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História City Of Roses - Capitulo 5


Escrita por: stilinskidrauhl

Notas do Autor


Eu sei que demorei a postar mas foi por que a semana foi muito agitada e o natal ta ai na porta.
espero que gostem!!
E FELIZ NATAL!!

Capítulo 6 - Capitulo 5


Roseli Honorem

Portland parecia uma cidade legal para se ficar, apesar de ainda não conhecer direito eu sentia que era um bom lugar, tinha um bom pressentimento. Coisa de lobo sabe?

 Eu e Justin ficamos algum tempo jogando basquete até que ele finalmente se cansou de perder para mim. Nós voltamos a caminhar pelos corredores escuros e Justin disse que me mostraria o resto do lugar. Já estava de madrugada, provavelmente duas da manhã, e eu já tinha dito mil vezes a ele que deveríamos voltar para casa mas ele sempre mudava de assunto.

– O que acha de um mergulho? – o olhei confusa mas logo lembrando de quando ele mencionou que havia uma piscina para competições de natação.

– De jeito nenhum, sem possibilidades. Nada nesse mundo me fará entrar ai. – disse me referindo a porta que dava acesso a piscina.

– Tarde demais, você já está dentro. – assim que ele terminou de falar, empurrou a maçaneta para baixo, abrindo a porta e me puxando para dentro.

– Tudo bem, já entramos agora vamos sair. – o observei por um tempo andando na borda da piscina, mas logo dei meia volta indo em direção a porta. 

Até que algo me chamou atenção.  

O barulho de alguma coisa caindo na agua me fez virar e ver que Justin não estava mais lá. Fui andando para mais perto da piscina e ao mesmo tempo olhando tudo em volta, estava escuro mas a piscina era iluminada com pequenas luzes embaixo da agua. Pude perceber uma pequena mancha preta bem no fundo da agua, o que me assustou de primeira, mas logo me tranquilizei achando que poderia ser uma brincadeira de Justin para que eu pulasse e acabasse fazendo o que ele queria.

– Eu prometo para você, se tem uma coisa na qual eu não vou fazer hoje, é entrar nessa piscina. – disse esperando que ele subisse para superfície e desistisse daquela brincadeira estupida.

Ainda nenhuma resposta.

– Eu estou falando sério, não me importo em te deixar para morrer. – o silêncio continuava e ele já estava lá embaixo a tempo suficiente para não conseguir mais respirar.

Eu estava começando a pensar em como explicaria para as autoridades que achei o corpo de um adolescente morto, na piscina de um lugar público, no meio da madrugada que por sinal deveria estar fechado mas de um jeito ilegal eu acabei invadindo. Após chegar à conclusão de que eu pegaria alguns anos de cadeia, comecei a tirar os sapatos e logo depois o casaco, joguei as peças para longe da piscina e pulei na mesma.

A agua estava extremamente gelada, o que não deveria acontecer já que é Portland e faz frio, as piscinas deveriam ser aquecidas. Eu me esforçava para chegar até Justin, nadar de roupa não é nada fácil e eu mal conseguia enxergar com a quantidade de produtos químicos que tinham na agua. Assim que cheguei mas para o fundo, pude ver Justin aparentando estar inconsciente, agarrei minhas mãos em sua jaqueta e o puxei para cima.

– Justin, você precisa acordar. – disse enquanto dava algumas batidinhas no seu rosto.

Eu já começava a ficar apavorada e comecei a chacoalhar seu corpo, chamando pelo seu nome e foi quando eu comecei a escutar uma risada e seus olhos foram abrindo lentamente enquanto ele ia se afastando e rindo cada vez mais. Ele esteve realmente fingido o tempo todo? Eu com certeza não estava mais ligando se encontrariam um corpo naquela piscina a essa altura.

– Estava começando a pensar que você realmente ia me deixar morrer. – ele disse parando de rir aos poucos enquanto eu o olhava sem nenhuma expressão.

– E eu estou começando a pensar que essa teria sido uma ótima ideia. – a agua estava congelante, eu estava completamente molhada e tremendo de frio. Justin deve ter percebido que o frio era intenso, pois foi em direção as escadas comunicando que pegaria toalhas no vestiário.

Estava tudo silencioso. Tão silencioso que eu podia ouvir as batidas do meu coração, tão silencioso que eu podia ouvir o barulho da agua vibrando e... Por que a agua está vibrando?

Olhei pra baixo, ainda por cima da agua, tentando encontrar alguma coisa. Eu não conseguia ver nada nem ninguém, mergulhei ainda olhando para os lados e procurando qualquer coisa, quando de repente as luzes da piscina se apagaram fazendo com que eu não pudesse ver mais nada a minha frente, o que me forçou a subir. Respirei fundo pegando ar para meus pulmões e mergulhei novamente. Pisquei meus olhos e quando os abri a luz dourada iluminava a piscina para mim.

Voltei a superfície para recuperar o folego e percebi que Justin estava demorando demais. Provavelmente o babaca apagou as luzes para me assustar outra vez. Resolvi sair da piscina e o esperar do lado de fora, por mais que estivesse frio eu suportaria aquilo por um tempo. Assim que comecei a nadar até as escadas, pude sentir novamente a vibração. Só que dessa vez mais perto.

Me apressei até as escadas e quando estava quase as alcançando algo me puxou.

Eu estava tão perto, quase alcançando, quando do nada um buraco se formou no gelo e eu fui puxada para fundo.”

Eu não conseguia ver o que me puxava mas sei que era tão forte que provavelmente sua mão deixaria uma marca em meu tornozelo. Eu podia ser forte e ágil, mas a agua conseguia diminuir com tudo isso. Comecei a me debater mais forte, o que fez com que as mãos de quem quer que seja me apertasse com mais força fazendo minhas garras irem para fora e o arranhasse em seu braço.

A pessoa continuava persistente enquanto eu tentava chegar a superfície para conseguir ar. já estava me cansando, meu folego estava acabando e era como se meus pulmões fossem explodir.

“Não conseguia subir, a agua fria estava congelando os meus dedos e o ar já faltava nos meus pulmões.”

Eu estava desistindo de tentar respirar e enquanto minha visão ia ficando turva ele simplesmente afrouxou suas mãos em volta do meu tornozelo assim que percebeu que meu corpo foi ficando mole. Durante os breves segundos em que meus olhos se fechavam eu tinha fleches do meu sonho até que antes de eu apagar completamente, algo fez barulho na agua e eu fui retirada da piscina, sendo colocada sobre o chão frio e olhando o rosto vermelho de Justin pela última vez.

“Estava quase me deixando ir quando uma mão me puxou e eu a agarrei com toda a força que me restou. Eu estava tremendo e sentia a neve fofa abaixo de mim, um borrão se formou em minha frente como uma silhueta e eu simplesmente apaguei.”

...

Acordei com o barulho de maquinas e provavelmente o do ar condicionado do local que fazia um barulho irritante. Olhei para os lados vendo apenas uma sala branca e pequena com um adolescente adormecido em uma posição estranha num mini sofá ao lado da cama, me sentei na cama tentando me lembrar como eu havia parado no hospital, mas nada me vinha a memória. Olhei para um relógio de parede e vi que mercava quatro e cinquenta da manhã, arregalei meus olhos e comecei a arrancar os fios presos ao meu corpo.

Eu poderia ter mil anos e ainda teria que dar satisfações a Logan, e não seria fácil dizer que eu tinha fugido com o vizinho por ai no meio da noite. Um barulho agudo começou a soar da maquininha ao meu lado, fazendo Justin acordar e se levantar rapidamente.

– Espera. Você não pode tirar isso desse jeito. Precisa esperar um médico. - continuei o ignorando e já começava a levantar da cama, até ser parada por ele.

– São quase cinco horas da manhã, eu preciso voltar para casa. – disse brava indo pegar minhas roupas em cima de uma mesinha e me trancando no banheiro.

– Por favor não fuja, eu vou chamar o médico. – gritei um “tudo bem” e escutei a porta se fechar. Terminei de colocar a roupa e peguei minhas chaves indo em direção a porta. Eu com certeza não esperaria o médico chegar.

Assim que coloquei a mão sobre a maçaneta, senti a mesma ser rodada, mas não por mim. Justin abriu a porta com o médico ao seu lado e me olhou com uma cara indescritível.

– Eu falei para não fugir.

– Eu não estava fugindo.

– Então por que está com sua chave do carro na mão e estava saindo do quarto? – o olhei pensando no que deveria responder, até por que a verdade não ia ser muito legal agora.

– Eu... eu estava indo te procurar. – disse entusiasmada pela desculpa não ter sido tão ruim.

– Não. Você não estava indo me procurar, estava tentando fugir. Você não é tão boa com mentiras quanto pensa que é.

– Eu não estou mentindo. – olhei para o médico ao seu lado que assistia tudo calado. – Bom, talvez eu tenha mentido, mas tanto faz, não estou presa para tentar fugir.

– Mas está em um hospital, precisa de um médico.

– Não preciso não. Eu estou bem.

– Você ficou desacordada por umas três horas. – ele disse indignado.

– Não estava desacordada, só estava dormindo.

– Eu acho que o hospital saberia se você só estivesse dormindo.

O olhei de cara feia dando meia volta e sentando sobre a cama novamente. O doutor veio até mim enquanto Justin fechava a porta. Ficamos mais meia hora no hospital até que pude ser liberada, fui correndo pelos corredores enquanto Justin me seguia impaciente, fomos até meu carro e quando ia abrir a porta do motorista Justin entrou na frente com as mãos estendidas em minha direção.

– O que acha que está fazendo?

– Não. O que você está que está fazendo? Acha mesmo que vai dirigir este carro.

– Ele é meu então, sim. Eu vou dirigir este carro. – ele continuou parado na minha frente e eu estava cansada demais para discutir, então entreguei a chave em suas mãos e dei a volta no carro sentando no bando carona.

– Só você para achar que ia dirigir um carro depois de sair do hospital.

– Nossa, que bom que você se importa comigo. – disse virando para ele e sorrindo de forma irônica.

– Não me importo com você, eu me importo comigo. O problema não é você dirigir esse carro podendo desmaiar, o problema é que eu não quero morrer. – o olhei séria.

– Agora eu acho que estou gostando de você. – ele me olhou sorrindo.

– sério?

– Na verdade não. Ainda estou pensando que eu deveria ter deixado você morrer afogado. – ele riu e continuou olhando para estrada.

– Então da próxima vez eu também vou te deixar morrer.

– Quem disse que vai ter uma próxima vez? – o olhei confusa.

– Me deve duzentas pratas pelo hospital. Prefere uma próxima vez ou prefere que eu te mande a conta? – ele estava me chantageando? Só pode ser brincadeira.

– Então é assim que você chama as garotas pra sair? - perguntei fingindo estar ofendida. - Ou sai com você ou paga a conta do hospital?

– Na verdade não. – ele olhou para mim. - A maioria não acaba indo parar no hospital.


Notas Finais




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