História Clinical - Capítulo 10.

Pov: Carly.

Quando eu estudava na antiga escola eu era a +.

Sim eu era temida. Não chegava a ser uma patricinha, mas era popular.

Algo que pra mim era ótimo porque ninguém se quer me amolava.

Mas só foi eu mudar pra esse inferno da Forks High School que tudo mudou.

Nas primeiras semanas tudo era uma maravilha. Já havia até arrumado uma amiga.

Jhenet.

Jhenet é uma garota do tipo "popular", aquela que é amiga de tudo e de todos.

 Mas já ouviram aquele ditado de quem vê cara não vê coração? Pois é, serve pra ela. Ela sim sabe fingir, e finge muito bem.

Pois certa vez ela descobriu que eu era "popular" aonde eu estudava antigamente.

E o pior de tudo é que ela quis me pôr à prova, pra ver se eu não mentia. Dizendo ela, eu era muito "boazinha" para ter sido uma pessoa "má".

 Vai ver pensava que todas as pessoas populares tinham que ser má. Eu não era tãaaao má.

Mas eu não sei como descobriram o meu passado. Eu era chata? Era, mas não como ela.

Eu azucrinava alguns alunos? Assumo que sim, mas eu não era tão insuportável.

Eu como não tinha e nem tenho medo de ninguém então enfrentei o desafio.

Esse foi um deles:

- Carly você vai ter que pegar o meu boletim da secretaria e alterar as minhas notas. - foi difícil, mas consegui.

Aí começou: CARLY FAÇA ISSO, CARLY FAÇA AQUILO... E por aí vai.

No fim das contas eu estava sofrendo tudo o que já tinha feito os outros sofrerem, e vi como eu fui mesquinha e estúpida.

Porém certo dia eu cansei, sim eu cansei.

 Fazia mais ou menos dois meses que eu estava sendo provada e ao mesmo tempo usada e não percebi. Estava me esforçando pra nada.

 Mas se ela queria conhecer a antiga Carly, ela iria conhecer.

...

Estávamos almoçando quando sem querer querendo derrubei todo o meu almoço na sua roupa nova.

Como eu sou uma ótima atriz, comecei a encenar:

- Meu Deus Jhen... Eu... Eu sinto muito amiga.

- Carly olha o que você fez sua desastrada. Eu paguei setenta dólares nessa camisa. Olha isso, esta toda manchada.

- Jhen... Foi um acidente. Eu tropecei e o prato voou pra sua roupa caríssima... Foi mal.

- NÃO SE... Preocupa. - ela disse respirando fundo, tentando se acalmar.

- Me deixa tentar limpar isso.

Peguei um papel toalha e comecei a esfregar aquela mancha de macarrão com força, que a cada momento ficava pior.

- CARLY... Isso vai sair?

- Claro que sai amiga. Rapidinho, não se preocupe. Quando você chegar em casa é só lavar que vai sair num piscar de olhos.

- Ai o meu pai vai me matar. Ele trouxe essa camiseta de longe. Muito longe.

- Ué... Você não tinha pagado setenta dólares? - esfregava com mais força pra piorar aquela mancha.

- Eu não sei se foi essa.

- Ahh... Poxa Jhen... Só vai sair com água e detergente, porque olha isso.

Eu me segurava para não rir.

- MEU DEUS, CARLYYY... - ela olhou indignada. - ESSA MERDA AUMENTOU.

- Vai la na secretária e vê se elas não arrumam isso.

Ela se levantou e foi correndo daquele jeito enjoado Jhenet de ser.

- Hey Carly. - eram Luma e Aysha.

- Oi. - elas me detestam, porque será que vieram falar comigo?

- Nós vimos muito bem que não foi um "acidente".

- Lógico que não foi. Quer dizer... Foi, foi um acidente eu ter errado a cara dela.

- Mais porque você fez isso? Você sempre andou com ela e vocês pareciam muito amigas. - Aysha perguntou.

- Você esta querendo dizer: Você sempre foi otária dela... - finge que me enganam essas meninas - Fiz isso porque a Jhenet já passou dos limites.

As duas ficaram apenas me encarando, com aquelas caras lavadas.

- Já passei dos limites Carly? - Era a voz irritante daquela chata.

- Já Jhenet. Dos limites de idiotice, de babaquice, de chatice, de tudo. - disse na sua cara.

Naquele momento todos os alunos presentes daquele refeitório nos assistiam.

- Aé? - ela pegou sua bandeja.

- É

Ela pegou sua bandeja e lançou o que tinha na minha direção.

Por sorte eu me abaixei e aquela gororoba que ela diz que faz parte da sua dieta foi parar na cara daquelas meninas.

...

Bom, acho que vocês já devem imaginar, foi o maior desastre, que gerou uma das piores guerras de comida que eu já presenciei na minha vida.

...

Só sei que depois disso eu parei de andar com a Jhenet.

O Diretor fez com que a gente se desculpasse. E eu mais Jhenet pegamos uma semana de suspensão.

Depois passaram três semanas, até que a Kimberly chegou.

...

Eu devo ter jogado pedra na cruz, ou estou passando por todo o mal que eu causei na outra escola.

Kimberly é uma cobra e pra compensar se ajuntou com Jhenet.

Mas pra resumi-la melhor, são sete Jhenet's em uma garota só.

E para a coisa toda ficar perfeita, ela me escolheu para perturbar, para me perseguir, e pra ajudar começou a andar com o Jake.

 Acho que não podia piorar.

Flashback off.

- Mais o que isso tem haver?

- O que tem haver... Quando eu entrei aqui, quem me ligou?

- Quem te ligou? – Barbara perguntou.

- A Jhenet, você não acha que isso é uma pegadinha pra me humilhar?

- E daí, se você for passar por alguma humilhação nós passamos juntas. – Barbara disse.

- E outra, foi o JAKE que te chamou. - disse Tereza.

Pensei bem.

- Ok, vai. Vamos.

- Hey, mais eu quero saber essa história de Jake, de Kimberly... - Bárbara pegava sua bolsa.

- Eu conto no meio do caminho.

Estávamos prestes a abrir a porta quando levamos o maior susto.

- AONDE VOCÊ__ - tapei a boca desse intrometido.

- Para de gritar, já reparou que você estraga tudo?

- AONDE VOCÊS VÃO. - ele entrou no quarto e me barrou.

- Justin não começa. - disse Bárbara.

- Aonde vocês vão com essas roupas escandalosas?

- Não estamos escandalosas. - Tereza se olhava no espelho.

- Isso não importa, vamos meninas. - abri a porta.

As meninas me ouviram e foram em direção à porta.

- Se vocês não falarem, eu vou dedar pra Margô, e aposto que a Tereza vai se ferrar depois.

Respirei fundo.

- Meninas, me esperem só um minuto.

Entrei no quarto novamente e sinceramente eu não estava com muita paciência.

- Porque você não larga do meu pé em Justin? Poxa vida.

- Largar do seu pé? Você esta prestes a sair daqui, com essa roupa, pode ser estuprada no meio do caminho e não quer que eu largue do seu pé?

Comecei a rir desgovernadamente.

- Ai Justin, não banque o meu pai, pelo amor de Deus.

- Aonde vocês vão?

- Nós vamos a uma festa, agora eu agradeceria se você ficasse de bico calado e saísse do quarto.

- Eu vou junto.

- Mais não mesmo.

- O que tem demais?

- Justin para de ser chato. - abri a porta.

- EU VOU JUNTO. - ele agarrou no meu braço.

- PARA.

- Não grite.

- OLHA QUEM FA__ - ele me beijou.

Pov: Justin.

Mais que garota mais chata.

- Não me beija. - ela me empurrou. - Sai do meu caminho encosto.

Ela saiu sem olhar pra trás.

Olhei para cima da sua cama e vi uma carta.

De: Jake Miller / Para: Carly Mackenzie.

Hey Carly, já vou direto ao assunto, meus pais foram fazer uma viajem á trabalho e terei duas semanas livres sem eles, então resolvi fazer um festa. Não sei por que mais tenho certeza de que você pode vir, e se não conseguir, por favor, de um jeitinho. Faz tempo que a gente não se vê. A escola ficou sem graça, não te chamando de palhaça, mais cá entre nós, você fazia a diferença entre aquelas garotas. Beijos, Jake ♥

...

Peguei aquela carta que no final dizia o endereço e fui me arrumar.

Até, daqui a pouco, querida Carly.