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História Cinza das Horas - Monhegan


Escrita por: Pri__

Notas do Autor


Oi, voltei!!

Vocês me têm fácil demais  por isso sumi... Quis fazer um drama.


Kkkkk... Mentira, gente.

Meninas, obrigada por todas as mensagens  de carinho e preocupação... Eu estou bem. O trabalho está me sugando um pouco, então  fiquei sem tempo.

Vocês são  lindas! ❤

PS.: voltei a trabalhar de maneira presencial, então não terei mais dia certo de postagem, mas fiquem tranquilas,  eu apareço.

Beijos

Capítulo 47 - Monhegan


Fanfic / Fanfiction Cinza das Horas - Monhegan

 

Mills

 

Dei um passo à frente, ainda na esperança de conseguir ver algo. Mas foi inútil.

 

— Isso só pode ser brincadeira! — Emma passou a mão pela testa.

 

— Eí , calma.  — segurei em seu queixo, fiz com que  olhasse para mim — Está escuro, você pode ter visto outras pessoas.

 

— Regina, eu sei o que vi. — falou séria, afastou-se, escorou em meu carro.

 

— Emma,  você tem que manter a calma. — me aproximei dela, fiz um carinho em seu antebraço  — Se realmente for esse rapaz rondando você novamente, agora tem a restrição que impede isso, ele será preso. O importante é  você não ficar sozinha, como me prometeu que faria.

 

— E  eu perco toda a minha liberdade! — usou um tom irritado — Vou precisar de babá agora?

 

— Emma... — tentei ser compreensiva  — É temporário. Precisamos ter certeza que ele desistiu, e também agora, que não está em companhia ainda pior.

 

Ela soltou o ar pesadamente. Não disse nada.

 

— Me prometa que vai continuar tendo esse cuidado? — segurei em sua mão — Pelo menos por enquanto.

 

Ela apertou os lábios.  Aprofundou o seu olhar no meu.

 

— Prometo. — falou não muito satisfeita.

 

Respirei mais aliviada. Fiz um carinho com o polegar em sua mão.

 

— Vou falar com o meu contato na delegacia, e  pedir para que façam  uma visita trivial à casa dele. Pelo menos assim, ele saberá que estamos atentas. — ela concordou com a cabeça — Acha que Ruby vai demorar ? — olhei a saída do ginásio.

 

— Ela já deve ter saído, tomou banho pouco depois de mim. — apontou com o queixo — Deve estar assinando camisas. Por quê?

 

 Ainda tinha um certo tumulto na porta do ginásio.

 

— Quero que ela vá para a sua casa, durma lá, e cuide de você amanhã na escola.  — Emma riu.

 

— Ela sempre faz isso. — deu de ombros.

 

— Mas eu quero que esse cuidado seja redobrado nos próximos  dois dias, porque  não estarei na cidade.

 

Emma franziu o cenho.

 

— O quê? — apertou  minha mão que estava na sua — Como assim?  Amanhã a gente tem aula.

 

— É, eu sei. — falei com pesar na voz — Provavelmente Ariel vai me substituir. — ela fez careta —  Mas se ela fizer alguma coisa pessoal contra você, vá imediatamente falar com Zelena.  — apontei o dedo para ela.

 

— Algo mais, professora Mills? — debochou.  Revirei os olhos. — Posso saber aonde vai?

 

— Tenho um evento no porto de Monhegan, em um navio, durante dois dias.

 

Emma abriu mais os olhos.

 

— Deve ser legal ter que ir a um navio a trabalho. — disse surpresa.

 

— Seria divertido, se eu não tivesse que passar esse tempo com pessoas que não gosto. — falei com enfado na voz — Minha sorte é que o navio  está  atracado, não vou precisar ficar lá o tempo todo.

 

— Não vai dormir no navio. — achou estranho.

 

— Não. Meu pai tem uma casa em Monhegan, ao lado do farol. — sorri saudosa — Ele costumava levar Zelena e eu  para lá. Era ótimo passar alguns dias distante de Cora. Minha mãe nunca gostou de ficar longe da agitação da cidade.

 

— Eu não quero ficar dois dias sem você. — fez uma carinha triste.

 

Levei a mão a seu rosto. Fiz um afago.

 

— Eu também não quero. — reparei em cada detalhe de sua feição  — Acredite! Mas eu preciso ir.

 

Emma abaixou o olhar para o chão.

 

— Já estou com saudade. — sorri.

 

— Eu também, Emm. — segurou em minha mão que estava em seu rosto, levou à sua boca, beijou. Isso me deu uma vontade enorme de avançar sobre seus lábios.

 

— Prometo te recompensar. — falei com malícia, Emma sorriu. Abaixou nossas mãos, mas não se desfez do contato.

 

— E como vai fazer isso? — perguntou com interesse.

 

Segurei na gola de sua camiseta, puxei, a trouxe para mais perto.

 

— Prometo fazer você gozar ... — encostei os lábios em seu ouvido — Algumas vezes seguidas. — sussurrei, minha voz saiu ainda mais rouca. Emma suspirou.  Soltei sua camiseta. Me afastei. Ela me olhou  com  desejo.

 

— Vou cobrar! — falou com a voz entrecortada.

 

Dei um sorriso safado.

 

— Eu vou adorar ser cobrada por isso. — me controlei para não agarrá-la ali mesmo. A intensidade que ela me olhava já estava me deixando no meu limite.

 

— Nossa, tem muita gente querendo foto. — Ruby chegou  por trás de nós. Me virei para olhá-la — Regina! — sorriu em um cumprimento.

 

— Parabéns  pelo jogo, Ruby! — devolvi  o sorriso.

 

— Obrigada! — ajeitou a mochila nas costas.

 

— PARABÉNS PELA VITÓRIA, MEU AMOR — Zelena  agarrou Ruby pelo pescoço. Provavelmente minha irmã viu que não estávamos mais sozinhas, então voltou.

 

— Obrigada, Zel! — falou com a voz abafada no pescoço de minha  irmã — Pena Belle não ter visto. — disse decepcionada.

 

— O pai de Belle ainda está prendendo ela em casa? — Zelena perguntou.

 

— Está sim. — meu filho abraçou Ruby pela cintura — Belle só consegue sair comigo quando inventa uma mentira. — Zelena apertou os lábios.  Ruby abaixou a cabeça para olhar Henry.

 

— Você defendeu muito, Ruby! — falou com o queixo em seu peito. Sorri vendo a cena.

 

— Valeu, Henry! Viu o meu passe, né?  O seu tem que ficar bom assim. — ele meneou a cabeça.

 

— Eu vou tentar. —  Ruby bagunçou  seus cabelos.

 

— Nós precisamos ir. — falei  — Amanhã terei que madrugar. — Peguei a chave do carro — Henry, vá entrando.  Meu filho pegou a chave, despediu-se,  entrou no carro.  Zelena entregou a chaves do fusca à Ruby, e foi atrás de meu filho.

 

— Ei, Ruby  ... — ela parou, ia em direção  ao fusca —  Cuide dela por mim. — pedi. Ruby sorriu.

 

— Fique tranquila! — bateu continência de forma teatral.  Rimos. Entrou no carro sem dizer mais nada.

 

— Amanhã mantenha a calma na entrevista. E assim que terminar, me ligue. — me aproximei  mais dela — Eu paro o que estiver fazendo para te atender.

 

— Pode deixar, ligo sim!  — passou as mãos pela minha cintura. Me apertou junto a seu corpo. Dei um suspiro alto por causa da bolsa de gelo tocando em minha pele. Ela achou graça. — Bom evento pra você.

 

— Obrigada! — falei com a boca em seu pescoço — Vai dar tudo certo amanhã!  — nos afastamos. Emma tinha um sorriso nos lábios. Sorri de volta.

 

Entrei no carro. Dei o troféu para Zelena segurar. Tinha um aperto em meu  peito. Eu sentiria muita falta dela.

 

***

 

Chegamos em casa, já passava das dez da noite. Pedi para Henry arrumar a mochila, tomar um banho rápido e deitar.  Meu filho olhou algumas vezes para o troféu de Emma em minha mão, fez menção em falar algo, mas pareceu desistir. Ele não era bobo, pela conversa  que teve com Emma, já tinha percebido que ela gostava de mim. Deduzir o contrário não seria impossível. Cheguei ao ímpeto de contar a verdade a ele, mas desisti.  

 

Fui a meu quarto, passei a arrumar a mala que levaria. Escolhi alguns vestidos, entre eles, um para a noite, teríamos um encontro noturno na sexta. Respirei fundo. Aguentar Cora, Gold e Isaac, não seria fácil. Fora as outras figuras políticas que estariam lá. Todas tão insuportáveis  quanto.

 

Arrumei tudo, deixei a mala de lado. Peguei meu celular, havia uma  mensagem de Emma.

 

Emma : acabei de ver a entrevista da ex-prefeita. Pelo que pareceu, eu sou a jogadora preferida dela.  — um sorriso bobo surgiu em meus lábios.

 

Eu: Então a ex-prefeita tem bom gosto.

 

Emma: E é gostosa também! Tô impressionada. — dei risada. Era uma cara de pau mesmo.

 

Eu: Pare de ser boba, Emma.

 

Emma: Boba não! Completamente apaixonada!  — meu sorriso foi largo.

 

Eu: Só você mesmo... — fiquei sem palavras.  Ela voltou a digitar.

 

Emma: Espero que faça uma boa viagem amanhã! Vou pensar em você a cada segundo.

 

Eu: Também vou pensar em você.

Eu: Quero muitos beijos quando voltar.

 

Emma: Todos os meus beijos são seus.  

 

Sorri ainda mais. Meu coração sempre disparava quando ela me mandava mensagens assim.  Parecia que isso não mudaria nunca.

 

Eu: Acho bom que sejam todos meus!

Eu:  Boa noite, Emm.

 

Emma: Kkkkk Kkk...

Emma: Todos pra vc!! Boa noite, morena.  

 

Aproveitei e pedi a ida de um policial à casa de Neal Cassidy no dia seguinte. Sai do WhatsApp.

 

Olhei mais uma vez para ver se o tal anônimo havia mandado  algo. Nada. Essa pessoa não  iria desistir assim. Se a intenção era me chantagear seja em troca de dinheiro ou qualquer  outra coisa, não fazia sentido ela sumir justamente quando  me disponho a encontrá-la. E para piorar, nos próximos dias, não estaria em Storybrooke, então seria ainda mais difícil marcar um encontro.  Respirei fundo. Joguei o celular de lado. Por que tudo tinha que ser tão complicado?

 

Peguei o troféu  que Emma havia me dado. Passei o dedo, fazendo o seu contorno. Sorri. As palavras dela voltaram à minha mente. Ela conseguiu me emocionar. Coloquei o troféu na mesa de canto, ao lado de um porta retrato de Henry.  O observei por mais alguns instantes, Emma tinha tudo para ter um futuro brilhante no vôlei.

 

Tomei um banho, coloquei uma camisola confortável. Deitei.  O dia seguinte seria longo.

 

***

 

— Bom dia, Victoria. — cumprimentei minha secretária assim que cheguei no hall.

 

— Bom dia, senhora Mills. — colocou alguns materiais de campanha sobre à mesa. Virou-se para mim, ela parecia cansada.

 

— Cora está em sua sala?  — olhei ao redor, estranhei o escritório  estar muito tranquilo — O motorista que vai nos levar já está lá embaixo.

 

Victoria franziu o cenho.

 

— Ela não falou com você? — achei estranho.

 

— Falar o quê? — perguntei sem entender.

 

— Cora não vai ao evento. — abri mais os olhos  — Não me falou o motivo.

 

Tudo bem, por essa eu não esperava. Um evento nessas proporções, com todas as figuras influentes do Maine, e minha mãe  simplesmente não ir?

 

— Quer que eu ligue para ela? — Victoria interrompeu meus pensamentos.

 

— Não! — ergui a mão com a palma virada para ela — Não é  preciso, Victoria. — agradeci mentalmente. Seria uma pessoa insuportável a menos.  —  Dispense o motorista, já que vamos apenas nós duas, podemos ir em meu carro.  — olhei o horário no celular — Isso se não houver problema  para você.

 

— Não, senhora Mills, problema  algum. — respondeu simpática. Pegou o telefone para ligar na portaria.

 

Entrei em minha sala ainda fazendo mil conjecturas. O que poderia ser mais importante do que o maior encontro político dos últimos meses? Cora estava aprontando alguma.

 

***

 

Swan

 

—  Boa tarde, senhorita Page. — falei assim que abri a porta. Sorri. Lilith me olhou de cima a baixo. Será que eu estava mal vestida?

 

Tinha optado por um jeans escuro, uma camisa  social preta e um scarpin. Deixei os cabelos soltos. Passei um batom rosado.

 

— Não precisa de toda essa formalidade, pode me chamar de Lilith.  — sorriu de volta. Ela usava um terno preto  muito elegante. Os cabelos soltos, a maquiagem leve.

 

— Tudo bem, Lilith. — dei ênfase ao seu nome — Entre.  — dei passagem. 

 

Sentamos lado a lado no sofá. 

 

— Suco? Água? — apontei para a mesa de centro, onde havia deixado tudo a  postos.

 

— Não, obrigada, senhorita Swan. — cruzou as pernas — Leu o e-mail que mandei?

 

— Emma. Por favor. — falei rapidamente.

 

— Ok, Emma! — meneou a cabeça.

 

— Li sim. — me virei mais para ela — Por que é  uma gafe dizer que é  um sonho adotar uma criança?  — de todos os tópicos, esse era o que mais me chamou a atenção.

 

— Essa é a gafe mais comum, entre os adotantes. E  serve também para aquelas pessoas que têm a intenção de serem madrinhas ou padrinhos. — passou a gesticular — Assistente social,  psicólogo,  juiz,  enfim, todos os órgão  ligados à defesa da criança e do adolescente não têm interesse  em um  sonho ligado a isso. Para eles, o que importa é o bem estar do adotado, ou do apadrinhado. O que você traria como melhoria à vida dessa criança, não ao contrário.

 

Apertei os olhos.  Fazia sentido.

 

— Agora ficou claro. — olhei um ponto qualquer  na sala, analisei com calma a situação.

 

— Então não perca isso de vista, será importante  para o processo de adoção depois que Liam estiver na cidade. — concordei com a cabeça.

 

Conversamos por mais um tempo. As três em ponto, a assistente  social chegou.

 

Sisuda, monossilábica,  e  dando a impressão de anotar até  o número de vezes que eu respirava,  ela me fez perguntas sobre o trabalho. O porquê pretendia ser madrinha voluntária. E qual a minha proximidade com Liam.

 

Apesar da frieza da assistente  social, Lilith  me olhava com ar de aprovação.

 

— E  o que seus parentes próximos acham de sua atitude em ser madrinha voluntária? — abri mais os olhos, por uma pergunta assim eu não esperava.

 

— Eu... — hesitei. Lilith  me olhou atenta — Minha mãe morreu há alguns anos. E meu pai nunca foi presente. — falei rápido antes que a coragem me faltasse. 

 

— Entendo. —  mais anotações.

 

Senti que tinha feito bobagem. Olhei para Lilith  apreensiva.

 

— Bom, por aqui nós terminamos. Estou me dirigindo ao ginásio de esportes. Aguardo a senhorita lá. — levantou-se a acompanhei até à porta.

 

— Meu Deus! Eu estraguei tudo, não estraguei? — falei em desespero.  Coloquei as mãos na testa, me virei para Lilith que já estava em pé perto de mim.

 

— Não se preocupe. Você foi sincera, Emma. Era exatamente essa a intenção.

 

— Mas você viu a cara dela? — falei ainda nervosa.

 

— Se o seu pai nunca foi presente, a pessoa que menos tem culpa nisso é você! — segurou em meus ombros. Olhou fixamente em meus olhos  — Está indo bem.  Precisa manter a calma!  — me soltou.

 

Respirei fundo, tentei me recompor.

 

— Vamos! — saiu em minha frente. 

 

Peguei as chaves do fusca, em poucos minutos, estacionávamos no ginásio. 

 

A visita lá foi rápida. Ela olhou as instalações. Falou brevemente com Kurt.  Em poucos minutos despediu-se. Avisou que eu receberia a notificação com a decisão.  Comecei a suar frio, pensei que ela falaria o resultado ali na hora.

 

 — Quanto tempo demora para sair a resposta?  — perguntei à Lilith. Caminhamos pelo estacionamento.

 

— Um ou dois dias. — disse rapidamente.

 

— E acha que será favorável?  — falei com medo de escutar a resposta.

 

— Não tenho dúvidas, Emma! — dei um sorriso aliviado. Parecia que tinha saído um peso de minhas costas.  Lilith  desviou o olhar para a minha boca, e ficou em silêncio. Fechei o sorriso. Achei estranho. Ela percebeu — Bom, vou voltar ao escritório, e já encaminhar a ação  para trazer Liam a Storybrooke.

 

— Não precisa esperar o resultado sair? — franzi o cenho.

 

— O cartório  demora alguns dias para dar andamento no processo, justamente o tempo que o resultado leva para ser oficializado. E como você foi perfeita na entrevista... — senti minhas bochechas corarem — Podemos agilizar as coisas, assim, não perdemos tempo. — sorriu, retribui meio sem jeito.

 

— Eu agradeço, Lilith! — estendi a mão a ela.

 

— Me agradeça  quando Liam estiver aqui. — apertou  minha mão com força, deu passos firmes em direção a seu carro. Respirei fundo.  Lilith  era boa no que fazia, o caso de Liam não poderia estar em melhores mãos.  

 

Entrei em meu carro, peguei o celular, disquei o número de Regina. Eu precisava contar a ela.

 

 

***

 

— Foi um sucesso, Ruby! Lilith me deu algumas dicas. Ela é  demais!  — falei empolgada para a minha amiga que tinha acabado de chegar do treino de musculação. Kurt havia me liberado por causa da visita da assistente social.

 

— Então Liam volta  para Storybrooke  quando? — sentou ao meu lado no sofá.

 

— Lilith disse entraria com a ação hoje mesmo. Já deve ter feito isso, aliás. Disse que o processo todo demoraria um mês, mais ou menos.

 

— Essa Lilith é  gata? — senti um tom de interesse em sua voz.

 

Franzi o cenho.

 

— Por que tá perguntando isso? — analisei sua  expressão.

 

— Porque você fala dela com tanta empolgação. — abriu as mãos no ar.

 

Revirei os olhos.

 

— Ela é  uma ótima profissional.  — respondi séria.

 

— Mas é  gata ou não é gata? — insistiu.

 

Bufei.

 

— Ela é bonita sim. — admiti —  Mas isso não é importante.  O que interessa é o Liam aqui com a gente.  — tentei manter o foco na conversa.

 

— Se você está dizendo. — fez sinal de rendição.

 

Assim que Ruby terminou de falar, a campainha  tocou.

 

— Estranho, não estou esperando ninguém. — fiz menção de levantar.

 

— Mas eu estou! — Ruby deu um pulo do sofá, foi até a porta antes de mim. Esperei.

 

— OI DE NOVO, SUAS LINDAS! — Zelena entrou falando alto. Arregalei os olhos. Beijou Ruby, veio até mim, fez o mesmo. Belle entrou logo atrás. Nós já tínhamos nos encontrado na escola mais cedo. Zelena passou pelo corredor umas três vezes enquanto Ariel dava aula.  Certeza que foi um pedido de Regina.

 

Fiquei esperando uma explicação. Ruby fechou a porta, deu um selinho rápido em Belle.

 

— O que vocês estão aprontando?  — perguntei, já que ninguém falava nada.

 

— Vamos para Monhegan! — Zelena respondeu animada. Abri a boca.

 

— Como assim?  — meneei a cabeça.

 

— Isso mesmo que você escutou, cunhadinha. — apontou o dedo para mim — Vamos encontrar a sua namorada, e aproveitar o final de semana no porto.

 

Abri mais a boca. Alternei o olhar entre as três.

 

— E Regina sabe disso? — perguntei o óbvio  — Porque ela está lá a trabalho,  e eu tentei falar com ela,  só dá fora de área.

 

— O sinal de celular é péssimo naquele lugar. —  Zelena se jogou no meu sofá — Isso sempre acontece.

 

Ruby e Belle também sentaram.

 

— Não sei se é uma boa ideia. — passei a mão pelos cabelos — Nós temos aula amanhã.

 

— Emma, para de ser careta! — Ruby começou a falar — Nós nunca faltamos, até a coordenadora vai tirar um dia de folga. — apontou para Zelena — Vamos aproveitar que não temos treino.

 

— Isso aí, cunhadinha! — bateu palmas — Vá fazer a sua mala. Temos que passar na casa de Ruby ainda,  deixar a sua cachorrinha  com a vovó, e pegar as coisas dela. Ótimo! Até em Ava elas já  haviam pensado.

 

— Tudo  bem! — falei ainda não muito segura — Mas vamos no meu fusca! — usei um tom sério.

 

— Como você preferir. —  Zelena deu de ombros.

 

Passei a subir as escadas. Soltei o ar pesadamente. Se pelo menos ela atendesse o celular.

 

— COLOCA UM VESTIDO DE NOITE NA MALA — Zelena gritou — NÓS VAMOS  SAIR PRA DANÇAR! — revirei os olhos. Será que Regina iria gostar disso?

 

***

 

Mills

 

O lustre gigantesco pendia no teto do lobby de embarcação. As peças de cristal se espalhavam por uma estrutura que, sem dúvida, tinha mais de três metros de comprimento.  Com essa visão, Victoria e eu adentramos o Seven Seas Explorer, o navio de luxo de Gold. Barco que um dia pertencera a meu pai, herança de meu avô, mas na época de minha  infância e juventude, não havia tanta ostentação  por ali. Gold realmente havia investido muito. Estava simplesmente  majestoso.

 

Fomos direto ao escritório de Gold, na cabine principal.  O lugar era amplo, com área de descanso ao fundo, uma pequena sala de estar e mesa para reuniões. A varanda pegava toda a extensão  da frente  da instalação. Era possível ver o mar pela imensa porta de vidro.  Ao fundo, restrito por luxuosas cortinas cinzas, que iam do teto ao chão,  uma área que acreditei ser a cama da suíte.

 

— Aqui está o material impresso que solicitou, foi entregue hoje.  — Gold falou apontando para algumas caixas que estavam na mesa de reuniões.  Victoria foi conferir. Eu daria um discurso para os integrantes do partido, e cada um receberia impresso  o meu plano de campanha. Seria uma prestação de contas por ter sido escolhida como representante nas próximas eleições ao Senado.  Claro que a maioria leria as minhas propostas analisando para ver se eu não tinha ferido nenhum pilar ideológico.

 

— Pelo que vejo está tudo certo, senhora Mills. — Victoria falou ainda de cabeça baixa, olhando com calma todo o material impresso.

 

— Ótimo! — sorri satisfeita.

 

— Erik estará neste evento. — Gold começou a falar, sentou e cruzou as pernas.  Fiz o mesmo. — E no encontro noturno também.

 

Soltei o ar pesadamente. Erik era o outro nome cogitado para a campanha ao Senado, acabou perdendo a vaga.

 

— Eu imaginei. — meneei a cabeça  —  Bom, ele perdeu sozinho a oportunidade, espero que não leve para o lado pessoal.

 

Gold sorriu com ironia.

 

— Sempre é  pessoal, Regina!  Política é vaidade! —sorri amarelo.

 

— Eu não vejo assim.  — me levantei, percebi que Victoria já havia ajeitado tudo. E a última coisa que queria era jogar conversa fora com Gold.

 

—  Espero que esteja certa. — observou meus movimentos  — Tem certeza que vai abrir mão das  instalações aqui? Pedi para reservarem uma das melhores cabines.

 

— Tenho.  — confirmei também com a cabeça —  Prefiro ficar em terra firme. Vou para a casa do farol.

 

— Ah, sim! — apertou os olhos — A velha mansão de Henry.

 

—  Essa mesma.  —  Gold já havia nos visitado há muitos anos atrás. Eu nem sonhava em entrar para a política naquela época.

 

— Bom... — levantou-se — É melhor ficar com a chave reserva deste quarto então. Vai precisar para guardar o material de campanha. — pegou o cartão biométrico da chave da cabine, me estendeu.

 

— Não quero tirar a sua privacidade. — ergui a mão   para ele.

 

— Não vai. — sorriu — Uso esta cabine esporadicamente, tenho outra na ala sul.  — falou como se fosse pouca coisa.

 

— Como você preferir.  — peguei  o cartão para acabar logo com aquilo. Guardei em minha bolsa — Vamos, Victoria. — ela me acompanhou.

 

Ganhamos os corredores da embarcação.

 

— Isaac não chegou ainda? — perguntei olhando para ela.

 

— Parece que teve um problema com a editora. Precisou ficar em Storybrooke. Mas amanhã, em seu discurso, ele estará presente. Só não sei se ficará até  à noite.

 

— Então ficará sozinha por aqui?

 

— É  o que parece. Uma pena todos serem insuportáveis. — abri mais os olhos, espantada com a sinceridade.

 

— Eu sei bem como é. — concordei — Por isso vou para a casa de minha família.

 

— Acho que faz certo.

 

— Por que não vem comigo? — ela franziu o cenho — Seu marido vem amanhã só de passagem. Não vai fazer diferença. E tem muitos quartos à  disposição. — sorri.

 

— Eu não sei. — pareceu receosa.

 

— Posso dizer a Isaac que precisei de sua ajuda para alguns detalhes no discurso, já que Cora não está aqui. Ele não terá porque achar ruim. Afinal, sou sua chefe.

 

Ela desviou o olhar para um ponto qualquer mais adiante. Pareceu ponderar.

 

— Tudo bem. — respondeu depois de um tempo — Vou com você.

 

— Ótimo! — sorri satisfeita.

 

Andamos a passos largos até a saída  do navio. Entramos em meu carro, fomos em direção ao farol.

 

Em poucos minutos paramos em frente a casa que me trazia viva a saudade latente de meu pai. 

 

***

 

Foi impossível entrar naquela casa e não lembrar de tudo o que vivi ali. Foram tempos bons. Meu pai ainda  presente e carinhoso. Com um sorriso largo e cheio de vida. Em nada lembrava a figura amargurada de agora. Distante e solitário.

 

Subimos para os quartos. Escolhemos suítes próximas. Sentei na cama, olhei o celular, Emma não havia me mandado mensagem. Achei estranho, pois já era noite e eu pedi que me ligasse. Liguei para ela. Nada. Direto na caixa postal. Suspirei. Joguei o celular de lado. Fui tomar um banho. Demorei o máximo que pude no chuveiro. A viagem de carro, a travessia demorada de balsa para veículos, haviam me deixado cansada, e ainda teria que acordar cedo no dia seguinte.

 

Desci para a sala. Esperei por Victoria.

 

— O que acha de comida chinesa? — perguntei assim que ela desceu usando um robe branco bastante elegante.

 

— Gosto da ideia. — sentou no sofá à minha frente.

 

Fiz o pedido. Ficamos na sala conversando sobre dia puxado que teríamos.

 

A comida chegou. Jantamos em um clima agradável. Victoria sem a pressão de estar perto de Cora, ou do marido opressor, conseguia soltar-se mais. Era uma ótima companhia.

 

Terminamos. Ajeitamos a cozinha. A equipe de limpeza que mantinha a casa em ordem  era muito boa. Encontramos tudo sem a menor dificuldade.

 

Nos despedimos. Voltei para o quarto e nem sinal de Emma. Já estava começando a ficar preocupada. Liguei para Zelena, também não obtive resposta. O que estava acontecendo?

 

Me ajeitei na cama, com o celular na mão esperando que uma das duas me retornasse.  Peguei no sono, mesmo  tentando lutar contra isso.

 

Acordei sobressaltada com o barulho  ensurdecedor do alarme da casa. Olhei assustada em meu celular, haviam passado horas. Já era madrugada.

 

Levantei a passos tortos. Encontrei Victoria tão sonolenta quanto eu no corredor. Fui em direção à sala. Ela me seguiu.  

 

Vi a maçaneta da porta se mexer. Franzi o cenho.  Desci totalmente a escada já em alerta. Silenciei o alarme.  Victoria observava com receio.  A porta foi aberta.

 

— SURPRESA, IRMÃZINHA! — Zelena gritou com uma mala na mão e um sorriso largo no rosto. Emma, Ruby e Belle vieram logo atrás. Arregalei os olhos. O sorriso no rosto de minha irmã se desfez assim que colocou os olhos em Victoria — Surpresa, Victoria. — falou   totalmente sem graça.

 

O plano de Zelena tinha ido por água a baixo. A pessoa mais surpresa ali, era ela mesma. Segurei a  vontade de rir.

 

— O que significa isso, Zelena? — falei em tom de repreensão, mas respirei aliviada por não ser nenhum invasor.

 

— Não aguentamos de saudades, sis. — minha irmã fez esforço para usar seu tom de deboche  costumeiro, mas não foi feliz. Seus olhos ainda estavam presos em Victoria, que por sua vez, não fez questão nenhuma de desfazer o contato visual. Alternei os olhar entre as duas.

 

— Seria melhor desligar o alarme antes de tentar abrir a porta. — falei, mas foi inútil, Zelena já não me ouvia. Revirei os olhos. Fui até Emma.

 

— Tentei te ligar. — a abracei pelo pescoço, ela segurou em minha cintura — Fiquei preocupada. — dei um selinho cheio de saudade em seus lábios. Emma retesou o corpo olhando para Victoria. 

 

— Tudo bem. Ela sabe de tudo. — falei ainda abraçada a seu pescoço.  Emma fez uma expressão surpresa.

 

— Sabe? — me olhou fixamente.

 

— É  uma história que prometo te contar com calma.  — fiz um carinho em seu rosto — Mas não agora.  — ela concordou com a cabeça. Relaxou a postura — Ruby, Belle, sejam bem-vindas! — ambas sorriam — Vamos subir para vocês escolherem um quarto. 

 

Ajudei Emma com sua mochila. Ela carregou a mala maior. Ruby e Belle também pegaram os seus pertences do chão. Fomos em direção à  escada.

 

— ZELENA, ACORDA!  — fui obrigada a quebrar aquele clima. Minha irmã balançou a cabeça, pareceu voltar à realidade — VEM ESCOLHER O SEU QUARTO.  — falei já do meio da escada.

 

— Boa noite, Victoria! —  disse rápido, subiu de maneira  desajeitada. Neguei com a cabeça. Zelena  insegura era uma coisa nova para mim.   Victoria  permaneceu em silêncio. Apoiou no corrimão,   nos observou subir.

 

 A tensão sexual entre essas duas estava cada vez mais evidente.

 

— Amanhã ajeite suas roupas no closet. — falei para Emma assim que entramos na suíte em que eu já estava acomodada — Tem espaço suficiente.

 

— Tudo bem. — deixou a mala de canto. Coloquei  sua mochila na poltrona próxima. Já tínhamos acomodado Ruby e Belle  em um quarto. Zelena ficou com a suíte que meu pai sempre usava.

 

Emma veio até mim com um ar travesso,  agarrou minha cintura, abracei seu pescoço.

 

— Também  tentei falar com você, mas parece que o sinal aqui  é  ruim. — beijou meu pescoço.

 

— Fiquei um bom tempo no navio, pode ter sido isso. — coloquei alguns fios  de cabelo atrás de sua orelha — Quando cheguei aqui, o seu aparelho é que dava fora de área.

 

— Provavelmente eu já estava no meio do caminho. — apertou os lábios.

 

— Mas por que decidiram vir de madrugada? — perguntei achando estranho.

 

Ela deu risada.

 

— Não decidimos! Um pneu furado fez a gente ficar horas na estrada. — arregalei os olhos — Demoramos para conseguir falar com o pessoal do seguro. —  não  contive o riso.

 

— Isso!  Acha graça.— colocou a mão na lombar, fez careta — Eu tô moída!

 

— Coitadinha dela! — falei em tom de deboche.  Ela fez bico. Mordi seu lábio inferior. — Então como foi a entrevista?  — perguntei curiosa, a puxei  em direção à  cama. Emma sentou-se, me acomodei em seu colo. Passei o braço  por seu pescoço.

 

— Lilith  disse que foi um sucesso. — falou com empolgação na voz — Tem tudo para ser uma resposta favorável.

 

— Isso é ótimo, Emm. — me senti aliviada — Parabéns!

 

— Obrigada! — deu um sorriso largo — Lilith já entrou com a ação. Ela me passou bastante segurança, é  muito eficiente no que faz. — franzi o cenho, precisava  mesmo de tantos elogios?

 

— Gostou mesmo dela. — sorri amarelo.

 

— Gostei sim. — fez um carinho em minha coxa — Eu preciso de um banho. —  mudou de assunto. Deu um suspiro manhoso.

 

— Pode ficar à vontade.  — apontei para o banheiro. Levantei de seu colo.

 

— Vem comigo? — convidou. Sorri com malícia. 

 

— Se eu for, já sabe né? —  também levantou da cama, me olhou de perto.

 

— Sei o quê?  —  fez uma cara de cínica. Revirei os olhos.

 

— Vou foder você no chuveiro.  — falei sem rodeios. Ela pareceu gostar.

 

— É essa a intenção!  — tirou a camiseta, jogou em meu rosto, observei a peça cair no chão. Ela foi em direção ao banheiro. Só por essa provocação, eu ia foder ainda com mais força. Fui atrás.

 

Entrei no banheiro Emma tirava a calça jeans. Ficou apenas de lingerie. Virou de frente para mim, prendeu os cabelos. Sorriu. Sorri de volta. Ela conseguia fazer tudo melhorar apenas com sua presença. Essa viagem estava péssima, até ela aparecer.

 

Puxei sua cintura, tomei seus lábios em um beijo cheio de desejo. Pedi passagem, Emma se entregou fácil. Segurou em meu rosto. Desci as mãos, apertei sua bunda com vontade, ela gemeu em minha boca. Aproveitei cada pedacinho de seus lábios. Nos afastamos ofegantes.

 

Abri o fecho de seu sutiã, me livrei da peça rapidamente. Apertei. Emma tremeu. Eu adorava olhar a pele de seus seios, alva e arrepiada pela excitação.

 

— Gostosa. — sussurrei. Dei um selinho em seus lábios. Ela sorriu.  Levou a mão ao laço do robe que eu usava, puxou.  Passou as mãos pelo meu ombro, a peça caiu no chão. Fiquei nua diante dela. Emma percorreu o meu corpo com o olhar. Senti ainda mais desejo.

 

— Linda! — fez um carinho em meu rosto. Acabei ficando sem jeito.  Sorri envergonha.

 

Ela segurou em minha mão, me guiou até o chuveiro. Abriu. Virou de costas pra mim, abracei seu corpo. Suspirei ao sentir a água caindo em meus ombros. Beijei suas costas delicadamente. Ela inclinou a cabeça para trás, apoiou em mim. Fechou os olhos.

 

Enchi as mãos com sabonete líquido, passei a ensaboar seu ombro lentamente. Emma suspirava baixinho a cada toque. Desci os movimentos por suas costas.  A maciez de sua pele era algo que me fascinava. Como eu adorava tocar cada parte de seu corpo.

 

Cheguei com as mãos à sua bunda.  Sorri com malícia, mas Emma não pôde ver. Fiz questão de pegar o frasco de sabonete e virá-lo sobre aquela parte de seu corpo. Que satisfação ver a cena!  A pele branquinha, o contraste com o fio dental preto. Apertei com força, minha mão escorregou por causa do sabão, escutei um riso sair de seus lábios.

 

Deixei o frasco de lado. Encostei  meu corpo todo no seu, passei as mãos de maneira sugestiva pelas laterais de suas coxas. Segurei em sua calcinha, deslizei para baixo. Inclinei o corpo. Passei a peça  por seus joelhos, ela levantou a perna direita, depois a esquerda. Joguei a calcinha a esmo pelo box.

 

Continuei o meu trabalho com o sabonete. A tarefa gostosa agora era ensaboar seus seios. Os mamilos rijos, escorregadios, os gemidos baixinhos que Emma dava a cada investida minha naquela região já sensível. Provoquei, passei meus seios por suas costas.  Gememos juntas. Apertei uma perna na outra. Eu  sentia a minha excitação escorrer.

 

Desci ensaboando o vale dos seus seios. A sua barriga. Cravei as unhas ali. Era mais forte que eu. Ela deu um gritinho. Ri com a boca em seu ouvido. Passei a mão direita por sua virilha, Emma deu um suspiro mais alto.

 

— Está louca por isso,  não é?  —  levei a mão direita a seu clitóris, circulei com o dedo médio. Emma gemeu e apoiou mais a cabeça em meu ombro. Intensifique os movimentos.  Apertei seu seio com a mão  esquerda. Ela segurou em minha mão, induziu que eu usasse mais força. Fiz o que ela queria. Emma gemeu ainda mais.

 

— Abre mais, Emm. — pedi. Ela abriu mais as pernas. Sorri satisfeita. Levei o dedo médio à sua entrada, penetrei lentamente. Ela gemeu alto. Estoquei uma vez. Duas. Seu corpo tremeu.

 

— Isso é  tão bom. — falou em um gemido. Senti meu corpo inteiro arrepiar. Tudo nela me excitava, os seus gemidos, ainda mais.

 

 — Entrar em você é uma delícia, Emma. — falei com a voz rouca. Era muito tesão! Mesmo molhada pela água, eu sentia a lubrificação natural dela, isso ajudava meu dedo a deslizar ainda com mais facilidade.

 

Enfiei o segundo dedo. Emma apoiou as mãos na parede. Gemeu alto. Suas  unhas rasparam no azulejo.  Mordi seu ombro. Fodi com mais força.  Ela se contorceu em minha mão.

 

Retirei os dedos, a virei de frente. Avancei sobre seus lábios, imprensei seu corpo, ela deu um suspiro por causa da parede gelada.   Invadi sua boca sem  delicadeza alguma. Levantei sua perna direita, me encaixei nela. Entrei fundo com dois dedos em seu sexo. Ela gemeu, fez menção de  parar o beijo, mas a tomei com mais força.  Chupei  sua língua.  Estoquei fundo. Senti seu corpo tremer.

 

Cessei  o beijo. Mordi seu lábio inferior. Emma abriu os olhos. Fixei o olhar no fundo daquelas orbes verdes. Fiz com força. Ela gritou. Cravou as unhas em meus ombros. Repeti  o movimento. Emma passou a gemer de maneira incessante. Tirei os dedos de dentro dela. E  voltei a penetrá-la fundo. De maneira bruta, entrei e sai algumas vezes. Ela não parou de gemer. Seu rosto estava vermelho. Apertou os olhos com força. Deu tremidinhas. Arranhou minhas costas por completo. Puxei a sua perna para cima, deixei ela ainda mais aberta para mim. Empurrei mais o seu corpo contra a parede. Fodi com toda força que podia. Emma gozou de maneira intensa.  Tentou respirar fundo. Apoiou a cabeça na parede.  Gemeu sem controle sobre o  próprio  corpo.  Sustentei seu peso  para mantê-la em pé.

 

— Vai ser sempre assim? — perguntou ofegante — Vai sempre me deixar com as pernas fracas? — abriu os olhos. Sua voz saiu entrecortada.

 

— Eu sou boa em tudo o que faço, Swan! — respondi convencida. Ela achou graça.

 

Beijei seu maxilar, sua bochecha, cheguei à sua boca, a tomei de maneira lenta. Ela segurou em meu rosto, retribuiu. Suspirou manhosa no meio de beijo, e como eu adorava isso nela.  Emma ficava fofa depois que gozava. Seu  corpo ficava mole. Ela fazia uma carinha linda. Me afastei. Beijei  seu queixo. Tirei  meus dedos de dentro dela.  Ela fez uma expressão de leve incômodo.

 

Terminamos o banho, em meio a carícias e beijos. Emma  era carinhosa demais, e com ela, eu também sentia a necessidade de ser. Não por obrigação,  acontecia naturalmente. Passeei com as mãos  por todo o seu corpo. Beijei sua boca por longos minutos, mas parecia  nunca ser o suficiente.

 

— Vamos deitar? — falou depois de um tempo. Mordi seu lábio  inferior.

 

— Vamos sim. — desliguei o chuveiro. 

 

Saímos do box. Emma pegou uma toalha, passou a secar meu corpo. Sorri. Ela sempre fazia isso, me secava primeiro. Me deu um selinho. E só então passou a se enxugar. Pendurei meu robe. Emma deixou a toalha por ali mesmo. Fomos nuas até o quarto.

 

Ela deitou, fui até a lateral apagar a luz.  Emma acompanhou meus movimentos  com o olhar.

 

— Que saúde, professora Mills! — falou assim que fiquei de costas para ela.  Virei o rosto para olhá-la. Ela queria me provocar.

 

— Quieta, Swan!  — respondi ríspida. Ela riu alto. Apaguei a luz do quarto, deixei só um abajur aceso. Fui em direção à cama.  

 

Sentei. Quando fiz menção em deitar, Emma deu um pulo. Olhei para ela assustada.

 

— O que foi? — procurei entender.

 

— Eu lembrei de uma coisa. — foi até a sua mochila, voltou com algo nas mãos.  Sentou, cobriu-se com o lençol. Fiz o mesmo. — Comprei pra você na entrada da cidade. — meu coração bateu acelerado. Eu não  merecia essa garota. Emma tinha a forma mais pura de gentileza enraizada em suas atitudes. Ela era única!

 

Apertei os olhos. Peguei a pequena caixinha.

 

— Vamos ver ... — falei em tom brincalhão. Mesmo  com as luzes apagadas, percebi seu rosto ficar vermelho. Abri.

 

Era uma miniatura em uma esfera de vidro. A neve caia. O farol iluminava a pequena cidade de Monhegan. E a nostalgia  me abateu em cheio. Eu já tinha visto muitas noites assim naquele farol. Apertei os lábios. Vi a pequena esfera tremer diante de mim, meus olhos se encheram de lágrimas.

 

— Ruby falou que eu sou brega.  — disse meio sem jeito. Sorri, mas pisquei  e uma lágrima escorreu pelo meu rosto. Ergui a cabeça para olhá-la.  Emma abriu mais os olhos — O que foi?  — perguntou assustada.

 

— Nada. — neguei com a cabeça  — Só algumas lembranças.  — enxuguei os olhos — Bobagem!

 

— Certeza? —  me olhou ainda preocupada.

 

— Sim.  — respirei fundo. Tentei me recompor — Ruby tem razão, você é brega!  — Emma fez expressão de ofendida. Achei graça. — Mas eu adorei! — agarrei seu pescoço, enchi seu rosto de beijos.  Ela sorriu. Me abraçou pela cintura — Obrigada! — dei um selinho  demorado.

 

Coloquei a miniatura no criado mudo. Me aconcheguei a seu peito. Ela me abraçou apertado. Dei um suspiro longo sentindo o seu corpo nu, entrelaçado ao meu.   Com ela ali, tudo ficava mais leve.


Notas Finais


Spoiler do próximo capítulo no Instagram cinza_das_horas.


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