História Clinical - 44. I'll Be Home with my love.

Pov: Nolan.

Não acreditei assim que vi Carly beijando o Bieber. Pensei que eles nunca mais se ajeitassem, porém agora é tarde. Tarde pra fazer meu coração entender que eles estão juntos.

...

Vê-la aceitar o pedido de casamento feito por ele foi o mais difícil.

Afastei-me e fui conversar com a minha mãe que estava com Sarah em um canto.

- Será que foi proposital? – disse olhando para os seus olhos.

- Não sabemos... Carly é uma menina/mulher tão boa... Acho que ela não te convidaria a propósito de presenciar seu noivado.

- Mas ela não disse que nunca mais ia falar com ele? Que não o amava e não sabia como pode o amar?

- No... Filho... Entenda que nem tudo que planejamos realmente acontece. O destino tem um jeito louco para mudar tudo, virar os nossos planos.

- Ela seria minha.

- Amor só não quero que interfira. Sabemos com quem estamos brincando, e o melhor a se fazer agora é ver no que dá.

- Ver no que da? Eu quero ela.

- Ela não é um objeto pra você falar assim. A Carly esta recuperada por um milagre e nesses dias que se passaram ela deve ter pensado no caso.

- Eu não quero mais ficar aqui, podemos ir?

- Nolan... Isso é falta de educação. Ainda nem deu meia-noite.

- Não importa. Quero passar o natal bem longe dessas pessoas. Agora venha comigo. – peguei Sarah no colo que já estava quase dormindo.

Fui até Barbara e a avisei de que iríamos ir embora, pois a Sarah estava passando mal e mais algumas mentiras.

Ela entendeu numa boa.

Porém antes de sair reparei que Carly estava sozinha bebendo alguma coisa alcoólica.

- Vão indo pro carro porque eu tenho que me despedir da Carly.

Cheguei até ela que logo se virou em minha direção.

- Eu já estou indo.

- Ãn? Nolan... Por quê? – deixou o copo de lado.

- A Sarah não esta se sentindo bem... E eu não quero me preocupar.

- Não esta mentindo né?

- Não. – ri nervosamente.

- Nolan... Eu não sabia que ele...

- Você não me deve explicações. – a interrompi. – se ele te fizer feliz, eu ficarei feliz.

- Aquelas mensagens...

- Esquece. Pensei que poderia ter algo entre nós, mas ele chegou primeiro.

- Eu não quero que você se afaste. Eu conheço você há tanto tempo... E nesses últimos dias você e sua família foram a minha salvação... Por favor... – disse de um jeito triste.

- Eu só pensei que você fosse mulher de palavra. Porque você lembra? Lembra o que disse? Que ele não significava mais nada?

- Nolan... Eu já conhecia o Justin de outros carnavais...

- Mas depois dele trazer tanta desgraça pra sua vida você tem a compaixão de perdoá-lo. Ele te violentou, matou sua amiga...

- Eu não quero que me lembre do que ele já tenha feito. Isso é passado. E sei que o Justin não é mais o mesmo.

- Ele pode parecer um, mas ele é outro. Até mais.

Saí e ela logo segurou o meu braço.

- Eu não sei quando... Mas... Eu quero que você esteja lá.

- Ta brincando né? O cara rouba você de mim e quer que eu esteja presente no casamento de vocês? Tenha vergonha na cara Carly.

...

Cheguei a minha casa, desejei feliz natal para a minha mãe e pra minha filha e fui me deitar. Pensar nesses últimos acontecimentos.

...

Pov: Justin

- Eu aceito... – ela disse vindo me abraçar.

Nos beijamos e todos bateram palmas.

...

Quando estava prestes a ir conversar com ela Nolan apareceu. Eles discutiram e ele logo se afastou indo embora.

- O que ele queria.

- Nada. Só veio se despedir. – ela tentou sair.

- Porque você fica fugindo de mim? Agora estamos noivos.

- Eu sei... É que eu quero entrar.

- Pra que? Se todo mundo esta aqui fora.

- Como a minha mãe diz... Eu não sou todo mundo.

- E a grosseria? Isso tem que acabar.

- E você se incomodando comigo também. – ela saiu me deixando só.

- Você esta fazendo tudo errado. – uma voz masculina apareceu atrás de mim.

- Que? - me virei e era meu pai.

- Você tem que ser calmo e paciente. Ela não vai te dar explicações verdadeiras desse jeito. O segredo e não se importar. – ele parou e segurou meus ombros. – Muito.

- E desde quando você entende disso?

- Eu sei como conquistar as mulheres imbecil. Ah... E como estamos sós... Toma. – me entregou um pacote.

- O que tem aqui?

- Eu estava te devendo. Pelas duas cabeças que me entregou.

- Não me entregue isso aqui, não agora.

- Porque moleque? Esta doido.

- Todos já esqueceram o episódio. Menos a Tereza, e ela esta olhando para cá. Caso queira, me entregue mais tarde.

- Mais tarde esse dinheiro pode ter evaporado.

- Eu sei aonde tem mais pai. – olhei em seus olhos sorrindo.

- Vai se foder moleque.

Ele se afastou e logo Tereza chegou.

- Então vai se casar com ela...

- É.

- Era a ultima coisa que eu iria imaginar sobre você. Casando.

- Pois é...

- O que você fez com ela? A abduziu? Porque estranho... De um dia pra noite ela mudar assim.

- Apenas conversamos como pessoas civilizadas Tereza.

- Eu não confio mais em você... E nem confio mais na Carly. A partir de hoje ela traiu a minha confiança.

- Eu não posso fazer nada Tereza. Uma hora todos nós vamos morrer.

- Mas você a matou, e ainda esquartejada. – ela veio me esmurrando.

- Se controla sua louca. Ela me devia, e merecia morrer daquele jeito mesmo. Ela queria algo que era meu, e já me devia algumas coisas.

- Mas você não tinha o direito.

- Como não? Você também entrou na minha casa e matou a Alexa com uma facada no meio das costas. Mas nem por isso estou fazendo tanto drama como você.

- Você é podre Justin. PODRE.

- Podre é você que fez tudo isso por dinheiro. Eu no seu lugar teria vergonha. Agora vê se deixa a minha vida e a vida da Carly em paz. É o que queremos agora. Paz.

Eu saí a deixando sozinha.

Entrei pela cozinha e flagrei Denis fuçando na geladeira.

- O que você esta aprontando?

- Ô-ou... – ele disse antes de se virar pra mim com a cara toda suja de bolo chocolate.

- Porque você esta todo sujo? Posso saber?

- Ahhh... Tio Justin não biga comigo... Eu quelia bolo mais a mamãe não dexou... Aí eu vim condido. – disse com a boca cheia de bolo.

- Então vai lá e fala pra ela que você fez isso. Ela vai ficar muito brava com você.

- NÃO.

- Olha...

- NÃO VOU. Ela vai me deixar de castigo.

- E porque você aprontou ?

- Porque eu queria bolo. – olhou pro bolo deformado na geladeira.

- Se você ficar com dor de barriga eu vou rir.

- Deixa, nem ligo. – chacoalhou os ombros.

- Ta. Cadê sua tia Carly?

- Ta no quarto dela.

Deixei-o comendo o bolo e subi a escada atrás da minha amada.

- CARLY... AMOR DA MINHA VIDA... ABRE A PORTA.

- TO DORMINDO.

- NÃO ESTA NÃO... EU QUERO ME DESCULPAR... EU TE AMO TANTO...

Pov: Carly

Mais é muito cara de pau.

Abri a porta e ele entrou.

- Podemos conversar?

- De novo?

- É. – ele se jogou na minha cama.

- Sobre? – fechei a porta e cruzei meus braços.

- Eu não queria discutir com você.

- Uhum...

- E eu não gosto do Nolan. Desde o dia que ele insinuou que você poderia ter fugido com outro.

- Eu só acho que você deveria confiar e mim, como você quer casar comigo desse jeito?

- Aos poucos nós vamos nos aperfeiçoando...

Olhei pra ele com deboche. Justin já coçava sua nuca.

- Que é? Eu não sou nada experiente em relações amorosas.

- Mas foder você sabe?!

- Ah... Isso é o que eu mais gosto. Principalmente com você.

Levantou-se e veio em minha direção.

- Nem vem, já é quase meia noite. – abri a porta.

- Um beijinho então. Você só me deu um depois do meu pedido tão lindo.

- Você é muito cara de pau, sabia?

- Sabia. – nos enroscamos.

Dei um beijo feroz em seus lábios, sua reação foi apertar minha bunda, e o filho da mãe apertou forte.

- Cachorra. – mordeu meu pescoço.

- Eu? Tem certeza?... – respondi em um gemido falho.

- Tenho. – fechou a porta e me tacou na cama.

- Justin... Depois.

- Calma... Só vamos ficar nos beijos.

...

Ficamos tanto tempo nos beijando que quando eu fui perceber já estavam soltando os fogos de artifício.

Justin desbloqueou o celular e vimos que era 00h00min.

- FELIZ NATAL MEU AMOR... – fiquei sobre ele. – Que a sua vida seja repleta de alegria, felicidade, prosperidade, amor, sabedoria, harmonia e esperança. TE AMO.

- FELIZ NATAL... MINHA GOSTOSA. – Que todos os seus sonhos se realizem, que não nos falte amor, abraços, fodas, e beijos e tudo o que for de melhor pra nós dois porque merecemos. Eu te amo muito mais. – me abraçou forte e me deu um beijo pra me tirar de orbita.

...

Acordei com um auê do lado de fora.

Justin estava pelado ao meu lado.

- Se veste... – belisquei sua bundona.

- Hummmmm... Me deixe dormir.

- Que dormir... Anda logo.

Me levantei e fui escovar os dentes, depois fui ver o que estava acontecendo.

Tereza, Liza e Thomas estavam saindo com as suas malas.

- Oxe... Pra onde é que vocês estão indo?

- Estamos indo embora. Resolvemos que não ficaremos em Atlanta. E a Tereza também vai conosco. – respondeu Liza.

- Mas eu pensei que vocês ficariam até o ano novo... Ou até morariam aqui...

- Não... Nós temos casa por lá, e o Thomas tem escola.

- Ah... E vocês estão precisando de ajuda?

- Não. Já estamos indo nos despedir. O taxi já esta lá fora.

Nossa...

- Tudo bem então.

Entrei pro quarto novamente e Justin não havia mexido um músculo.

- Justin Bieber levanta agora dessa cama e se veste. Anda.

- QUE É CARLY... QUE PORRA TO CANSADO.

- Não me importo. A Tereza esta indo embora. Anda, temos que nos despedir.

- Vá com Deus e não volte nunca mais.

- Credo Justin. Larga de ser ruim uma vez na vida.

- Não. AGORA ME DEIXE DORMIR. – se cobriu.

- Ingrato.

Enquanto conversávamos eu me vesti e depois fui para a sala onde todos estavam, menos Justin.

...

Aquela despedida não foi igual às outras. Parecia que tinha algo errado em tudo o que aconteceu naquele momento. Principalmente com a Tereza. Ela mal olhava pra mim... E sei lá... Ela e o Ryan não estavam juntos? Acho que essa história esta muito mal contada.

- Tia Carly... Você também vai embora? – Denis me pediu colo.

- Não meu amor... Eu vou estar por aqui.

- Não é pra ir embora, e nem fugir.

- Ta bom. Eu não fujo mais. Pode deixar.

...

Almoçamos todos juntos e até Jeremy apareceu por aqui.

- Carly pretende me dar quantos netos?

- Hum, Ne-tos ? – engasguei com a pergunta.

- É. – ele deu risada.

- Eu nem estava pensando nisso, sabe, filhos. Acho que mais pra frente veremos isso. – respondi com as mãos suadas.

- Mas pretendemos ter uns cinco. – disse Justin calmamente.

- CINCO? – eu e Barbara dissemos juntas.

- Cinco bebes dentro da barriga da tia Carly? Ela vai ficar uma baleia. – disse Denis.

- É. Cinco.

To ferrada.