseguiu mudar. Não conseguiu olhar para Mark e dizer com todas as letras, eu te amo, quero sim me casar com você, vamos ser felizes, vamos ter uma família juntos. Não conseguiu, simplesmente as palavras ficavam entaladas em sua garganta, lhe arranhava as entranhas, como um parasita lhe consumindo por dentro. Por isso  não conseguia se entender, talvez, não gostasse apenas de ficar sozinho, gostasse também da solidão, o que não fazia sentido algum quando passara seis anos de sua vida enrolando o Mark, por puro medo de perdê-lo. A única coisa que tinha certeza, era de que havia uma maldita redoma invisível ao seu redor que repelia a todos no menor indício de que algo mais profundo estava para se estabelecer ali. Se sentia sufocado, mas a perspectiva de não ter o Tuan a distância de um toque era pior.

Mark sempre o empurrou para longe, e Jinyoung sempre conseguiu mantê-lo gravitando em torno de sua órbita. Mas algo havia sido diferente das outras vezes, houve uma quebra de padrão, não houve Mark o expulsando de sua vida para logo em seguida estarem atraídos novamente como imãs, houve mais dor, ressentimento, como adagas afiadas cravando em seu plexo solar. Algo também estava diferente consigo, diferente das outras vezes em que simplesmente ignorou o apelo do Tuan, sentiu toda a carga emocional dele em suas palavras, as sentiu na pele. E ver que Jaebeom que com meses de relacionamento estava se encaminhando para algo que em seis anos nunca conseguiu, nunca se esforçou para ter, se sentia, sentia… inferno, nem sabia ao certo como se sentia. Invejoso? Triste? Arrependido? Amargurado? Talvez, fosse tudo junto e muito mais. Sua única certeza era que a melancolia estava lá, pairando sobre si como uma ave de rapina em cima de um cadáver, e se toda a angústia que estava sentido foi o que Mark teve que sentir por todos os anos em que estavam juntos e Jinyoung apenas o empurrou para longe, para então trazê-lo de volta com falsas promessas, merecia muito está passando por tudo aquilo.

Seu maior castigo seria poder apenas ver Mark de longe sem poder tocar, era ter que buscar conforto em coisas que o lembravam dos momentos bons que passaram juntos. Exatamente como naquele momento, onde acabava sempre indo nos lugares que sabia que o Tuan frequentava. Era uma atitude meio inconsciente, quando se dava conta já estava passando em frente ao restaurante italiano, a livraria que custavam ir desde da época de universidade, na doceria onde tiveram seu primeiro encontro. Talvez cultivasse a esperança de vê-lo nem que fosse de longe. Jinyoung não era um cretino, sabia respeitar as vontades alheias, todas às vezes em que correu atrás do ex-namorado fora porque ele mesmo lhe deu abertura e se Mark o queria longe, iria ficar, mesmo que todos os poros de seu corpo gritassem para correr atrás dele, se jogar a seus pés e pedir perdão.

Perdão… pedir perdão por tudo o que não fizeram, pedir perdão por…

O corpo de Jinyoung retesou. Mais uma vez não havia percebido que estava em frente a doceria onde Mark gostava de ir para comer um bolo de noiva. Onde eles se sentariam na mesa bem em frente as janelas de vidro, onde podiam ver a movimentação da rua, o passar frenético de pedestres na calçada. Dentro alguma música pop estaria tocando. Jinyoung havia perdido as contas de quantas vezes havia ido ali na companhia do namorado, mesmo que não fosse fã de doces, toda sua atenção era exclusiva do Tuan, com seus cabelos tingidos de loiro, e sorriso bonito. Exatamente como ele estava bem ali, sorrindo largo, mas não era para si, a mão que ele segurava não era a sua. Se todo esse tempo Jinyoung estava se sentindo em queda livre, prestes a atingir a velocidade terminal, aquele momento bem ali, parado no meio da calçada, olhando por entre uma janela de vidro seu namorado… não… seu ex-namorado, seguindo em frente, aquilo era o impacto de seu corpo contra o concreto em velocidade terminal.
 

Jinyoung estava tão atordoado, suas mãos tremiam tanto e o peso de uma tonelada em seu peito tornava difícil respirar. Nem percebeu que tinha feito o caminho para a casa de Jaebeom até estar em frente ao condomínio que o mais velho residia, esperava que ele ainda estivesse em casa e não a caminho do aeroporto. O caminho feito de elevador até o andar onde o outro morava foi uma tortura, se sentia sufocado, já não conseguia respirar pelo nariz, puxava o ar pela boca, mas continuava sufocando. Seu coração batia acelerado contra o peito que doía. Bateu na porta alheia sem parar, ao mesmo tempo que pressionava a campainha até um enfezado Jaebeom aparecer. Assim que o viu a expressão irritada do mais velho foi substituída por uma preocupada e Jinyoung não aguentou mais ficar de pé, se agachou no chão da porta do Lim, testa contra o piso, mãos no peito.

 

Jaebeom por outro lado nunca vira Jinyoung daquele jeito. Demorou alguns segundos para reagir, mas então seu instinto protetor falou mais alto e puxou o mais novo de pé praticamente o arrastando até seu sofá. Jinyoung estava gelado, ele suava, mas suas mãos pareciam cubos de gelo, e tremiam bastante. Sua pele clara estava ainda mais pálida, com uma aparência adoentada.

— Acho que estou infartando, que sensação horrível.

Jinyoung falou baixinho, entre puxadas de ar. Ele se deitou em seu sofá por alguns segundos e então voltou a se sentar, inquieto. Não conseguia ficar parado, muito menos acalmar a respiração.

— O que aconteceu? — Jaebeom perguntou, enquanto o ajudava a tirar as camadas de roupa que vestia, sobretudo e suéter foram despidos o deixando apenas de camiseta.

— Nada, eu estava andando na rua e então vi… — Jinyoung ficou mudo depois disso.

— O que você viu?

— Nada. — Ele ditou rápido, Jinyoung tinha se curvado, a cabeça entre as pernas, enquanto tentava puxar ar para os pulmões. — Jaebeom.

Ele o chamou com urgência e Jaebeom então se moveu. Empurrou o amigo em posição ereta, uma mão pressionando o peito de Jinyoung, seu coração batia acelerado contra sua palma, a outra mão em sua testa.

— Se concentra em mim, Jinyoungie. — Falou baixo, mantendo contato visual com o mais novo. — Inspira e expira. — Jaebeom demonstrou como fazer e o outro o seguiu, com dificuldade, porém obtendo êxito. — Bom garoto.

Não era um infarto, isso Jaebeom tinha certeza, talvez fosse uma crise de pânico.

— Isso não é um infarto. — A mão na testa de Jinyoung desceu para seu rosto, repousando na bochecha esquerda. — Você vai ficar bem.

— Acho que irei morrer.

— Não vai. — Jaebeom ditou calmo e a próxima coisa que percebeu foi que Jinyoung tinha os olhos cheios de lágrimas. — Ei. — O soltou, escolhendo puxá-lo para um abraço. O mais novo pressionou o rosto contra sua camisa, enquanto seu corpo tremia com os soluços proferidos. — Porque você está chorando? O que aconteceu Jinyoung?

Ele não respondeu e Jaebeom achou melhor não insistir, aquela era a primeira vez em muito tempo que o Park demonstrava que era humano, que tinha rompantes emocionais, não iria estragar aquilo.

 

[...]

 

Era seu horário de almoço e estava na copa junto com Nayeon, enquanto ouviam as fofocas do departamento financeiro, fazia tempo desde de que aparecia por ali já que seu horário de almoço era sempre compartilhado com Jaebeom. Apesar de Youngjae não querer que a relação profissional se misturasse com a pessoal, foi meio inevitável acabar expondo de que algo estava acontecendo entre ele e o novo CEO. Ainda mais que acabavam sempre saindo juntos, muitas das vezes chegando juntos ao trabalho também. E como qualquer novidade eles foram o assunto por semanas, Jaebeom não se importou, é claro, não era ele que tinha que ouvir algumas gracinhas quando passava pelos corredores. Mas tudo aquilo parecia já estar esquecido, a nova fofoca que corria pela empresa era sobre uma gravidez inesperada de alguém das finanças, resultado da última confraternização que eles fizeram. Sinceramente, Youngjae não prestava muito a atenção, ao contrário de Nayeon que sabia o nome de todos daquele lugar, seu foco estava na última mensagem de texto mandada por Jaebeom que havia acabado de pousar no Japão. 

Beomie (12:59)

Dez horas sem ver seu rosto bonito, será que irei sobreviver?
 

Youngjae simplesmente amava como Jaebeom era extremamente meloso pessoalmente e as coisas aumentavam de escala quando ele estava longe, estar com o mais velho lhe trazia um novo tipo de felicidade que nunca imaginou sentir. Era assustador, de uma forma extremamente gostosa, mas ainda assim… 

YJ (13:00)

Não seja idiota.

 

Beomie (13:01)

Já consigo sentir os efeitos da abstinência. Seu velho está morrendo.

 

YJ (13:02)

Vc não é velho.

 

Beomie (13:02)

Minha vida sem você é cinza igual ao céu de Tóquio.

 

YJ (13:03)

Não irei te mandar uma foto minha.

 

Beomie (13:04)

Ah! Choi Youngjae ><'

 

Youngjae riu baixinho e contrário a suas palavras tirou uma foto discretamente e mandou para o mais velho.

Beomie (13:05)

Uah, se não é o homem mais bonito do mundo. E todinho meu <3

 

YJ (13:05)

Ridículo
 

Youngjae tinha um sorriso enorme no rosto, depositou o celular na mesa e olhou ao redor para ver se ninguém prestava atenção em si e em como parecia um bobo completamente apaixonado. Era o que havia se tornado, um bobo apaixonado.

Seu celular vibrou com mais uma mensagem.

Beomie (13:10)

Sua foto fez sucesso entre meus associados. Eu sou um homem de sorte.

 

Revirou os olhos. É claro que tinha.

Youngjae começou a digitar reclamando com o mais velho e sua mania de mostrar fotos suas e das crianças quando perguntavam se ele era solteiro. Havia sido assim que a empresa ganhou a confirmação de que eles estavam se envolvendo, quando um dos sócios do Lim mandou uma cesta de chocolates suíços para o Sr. Lim e seu companheiro Sr. Choi. Naquele dia Youngjae quis morrer, assim como ficou impressionado em como a fofoca correu rápido pelas mãos da secretária de Jaebeom. Assim que enviou a mensagem seu telefone tocou. O número no identificador de chamadas era da escola de seus filhos, o coração palpitou, nunca havia recebido uma ligação da escola antes. A chamada foi curta, mal havia escutado as palavras da professora do Wonwoo no outro lado da linha e já estava de pé. Youngjae nem se importou com os olhares curiosos que recebeu com seu rompante, saiu praticamente correndo da copa em direção aos elevadores, precisava pegar suas coisas em sua sala para então sair. Nem percebeu os gritos de Nayeon pedindo para esperá-la, até que por fim a mais velha o alcançou no elevador.

— Ei Jae! O que aconteceu?

— O Wonwoo se machucou na escola, ele está no hospital agora. — Respondeu um pouco incerto, ele mesmo estava ainda tentando processar o que havia sido dito pela professora de seu filho. — Um carro o atropelou na saída da escola, mas ele deveria estar com o Jackson a essa hora. Não sozinho.

— Liga pro Jackson.

Antes mesmo da mais velha completar sua frase já tinha o telefone contra a orelha, porém a chamada nunca era atendida. Continuou tentando até chegar em sua sala.

— Ele não atende. — Youngjae comentou com a mais velha, suas mãos estavam trêmulas, enquanto jogava tudo o que era seu dentro da mochila, seu coração batia de forma acelerada. —  Eu estou indo para o hospital.

— Se precisar de alguma coisa me liga.

— Eu ligo. — Ditou quase correndo o caminho de volta para o elevador, o telefone na orelha chamando incessantemente o número do Jackson. —  Noona! Liga pro Mark! — Gritou para a Lim antes de sumir na curva do corredor.

— Eu falo com ele!

[...]

 

    Odiava hospitais. Odiava o cheiro de esterilização e morte. Entrou praticamente correndo na emergência pediátrica, falou embolado para a recepcionista que o indicou a direção do ambulatório. Em todos os anos em que assumiu sozinho a responsabilidade das crianças nunca passou por um susto daqueles, além das doenças corriqueiras que crianças sempre tinham. O maior medo de Youngjae, além do óbvio de acabar perdendo uma de suas crianças, era que as assistentes sociais investigassem demais a sua vida. Sabia que perante a lei não tinha estrutura para ser responsável pelos pequenos, que os meninos só estudavam porque tinha falsificado a assinatura de sua mãe, quando ela ainda estava viva. Não podia nem ao menos fazer uma viagem interestadual com as crianças.

Assim que adentrou a recepção do ambulatório viu duas mulheres andarem em sua direção. Conhecia ambas, eram as auxiliares de classe, as que ficavam com as crianças depois que largavam. Youngjae já tinha as visto algumas vezes, nas raras ocasiões que conseguiu ir buscar Wonwoo na escola. 

— Senhor Choi. — A mulher mais alta e esguia, de cabelos longos escuros falou. Seu semblante era de pesar, seu peito foi tomado por angústia. Seu menino tinha que estar bem. — O Wonwoo está na enfermaria agora, ele já foi atendido, mas os médicos pediram para esperarmos aqui. Ele está bem.

Respirou aliviado, mas não por muito tempo.

— Como vocês não viram-no saindo? — Foi a primeira coisa que disse não se dando ao trabalho de cumprimentar as mulheres e ainda por cima as ignorando.

— Ele sempre sai com o irmão, quando ele correu para o portão eu achei que o irmão estivesse lá, mas… — A voz dela se perdeu no silêncio entre eles. — Sinto muito.

— Você sente muito? A sua irresponsabilidade quase custou a vida do meu filho e você sente muito? Não seja ridícula.

— Senhor Choi? — Youngjae se virou na direção de quem lhe chamava encontrando uma senhora de meia idade trajando um jaleco branco, deduziu que aquela era médica. — Eu fiz o atendimento inicial no seu filho, você pode me acompanhar, ele não para de pedir para vê-lo. — Ele a seguiu. E enquanto o fazia não parava de pensar onde Jackson poderia ter se metido, todas as suas ligações foram direto para a caixa postal, estava quase a ponto de chamar a polícia. — O carro não estava em alta velocidade, então ele apenas sofreu escoriações de leve, além do braço quebrado.

O resto das recomendações médicas se tornaram som ambiente quando seus olhos acharam a figura de Wonwoo deitado numa maca. O garotinho tinha o braço direito no gesso, e uns arranhões feios na bochecha e testa. Youngjae soltou um longo suspiro de alívio, liberou toda a preocupação que lhe consumia com aquele simples gesto, ao cortar a distância entre si e o leito de seu filho.

— Papai!! — Wonwoo exclamou empolgado e se não fosse todo o aparato o restringindo de se mexer muito, Youngjae poderia apostar que ele teria pulado. O Choi se sentou na cadeira disposta ao lado da cama, tomou a mão boa do pequeno na sua e lhe beijou o rosto. — Papai, tá doendo.

— Oh meu bebê, vai passar, hm. — Youngjae dito enquanto passava a mão distraidamente nas mechas de cabelo que caiam no rosto da criança, ao mesmo tempo em que analisava com cuidado todos os machucados no rosto dele. —   Wonwoo, porque você saiu da escola sozinho?

— Todo mundo foi embora e só tinha eu. Jackson hyung não veio, eu já sou grande papai sei atravessar a rua sozinho. Eu só queria encontrar o hyung.

— Wonwoo quantas vezes eu já te disse que não é para sair sem o Jackson, é pra ficar esperando seu irmão não importa o quanto ele esteja demorando. E quando for atravessar uma rua é para fazer no sinal, ou na faixa de pedestres e olhar para ambos os lados e só passar se não tiver carro.

— O carro apareceu do nada! — Wonwoo respondeu indignado levantando o braço bom no ar para dar ênfase nas suas palavras e o mais velho revirou os olhos.

— É perigoso!

— Papai, eu rio na cara do perigo. — Youngjae respirou fundo, como ele odiava a Disney.

— É mesmo? O Simba também ria na cara do perigo e o pai dele acabou morrendo, você quer que eu morra também? — Wonwoo foi rápido em chacoalhar a cabeça com pavor escrito no rostinho machucado. Youngjae segurou a vontade de rir. — Não faça mais isso, entendeu? Promete?

— Prometo. — Wonwoo estendeu o dedo mindinho na direção do pai que enroscou o dedo no dele juntando seus polegares. — Desculpa, papai.

— Tudo bem, filhote.

Youngjae beijou a testa do pequeno e encarou a tela do celular. Ele só queria que o Jackson atendesse a droga do telefone ou que o Mark desse algum sinal de vida.

 

[...]
 

Jackson tinha uma vozinha no fundo de sua mente lhe dizendo que estava esquecendo alguma coisa importante. Era uma leve sensação que o assombrava desde que havia seguido junto com Jooheon para a quadra de esportes. Seu amigo tinha tirado a tarde para vê-lo treinar, apoio moral, foi o que havia dito e o Choi estava grato. A seletiva para o campeonato regional de esgrima estava chegando e Jackson queria poder pelejar, mas para isso teria que passar por uma seletiva feita pelo treinador Lee entre todos os membros de sua equipe, só quatro de dez deles iriam competir. Não se sentia satisfeito com sua guarda oitava que era onde acabava recebendo a maioria dos contra ataques adversários, — o treinador Lee também concordava, dava para perceber só pelo fato dele gritar injúrias toda vez que impulsionava seu corpo para frente —  além de que precisava treinar mais para passar em seu teste de nivelamento e conquistar finalmente o tão sonhado brasão verde, então, tirou aquele dia para tentar consertar onde estava falhando. Ficou tão concentrado que não percebeu que a hora havia passado depressa, até que as luzes do ginásio se acenderam e o treinador deu por encerrado o treino. Jooheon ainda o esperava quando saiu do vestiário, com a mochila nas costas e arrastando a bolsa com seus equipamentos meio aberta, tentava encontrar o celular que havia soltado dentro.

— Eu acho que próximo semestre eu quero tentar esgrima, o que você acha? — Seu amigo ditou enquanto o puxava com o braço apoiado em seu ombro para o lado de fora.

— Eu acho que seria legal. Eu teria mais companhia além do Wonwoo. — Foi como se um choque elétrico tivesse passado por seu corpo, foram aqueles leves segundos de precognição, onde na boca de seu estômago Jackson sentiu que havia feito uma merda muito grande. — Merda, eu esqueci o Wonwoo.

Jackson congelou no lugar, até que começou a correr desesperado. Era aquilo que estava lhe incomodando a tarde inteira e nem havia se tocado. Como poderia ter esquecido o irmão? Era algo inimaginável. Com as mãos trêmulas encontrou o aparelho celular que estava procurando, é enquanto suas pernas cambaleantes o levavam para rua, desbloqueou o aparelho.

Na tela do aparelho haviam milhares de ligações perdidas que variavam entre Youngjae, Mark, Nayeon e até mesmo Jaebeom que nem no país estava. No aplicativo de mensagem era a mesma coisa, abriu primeiro as mensagens de Mark, haviam trinta mensagens não lidas de Youngjae e não tinha coragem alguma de visualizar.

Mark hyung (15:27)

Jackson

Jackson

Estamos preocupados

Liga pro seu pai.

Youngjae super vai te deixar de castigo.

Jackson!

 

(16:00)

Falei com a diretora da sua escola, quando ver essa mensagem pegue um Uber para esse endereço, okay?

 

Sseunie (17:30)

Tô saindo daqui agora hyung

 

….

Mark estava na entrada do hospital lhe esperando. Jackson já não tinha mais cor no rosto, a temperatura de seu corpo estava gelada e já tinha imaginado todos os cenários possíveis do que poderia ter acontecido com o irmão, como ele estava, como Youngjae o receberia e nenhum havia sido apaziguador. Ele e o irmão mais velho não costumavam brigar, Jackson tinha um imenso respeito por todas as decisões tomadas pelo Choi mais velho, sabia que qualquer coisa que Youngjae decidisse era para o melhor de todos. Tinha uma vozinha dentro de si dizendo que não precisava se preocupar, que ele não deveria estar tão chateado, que aquela era a primeira vez que desobedecida alguma regra, ao mesmo tempo que tinha outra vozinha dizendo que não havia sido uma regra qualquer que havia infligido, que havia esquecido o irmão, a sua maior responsabilidade, então não conseguia deixar de ter medo.

— O que aconteceu? — perguntou assim que saiu do carro, o mais velho lhe ajudou com as mochilas. Jackson esperou a resposta ansioso, enquanto seu hyung o empurrava por entre as portas automáticas do hospital, um braço ao redor de seus ombros, em direção aos elevadores.

— Um carro atropelou seu irmão. — Foi natural um arfar surpreso escapar de sua boca, e seu corpo estancar no meio do caminho. — Ele tentou ir te encontrar sozinho na sua escola.

Mark continuou a andar, fazendo o garoto correr para alcançá-lo. As pernas de Jackson pareciam geleia.

— Ele tá bem?

— Sim. Não precisa chorar, foi só um braço quebrado.

Não havia notado que tinha os olhos marejados até o mais velho apontar, sentia como se fosse chorar a qualquer momento. Limpou o rosto com a manga do casaco e jogou os cabelos escuros na frente do rosto para esconder qualquer sinal de que não havia conseguido conter as lágrimas. Já tinha treze anos, não era bonito ser visto chorando como um bebê por aí.

— Eu pensei em ir te buscar mais cedo, mas o Youngjae estava muito nervoso, agora ele está mais calmo. Daqui a pouco o Wonwoo recebe alta e vamos pra casa juntos. A Nayeon tá com B1 e B2 em casa. Pensando bem, eu deveria ter te mandado ir direto pra casa.

Mark continuou falando totalmente alheio ao garoto ao seu lado que não tinha mais nenhum resquício de positividade no corpo.

— Ele vai me matar. — Jackson falou baixinho para ninguém em particular. — Eu irei morrer, hyung. — Mark sorriu apologético, enquanto o Choi se desesperava. — Vou levar uma surra. Ele vai me matar.

— Você já está chorando? Jackson relaxa, seu pai tá nervoso, tá legal, não acho que ele vá te bater, mas te colocar de castigo com toda a certeza vai. Eu colocaria.

Eles entraram no elevador é o mais velho apertou o botão referente ao quarto andar. As lágrimas já não estavam mais contidas e até mesmo soluçar o garoto fazia. Jackson tremia dos pés a cabeça, seu irmão poderia ter morrido, se não tivesse o esquecido talvez, as coisas seriam diferentes… Talvez.

— Nós te ligamos demais.

— Eu tava treinando, minhas coisas ficam no armário…

Jackson se calou assim que saíram do elevador e deram de cara com Youngjae sentado em uma das cadeiras da recepção. Mark bagunçou seus cabelos e seguiu, passando por seu irmão e entrando em um quarto onde deduziu ser onde seu irmão mais novo estava. Não teve coragem de encarar o rosto sério de Choi Youngjae assim que o mais velho se levantou e caminhou em sua direção reverteu o olhar para o chão. Estava morto, um Youngjae furioso não era bonito. E nunca vira aquela fúria direcionada para si.

 

[...]

 

Youngjae havia pensado bastante desde que Mark havia lhe dito que Jackson ainda permanecia na escola em seu treino de esgrima e que ele havia decidido deixá-lo lá. O Tuan, até mesmo havia impedido Youngjae de sair e ir buscar ele mesmo o mais novo. Segundo seu amigo, Youngjae estava nervoso demais para lidar com a criança, acabaria fazendo algo da qual não tinha intenção. Mark estava completo de razão. O tempo longe do pré adolescente ajudou a acalmar os ânimos, a vontade de bater nele havia diminuído consideravelmente. Youngjae estava nem se reconhecendo, nunca havia batido nos irmãos antes, porém assim que Jackson passou pela porta do elevador toda a sensatez foi substituída por todos os sentimentos que estava guardando dentro de si, eles foram expandidos da pior forma e antes mesmo que percebesse já tinha segurado o garoto pelo braço, lhe prendendo firme no lugar. Jackson tinha o rosto vermelho, úmido por causa das lágrimas, o nariz  como o do Rudolph com coroas escorrendo. Em outra situação, Youngjae já teria o abraçado e enxugado suas lágrimas para então, enchê-lo de beijos e carinho. Aquela não era a tal situação.

— Pra quê você acha que te dei a droga de um celular senão foi pra atender quando ligo? Essa merda serve pra quê? Ein, Jackson?

Não recebeu um pio em resposta.

— Você tem noção que seu irmão poderia ter morrido? E eu aqui morto de preocupação com você achando que algo havia acontecido! Mas Jackson estava fazendo sabe-se lá o quê e foda-se o Youngjae!

Seu tom de voz havia aumentado e atraído a atenção de curiosos, não demoraria para a pequena comoção ganhar plateia, não que o Choi mais velho se importasse.

— Eu estava treinando, e perdi a hora! — Jackson respondeu choroso, seu tom de voz indicando que mais um pouco e ele acabaria voltando a chorar. — O treinador Lee tá mais exigente que nunca, o telefone tem que ficar no silencioso e...

— E um carro quase matou seu irmão, e agora ele está com o braço quebrado. Você tem noção? Tem noção do que poderia ter acontecido se você não—

Youngjae sentiu um aperto no próprio braço e a voz firme de Mark pedindo para ele parar ao qual ignorou.

— Me dá o celular. — Estendeu a mão à espera do aparelho, mas Jackson se recusou a entregar.

— Não.

— Me dá a porcaria do celular. — Falou entre dentes, contendo toda sua raiva à medida que o aperto em seu braço ficava mais forte. Jackson entregou o aparelho.  — E você está de castigo. Sem esgrima, sem essa porcaria de celular, é da escola pra casa, entendido?

— Você não pode fazer isso comigo! Só porque o Wonwoo foi idiota de passar na frente do carro! Você não pode, eu vou competir na regional, você não manda em mim! — Jackson resmungou, com lágrimas reais molhando seu rosto, assim que terminou de falar, Youngjae tomou uma ingestão brusca de ar e as palavras seguintes do garoto doeram mais do que deveriam. — Você não é meu pai!

"Você não é meu pai" uma frase tão pequena que atuou como socos bem em seu plexo solar deixando-o sem ar. Youngjae recuou, colocou uns bons três passos de distância entre ele e Jackson.

— Você está certo. Eu não sou seu pai, não sou pai de ninguém, quem sou eu, para exigir coisas, não é? Eu sou apenas o idiota que desistiu de tudo por vocês, eu sou só o cara que abriu mão de muita coisa por vocês, que fez muita coisa das quais tenho vergonha por vocês, você não tem noção Jackson. Você não tem noção do que eu… — Youngjae mordeu a língua para não falar demais. — Eu só tenho vinte e quatro anos, e parece que tenho cinquenta. Você tem noção de que se o conselho tutelar quiser, ele tira você e seus irmãos de mim, porque eu não tenho idade, nem estrutura pra cuidar de vocês, coisa que venho fazendo desde dos dez anos. Mas você, Choi Jackson tem razão. Eu não sou seu pai, não sou pai de ninguém. Mas enquanto você estiver debaixo do meu teto, sendo sustentado por mim, você vai fazer o que eu quero. Porque apesar de não ser seu pai, de ser apenas a droga do seu irmão mais velho, ainda assim continuo responsável por vocês.

— Youngjae, já chega. A enfermeira quer falar com você.

Youngjae encarou Jackson por alguns segundos, então seguiu de volta para onde Wonwoo estava.

 

[…]
 

Jackson tinha seis anos quase sete quando sua mãe voltou uma noite com um bebê enrolado em uma manta nos braços, junto com seu namorado na época e com um sorriso no rosto e disse que aquele era o novo membro da família, seu irmãozinho caçula Choi Wonwoo. E a única certeza que Jackson teve com aquela nova criança foi que não seria mais o centro das atenções de Youngjae e que assim como o irmão mais velho teria que fazer de tudo por aquele bebê. Foram dois anos de uma vida diferente com a chegada do Wonwoo, sua mãe era mais presente, eles tinham o Woohyun pai biológico do irmão como uma presença constante. Até que um dia tudo desandou. Era pequeno demais para entender a totalidade do que estava acontecendo, mas pra pouca idade era maduro o bastante para perceber que não tinha pai, nem avós, sua mãe não passava muito tempo em casa e que a única fonte de carinho era um irmão onze anos mais velho ao qual chamava de pai. Às vezes pensava que tudo começou a desandar quando Wonwoo nasceu. Não tinha raiva do Wonwoo. Tinha raiva da mãe morta que em vida nunca sequer lhe deu um olhar que não fosse de desprezo e que os havia deixado naquela vida de merda. Tinha raiva do Youngjae que não o deixava fazer nada que os garotos de sua idade faziam, porque tinha que cuidar dos irmãos, por ter tomado seu celular e tirando o único meio de comunicação com os amigos fora da escola, tinha raiva porque ele decidiu sozinho que iria tirá-lo da esgrima quando foi Jackson sozinho que lutou para fazer o esporte. Tinha tanta raiva do irmão mais velho, e ainda assim… tinha mais raiva de si mesmo.
 

O sinal anunciando o fim do dia letivo tocou e Jackson não esperou que o professor liberasse a turma para sair da sala. Ignorando os chamados dos amigos se misturou aos outros alunos que saiam de suas salas, todos empolgados pelo gostinho de liberdade e com sua mochila nas costas e a bolsa com seus aparatos de esgrima seguiu para a quadra de esportes. Apesar de Youngjae ter dito que estava proibido de praticar, o mais velho não falou nada quando pela manhã saiu com suas coisas, na realidade, eles não vinham falando. Jackson havia tomado uma pose defensiva, pela primeira vez não dirigia uma única palavra ao Choi mais velho ignorando todas as suas tentativas de aproximação.  Youngjae até poderia ter uma memória de peixe, mas Jackson não. Ainda tinha muita raiva entalada na garganta para esquecer as coisas que foram ditas.

Fez tudo no automático. Guardou as coisas em seu armário, trocou o uniforme escolar pelo uniforme da esgrima e empunhado sabre, florete e capacete se dirigiu para o treino. E em todas as vezes que teve que atacar um adversário tentou imaginar Youngjae na sua frente, mesmo que não tenha dado muito certo.

— Que porcaria você acha que está fazendo Choi! — A voz rouca e um pouco esganiçada de passar a tarde gritando do treinador Lee cortou o ar distraindo o garoto em questão que não conseguiu desviar de um golpe contra seu braço esquerdo. Trincou os dentes. —  Dá o fora daí agora! — Jackson recebeu mais uma investida de sua adversária, um toque limpo e preciso bem no topo de sua cabeça na mesma hora em que o treinador gritou pela segunda vez. Irritado soltou o florete no chão e tirou a capacete para encarar seu professor.

— Meu tempo ainda não acabou!

Resmungou apontando sem olhar para um relógio de led que tinha ao lado do tablado que marcava o tempo das pelejas.

— A Hani acabou com você! Seu tempo já passou moleque!

Treinador Lee rebateu apontando para o placar que contabilizava cada golpe acertado pelos lutadores. Jackson sentiu o sangue subir para o rosto ao ver que não havia acertado um golpe sequer na colega de equipe, se viu com uma vontade incontrolável de chorar, mas segurou as lágrimas e o suor limpando o rosto com a manga do uniforme branco.

Saiu do tablado cabisbaixo, nunca tinha tido um resultado tão ruim em um treino desde que havia começado a esgrima. Empurrou outros colegas de time do caminho quando tentaram falar consigo, e ignorou as reclamações que recebeu no caminho das arquibancadas. Porém, nenhum ousou se aproximar nem mesmo os alunos mais velhos.

— Tudo bem com você? — Treinador Lee perguntou se sentando ao seu lado. Ele passou uma mão nos seus cabelos suados.

— Sim. — Jackson respondeu, aceitando a garrafa de água que foi lhe entregue tomando um gole do conteúdo.

— Você sabe que se quiser conversar eu estou aberto a isso certo? — Ficou surpreso com a fala do adulto.

O treinador Lee era um cara na maioria das vezes fechado, estupidamente grosso quando estavam treinando e fazendo algo que não era de seu agrado. E era tão corriqueiro ele está sempre gritando que era fácil esquecer que fora dali, quando não havia metas, não havia campeonatos nem esgrimistas em tablados com seus floretes, espadas e sabres nas mãos o homem era divertido. Um amigo de verdade, que os levava para tomar sorvete, que estava sempre ligado nas tendências jovens e que tinha os melhores conselhos.

— Sou seu treinador, mas também sou seu amigo, você sabe.

Ele insistiu quando viu que Jackson não iria falar nada.

— Tá tudo bem.

Duvidava que o treinador fosse entender o que estava sentindo mesmo.

— Jackson, você não acertou um golpe na Hani. Isso não é você, eu vou tirar do time.

— Isso não é justo! — Retrucou irritado ficando de pé e jogando o capacete que tinha colocado no colo no chão. O objeto voou escadaria abaixo e antes que Jackson conseguisse ir buscá-lo para dar o fora dali o treinador o segurou pelo braço o forçando a sentar novamente.

— Então, deixa eu te ajudar cara, o que tá acontecendo?

Demorou alguns minutos. Um silêncio pesado entre eles que era interrompido pelo zumzumzum ao longe dos outros esgrimistas.

— Eu briguei com meu pai.

Jackson falou baixo. Encarando os sapatos brancos.

— Pode elaborar tenho todo o tempo do mundo.

Treinado Lee falou, soltando seu braço e se sentando mais confortável na arquibancada. E ele falou. Contou tudo o que havia acontecido, pela primeira vez se abriu para alguém que não fosse Jinyoung, ou seus dois melhores amigos. No fim, tinha o rosto molhado por lágrimas e soluçava em busca de ar, nem um pouco se importando se tinha mais alguém vendo o que acontecia. Sentiu o peso de uma mão em seu ombro e não hesitou em abraçar o treinador e se deixar ser abraçado de volta.

Por fim se afastou do treinador. O rosto em chamar de vergonha, mas o homem não pareceu notar, ou assim, Jackson achava pois não teve coragem de encará-lo olhando fixo pro chão.

— O que eu acho Jackson, é que você e seu pai precisam conversar. Você não tem culpa do que aconteceu, ter esquecido a hora de buscar o capetinha foi compreensível, todo mundo falha, mas tenta se colocar no lugar dele. Ele não está certo, mas eu penso que naquele momento ele ficou tão preocupado achando que tinha perdido seu irmão e você também, pois ele não sabia onde você estava que acabou perdendo noção do que seria sensato dizer e de como agir. Jackson, você é um atleta excelente, é um dos meus melhores alunos, é meu aluno favorito, mas se a esgrima é o que você quer fazer, se esse campeonato é seu sonho, você precisa tirar da cabeça tudo o que te preocupa e impede de ser o excelente esgrimista que é. Então, converse com seu pai. Eu não irei te tirar do time, mas se no dia da competição você ainda estiver assim, você não compete, não estou nem aí para o resultado, porque atleta meu não faz performance medíocre, entendido?

Assentiu enxugando o rosto mais uma vez com a manga do uniforme.

— Sim senhor. — Ditou por fim e de rosto vermelho levantou o olhar para encarar o professor que tinha um sorriso contido no rosto.

— Quer outro abraço? — Jackson nem respondeu, apenas abraçou o adulto que lhe deu dois tapinhas nas costas.

— Bom garoto. Agora dá o fora do meu ginásio.

O homem o empurrou de leve para longe, e o pré adolescente seguiu seu caminho, descendo as arquibancadas em busca de seu capacete. Quando pegou o objeto voltou a encarar o treinador que continuava sentado no mesmo lugar.

— Treinador o que é medíocre? — Perguntou por pura curiosidade. E desviou da tampinha de uma garrafa d'água que foi jogada na sua direção.

— Essa porcaria que você acabou de fazer contra a Hani moleque! Dá o fora do meu ginásio agora!

E Jackson obedeceu com um sorriso no rosto e um pouco mais leve.


Notas Finais


Y_Y


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