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História City of Angels - You fucked all the thing, as always


Escrita por: HellHeir

Notas do Autor


Confesso que tenho um coração fraco e, ao ver tanta gente favoritando e comentando, não resisto em postar mais capítulos <3
*Divirtam-se*

Capítulo 7 - You fucked all the thing, as always


*3ª pessoa

Os dois se separaram e começaram a lutar, ou pelo menos fingir que lutavam. O combinado era contar até sete e assim parar, fingindo estar cansados.

— Percy ... – Annabeth começou, agradecendo por sua voz não sair falha. – Percy, eu acho que conseguimos.

— É ... – Annabeth trocou a espada de mão e ficou de frente para Percy. – E você disse que era impossível.

— As estatísticas nos diziam isso – ela sorriu e se aproximou dele, vendo-o parecer completamente à vontade com a espada apoiada no ombro. – Digamos que trinta contra dois não é o melhor dos resultados.

— Mas nós vencemos – ele a interrompeu, encarando a garota. – Vencemos, Annie – ele segurou a cintura dela. – Talvez eu mereça uma recompensa.

— Uma recompensa pelo que? – ele deu de ombros.

— Por ser o otimista da relação, Sabidinha, apenas isso – ela riu e mordeu o lábio inferior, estranhamente se sentindo confortável com aquilo. Percy não estava muito diferente, adorava poder segurar Annabeth tão perto de si, embora nunca fosse admitir aquilo.

— É, talvez sim – ela começou a se inclinar lentamente em direção a ele, se perguntando onde raios estava Grover e quase desistindo da cena (não beijaria Percy em frente a todos), quando ouviu a voz dele, travando na hora.

— Vejam se não é o casal mais feliz do mundo – Grover disse e Annabeth se virou de frente para ele.

— Grover, o que faz aqui? – então ela se fingiu surpresa quando viu ele sacar a espada. Percy passou a mão por sua barriga e ficou em frente a garota, numa posição protetora. Annabeth ergueu a sobrancelha automaticamente, empurrando-o para o lado para que pudesse ter um campo de visão melhor.

— O que parece que estou fazendo? Vim matar vocês – Grover deu um sorriso sarcástico que fez Annabeth quase ter inveja.

— Então era você o tempo todo? – Percy disse, apertando a espada mais na mão.

— Perseu, Perseu, você é tão inocente – Grover deu um passo à frente, erguendo a espada na altura do pescoço deles. – Quem melhor do que o melhor amigo do herói e da heroína pra servir o lado do mal? É até piegas, mas vocês não desconfiaram nem um pouco.

— Grover, o que você ... – Annabeth deu um passo à frente, um sinal para Grover.

— Nem mais um passo, Chase – ele deixou a espada a centímetros do pescoço da garota. Mesmo sabendo que o objeto não a machucaria, Annabeth sentiu um calafrio na espinha. – Me entregue sua arma, Annabeth, agora – ela estendeu a arma para ele e Grover apontou a outra espada para Percy. – Seja gentil e siga o exemplo da garota – Percy jogou a espada no chão e Grover sorriu novamente. – Ótimo, agora será mais fácil matar vocês.

— Grover, você era nosso melhor amigo – Annabeth deu um passo pra trás, levando a mão para a barra do shorts lentamente.

— Nunca fui amigo de vocês, Annabeth, não seja ingênua. Você sempre foi a inteligente aqui, já devia ter percebido a tempos isso.

— Nós confiamos em você – Percy disse e Grover encostou a espada no rosto dele, pressionando levemente. Mesmo que não surtisse efeito algum, Annabeth não se sentiu confortável vendo a cena.

— É, e agora irei matar vocês. Lide com isso, Percy.

Grover ergueu um dos braços e Annabeth se preparou. Puxou a adaga falsa, empurrou Percy para o lado e se abaixou quando Grover desceu o braço. Ela ficou de pé, deu uma volta como se fosse pegar impulso e cravou a adaga no pescoço de Grover. Ele largou as espadas e Annabeth puxou o objeto, observando enquanto ele caia no chão, parecendo agonizar. Para uma improvisação, Grover estava ótimo.

Ela deu alguns passos pra trás até que sentiu os braços de Percy lhe segurarem.

— Annie ...

— Eu matei Grover – ela soltou a arma falsa no chão e colocou a mão na boca, fingindo fungar.

— Aquele não era mais Grover, Annie – Percy girou a garota e segurou seus ombros. – Nosso melhor amigo se perdeu em algum ponto e nós não podíamos fazer nada sobre isso.

— Eu podia ter tentado conversar com ele ...

— Annabeth, me escuta – ele segurou os lados do rosto da garota. – Não havia nada que você pudesse ter feito. Estamos vivos, graças a você.

Annabeth assentiu e, antes que percebesse, havia se inclinado e encostado os lábios nos de Percy. Eles se separaram e depois de se encararem por alguns segundos, Annabeth chamou Grover e os três foram aplaudidos.

— Muito bem – Liam ficou de pé e Percy e Annabeth voltaram a se sentar, se despedindo de Grover. – Devo admitir que fiquei bastante satisfeito, na verdade. Embora algumas das cenas fossem iguais, as interpretações em si ficaram boas para improvisações – Grover voltou a aparecer e entregou algumas folhas a Liam. – Tenho aqui algumas cenas para as audições. Quero que cada dupla pegue uma e se prepare para a próxima semana. Estão dispensados.

Percy e Annabeth ficaram de pé e a garota pegou um dos textos que Liam estendeu, agradecendo. Ela saiu do teatro rapidamente e já estava chamando por um taxi quando sentiu uma mão no ombro.

— Aquilo não estava combinado – ela se virou e se deparou com um Percy sorrindo.

— Você ouviu o diretor, era pra improvisarmos alguma coisa – ela deu de ombros.

— Tente negar que não foi um tentativa de me beijar novamente, Chase – ele disse e Annabeth resmungou. – Vamos, parece que agora terei de aguenta-la por ainda mais tempo do que o necessário.

— Sabe que pode desistir quando quiser, não sabe? – ela respondeu, dando o endereço ao motorista.

— Desistir não faz muito minha praia – Annabeth murmurou algo como “ah, ótimo, frases feitas, original, Jackson”, mas Percy a ignorou. – O que tirou pra nós?

Ela o viu observar as folhas em sua mão, lendo rapidamente as falas.

— É uma cena de Sonho de uma noite de verão – ela disse, sorrindo ao se lembrar do livro. Era de longe o seu favorito de Shakespeare. – Uma conversa entre Hérmia e Lisandro antes de fugirem, se não me engano.

— Outra cena romântica? Tente não me beijar dessa vez, Chase.

— Realmente acha que preciso de um teatro qualquer pra beijar você? – ela o encarou, séria. – Moramos na mesma casa, com quartos um ao lado do outro, posso aparecer lá a qualquer momento e tenho quase certeza de que diria sim. Não preciso de um teatro pra beijar alguém, Percy.

— Sua prepotência a cega, querida Chase.

— Eu disse quase. Então pare de achar que fiz isso porque queria me envolver com você de alguma forma, porque não queria, Jackson.

— Deuses, eu estava brincando – Percy disse baixinho. – Acordou realmente estressada hoje, não?

— Olha, Percy ...

— Foi uma pergunta válida, ok? Todos acordamos em dias ruins as vezes.

A loira olhou para o lado, pensando se iria mesmo conversar com o Jackson e decidiu confiar que ele dizia a verdade.

— Meu celular não despertou hoje de manhã e quase me atrasei por causa disso. Depois de tomar banho, passei dez minutos tentando encontrar meu livro de história da arte e pra melhorar – ela ergueu o celular e mostrou a tela para Percy – eu fiz o favor de deixar meu celular cair e agora a tela tá toda estilhaçada.

— Não pode pedir um novo para seus pais? – Percy perguntou, vendo a garota sorrir sem graça.

— Acha que é fácil assim, não é? – Percy deu de ombros. – Pois saiba que é preciso muita lábia pra dobrar a senhora Athena, Percy, e eu preciso de meu pai pra isso. O máximo que vou conseguir é trocar a tela na próxima semana e, com sorte, não receber um fumo pelo celular ter menos de um ano.

— Vai dar tudo certo – ele disse, não entendendo de onde vinha o súbito desejo de deixar Annabeth menos desapontada. – Foi só um dia ruim e ele já está acabando, então fique em seu quarto até se sentir segura o suficiente pra encarar o mundo.

— Quer que eu me esconda?

— Não diria se esconder, mas proteger. Meu pai me ensinou isso – ele sorriu, se lembrando de quando era pequeno e achava que o dia não poderia ser pior. – Ele dizia que precisávamos encarar o mundo quando fazíamos algo de ruim que tivesse de ser resolvido, mas que quando o mundo parecia se voltar contra você por puro azar, você podia tirar o dia pra ficar na cama sem fazer nada, até que ele resolvesse se desculpar com você e tudo voltasse ao normal.

— Até que faz sentido – ela sorriu a menção do pai de Percy, ele nunca havia falado desse assunto com ela e ela acreditava que com mais ninguém, exceto a mãe. De um jeito ou de outro, ela se sentiu melhor com aquilo. – Acho que não vai fazer mal ficar vendo algum filme em minha cama pelo resto da noite.

— Viu? Não é tão difícil – ele disse e depois sorriu com a ideia que lhe veio à mente. – Mas tem uma maneira melhor ainda de resolver isso.

— Que seria? – Annabeth não precisou de uma segunda olhada para desconfiar do sorriso que Percy estava lhe dando.

— Dividir esse tempo com alguém – ela ergueu a sobrancelha. – Acabei de baixar os três primeiros filmes de Star Wars e ia assistir todos hoje à noite. Está convidada a passar as próximas seis horas comigo, Sabidinha.

— Estava reclamando até agora sobre ter que passar mais tempo comigo, Jackson. Decida-se.

— Você está num dia ruim, Annie. E estamos sem nossos pais aqui, e como acho que eram eles ou Thalia e Luke que faziam você se sentir melhor, talvez eu possa tentar fazer isso por eles.

— Ok, então – ela sorriu e eles pagaram o taxi. – Você nunca assistiu Star Wars, Percy?

— Já, mas não tinha os filmes antes – ele respondeu e os dois entraram em casa. – E é sempre bom revê-los.

— Não irei discordar, é sempre bom rever o Han Solo – ela deu de ombros e Percy riu.

— Apaixonada por ele, Chase?

— Desde sempre. Até velho ele continua lindo, deuses – Percy começou a rir e eles encontraram Helena na cozinha, conversando com Hermes. – Oi, Helena.

— Oi pra vocês dois – ela respondeu. – O que acham de pedir pizza hoje?

— Ótima ideia, Helena. Nós vamos assistir alguns filmes hoje – Annabeth disse, olhando para Percy. – Quer se juntar a nós?

— Bem que eu queria, mas tenho algumas coisas do escritório pra resolver. Anotem seus sabores favoritos nesse papel que eu chamo quando chegar.

— Sim, senhora – Annabeth anotou os mesmos sabores que pedira na primeira vez que viera para a Califórnia e subiu para o próprio quarto. Percy ficou um tanto quanto feliz vendo que Annabeth se lembrava do sabor que ele gostava de pizza e seguiu a menina pelas escadas.

— Encontro você daqui a pouco?

— Não comece sem mim.

Ele assentiu e cada um entrou em seu próprio quarto. Depois de tomar seu banho e dar uma organizada em seu quarto (ele não deixaria que Annabeth se gabasse por ser mais organizada também), Percy bateu a porta ao lado, chamando por Annabeth. Quando ela não respondeu, ele se atreveu a abrir uma fresta e dar uma espiada para ver se ela estava ali. Não encontrou ninguém, mas ouviu vozes vindas do banheiro.

— Deuses, Piper, nós só vamos assistir Star Wars, pare com isso – ele ouviu e sorriu, imaginando a cena. – É claro que ainda vamos sair amanhã, sua boba. É, na boate que você disse, mas precisa passar aqui, não sei onde fica. Ok, dez horas estarei pronta, juro. Não, eu não disse nada, fica calma.

Nesse momento, Percy se afastou da porta e andou até a saída o mais rápido possível. Assim que se virou, como se estivesse acabando de entrar no quarto, Annabeth saiu do banheiro usando pijamas e soltando os cabelos. Ela parecia um tanto quanto surpresa ao ver o garoto ali.

— Percy? A quanto tempo você está ai? – ele fingiu não entender nada, sorrindo.

— Acabei de chegar, por que?

— Nada não, o que foi?

— Vim ver se ainda precisa de uma maratona ou se caiu em si e desistiu da ideia.

Ela sorriu e pegou um dos travesseiros em cima da cama.

— Vamos logo, estou com fome – Annabeth jogou o travesseiro para ele. – Vou pegar nossa pizza, deixe o filme pronto.

Percy assentiu e Annabeth desceu as escadas, indo até a cozinha e pegando a caixa que continha seu nome e o de Percy em cima, com alguns corações espalhados. Ela sorriu, imaginando Helena escrevendo aquela nota e voltou até o quarto de Percy.

— Tudo pronto? – ela fechou a porta com o pé e se sentou no sofá de Percy, vendo-o fechar as cortinas e deixar o ambiente num completo breu.

— Quase – Percy pulou ao lado de Annabeth e pegou um pedaço de pizza. – Pronta? Se precisar de uma pausa, é só gritar.

— Farei o possível – Percy apertou o controle e se arrumou no sofá, vendo Annabeth sorrir quando a música começou.

Os dois comeram em silêncio por praticamente metade de todo o primeiro filme, quando ela disse para Percy pausar e ir levar o que restara da pizza de volta para cozinha. Quando ele tentou protestar, ela disse que era capaz de cair da escada vendo o quanto seu dia estava ruim; aquilo foi suficiente para ganhar a argumentação.

Eles voltaram a ver os filmes e conversavam em determinadas partes, rindo dos efeitos bobos e ficando em completo silêncio e apreensão nas cenas tensas, mesmo já sabendo o final. O segundo filme mal tinha começado e Percy já havia aberto o sofá para que ficasse maior e deitado nele, dando mais espaço para Annabeth. Ela se deitou também, enterrando a cabeça no travesseiro, mas nem isso foi capaz de esconder as poucas lágrimas que soltou quando Han Solo foi congelado.

— Você sabe que ele não morreu, por que está chorando? – Percy perguntou, rindo um pouco.

— Ela disse que ama ele, Percy – ela fungou. – E ele foi congelado. Você não entende.

— Na verdade, eu ...

— Quieto, tá estragando o momento – ela abanou a mão e ele riu baixo antes de voltar a ver o filme.

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*Percy

Só fui me lembrar de que Annabeth estava ali quando senti seus pés me empurrarem do sofá, pouco antes do último filme acabar. O engraçado era que ela não fazia de propósito, apenas se espreguiçava no sofá enquanto dormia.

Chamei seu nome algumas vezes, mas ela apenas resmungou e trocou de lado, abraçando uma das almofadas. Dei de ombros e fiquei de pé, indo até o guarda-roupa e tirando um dos lençóis de lá, cobrindo-a ainda no sofá.

“É capaz de ela ainda gritar comigo por deixa-la dormir ali”, pensei, sabendo que provavelmente tinha razão, mas ignorei isso. Além de estar com muito sono, sabia que aquela maratona de filmes havia acalmado Annabeth, por ela simplesmente não fazer nada. Subitamente, me lembrei da conversa que escutara entre ela e Piper, pegando o celular recém adquirido (claro que você pode mandar mensagens a cada dois minutos, mãe, é pra isso mesmo que o celular serve) e mandando uma mensagem para Jason, para que ele me perguntasse sobre isso no outro dia. Ele não respondeu, já devia estar dormindo também, e eu não demorei muito a fazê-lo.

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*Annabeth

Quase levar um tombo ao acordar no dia seguinte já dizia muito sobre meu sábado e o completo desastre que ele podia vir a ser. Mas digamos que eu não me lembrava de ter adormecido no sofá do quarto de Percy, esperava estar em minha cama, podendo me espreguiçar o quanto quisesse.

Me sentei, pós susto, e cocei os olhos. Vi Percy em sua própria cama, estendido confortavelmente e revirei os olhos. Ele bem que podia ter me acordado, mas a julgar pelo lençol que me cobria, provavelmente eu não havia facilitado as coisas.

Fiquei de pé, dobrei o lençol e andei até sua mesinha, pegando um dos bloquinhos que ele também tinha no quarto e deixando uma nota de agradecimento na parede. Peguei meu travesseiro e andei até meu quarto, tendo a desagradabilíssima surpresa em encontrar Drew subindo as escadas, num pijama micro que não parecia nem um pouco confortável.

— O que você estava fazendo lá? – ela perguntou, com os olhos um tanto quanto arregalados.

— Percy e eu ficamos vendo filmes até tarde e ... – apontei para a porta, mas então me dei conta de uma coisa. – Quer saber? Não te interessa. Não devo explicações a você.

— Eu vou contar pra minha mãe – ela ameaçou e eu bocejei.

— Ai, nossa, é sério? – fingi muito falsamente incômodo. – Vê se cresce, garota.

Nem esperei por uma resposta dela, apenas entrei em meu quarto, andei até as portas da sacada, fechei as cortinas e voltei a dormir até a hora do almoço.

— Annie? – me virei e encontrei Helena sentada em minha cama. – Não vai almoçar?

— Mais tarde eu desço e como alguma coisa, Helena, não estou com fome – respondi, me sentindo muito mais cansada do que o normal. – Se eu não tiver acordado até as duas, pode vir me chamar?

— Claro, querida – ela sorriu e ficou de pé, puxando meu edredom pra cima e me cobrindo. – Descanse.

Agradeci e voltei a dormir assim que ela fechou a porta. Quando acordei novamente, olhei para o celular ao meu lado e vi algumas mensagens de Piper e Hazel, me perguntando onde raios eu estava. Respondi que estava bem e que nossos planos ainda estavam de pé para hoje.

Resumidamente: Piper havia discutido com Jason no dia anterior e precisava de uma noite apenas com as garotas, então Hazel e eu estávamos terminantemente proibidas de mencionar qualquer coisa com Percy, Frank, Jason e até mesmo Leo, que nem tinha nada a ver com a história. Não que Percy tivesse alguma relevância naquilo, mas a ameaça havia sido convincente. Ela nos levaria até sua boate (deuses, quem ainda usava essa palavra?) favorita e disse que dançaríamos à noite, além de podermos comprometer nossos rins no processo.

Desci até a cozinha e esquentei algumas sobras do almoço no micro-ondas enquanto tentava convencer a cozinheira de que não havia necessidade fazer toda uma outra refeição só por minha causa, que eu conseguia me virar com aquilo. No fim das contas, permiti que ela fizesse uma salada pra comer junto com a comida e, mesmo sem ter provado a comida antes, era impossível estar melhor do que naquele momento.

Levei os pratos para a pia e voltei para meu quarto. Deixei a banheira encher e conversei com as meninas enquanto isso. Depois de tomar banho, organizei meu quarto rapidamente enquanto deixava o cabelo secar. Enrolei o máximo possível, lendo algumas vezes o texto do teatro e indo finalmente me arrumar para sair.

Já estava pronta, apenas esperando por Piper quando escutei batidas na porta, dizendo para a pessoa entrar.

— Hey, vai sair? – Percy perguntou, fechando a porta atrás de si.

— Piper me convidou pra comer pizza – respondi, ficando de pé e indo atrás de meu celular e das chaves. – E você? Vai ficar em casa?

— Jason vai vir aqui mais tarde, parece que ele e Piper discutiram ou coisa do tipo.

— E é exatamente por isso que ela só convidou a mim e a Hazel. Algo a acrescentar? – guardei as coisas na bolsa e fiquei em frente a ele.

— Embora você ainda seja a pessoa mais irritante que já conheci, essa roupa fica bem em você – revirei os olhos, não conseguindo evitar sorrir.

— Você é péssimo com elogios, Jackson. Mas o que vale é a intenção, então obrigada – dei um passo à frente e beijei sua bochecha, andando até a porta. – Não me espere acordado e tente não morrer de saudades enquanto eu estiver fora.

— Farei o possível, querida – ele respondeu esbanjando sarcasmo.

Desci as escadas, me despedi de Helena e disquei o número de Piper, desligando logo em seguida ao vê-la dentro de um taxi. Eu sabia que Piper já havia tirado carta, então, se ela não estava de carro, era porque não pretendia voltar sã para casa.

— Anda logo, Chase – ela gritou enquanto eu descia as escadas da varanda e me sentava ao seu lado.

— Não havia necessidade alguma de você gritar assim comigo, ok? – eu disse quando o taxi já estava em movimento.

— Só estou animada, me deixa viver, Annie – Piper deu o endereço para o motorista e voltou a me encarar. – Você não disse nada a Percy, disse?

— Claro que não, Piper, deuses. E você vai ficar feliz em saber que Jason está indo lá pra casa hoje, então eles provavelmente vão fica lá.

— Ótimo, agora só precisamos buscar Hazel e curtir a noite toda.

— Você não quer realmente contar porque vocês dois brigaram?

— Não vale a pena desperdiçar meu tempo com isso, Annie. Relaxa, estou bem – ela abriu um sorriso bastante sincero e eu escolhi acreditar nela. Buscamos Hazel e fomos para o tal lugar onde Piper queria ir. – Bem vinda ao melhor lugar do mundo.

Eu podia ver porque ela adorava aquilo. Entramos direto numa pista de dança gigante, com luzes das mais diversas piscando por todos os lados e um som alto, porém ótimo, tocando. Olhei para os lados e vi escadas que levavam a uma espécie de segundo andar, para onde nós três fomos. Lá haviam sofás e mesas espalhados por todos os lados, mas poucas pessoas no momento, já que a maioria parecia mais interessada na pista de dança. Piper nos levou ao bar que havia ali em cima e depois de termos nossos drinks em mãos, ela começou a andar até um dos sofás, parando tão bruscamente que um gole de sua bebida caiu.

— Deuses, Piper, o que foi? – Hazel perguntou, seguindo seus olhos. Fiz o mesmo e apertei um pouco mais o copo nas mãos. – O que eles fazem aqui?

— A pergunta é como – Piper disse e olhou pra gente, andando até que não estivéssemos no campo de visão deles.

— Eu disse que ia comer na sua casa pro Frank e o Leo ficou o dia todo com Calipso, nem se lembrou da gente – Hazel começou.

— Eu disse a Percy que iríamos comer e ele disse que ia ficar em casa com Jason – então me lembrei do dia anterior e resmunguei. – Deuses, não, já sei o que aconteceu – entreguei meu copo a Hazel e comecei a andar em direção aos meninos, ignorando os protestos das duas. – Bom ver que ficou em casa, Percy – disse, irônica, me segurando para não dar um soco no meio do sorrisinho cínico que ele retribuiu.

— Achei que meu amigo precisava dar uma volta. Coincidência encontrarmos as senhoritas aqui – os três ficaram de pé e escutei os passos de Hazel e Piper atrás de mim.

— Frank, posso falar com você um instantinho? – Hazel disse, com os braços cruzados e uma expressão brava.

— Em minha defesa, você disse que estaria na casa de Piper – ele começou e Hazel olhou para nós duas, silenciosamente perguntando de podia sair dali. Assentimos brevemente e voltamos nossas atenções para os dois que ainda estavam na nossa frente.

— Piper, será que dá pra gente conversar agora?

— Já conversamos tudo o que tinha pra conversar, Jason.

— Mas será que dessa vez, poderíamos fazer isso como gente e não ficar gritando e atirando coisas um no outro? – reprimi o riso e vi Percy fazendo o mesmo. Ok, o momento era tenso, mas só de imaginar Piper jogando um sapato ou coisa do tipo em Jason já era engraçado o suficiente.

Piper hesitou antes de responder, então sabia que ela estava considerando a ideia, no mínimo. Me virei pra ela, sussurrando em seu ouvido que era melhor ela resolver aquilo de uma vez.

— Mas e você?

— Vou ficar bem. Além disso, tenho que ter uma conversinha com o Jackson ali.

— Não fale de mim como se eu não estivesse bem na sua frente – Percy resmungou e eu o encarei fria, vendo-o engolir em seco.

— Você não está em posição de exigir nada, Jackson – olhei para Piper e assenti. – Vem comigo.


Notas Finais


Annie na festa: http://www.polyvore.com/annie_18_10/set?id=178550191
Outro misteriozinho pra vocês <3
Beijinhos.
- A


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