1. Spirit Fanfics >
  2. Cliche >
  3. Libra

História Cliche - Libra


Escrita por: secretshadow

Notas do Autor


eu salvei esse gif ou esse gif me salvou????? nunca saberemos

Capítulo 46 - Libra


Fanfic / Fanfiction Cliche - Libra

-Então, eu entrei bem na hora em que a língua dele estava tentando nadar até a garganta dela. Não vou negar, eu fiquei triste, bem mais triste do que gostaria de admitir, mas a gente releva. Enfim, onde eu estava mesmo? Ah é, a língua nadadora do Harry. Depois disso, e quando eu falo "disso" eu quero dizer a tristeza, eu pensei que ia finalmente chegar a fase da raiva ou até mesmo da superação, só que não seria a minha vida se eu não me fodesse mais um pouco na história, né? Teve mais outra menina, e semana passada eu tive um ataque alérgico por causa de outra. Detalhe: todas são garotas diferentes. Eu cheguei a pensar que Harry iria dar uma sussegada eventualmente, mas paguei de trouxa -ri irônica, olhando para cima e balançando a cabeça como quem diz "fazer o que, né?"- E desde então eu tô agindo como se nada tivesse acontecido, o que está me matando! Qual o seu conselho? 

Virei para o lado, olhando com expectativa para Oreana. 

-Hã... Seria um bom começo você deixar eu comer um pouco -ela levantou a mão na direção do saco de salgadinhos que estava no meu colo.

O qual pertencia a ela.

-Não, Ore, foca no problema -dei uma tapa de leve em sua mão e me esquivei mais pro canto do sofá.

-E qual é o problema?

-Harry e a sua língua nadadora que vai para todos os lagos menos pra esse oceano aqui -apontei para mim mesma, logo depois jogando a batata chips na minha boca- o que eu realmente não entendo, quer dizer, da última vez que eu chequei eu beijava muito bem.

Como eu tinha parado no sofá da biblioteca, enchendo a minha cara de Cheetos e desabafando com Oreana, eu não sei ao certo. 

-Então por que você não fala que quer exclusividade? -ela propôs, desistindo de pegar o meu lanche e encostando no braço do sofá- Afinal, quando ele falou sobre isso você disse que já sabia que vocês não tinham isso. 

-Eu sei -arregalei os olhos, levantando a sobrancelha para concordar com ela- mas era porque eu não queria parecer idiota, sem falar que eu estava confusa sobre o que eu estava sentindo com o Bernard e... Agh, por que ele voltou a ser meu vizinho gostoso? 

-Ele tinha parado de ser gostoso?

-Não, mas esse não é o ponto!

-E qual é?

-Eu... Não sei -levei minha cabeça para trás, sentindo formar alguns queixos triplos.

-Posso comer um pouco do salgadinho agora?

-Não, -ouvi ela bufando, mas ignorei- lembrei! Você vai me dizer o que eu tenho que fazer sobre todo o triângulo Harry-Abby-Bernard.

-Eu digo pra você ficar enrolando os dois até um descobrir.

Quando eu ouvi o que Oreana disse, engasguei com o salgadinho que tinha acabado de engolir e olhei assustada para a garota ao meu lado. Comecei a tossir muito forte e algumas lágrimas caíram sobre meu rosto; quando eu finalmente me acalmei -e sem ajuda de Oreana que ficou apenas me encarando-, não sabia nem o que falar ou fazer.

-Eu pensei que você fosse aquelas nerds virgens que são sempre educadas e prestativas -finalmente disse com a voz fraca e rouca, tossindo de leve depois.

Como resposta, Oreana ficou vermelha igual a cor da minha menstruação, o que foi cômico até o ponto que passou a ser nojento quando eu escutei a analogia na minha própria cabeça. 

-Acho que andar com o Niall está tendo alguns resultados -sorri maliciosa para ela.

Nas últimas três semanas, Niall e Oreana tem sido a maior fofoca do colégio. Pelo que eu entendi -ou pelo que Bretman me contou- os dois estavam fazendo um trabalho de literatura juntos e com um lápis ali e outro papel ali, os dois começaram a se pegar e no fim da semana passada, eles foram vistos se beijando embaixo das arquibancadas e, assim, as fofocas se espalharam, rumores foram criados e pipoca comprada para eu comer enquanto assistia às brigas que acontecia entre Niall, Oreana e Bianca (ex de Niall) pelos corredores.

-Podemos voltar ao seu problema, por favor? -Orea pediu sem graça e concordei.
-Não temos um problema, apenas um enigma: o que eu faço agora?

•••

-Faz uma serenata pra ele.

-Bleh.

-Pede ele em namoro.

-Nop.

-Se declara pra ele.

-Isso não cai na categoria serenata?

-Não, serenata você canta, declarar você fala.

-A resposta ainda é não.

Estávamos nesse ping pong há uns quinze minutos, Oreana dava uma ideia do que eu poderia fazer e eu rejeitava todas.

-Faz ciúmes nele.

-E dai depois o quê? 

-Se ele reagir de alguma forma, ele gosta de você, se não, então acho melhor você tentar dar uma chance pro tal Bernard.

-Sim, mas e se o cara certo for o Bernard?

-E se o Harry for o cara certo?

Bati a mão no meu rosto, começando a me irritar com o jeito que as coisas estavam indo, ou melhor, não estavam. 

-Ah, Abby, calma...

-Calma? Você quer que eu tenha calma? Eu estou em um dilema entre a vida e a morte e você quer que eu tenha calma? -retalhei raivosa, sentindo meu olho tremer por causa do meu toque nervoso.

-Mas isso não é questão de vida e morte -Oreana comentou baixinho.

-Eu não sei com qual cara eu devo investir o meu tempo, a energia, a minha saliva! E você quer que eu tenha calma?

-Tem pessoas passando fome na África... 

-Calma é um talento que eu não tenho; eu tenho tudo menos calma, calma e a capacidade de escolher. Não é atoa que eu tenho libra como ascendente.

-Seu ascendente é gêmeos, Abby... 

-Eu tô cansada, eu só estudo nessa vida, não tenho tempo nem pra dormir e eu ainda quero fazer esse tipo de escolha? Como eu fui me colocar em uma situação dessas? 

E pelos próximos vinte minutos, lá fui eu gritar aos quatro ventos sobre tudo e ao mesmo tempo nada.

•••

-Mãe, cheguei! -gritei ao fechar a porta de casa atras de mim, colocando as minhas chaves dentro da mala.

-Tô na cozinha fazendo o almoço! -ouvi a voz de Dona Clarissa gritar de volta.

-Cuidado pra não queimar nada dessa vez!

-Cala a boca, Abby!

Ri sozinha, indo até o meu quarto. Joguei a mochila no canto e deitei na cama, fechando os olhos por alguns minutos, mas nem deu a marca dos quarenta e cinco segundos quando senti meu celular vibrar no meu bolso traseiro. Inclinei o quadril pra cima e, ainda de olhos fechados, atendi a ligação. 

-Alô? 

-Abby? Mozão? -reconheci a voz de Jenna e sorri sem perceber.

-Presente.

-Como foi hoje com a Oreana?

Tentei encontrar as palavras certas para descrever a minha manhã conturbada.

-Interessante -resumi.

-Então você já sabe o que vai fazer?

-Sim.

-E é...?

-Vou fazer ciúmes.

-ISSO FOI O QUE EU TE PROPUS ONTEM A NOITE, SUA PUTA -Jenna gritou brava e eu tive que afastar o celular da minha orelha antes que eu perdesse a audição.

-Desculpa? -ofereci, segurando o riso.

-Vaca... -ouvi ela me xingando baixo- Mas, ei, eu lembro que você estava dividida entre o Harry e o Bernard.

-Verdade.

-Quem você vai provocar o ciúmes então?

-Abby, vem por a mesa pra gente comer! -minha mãe gritou da cozinha e me levantei da cama lentamente, quase parando.

-Minha mãe tá me chamando pro almoço, a gente se fala depois? -perguntei a Jenna, enquanto já saia do quarto.

-Que? Não, espera, quem você vai fazer ciúmes? 

-Tchau, Jenna -cantarolei para o celular.

-É o Harry ou o Bernad? 

Eu encerrei a ligação.

•••

Sexta-feira finalmente chegou, poderia dizer que passou rápido a semana, mas isso seria uma mentira deslavada. Contudo, eu já havia começado a manhã com o pé direito: minha mãe tinha oferecido me dar carona, e eu, como não sou idiota nem nada, aceitei com o maior sorriso no rosto.

Estava esperando a dona Clarissa ter a boa vontade de se apressar e sair logo de casa, e enquanto isso não acontecia, me encostei na parte traseira do carro, ouvindo música no último volume. Eu estava tão concentrada na música -com direito até dancinha de cabeça e sibilar a letra, que quando senti alguém me cutucar, quase cuspi meu coração pra fora. 

Tirei um fone de ouvido e levei a minha mão no braço de Bernardo, que se encontrava rindo igual o idiota que ele é.

-Ai, ai, Abby, isso dói! 

-Que bom -falei sarcástica, o estapeando mais uma vez. 

-Se você continuar me batendo vai ficar sem brownie -ele conseguiu falar em meio a minha agressividade, tentando se proteger com os braços.

Quase que automaticamente, eu parei a minha mão no ar na metade do caminho para acertá-lo de novo. Olhei suspeita para ele e disse:

-Brownie?

Bernard arqueou o canto dos lábios em um sorriso malicioso, olhando rapidamente para os lados antes de enfiar a mão na mochila escondida atrás das suas costas e tirar de lá um embrulho de papel de cozinha quadrado. 

Estiquei minha mão para pega-lo, mas Bernard foi mais rápido e se esquivou para trás.

-Ei! 

-Hã-Hã, você acha que vai ter isso de graça assim? 

-Sim...? -arrastei a palavra, começando a falar como uma afirmativa para depois mudar como pergunta- Quer dizer, não?

-Depois do pequeno episódio de agressividade que eu sofri minutos atras, acho que não.

-Ahhhh, desculpa, nem foi de propósito.

-Que? -ele quase gritou, segurando o riso- Você deliberadamente me estapeou repetidas vezes.

-É, mas não é como se você não tivesse merecido -murmurei, olhando para baixo.

-Oi? 

-Nada! -levantei a cabeça, jogando parte do meu cabelo para trás do ombro, começando a minha tática sexy.

O que basicamente era eu parecendo que estava tendo AVC.

-Então... O que você quer em troca do brownie?

-Nada -ele deu de ombros, começando a se afastar do carro- só promete guardar um pra gente.

Olhei desconfiada para ele, mas decidi não comentar.

-Combinado.

-Até depois, linda.

-Linda seu pau! -gritei antes de vê-lo sair correndo pela calçada.

Bernard sabia como eu odiava quando alguém me chamava coisa parecida, como bebê, amor, linda, etc. Tipo, eu tenho um nome por essa razão, sabe? Para você me chamar por ele!

-Abigail, olha a boca! -minha mãe decidiu aparecer bem naquela hora, clicando no botão do chaveiro para destravar o carro.

Bati a minha mão na minha testa e murmurei sozinha até sentar.

•••

Quando cheguei na sala, fiquei surpresa por ver Harry sentado em sua carteira, mexendo no celular, sozinho e não com alguma menina do segundo ano pendurada no seu pescoço, como tem sido os últimos dias.

Obrigada, São Louguinho, por me ouvir.

Dei três pulinhos e ignorei o olhar de uns colegas que me encaram. Fui até a minha carteira, deixando a mochila no chão e cutuquei o braço de Harry.

-Boooooooooom dia -abri um sorriso de orelha a orelha, apoiando minha cabeça na minha mão.

Harry levantou o olhar do celular, arqueando a sobrancelha.

-O dia está bonito, né?

-Tá nublado, Abby.

-Mesmo assim... -olhei sorridente para a janela- A umidade, o céu cinza, esse frio que faz tremer os ossos dos dedos.

Voltei meu olhar para Harry e, se fosse em qualquer outro dia, a forma que ele estava me olhando iria me deixar sem graça, mas hoje eu estava de bom humor, quer dizer, como não estar? Harry não estava com nenhuma v-a-d-i-a ao seu lado.

-Okay, o que você fez agora? -ele colocou o celular em cima da mesa e cruzou os braços.

-Oshe... Nada, ué. 

Harry deitou um pouco a cabeça para lado.

-Eu juro! Que isso, não posso estar de bom humor, não? 

Harry ainda não estava convencido. 

-Tá, eu tenho brownie -decidi contar 1/4 da minha felicidade matinal.

Harry era os outros 3/4, só que ele não precisava saber disso.

-Brownie? -perguntou sem ainda entender direito.

-É, brownie -repeti devagar, assentindo com a cabeça, arregalando de leve meus olhos com um sorriso malicioso nos lábios.

Notei o olhar de Harry cair na minha boca e, inconscientemente, acabei passando a língua sobre os meus lábios. 

Foi estranho, mas dava para sentir a tensão sexual reprimida (essa última pela minha parte) que caiu entre nós.

-Quer um? -decidi falar alguma coisa para tentar me distrair.

-Sim.

Peguei a minha mochila e tirei um brownie médio para Harry e dei para ele, comendo o outro pedaço.

-Come agora -sorri sacana. 

Harry pareceu demorar para entender o que eu estava falando, mas no final comeu. 

-Só esperar fazer efeito.

•••

-Eu não c-consigo respirar. 

-Pa-para! 

-Não é minha culpa!

-Não me olha, t-tá piorando.

Harry e eu estava literalmente morrendo de rir. Não sei direito do quê, quando ou como começamos a rir, mas só sei que toda vez que olhava para ele, eu caia na gargalhada e ficava sem ar, assim como Harry.

Ouvi algo batendo e uns produtos caíram na cabeça de Harry, me fazendo rir mais ainda.

-Cuidado aí, porra! -avisei, batendo na sua perna.

Harry continuou rindo, me empurrando pelo ombro.

-Para -ele tentou ficar sério- eu não aguento mais rir, preciso respirar.

Puxei o ar fundo e virei a cabeça para Harry, notando o quão perto estávamos. Meus olhos estavam em sua boca fina, subindo para nariz e parando em seus olhos verdes. Minha boca se encheu de ar e antes que eu conseguisse me parar, voltei a rir.

-Desculp-pa, vou parar -ri de leve, secando as lágrimas que caíram- ai, ai...

Finalmente, consegui voltar a mim mesma. 

Harry e eu estava escondidos no armário de faxina do segundo andar, onde na maior parte do tempo ficava desertico. Já tínhamos perdido as últimas três aulas e quando notamos que estávamos chapados demais para continuar na sala, o puxei comigo para cá. 

-Onde você conseguiu os brownies? -ouvi Harry perguntar.

-Por que? Já esta viciado? 

-Não dá pra viciar em maconha, cabeçona -ele me deu um peteleco, me fazendo dar uma cotovelada em sua costela como resposta- Ei, mais carinho pelo seu crush aqui, poxa.

-Crush? -ri, cobrindo minha boca com a mão.

-O quê? Você acha que eu não sabia?

-Eu sei que você sabe que eu tô apaixonada por você, -rolei os olhos, não me importando em falar aquilo em voz alta, o que seria muito diferente se eu estivesse sóbria- tô mais surpresa que você saiba o que a palavra "crush" signifique.

-Esse é o resultado de passar tempo demais com você -ele piscou maroto para mim, deixando suas covinhas a mostra.

-Como se você soubesse o que é passar tempo comigo ultimamente -falei debochada.

Harry me olhou confuso, abrindo a boca para se defender, mas fui mais rápida e tampei a sua boca com a minha mão.

-Xiiiiiiii -disse, rindo comigo mesma- Sabia que isso é o mais próximo que estive da sua boca esse mês? 

-Por que você não me beijou antes? -sua voz saiu abafada por trás da minha mão.

-Porque sua boca estava muito ocupada beijando outras bocas.

-Você disse que nós não eramos exclusivos.

Revirei os olhos.

-Você não sabe como as coisas funcionam? Você que tem que falar que somos, não eu.

-Você quer ser exclusiva? 

Empurrei sua cabeça para trás com a minha mão que estava na sua boca.

Eu não tinha respondido por causa do que eu estava sentindo pelo Bernard. Não podia jogar fora as últimas horas que passei me preocupando se gostava mais de Harry ou Bernard.

O foda era que quando mais eu olhava para Harry rindo no escuro daquele armário de limpeza, mais eu tinha certeza que o cara certo era Harry e o nome Bernard parecia mais e mais distante da minha consciência.

Ou podia ser só a maconha falando.

-Eu tinha todo esse plano na minha cabeça -comecei a falar- eu ia te fazer ciúmes, sabe...

-Que? Não, por que? Eu não gosto de sentir ciúmes -ele disse exasperado.

-Eu preciso saber se você gosta de mim ou não, você dá muito sinal confuso! 

-Mas por que você só não perguntou?

-Bom... Você gosta?

-Do que?

-De mim, seu acéfalo! -bati na sua cabeça.

-Ah tá -ele riu- eu não gosto de você.

Levei minha cabeça para trás, surpresa com a resposta e criando três queixos duplos. 

-Eu sou apaixonado por você.

E foi assim que Harry- fucking-Styles disse pela primeira vez que sentia algo por mim. 

Chapado dentro de um armário de limpeza.


Notas Finais


eu sei q demorei mas eh q eu comecei a escrever uma nova ff e fiquei tão empolgada q esqueci de att e as aulas voltaram semana passada então dsclp msm!!!!!


o q vcs acham q vai acontecer? mais merda? ou um pouco de habby? ou aber(socorro q feio me ajudem c um p abby e p bernard. please)? dksjkska

até o proximo💘


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...