{...}
- Você tem belos lábios Carly. - Disse ele colando seus lábios aos meus.
O beijo foi duradouro.
...
- Ui ele gosta da Carly.
- Não... Eu só quero pegar ela.
...
- Não sou Alexa, não sou sua amiga e não sou nada sua pra você me chamar disso, você está ouvindo? Depois quer saber o porquê de eu ter mudado de quarto. Você é simplesmente um idiot_ - como mulher fala. Pelo amor de Deus.
Calei a boca dela dando um beijo.
De princípio ela não quis ceder, mas ao poucos suas mãos foram para o meu pescoço.
A encostei na parede e suas pernas laçaram minha cintura.
...
- Não gosta nem um pouco de mim?
- Viu como você é um idiota? Você se acha.
...
- O que foi dessa vez? - a barrei.
- Ai Justin que susto. Assombração. - ela tentou passar.
- Não foge.
- O que é Justin?
- Você...
- Eu...
...
- Sabia que você iria querer algo. Fala.
- Quero que você volte pro quarto.
- Que?
- Ou sem ver a mamãe a tempo.
- Eu não vou voltar. Peça outra coisa.
- Então você vai me pedir perdão e falar o que sente por mim.
Ela respirou fundo e abriu a boca.
- Me perdoa por ter agido como uma chata ignorante. E eu gosto de você. Mas apenas amizade, apesar de sempre estarmos brigando.
E não é que ela pediu perdão. Mas aqui entre nós, sabemos que ela gosta de mim sim.
...
- Anda logo Justin. Enquanto eu estava lá encima porque não foi falar com ele? Eu em.
- Shiu. - dei um selinho nela e fui apenas trocar de roupa.
...
- Vem vamos.
- Que história é essa de vamos?
- Até parece que eu vou deixar você andar sozinha a essa hora da noite.
...
- Seu nome?
- Carly Mackenzie.
- E o seu?
- Justin Bieber.
- E vieram para?
- Visitar a minha mãe. Catharina Jhanks.
- Ah sim. Vocês são o que?
- Eu e ela?
- É.
- Namorados.
...
- A minha mãe quer conhecer o meu namoradinho. - ela disse irônica.
- Não.
- Larga de ser chato uma vez na vida Bieber.
...
- Não me bate. Me beija.
...
- Eu não quero sempre estar brigado com você Carly.
... – A empurrei na parede e sem perder tempo a beijei.
Só parei quando ela me beliscou.
...
- Não foi sem querer.
- Foi porque alguém me tacou na parede. Olha isso. – mostro seu cotovelo.
- Desculpas. Mas vem cá. – a puxei para um beijo.
...
- Desculpa Justin. Mas eu não consegui encontrar um presente pra você.
- Mesmo? Porque não pediu ajuda pra Tereza? Ela sabe dos meus gostos.
- Eu nem pensei nisso. Mas qualquer dia desses nós podemos sair e ir comprar algo.
...
Mas que garota mais chata.
- Não me beija. - ela me empurrou. - Sai do meu caminho encosto.
...
- Eae Carly... – a tirei dele.
- O que você ta fazendo aqui em?
- O que eu estou fazendo aqui? Acho que estou aproveitando á festa.
- Justin larga do meu pé, pelo amor de Deus.
- Pelo amor de Deus o que? Eu não posso mais sair pra me divertir?
- Claro que pode, ali tem diversão que combina perfeitamente com você? – me mostrou duas garotas, uma loira e outra morena.
- Hum... Quem são elas?
- Umas amiguinhas, vai lá vai... – me empurrou com a bunda.
- Prefiro você.
[...]
...
Como um flash tudo veio à tona.
Ouvi apenas a porta ser batida e mais nada.
- Todos estão bem? – ouvi a voz de Chris.
- Chama uma ambulância Caralho. O velho ta morrendo. - Chris gritou
Não contaria que minha memória havia voltado.
Logo a luz foi acesa e ela não estava mais ali.
- Cadê a Carly?
- Fugiu. Não ouviram a porta ser aberta? – eu disse.
- Anda, vamos levar Jeremy para a clinica do doutor Richard. - disse Nolan.
...
Dois dias haviam se passado.
Meu pai ainda estava internado, mas parecia que ninguém se importava.
Ontem foi o enterro da Tereza.
Fui mesmo por consideração à família. Sobe-me a raiva em saber que por causa dela minha felicidade foi interrompida.
Eu era feliz com a Carly. Mesmo a gente brigando a todo tempo eu via o quanto ela me amava e ela também via o quanto eu amava ela.
- Esta bem? – minha mãe me esperava sentada na sala de espera daquela clinica.
- Parece que sim. Só ainda não acordou.
- Ai Justin... Seu pai é forte... Ele logo, logo estará aqui.
- Eu espero.
- Justin Bieber? – logo o médico que cuidava do meu pai apareceu.
- Oi.
- Pode me acompanhar?
- Claro.
Levantei-me novamente e entramos em uma sala.
- Vou ser bem direto.
- Seja. – me sentei.
- Seu pai perdeu muito sangue. E quando eu falo muito é muito.
- Eu posso doar?
- É aí que eu quero chegar. O sangue do seu pai é raro e quero saber se o seu é compatível.
- Tudo bem. Mas eu não estou de jejum.
- Não precisa estar de jejum. Pode me acompanhar?
- Claro.
Saímos de sua sala e fomos para a outra.
...
Demorou um século para aquela merda encher. Porém era para uma boa causa.
...
Pov: Pattie.
Fazia mais ou menos uma hora que Justin havia seguido aquele médico e não havia voltado. Já estava ficando preocupada.
Logo alguém se senta em seu lugar.
- Pattie?
- Catharina... – a abracei.
- Está bem?
- Estamos na medida do possível.
Ela segurou minhas mãos.
- Vai ficar tudo bem. É só crermos em Deus, que ele sabe o que faz por nós.
- É mesmo... – Sorri. – E Carly? Apareceu?
- Sim. Ela apareceu ontem. Esta fechada... Mas está bem.
- Estou com saudades. Nosso encontro foi tão...
- Sim... Eu digo a ela.
Uma mossa dos cabelos pretos passou por nós.
Ela estava com uns óculos pretos e estava pálida, encarou Catharina e saiu.
- Vamos? – Justin apareceu.
- O que aconteceu com você que esta mais branco que o normal?
- Doei... Sangue...
- Você não esta bem... Vamos, eu levo o carro. – eu disse.
- Olá Catharina... – ele disse mole.
- Olá Justin. Precisam de ajuda?
- Não, não. Obrigada... – ele começou a chorar.
Ela me ajudou com ele e se despediu.
- Não acompanho vocês, pois vou falar com o médico e aproveito para visitar Jeremy.
- Tudo bem Catharina. Mais tarde eu te ligo.
- Ok. Melhoras Justin.
- Obrigado...
Entrei no carro e dei partida.
- Porque não me disse que doaria sangue filho? Você não almoçou...
- Eu precisava. O médico disse que ele perdeu muito sangue. E não tem certeza se meu sangue é o mesmo... – começou a chorar mais.
- Justin? O que foi? – parei em um semáforo.
- Eu sou um merda. Por minha culpa ele esta lá.
- Não é não. Você é a melhor pessoa do mundo... Não diga isso.
- E não minta. Eu nunca fui bom com nenhuma pessoa.
- Também não é assim Justin. Foi um acidente. Ninguém esperava que aquilo fosse acontecer.
- Mas mesmo assim. – tampava seu rosto.
- Tudo vai ficar bem meu amor... Estamos juntos.
- Ninguém esta se importando mãe... Ninguém.
- Justin...
- Não parece... Ninguém esta passando pelo o que a gente esta passando e isso...
- E isso...
- É estranho...
- Esse é o valor da importância meu bem...
Ele apenas me olhou e permaneceu quieto até chegarmos à casa do seu pai.
...
Depois do jantar resolvi ficar na varanda.
Por lá refleti tudo o que aconteceu e tudo que o Justin me disse no carro.
A importância.
O que seria de um filho sem a importância de um pai?
Será que não é isso que assombra ele? Será que ele sempre se importou, porém não demonstrava? Ou isso é só uma nova personalidade dele depois dessa perca de memória?
- Mãe? – Ele entrou em meu quarto.
- Oi.
- Estou indo para a clinica, ok.
- Vai dormir por lá?
- Vou. Amanhã cedo manda alguém te levar lá.
- Tudo bem. Juízo em... – o abracei.
- Pode deixar.
Pov: Carly.
Minha mãe me telefonou e disse que Pattie mais Justin haviam ido embora.
Saí do carro e logo entrei naquela clinica de novo.
Eu sei que ele me fez muito mal. Mas sei que ele é o pai do homem qual eu amo.
Eu não o odeio.
Mesmo me causando dores eu sei que no fundo Jeremy é bom.
...
Fiquei a tarde toda por lá junto com a minha mãe que resolveu ir embora, pois estava cansada.
- Carly? – logo a porta foi aberta e lá estava ele.
- Oi Justin...
- O que esta fazendo aqui?
- Vim visitar o seu pai, mas já estou de saída. – peguei minha bolsa, mas antes ele segurou minha mão.
- Não... Não precisa ir embora.
- Eu não quero atrapalhar Justin e o meu horário de visita já esta acabando, e...
- Me perdoa. – ele me abraçou. – Eu... Fui imaturo. Eu gostaria que você me entendesse e que...
- Eu entendo Justin. Não precisa se explicar. Acho que ambos fomos enganados e...
Ele logo toma os meus lábios e começamos um beijo calmo.
Suas mãos estão em minha nuca e em minha cintura, já as minhas laçando o seu pescoço, fazendo nos aproximarmos bem mais.
- Eu te amo tanto. – olhei em seus olhos. – Queria ter passado mais tempo com você.
- Eu também te amo. Poderíamos começar tudo novamente... E...
- Não Justin. – olhei para Jeremy que permanecia imóvel. – Eu já trouxe muito sofrimento pra sua vida desde que te conheci. Eu só apareci pra te atormentar, pra te afrontar, pra te atrapalhar e...
- E o que? Ninguém tem a vida perfeita. Me tome como exemplo. Eu me apaixonei por você desde o primeiro dia que te vi naquela maldita clinica. Quando você fugiu você não tem ideia de como eu fiquei, quando te encontrei novamente eu... Não sabia o que fazer. Topei com uma mulher linda e intimidadora que teve oportunidades enormes de me querer morto e de me ter morto e agora diz que me ama. Tem certeza que você atrapalhou minha vida? Você... É minha. E eu sou seu.
-Mas... Mas Justin eu me arrependo amargamente de ter dado ouvido á Tereza... Eu te amo tanto... Mas você não é pra mim, mesmo eu sendo apaixonada por você.
- Nós somos apaixonados um pelo outro Carly. Por que raios não esquecemos nosso passado e construímos um futuro? Em?
- Eu quero tanto... Mas eu tenho medo de te... Magoar de novo.
- Você nunca me magoou. Você só me mostrou o que é amar, e ser amado.
- Mas Justin...
- Cala a boca Caralho... To aqui tentando me ajeitar com você e você não para de falar, mas...
O abracei e ele também me abraçou.
- Eu quero que ele fique bem.
- Mesmo?
- Sim. Mesmo ele me odiando.
- Ele não te odeia. Não mais.
- Por quê? Como você sabe?
- Vi você doando sangue.
- Que? Como você sabe?
- Você não muda sua colônia.
- Como você se lembra de tudo isso? Por um acaso sua memória voltou? – perguntei animada.
- Voltou.
- E quando?
- Quando eu vi você partindo de novo. Não faça mais isso. Não sei o que será de mim sem você novamente.
O abracei como se ele fosse escapar, mas seria muito difícil.
- Vou dormir aqui. – ele disse.
- Então eu também vou.
- Ué... Eu deixei?
- Você não tem que deixar nada. Aliás...
- O que acha de fugirmos? – me cortou.
- Fugir pra onde?
- Pro mundo á fora. – disse animado.
- Ta falando sério? Você... É sério?
Pov: Justin.
Seus olhos estavam tão diferentes... Brilhavam como diamantes.
- Se eu estou te propondo...
- Porque você quer fugir? E comigo?
- Porque eu não aguento mais essa vida de merda. E você é minha, você acha que eu vou fugir e não vou te levar junto?
- Sou sua?
- É. E não proteste você não tem escolha. Ah não ser que queira ficar com o Nolan.
Ela começou a rir.
...
Passamos a noite juntos e tendo diversas ideias para sermos felizes sem ninguém para nos atormentar.
...
No meio da noite acordo com ela fazendo carinho no meu rosto.
- Justin... É verdade?
- É verdade o que mulher?
- Que você esta aqui? Com memória e tudo?
- Puta merda. Você me acorda pra isso?
- É...
- Não. Eu estou fantasiado. Fiquei gostoso igual ao Bieber verdadeiro?
- Não.
- Não? Por quê?
- Porque você ta mais fofinho.
- Dá pro casalzinho calar a porra da boca? – nos assustamos com a voz do meu pai.
- JEREMY? – Carly ficou de pé e foi vê-lo. – Que bom que acordou. Vou atrás de um médico.
Ela saiu sem escutar o protesto dele.
- Até que enfim. – Me aproximei.
- Justin. Me perdoa. Por todas as mentiras e por ter separado você dessa mulher aí.
- Ué... Porque esta dizendo isso?
- Faz umas duas horas que ela esta acordada te observando. Se ela quisesse mesmo nos matar já estaríamos longe. Ela é confiável. E vocês se merecem.
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