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História Cinquenta Tons de Medo - Diário de uma vida dupla - Capítulo 14-Uma Grande família


Escrita por: Dila-Nepel

Capítulo 14 - Capítulo 14-Uma Grande família


14.Uma grande família

Cidades pequenas é uma maravilha para quem quer esconder-se, eu estava em casa,

No restaurante, ajudei a senhora Weber com suas finanças, ela estava perdida, fiz ela comprar computadores e organizar todas as planilhas de compra e venda, ela ficou tão contente com meu trabalho que agora era a gerente do restaurante, sempre gostei de cozinhar, então trabalhar ali me fez pegar um gosto maior por todo aquele trabalho.

Ângela e Jessica tornaram-se minhas amigas, o que era hilário, antes éramos três loiras Rosalie e Kate e eu, agora éramos as três morenas.

Novembro chegou e junto com ele um clima diferente, mesmo com a aproximação do inverno dias frios eram raros na região. o dia de Hallowen não era comemorado tradicionalmente como eu estava acostumada, mas o primeiro dia de Novembro chegava com uma comemoração nova, o dia dos mortos.

Uma tradição não comum para mim, porém a cidade ficava em clima de festa.

–Boa noite Thomas- cumprimentei o senhor que hoje era como se fosse minha família.

–Anabelle, vamos beber hoje nada de falar de livros.

ele já deveria estar bêbado pois ele estava mais alegre que o normal, Mary estava com suas bochechas coradas revelando que algumas taças de vinho já haviam sido consumidas.

–Minha querida, eu já perdi muitos amigos e parentes é claro, e hoje é o dia que bebemos pelos mortos.- Thomas falava enquanto eu virava já minha terceira taça.

–Acho que deveríamos beber tequila é a tradição- Mary comentou sorridente.

–Não velha, se bebermos tequila meu fígado protesta e amanha eu poderia acabar encontrando meus amigos mortos do outro lado.

–Mas Belle não está velha para isso, querida quer beber algo mais forte você é tão jovem e já perdera seus pais.

a simples menção a minha falsa história me fez vagar a mente ate meu pai, ele não estava morto, e eu jamais poderia saber que fim ele levou após a minha fuga, mas minha mãe ela sim merecia uma reverência, era difícil imagina-la como um espirito vagando entre nós eu não me atinha a nenhuma crença mas sabia que ele de alguma forma merecia ser lembrada.

–Aceito Mary- ela serviu uma tequila e deixou a garrafa ao meu lado.

aquela foi uma noite divertida e agradável.

Dia de Ação de graças em Pepeprs Hill era um acontecimento marcante, e a famosa receita do peru de Caroline deixava o restaurante agitado.

O natal foi um dos mais amenos e tranquilos depois de anos, uma pequena ceia na casa de Thomas com Mary me fez se sentir em casa. meu presente de natal do casal foi tão simples quanto significativo, um manuscrito sem ser publicado de Thomas, ele disse que assim que morresse eu poderia publica-lo e seria um legado que me deixaria, me senti acolhida mais uma vez com eles.

No ano novo a praça ficava cheia com os poucos moradores que não viajavam e uma queima de fogos seguia.

os meses passaram, e eu estava em uma cidade onde mais que um lugar para onde fugi, ela se tornou um lar, e eu me sentia acolhida em uma grande Família.

Abril chegou e eu completava meio ano de minha nova identidade, Anabelle Collins.

_Belle vamos.

Angelaa estava polvorosa

_Calma Ângela, falta algumas coisas na mala, e pronto.

Carreguei o carro, mesmo que fosse uma viagem de poucos dias, Três amigas viajando se resumia a três mulheres o que no elevava ao patamar de bolsas cheias, provavelmente de coisas que nem usaríamos, estávamos indo rumo a feira de alimentos em uma cidade vizinha, depois desses meses sem ter noticias nenhuma sobre meu desaparecimento, estava um pouco mais tranquila, decidi acompanhar Angela nesta feira e fazer alguns cursos de culinária, seria uma semana fora da rotina na pequena Peppers Hill.

_Jessica vamos!- Chamei Jess assim que passei pela cozinha da pensão, Jess iria nos acompanhar somente para sair um pouco da cidade

Nossa amizade era meio fora do comum pela diferença de idades, Jess era a mais nova, estava em sua flor da idade de 20 anos, Angela completava seus 24 anos e eu que era a mais velha já aos meus 28 anos.

_Vamos - Jess correu da cozinha e praticamente pulou dentro do carro e logo estávamos na estrada.

A cidade era mais próxima da capital, santa fé, ficava praticamente na divisa, El torrente, era uma cidade que mantinha muitas tradições mexicanas mesmo, muito mais populosa que Peppers hill, e bem menos que a própria capital, porém meus medos invadiam meu ser, no entanto não imaginaria como iriam me encontrar ali.

A cidade estava agitada com a chegada de várias pessoas para a feira, Jess estava animada com o movimento.

Quando o carro entrava nas ruas, eu podia sentir a diferença da movimentação, vivendo na pacata cidade estar hoje em meio a agitação me trazia boas lembranças de Seattle.

–Meninas em que Hotel ficaremos mesmo eu não conheço nada por aqui. −falei tentando identificar como me locomover em meio ao conglomerado de pessoas na cidade

O clima estava agradável para abril, deveria ser uma das melhores épocas no novo México, depois de um verão escaldante seguido por um outono e inverno de temperaturas amenas, mas agora poderia dizer que a chegada da primavera traria uma agravável temperatura ate a chegada do verão.

–Não sei ficaremos naquele e pronto sem procuras

Angela apontou para um hotel pequeno, mas de boa aparência com a placa piscando Temos vagas

–Tudo bem, estava cansada já dessa procura.

Jessica falou afundando-se no banco de traz

–Engraçado você veio a viagem inteira quase dormindo

rimos as três, ser outra pessoa agora era natural como andar falar e respirar, já estava fazendo parte de mim,

Girei o volante para esquerda entrando no pequeno estacionamento

–Duvido que estacione naquela vaga

–Ah Angela, claro que duvida, olha o tamanho daquele espaço, mas deve ter outro maior.

O estacionamento estava lotado, mas mesmo com muita dificuldade achei uma vaga a qual eu conseguisse estacionar.

Descemos e eu coloquei meus braços para cima sentindo a tensão dos músculos dar lugar ao alivio.

Entrando no pequeno hotel a recepcionista era uma garota baixinha de olhos escuros e pele morena, seus cabelos eram presos em dreds,

–Boa tarde desejam se hospedar?

–sim por favor, estou tão cansada que preciso de um banho- Jessica se sentava na poltrona da sala de espera , eu descobri com essa viagem o quanto ela podia soar irritante em certos momentos.

–senhoritas, eu tenho somente mais dois quartos disponíveis

Olhei para Ang, que me encarou e nós duas olhamos Jes.

–Vamos ficar em um quarto e a nossa amiga fica com o outro

–Tudo bem, seus documentos, o pagamento será dinheiro ou cartão?

–Cartão e dinheiro- respondi sorrindo -eu não tinha ficado tranquila o suficiente para começar a usar cartões então ainda usava o velho e bom dinheiro vivo, já as garotas claro era usuárias compulsivas dos famosos pedaços de plástico milagrosos

assim que larguei as malas no chão do quarto Ang começou uma gargalhada, seu sorriso, era tão engraçado que ela pendia a cabeça para trás suspirando um barulho engraçado

–o que foi?- perguntei segurando para não rir dela

–Jess, como pode ela ser assim, estava a ponto de voar no pescoço dela, ainda bem que ficamos nos em um quarto, mais um segundo com ela eu acho que ia tentar ensina-la a ter bons modos

–Deixe a garota, ela é um pouco mimada e sonha alto, quem sabe ela não encontre o seu príncipe encantado que a carregue para longe

–sua má-Ang debochou

–o que? eu só estou pensando o melhor para ela.

Depois de um banho e de colocar roupas limpas, descemos para apreciar o primeiro dia da feira.

A feira gastronômica era uma oportunidade de aprender coisas novas , porém foi uma das desculpas para as meninas deixarem a cidade, confesso estar gostando dessa ideia, era mais um paço em minha nova vida.

Caminhando pelas ruas movimentadas, eu pude ver o sorriso das pessoas, a sensação de estar livre para retribuir sem medo os sorrisos e flertes me invadia, meus paços eram mais firmes e decididos

–Olhe aquilo, deus, eles não tem vergonha?- jess apontou para um casal de gays andando na rua. eles não faziam nada de mais, somente seguravam um na mão do outro

–Jess, não seja tão puritana e preconceituosa, -falei

–é Jess, deixe-os isso é preconceito- Ang a reprendeu

–ainda não entendo essas coisas eu fico horrorizada

–se seu sonho é um dia ir viver em uma cidade grande melhor se acostumar isso é mais comum do que se possa imaginar- Ang falou e nesse instante eu lembrei de meus amigos, a saudade estava totalmente guardada em um caixa dentro do meu coração mas naquele momento ela teimou em se manifestar

–meninas me deem licença vou ate uma cabine telefônica

–Eu ainda não entendo porque você não tem celular

–Ang eu trabalho perto de casa, a cidade é pequena um telefone é desperdício, já que nem ligo para quase ninguém

–mas vai agora ligar- Jess falou

–sim, mas é raro, agora me deem licença

–use meu celular

–é interurbano

–ué, todo esse tempo e nunca te vi falar com ninguém,- encarei Jess- quer dizer você nunca recebeu ligações na pensão ou mesmo fez alguma ligação interurbana

–não abuso da bondade de sua mãe, e na verdade é um velho amigo que me deu saudades

–velho amigo sei

sorri para Jess, era melhor ela pensar qualquer coisa que desviasse seu foco das perguntas

Cheguei a cabine parei por um instante, pensando se estava fazendo a coisa certa, meu coração quase pulava pela boca, pensei se Christian estaria vigiando Jacob, mas seria loucura ele chegar a tanto, escutas telefônicas e tais coisas pareciam coisas irreais de mais ate mesmo para a loucura de Christian, seriam coisas de filme.

Entrei na cabine o telefone ficou por um tempo em minha mão, eu coloquei a moeda e relutei com meus dedos algumas vezes ate que a coragem me veio. e disquei o código de área e em seguida o numero que não me esqueci mesmo depois de meses.

O primeiro toque soou, meu coração estava na garganta, o segundo toque, e estava aponto de desistir desta loucura, quando uma voz familiar me fez saltar na cabine.

“Alo”

_Jake!

“Bella”

_Shii esqueceu, é a Anabelle.

“Sim claro!” rimos juntos, e meus olhos encheram-se de lagrimas de ouvir aquela voz, aquele sorriso, imaginei como o rosto dele estaria, suas covinhas formando em volta de seus lábios, e seus dentes brancos largos ali, meu amigo e irmão, nem mesmo a prisão que Christian impunha não me deixava longe dele.

_Como esta tudo?

“Eu é que pergunto, porque ligou?”

_Como Jake? Por saudades oras.- meu sorriso se tornou tenso, a voz de Jacob ficou fria.

“Bella desculpe, estou preocupado sabe.”

_Não fique assim estou bem e estou ligando de outra cidade próxima de onde estou, eu estou em...

“Não diga nada, não preciso saber onde esta, e não fale nesta linha não é seguro”

_Como?

“É complicado...err... Anabelle, espere um pouco já te retorno neste numero que você me ligou.”

Jacob não se despediu, somente desligou, coloquei o telefone no gancho tentando entender as palavras “Esta linha não é segura.”, quando tentava imaginar o que significava, o telefone publico tocou atendi no primeiro toque.

“Anabelle, vou continuar a te chamar assim tudo bem, mesmo no celular novo do José não confio.”

_Jacob dá para me explicar o que esta acontecendo?

“Acontece que o senhor Grey é mais louco do que imaginávamos, ele não deu queixa para policia de seu desaparecimento e ainda espalhou que você esta em uma viagem, ele não desiste, José descobriu grampos em nossos telefones, eu nem pude denunciar por medo que levasse a você, saiba que estou muito feliz em saber de você e que esta bem, mas não ligue mais, não quero que aquele louco te ache, e só Deus sabe o que ele fará, sabia que tinha razão ele não presta é um sádico.”

Jacob falou as pressas e nervoso, percebi que fora um erro aquela ligação.

_Desculpe Jake, não queria trazer problemas para vocês.

“Entenda é para seu bem mesmo querida, Jose eliminou as escutas e grampos, mas ainda sei que sou seguido, então trocamos de celular sempre, mas todo cuidado é pouco, eu te disse aquele homem é louco, mas disse estar ligando de outro lugar, isto pode ser seguro, como anda amiga?”

_Muito bem arrumei um trabalho, sou gerente de restaurante...

“Menos informação.”

_Desculpe, mas enfim estou muito bem vida nova, obrigado Jake sem você nada disto seria concreto.

“Por nada amiga, saiba que eu estou radiante por saber que está bem, porém acho que o louco do Christian não vai deixar isso tão cedo, então o quanto menos você me ligar por um mais um longo tempo, será melhor, bem acho melhor desligar, te desejo muita felicidade.”

–Mas e os outros?

"Anabelle o motivo de ter te dado uma vida nova foi desligar-se dessa, mas olha posso te adiantar que as garotas na Europa só sabem de sua viagem, achei melhor não contar nada a elas ainda, enquanto telefones não são seguros, seu pai acha que esta na mesma, para todos a mentira de sua viagem por Christian esta caindo muito bem, agora desligue logo garota.

–Como assim? uma viagem longa de seis meses para onde? como esse louco inventa isso?

"Bella...Entenda ele é obcecado por você, as garotas na Europa estão desconfiando de algo, porém acho que perceberam que eu não posso dar muitas informações, já seu pai venera tanto Christian que engole tudo que ele contar."

–Isso é loucura, ele ainda me procura então.

"Creio que não vai desistir tão cedo, agora para seu bem, desligue agora, a linha é segura, porém todo cuidado é pouco, assim que a oportunidade surgir conversarei com as garotas e falarei toda a verdade."

–Jake sinto falta de todos, eu estou muito bem, porém...vocês são a minha vida."

"Um dia quem sabe isso mude, tenho uma novidade."

meu coração apertado se iluminou, será que ele finalmente estava se acertando com José?

–Fale...

"Kate e Jasper, eles ficaram noivos, e ela teve um surto psicótico quando soube que a amiga e futura dama de honra estava incomunicável, Bella ela desconfia muito, porém ela deve imaginar o que está acontecendo."

–Estou feliz por eles- senti as lagrimas pesadas caírem em meu rosto, eu perdera tantas coisas- e você e José?

ele se demorou um tempo

"Complicado como sempre, porém acho...olha eu não sei o que afirmar disso, mas lutei contra algo anos, e acho que meu coração não aguenta mais isso."

–Não lute conta o coração- um sorriso bobo escapou de meus lábios, eu amava meus amigos, e a vontade imensa de estar com eles em cada momento feliz me fazia se sentir impotente, eu poderia estar rodeada de pessoas que me acolheram, que me tratavam como se fosse da família, mas realmente a minha verdadeira família estava longe.

"Acho que é melhor desligar, beijos Bella."

–Beijos Jake, mande beijos a José,

Desliguei o telefone com relutância, mas sabia que era necessário.

Voltei para o quarto do hotel, Ang estava se arrumando para um dos primeiros coquetéis da feira, foi o que me fez ficar animada., dei graças de sua discrição em não me perguntar sobre meus olhos vermelhos.

roupa escolhida chegamos ao coquetel e a variedade de sabores de drinks fez Jess se empolgar.

–Vai com calma garota-falei quando percebi que estava um pouco além conta seu comportamento

–As garotas estão sozinhas?- Três rapazes se aproximaram, meus músculos ficaram tensos, mesmo sabendo de minha liberdade alguns medos ainda me percorriam

assim como as noites sozinhas ainda me incomodavam para três horas em ponto eu sempre acordar geralmente ao gritos por pesadelos, o medo de me aproximar mais intimamente de alguém ainda me dominava

–Isso depende- Jess já mais atirada por conta das bebidas

–prazer sou Giovane, esses são meus primos Gustavo e Giosep.

–nomes italianos?- ergui as sobrancelhas para o rapaz de olhos claros

–sim, somos , porem somente nascemos na Itália fui criado em Seattle e meus primos vieram para cá a pouco também

assim que Seattle foi mencionada meus medos ficaram maiores, isso dava uma boa chance dele saber quem era Grey e em consequência quem eu era

tentei relaxar eu não poderia ser neurótica a esse ponto, as vezes eram rapazes aproveitando a feira e nada sobre o ramo de negócios os atraia

–O que os traze aqui a feira ?- Ang perguntou quebrando o silencio que se formava em volta de mim e do rapaz que não parava de me encara

–viemos expor algumas de nossas receitas temos um restaurante italiano

–vieram de tão longe

–sim, recebemos o convite de um conhecido, e vocês?

–bem eu e minha mãe temos um pequeno restaurante em Pepper hill por a caso recebemos o convite e decidi trazer a minhas amigas

–boa escolha- Giovane falou ainda ser retirar os olhos de mim.

sorri sem jeito dessa atenção.

–bem amanha podem passar e provar de meus molhos, eu adoraria provar de suas pimentas dizem que são espetaculares

–não viemos expor nada- sorri sentindo minhas bochechas corarem, mesmo assim arrisquei ser e em dar essa resposta-viemos como degustadoras e para aprender mais

–que pena, adoraria provar algo feito por essas mãos- ele segurou minha mão e beijou -senhoritas espero nos vermos mais por esses dias que se seguem

–Ual- Jess soltou seguido de um suspiro longo- viram como eram gatos e três italianos

–sim, e o tal de Giovane não tirava os olhos de Belle

–há bem capaz ele foi simpático

aproveitamos o resto do coquetel ate que o cansaço nos tomou voltamos aos nossos quartos

–Nossa aquele Giovane era lindo-Ang comentou assim que deitamos cada uma em sua cama

–Sim, pena que mora em Seatlte-falei suspirando meio sem pensar

–porque qual o problema- Ang falou pensei rapidamente em mil desculpas e joguei a primeira que me veio

–Não gosto de tempo chuvoso, acho que não me daria bem naquele lado do pais

–é uma boa desculpa, mas me diga a verdade

aquilo me deixou sem chão ela era perceptível demais

–bem, eu não sei ang

–Belle- ela virou-se em minha direção- está na cara que foge de algo e acho que isso se chama relacionamento

gargalhei soando histérica

–eu? fugir? não somente quero ficar em paz

–nunca falamos muito sobre seu passado

–não gosto de falar nele, prefiro viver o agora

–tudo bem respeito isso, mas uma hora vai encontrar alguém que vai mexer tanto com seus sentimentos que vai ficar impossível de fugir.

–quem sabe,

fiquei fitando o teto, as luzes que vinham da rua e iluminavam o quarto, tentando distrair minha mente, a minha antiga vida não me trazia algo que eu lembrasse que se parecesse com sentimento profundo, entre o que senti por Mike e Christian, Meu marido foi o mais próximo de sentimento, eu queria muda-lo fazer dele o homem perfeito e isso sempre foi inútil,

Esses meses sendo outra pessoa me mostrou varias coisas, principalmente o valor das amizades, Jacob foi meu amigo desde sempre, eu não conseguia nunca imaginar viver sem tê-lo em minha vida, e agora eu tinha que me cuidar em um simples telefonema.

Por mais que Angela e Jessica fossem amigas, nada se comparava a amizade que construí com Kate e Rosalie, sempre que olhava para um futuro eu me via ao lado de minhas amigas vendo nossos filhos crescerem , preparando juntas as festas, era nessas horas que eu pensava se valia a pena essa decisão, pois eu via o real motivo de eu sempre ter aguentado Christian.

tentei eliminar toda essa tristeza, e guardar novamente ela na caixinha que eu deixava em minha mente e coração com o nome Isabella Swan bem lacradas.

Anabelle Collins não tinha passado, e isso me dava mais um desafio, mesmo que o tal Giovane se aproximasse, eu jamais conseguiria ter um relacionamento completo, eu era uma folha em branco, algo a ser reescrito.

Aos pouco o sono me tomou, e desta vez por incrível que pareça eu não acordei as três da madrugada, talvez fosse o fato de Angela estar dormindo comigo.

assim que o dia amanheceu, o café da manha foi servido, Angela pegou seu caderno de anotações

–Hoje vou fazer exatamente o meu objetivo

–Acho que vou seguir seu exemplo, estou ansiosa por receitas novas

–Engraçado para alguém que é formada em Literatura você se dá muito bem na culinária

–minha mãe dizia que tínhamos dons, e esses eram algo que vinham a tona na hora certa, talvez essa seja a hora.

–Sua mãe me parece ter sido alguém muito especial, você fala pouco dela

–Ela morreu, não tenho muito o que comentar- essa parte era fácil, não era uma mentira, o que fazia as outras mentiras saírem com facilidade

o dia se resumiu a visitar o maior numero de barracas o que nos deixou exaustas, a noite teríamos uma demonstração de bebidas e um bar foi montado no centro da feira, luzes compunham o ambiente, uma variedade de barman, vestidos com fantasias, o cenário era divertido e animado

–Angela eu vou subir me arrumar, esse evento acho que vai ate tarde.

–Sim, veja estão montando mais barracas coloridas imagina se provarmos todos os drinks

–nem seja louca, eu pelo menos não me dou bem com misturas.

–vamos , e a Jess onde se meteu?

–Sei lá, ela deve estar por ai caçando um futuro marido

–deve ser- rimos juntas e voltamos ao hotel.

Em minha mala eu trouxe uma variedade de vestidos, então decidi hoje já que a decoração estava toda colorida resolvi vestir algo florido.

–Este está bom Angela?

–Ual, nossa suas curvas são invejáveis, tudo no lugar certo enquanto eu não tenho nem bunda e nem peito

–Ate parece, eu sou tão sem graça

–Típico das mulheres bonitas, e ainda nesse vestido florido eu ainda te confundiria com uma adolescente

descemos apressadamente, segurei no braço de Angela e fomos andando pelas ruas movimentadas.

–tanta gente, e eu nunca encontro alguém legal

–Ai Angela, calma, a pressa é inimiga da perfeição

chegando novamente a feira, mostramos nossas credenciais na entrada, e a musica eletrônica estava tocando deixando o local mais animado.

as batidas regulares lembravam meus tempos de faculdade e baladas,

–Nunca estive em um lugar que tocasse esse tipo de musica

–Sério Angela, temos que arrumar algum lugar e sair

–Difícil próximo a perppers Hill acho que só essa cidade aqui mesmo

–então teremos que frequenta-la mais

Três barracas e minhas pernas começara a adormecer

–Tequila, vamos Belle me acompanhe sempre quis provar Tequila estando com uma amiga .

ela me puxou ate a barraca Mexicana , as cores verde e vermelhas bem vividas estavam estampadas nas bandeiras e faixas da barraca

Um dos homens serviu os copos.

–garotas temos uma pimenta excelente que pode ser degustada juntamente com torradas e a tequila

–Pimenta? você esta falando com uma nativa de Pepeprs hill- Angela se debruçou no balcão chupando o limão colocando o sal eu repeti seus gesto, segurei o suco de limão ate virarmos juntas a tequila.

–Ahhh!! É forte- Falei sentindo a tequila descer queimando, os dois homens da barraca começaram a rir, Angela não fez careta

–Do que estão rindo?

–nativas de uma cidade da pimenta e fracas

–Eu disse que eu sou nativa e não que ela é nativa- Angela falou apontando em minha direção,fiz um biquinho para a sua afirmação

–E ai aceitam a pimenta?

–manda- ela falou desafiando, eu percebi que um dos rapazes estava mesmo gostando da forma que Angela o desafiava, seu olhar era de divertimento e satisfação e expectativa quando colocou o prato as torradas em frente a Angela.

Ela sem pestanejar pegou uma torrada, seus olhos não deixavam o do rapaz quando ela colocou na boca a torrada e sem ao menos fazer uma reação ela sorriu

–Fraca

os dois rapazes se olharam e o que encarava Angela continuou tentando a fazer ficar impressionada com algo.

–E você? achou fraca?

–Não para meu paladar esta de bom tamanho

O rapaz que se apresentou como Bem começou a me mostrar varias receitas diferentes de molhos picantes e eu tomei nota de tudo, apreciei a culinária mais picante.

a noite estava indo embora e a madrugada estava dando os primeiros resultados, uma mulher passou por mim se debruçou segurando em meu ombro, ela estava visivelmente além da conta, sorri com acena assim que seu acompanhante chegou desesperada atrás dela

–desculpa, ela não é acostumada a tantas variedades de bebidas

–Tudo bem entendo- sorri, quando ele colocou o braço na cintura da mulher a conduzindo para o outro lado da feira.

meus pés estavam inchados, e sabia que teríamos mais um dia exaustivo pela manha,

–Angelo acho que vou indo, sussurrei em seu ouvido quando ela estava provando mais um coquetel

–Vamos Belle, mas antes prove mais esse aqui é espetacular

minha boca estava dormente, meus músculos estavam parecendo gelatina, enganchei no braço da minha amiga não confiando em meus próprios pés.

passamos pela saída, e assim que coloquei os pés do lado de fora, o desnivelamento da calçada em conjunto com minhas pernas sem controle algum fizeram seu trabalho.

um par de mãos grandes e firmes me ajudou a levantar-se, e Angela quase veio ao chão junto.

–Cuidado garotas-subi meu olhar encarando duas pedras verdes reluzentes me fitando , a voz grossa firme e rouca completavam o charme, mesmo estando com meus sentidos afetados, eu pude notar o maxilar quadrado e os traços perfeitos do salvador de meus saltos e joelhos, pois um tombo desses deixaria sem duvida uma marca.

–Obrigada- sorri, mas assim que ele me encarou sua expressão tranquila tornou-se desesperada.

Fiquei por um instante presa a esse olhar, era como de alguma forma ele me conhecesse, ou tivesse ficado fascinado, a bebida não ajudava em minha percepção.

saímos andando, e mesmo com pequenos passos em falso chegamos no hotel, assim que chegamos ao nosso quarto, deixei meu peso cair sobre o colchão, eu não vi mais nada ate o dia seguinte.

 



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