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História Clássicos. - Capítulo 3. Reencontro


Escrita por: GabiCamrenGirl

Notas do Autor


Voltei

Capítulo 4 - Capítulo 3. Reencontro


CLÁSSICO.


CAPÍTULO 3. REENCONTRO.




LONDRES.



DINAH JANE HANSEN.


—  Dindinha, você conhece elas? — escutei Louise perguntar para Normani enquanto se aproximava da mesa das garotas.

— Sim, quer conhecê-las? — vi os olhos de Louise brilharem, enquanto se aproximava com a madrinha.

Ela realmente havia ficado animada com as meninas usando pijama, não que eu tivesse achado feio ou coisa do tipo, Camila sempre fora encantadora e naquele momento ela não estava diferente. Porém eu tinha que manter a boa postura de Louise, apesar dos pesares minha família tinha um grande peso na sociedade.

— Camila Cabello — a voz de Normani soou alto o suficiente para me fazer levantar e acompanhar para onde ela estava com a minha filha, a morena ao escutar seu nome ser chamado, levantou de maneira calma enquanto sorria tímida na direção da minha amiga.

Havia outra coisa em Camila que me encantava, sua timidez, sua delicadeza e calma. Sem contar no belo corpo, o pijama se encontrava justo na cintura deixando claro o monumento que ela tinha como bunda.

— Kordei — Veronica que estava ao lado de Camila saudou primeiro, Normani sorriu de forma sacana em sua direção, Verônica e ela eram ótimas parceiras de bebida e farra durante a faculdade.

— Cabello — abraçou e beijou o rosto da moça, e logo se aproximou de Lucy para comprimenta-la também.

Depois que Verônica se apaixonou, uma única coisa mudou, ela já não participava mais da saídas que dávamos para encontrar pessoas que nos satisfizesse. Lucy e ela nos acompanhavam até a bebida, porém saiam para se divertir juntas, uma com a outra.

— Quanto tempo, não é mesmo? — perguntou simpática.

— O suficiente para não saber que você havia tido uma filha tão linda assim. Puxou ao pai, não é mesmo? — Verônica zombou da minha amiga que riu de maneira sarcástica em sua direção.

— Ela é filha da Dinah — explicou.

— Uau — Verônica piscou para minha filha, essa estava entretida encarando Camila, e não era para menos eu também estava quase me rendendo aos encantos de analisar todo aquele corpo escultural que tive um dia a chance de me aproximar intimamente.

— Ela é linda, Dinah — a voz aveludada de Camila me trouxe a realidade ao elogiar minha filha me fazendo sorrir de maneira amigável.

— Sim, modesta parte — falei, me aproximando dando lhe um beijo no rosto e fazendo mesmo com as outras garotas da mesa. Porém o cheiro forte e amadeirado de Camila me acompanhou.

— Vocês se conhecem, então? — agora quem perguntou foi Lauren, que havia puxado mais duas cadeiras para que pudéssemos sentar e Normani não se fez de rogada, sentando-se com Louise em seu colo, agora atenção da minha filha estava nos chifres do pijama de Lauren que sorria de maneira infantil em direção a minha garotinha.

— Do tempo da faculdade, Dinah e Camila eram bem próximas — Verônica acrescentou. Me fazendo corar, tenho certeza que estava muito vermelha.


P. V. CAMILA CABELLO.


Eu estava petrificada com a ousadia de Normani. Jamais imaginaria que ela teria a coragem de se aproximar depois de anos.

Não que eu não tivesse vontade de falar com a Dinah, porém eu tinha uma grande vergonha, pois nosso último encontro fora de certa forma constrangedor.

Não tenho ideia de como Dinah se sentia com relação a aquilo que nós fizemos, mas pela tonalidade da sua pele ela estava tão envergonhada quanto eu estava diante as especulações das garotas.

— Mamãe, mamãe? — escutei a voz fina de sua filha e então vi a menina aproximar sua pequena mão no rosto da mãe, e sorrindo em seguida. — Vamos ao parque!

— Claro, meu amor — Dinah completamente carinhosa ofereceu seu colo para a garota.

A loira pediu licença e se afastou, enquanto sua filha parecia tão empolgada no seu colo, que no momento em que a soltasse, ela provavelmente correria por todos os lados, um sorriso apareceu em meu rosto ao observar elas se distanciar.

Eu tinha que admitir que o tempo fez muito bem a Dinah, sua postura irreverente ainda continuava ali, porém com um ar mais velho, seus olhos ainda mantinham-se curiosos, e seus movimentos aparentemente ensaiados, seu quadril movia se como se estivesse a dançar alguma música latina, que envolvia muito a movimentação deles.

Seus passos eram forte e cheios de si, seus cabelos cacheados completamente livres para se movimentar de maneira saudosa.

— O que está olhando? — minha atenção voltou para a mesa, e pude observar todas me olhando, e tenho certeza que meu rosto adquiriu três tonalidades a mais.

— Nada — minto tentando me distrair com a tampa da minha água.

— Por que não vai falar com ela? — Lucy se pronunciou me fazendo revirar os olhos.

— Há tempos não conversamos, Lucy. E Dinah está cuidando da filha — disse por fim tentando encerrar aquele assunto o mais rápido possível.

— Tenho certeza que ela adoraria uma companhia — dessa vez Normani falou como se não fosse nada me fazendo suspirar, eu adoraria fazer companhia para Dinah, mas eu não sabia se seria muito bem vinda.

— Desculpa, eu passo — não queria desapontar elas, porém nenhuma delas sabiam a minha verdadeira história com Dinah Jane, a não ser Normani.

— Ela ficou chateado quando te procurou e não achou — Normani continuou, agora tentando disfarçar seu desinteresse em continuar aquela história.

— Hum — fiz o mesmo que ela, e voltei meu olhar em direção a onde Dinah estava com a filha, a loira estava sentada em um banco na sombra, seus cabelos voavam, e o sorriso estava lá, e aqueles lábios carnudos que um dia tive a chance de beijar.

— Ela queria ter conversado com você, mas pareceu que preferia ignorar o que aconteceu.

Me levantei e as encarei, vendo sorrisos satisfeitos ocuparem os lábios de cada uma que estava sentada na mesa daquela sorveteria.

— Se eu for lá e levar um esporro, eu esfrego a cara de vocês no chão — disse por fim pegando minha água, e indo até a geladeira pegar outras duas, tenho certeza que a garotinha me agradeceria por aquilo, pelo menos elas.

Falei com a moça, colocando as águas na conta das meninas, e rumei em direção ao pequeno parque que tinha ali. Dinah estava sentada distraída olhando sua garotinha descer do escorregador.

— Água? — lhe estendi a garrafinha gelada e ela me pareceu completamente surpresa com a minha aproximação tão repentina.

— Obrigada — pegou-a sem jeito e tomou um grande gole, me fazendo rir. Continuamos ali em silêncio por um bom tempo, já havia retirado minha touca e olhava a garotinha, Louise se divertir como nunca, descendo e subindo o escorregador.


NARRATIVA.


As garotas dentro da sorveteria observavam a cena com expectativas.

Já no parque Camila e Dinah mantinham-se em silêncio, presas em seus próprios mundo discutindo com si mesma. Camila hora ou outra suspirava pesado, com um dilema interno entre falar alguma coisa ou deixar por aquilo mesmo, havia anos que não conversavam, não sabia quais eram os sentimentos da loira com relação aos que tiveram no passado.

— Eu te procurei — Dinah quebrou o clima pesado, fazendo Camila fazer uma careta. — Achei que deveríamos ter conversado depois de tudo.

— Não imaginei que você iria querer alguma coisa do tipo — se explicou.

— Achei que pudéssemos ser amigas, mesmo que nada entre a gente desse certo — acrescentou incerta.

Dinah Jane gosta dela, gostava da forma como Camila pensava e como se conheceram.

— Talvez eu tenha sido estúpida por não ter te dado essa opção — Camila brincou com a tampa da sua garrafa e fechou os olhos.

— Você não se mudou para New York — Dinah disse baixo.

— Eu fiquei por lá dois meses, mas minha casa é aqui, minha família é aqui — Camila então a encarou sorrindo fraco.

— Por um tempo achei que tivesse sido isso, que tenha te levado a se afastar — a voz de Dinah emitia parte da raiva que ela sentia por Camila tê-la mantido distante.

— Dinah você nunca foi do tipo de pessoa que fosse se apegar a alguém que estava disposta a transar com todo mundo que achava pela frente. Fui diversos anos imatura, incerta e inconstante, eu não queria te prejudicar com tudo isso — sua voz mostrava toda sua preocupação.

— Mas era uma decisão minha, Camila. Eu tinha que me decidir se você era ou não um problema — a voz veio rude e raivosa.

— Foi o que eu achei certo — Dinah balançou a cabeça.

— Não guardo mágoa ou rancor do que fez… acho pode queria ser diferente, mas não tem problema — Dinah voltou seu olhar para Louise, deixando Camila a encarar de perfil.

Uma mulher linda, Camila tinha que admitir e ela deixou escapar tão fácil.

— Se nós estivéssemos seguido juntas, talvez a razão pela qual eu faço tudo não estaria aqui — apontou em direção a criança.

— Ela é linda! Muito parecida com você.

— Obrigada — Dinah sorriu sem graça.

— Adoraria que tentássemos conversar mais vezes, Dinah — Camila disse calma.

— Eu também — em um fio de voz Camila escutou Dinah falar.



**


P. V. NARRADOR.


Os dias para Camila se passaram de maneira lenta, algo que realmente a deixava completamente irritada.

Odiava quando sua semana se estendia tanto, ela só queria sair daquela sala e correr por ai, queria liberar toda a tensão que tinha em seu corpo depois do encontro com Dinah Jane.

Depois de conversarem mais um pouco, e todas as garotas se juntarem a elas no parque, rolaram das mais variadas conversas, algumas lembranças da faculdade, algumas novidades do presente.

Parecia que já não havia mais nenhuma barreira entre elas, Camila havia se esquecido o porquê de ter se mantido longe de Dinah, o medo da rejeição, não que esperasse que daquele novo reencontro saíssem outros ou até mesmo algo mais.

— Pra você — Verônica jogou sobre sua mesa um papel envelopado.

— O que é? — perguntou, se ajeitando melhor sobre sua cadeira e pegando o papel bem apessoado em cima da mesa.

— Um convite — Verônica explicou.

— Você abriu? Você viu que tinha meu nome aqui? Era meu! — falou brava em direção a irmã.

— Eu também recebi idiota! — Verônica movimentou seu convite ao lado do corpo, fazendo Camila revirar os olhos de maneira entendida.

—”Como nos velhos tempos bunduda! Na velha boate. PS: não esqueça essa bunda!” — Camila simplesmente riu.

— Normani — Verônica pronunciou aquilo que estava em seu pensamentos.


**

Estava certa que dava pra escutar a música a alguns metros de distância de onde a boate era localizada, diferente de todo o nacionalismo e a imperialidade que Londres tinha aquele bairro colocava abaixo toda a Europa, distante do grande comércio, e de possíveis confrontos nacionalistas, boa música que ecoava pelo beco deixava você a parte do que aquele lugar poderia lhe proporcionar.

Camila estava no banco de carona de Verônica, Lucy se encontrava no banco de trás, juntamente com Ally e Lauren, essas eram separada pela a morena que disse não ser obrigada a participar da melação que elas eram.

E como Camila havia a tirado do seu lugar ideal, ao lado da sua esposa.

— Pronto — Verônica estacionou seu carro no estacionamento privado da boate, não podia deixar seu carro a mercê do que aquele bairro era capaz.

— Até que enfim — Lucy praticamente empurrou Camila para fora, essa apenas riu e se deixou respirar fundo, e observou o lugar.

Fazia tempo que não aparecia por ali, talvez anos, e se encontrava como se recordava, o cheiro de cigarro com bebida barata lhe dava um ar mais livre, sem precisar se preocupar com o peso da sua família, peso da sua profissão, ali ela era apenas Camila, e ninguém precisava saber dos dotes que sua família possuía.

— As meninas já devem estar nos esperando — Lucy ajeitou melhor seu vestido se aproximando da esposa, e lhe sorrindo, Verônica a olhou de cima abaixo, tinha que admitir sua mulher era muito gostosa. Ela estava apenas com uma calça jeans escura, uma camisa e jaqueta, do outro lado Lauren estava praticamente igual, se não fosse em alguns furos na sua blusa coberta pela jaqueta, Ally ia atrás com um vestido clarinho e saltos para ficar na altura de Lauren.

Camila como havia vindo direto do trabalho, seus trajes não era nada propício para aquele lugar, usava uma camisa de botões coberto por seu blazer slim deixando evidente suas curvas, a calça social na mesma cor do blazer, os cabelos presos em um rabo de cavalo, mostrando de maneira hetera sua sofísticação. Talvez não pudesse realmente se sentir só a Camila. Ousou tirar seu blazer e jogá-lo no banco de trás, por fim fechando a porta e seguindo com suas irmãs para dentro do estabelecimento.

O cheiro de cigarro e bebida barata automaticamente se intensificaram, a música era latina e muito boa por sinal, Camila costumava dançar muito esse ritmo quando ainda estava na faculdade, é esse lugar era o melhor para esse tipo de coisa.

Verônica pareceu encontrar as meninas de maneira fácil, o que Camila não esperava era que Dinah estaria por ali, elas havia trocado mensagens durante esses semanas, porém nada muito significativo. Dinah lhe perguntou onde ela havia comprado o pijama já que Louise havia insisto em querer andar daquele jeito.

— Como estão? — Normani beijou o rosto de cada uma enquanto Dinah parecia entretida com a pista de dança, e mexia sutilmente seus pés abaixo da mesa.

Ela tinha que admitir que aquele era o melhor lugar para quando se quer distrair.

Todas pareciam muito bem distraídas, bebiam suas bebidas de maneira calma, enquanto conversavam ou escutavam alguma história engraçada de alguma delas.

Por diversas vezes Dinah sentiu olhares castanhos em sua direção, e quando os encarava logo os sentiam distantes. O baixar de cabeça da morena e o sorriso covarde que ela emitia revelavam sua façanha.

Em hora, Normani, Verônica e Lucy levantaram de seus lugares indo em direção a pista de dança, Normani esticou suas mãos para Dinah e ela logo aceitou, deixando Camila ali sozinha junto com Lauren e Ally que se aproximaram dela para ter uma melhor visão da pista de dança.

A batida da música era completamente envolvente, Normani tinha suas mãos sobre a cintura de Dinah, que dia divertidamente quando elas aproximavam seus rostos.

O corpo de Dinah parecia ter sido feita para aquele tipo de música, Camila que estava sentada e esse momento, seus braços se encontravam no encosto do banco onde estava sentada, praticamente rodeando o ombro de Lauren e Ally.

Seus olhos estavam fixo nos movimentos precisos que a cintura da loira dava, às vezes apertava com firmeza o encosto do banco na tentativa de minimizar o que estava sentindo, gostaria de ser ela ali no lugar de Normani. Viu quando os olhos da loira encontraram com os seus.

Dinah estava de costa agora para Normani, e roçava sua bunda de encontro a intimidade da amiga, era simplesmente a dança do pecado — na opinião de Camila, aquilo realmente estava quente, o lugar, onde estava sentada, o incômodo em suas pernas estava a deixando irritada.

A mordida leve nos lábios que Dinah deu, fez Camila delirar ali onde estava. Por diversos momentos suspirou de maneira pesada, e ao menos notou que suas irmãs já estavam de volta, porém Dinah e Normani ainda se encontravam dançando loucamente.

— Para de babar e vai até lá, bunduda — Verônica cutucou o braço da irmã, fazendo a dispersar das garotas.

— Vai! — todas falaram a empurrando agora fora da mesa. 


Notas Finais


Como vai ser essa dança ein? O que vocês acham?


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