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História Clockwise - II - Kishibe Rohan


Escrita por: caesarinox

Notas do Autor


Quero dizer que não ia postar hoje, mas aí o @AdamBolls veio, e chega melhorando assim meu dia a 1000000% me presenteando com uma capa para essa fanfic pela qual tenho tanto carinho.

Eu boiolei, e junto com a boiolagem vou postar.

Adam, não sei agradecer vezes suficientes, eu estou muito boba aqui!
Boa leitura!

Capítulo 2 - II - Kishibe Rohan


Josuke Higashikata era um estudante universitário já no auge dos seus vinte e cinco anos. Sua vida se dividia entre os estudos, a equipe de basquete universitária, festas e muitos, muitos namoricos e pegação. O jovem não conhecia a expressão “apegar-se a alguém”, pois todas as semanas tinha alguém novo em sua vida, embora fossem poucas as pessoas com que havia tentado a conexão amorosal, pois esse tipo de situação não era para si, as pessoas se envolvendo demais que aquilo que deviam, e lhe dando dores de cabeça infinitas, quando ele apenas se envolvia pelo contato físico, sem sentimentos envolvidos. Sempre deixava isso claro, mas algo nele fazia as pessoas se deslumbrarem de jeitos que simplesmente o afastavam dessa vivência. 


Recentemente, o japonês havia perdido os seus avós maternos num terrível acidente de carro na sua terra natal, Morioh, e havia voltado à grande prefeitura japonesa depois de lhe ser entregue uma série de bens que eram seus por direito, e que a sua mãe fizera questão que levasse consigo de volta para Tóquio, de forma a ter alguma lembrança que o pudesse ajudar a ultrapassar seu luto. Entre esses, estava um velho relógio de bolso em ouro, que estava parado no tempo, o vidro quebrado por conta do embate. O mesmo havia sido encontrado nos pertences junto ao corpo do seu avô, e o rapaz fazia questão de o trazer sempre no seu bolso desde então. Mas a ideia de que o relógio estava “morto” assim como o seu avô o deixava algo desconfortável, pelo que decidira que estava no momento de reparar aquele pequeno objeto, que tanto valor sentimental tinha para si.


Fora com esse pensamento que entrara na Kishibe  Jewelry & Clock Shop, a sineta antiquada ressoando no espaço pequeno e iluminado de forma confortável, o próprio espaço expirando vintage, os diversos relógios de cuco pendurados nas paredes mostrando o quanto era dada a valorização àqueles equipamentos analógicos, vendo mesmo alguns relógios de pêndulo figurando na parte de dentro do balcão, este que estava com diversos relógios de pulso e de bolso em mostruário, todos etiquetados de forma a mostrar os valores a pagar pelos mesmos, caso fossem do interesse dos eventuais clientes do espaço. O moreno, se recostara no balcão, esperando o funcionário aparecer, olhando os minutos passando no relógio mesmo diante de si.


Que estranho ninguém aparecer… ㅡ Murmurara para si, reparando numa campainha de balcão, à qual tocou uma única vez, se permitindo avistar um vulto sair de um pequeno cubículo nas traseiras da loja, o mesmo algo empoeirado. Pôde ver seus cabelos verdes cortados num undercut perfeito, que fazia descair sua franja lateralmente pelo rosto; assim como os óculos de aros redondos que estavam algo desajeitados, as roupas algo largas e até mesmo compridas lhe dando um ar adorável. O rapaz tinha feições que lhe davam uma aparência afeminada, no entanto seus traços masculinos eram predominantes. No seu conjunto, ele era muito bonito, e Josuke havia notado tudo isso apenas com um olhar, sentindo mesmo um rubor manchar sua tez, nunca antes havia visto alguém tão bonito assim, talvez um anjo? Se aquele garoto não o era, parecia uma versão de carne e osso das estátuas e pinturas renascentistas que retratavam essas criaturas celestiais. Se permitira retirar a si mesmo dos pensamentos, logo cumprimentando o garoto que parecia novo demais para saber mexer em relógios. ㅡ Bom dia…


ㅡ Bom dia senhor, peço desculpa pela demora, estava a arrumar alguma mercadoria no armazém. Meu nome é Rohan Kishibe, em que poderei ser útil a você nesta manhã? ㅡ Josuke fora brindado com um sorriso suave e delicado e a voz alheia, de tão jovial, o aturdira.


ㅡ Bom, meu nome é Josuke Higahsikata e eu vinha colocar o relógio de bolso do meu avô para arranjar, seria possível? ㅡ O jovem falara de forma calma, enquanto tirava a peça banhada a ouro do bolso, abrindo a tampa do mesmo e mostrando quão danificada estava, o olhar do outro se manifestando triste pelos danos causados ao relógio, ao qual o jovem diante si aparentava manter uma grande estima. ㅡ O meu avô faleceu num acidente de carro há umas semanas, e eu herdei o relógio dele. Minha mãe me contou há uns anos que este relógio havia sido adquirido aqui, na sua loja, e que se acontecesse alguma coisa, que deveria trazê-lo aqui. 


ㅡ Lamento pela sua perda, Higashikata-san. Eu de fato lembro da história desse relógio, tem muitos anos que ele foi comprado, pelo que me parece. O meu avô me contou algumas histórias sobre as suas vendas e tenho certeza que ele me falou desta preciosidade. ㅡ Rohan falara calmamente enquanto analisava cada pormenor do pequeno relógio, todos os detalhes e mesmo o vidro quebrado, que fez questão de remover com cuidado, deixando o mostrador temporariamente desprotegido. ㅡ Ele dizia que foi a primeira vez em muitos anos que teve gosto de vender um relógio, porque a pessoa que o comprara parecia quase tão apaixonado por relógios quanto ele era pela esposa. 


Ato contínuo, Kishibe pegara numa pequena lupa, observando cada detalhe e cada estrago causado no pequeno objecto, de certa forma o ver daquele jeito lhe dava alguma tristeza. 


ㅡ Foi bem estimado, até ficar assim, parece que relógios sobrevivem o quanto seus donos pretenderem que eles sobrevivam… ㅡ Terminou sua observação, falando num tom baixo, divagando até mesmo um pouco em seus pensamentos, sorrindo depois para o jovem enquanto se permitia guardar o artigo numa caixa de reparação, preenchendo uma guia para entregar ao menor. ㅡ Na Kishibe Jewelry & Clock Shop as reparações demoram um mês a ser feitas. Se for um relógio comprado aqui, a mão de obra é gratuita e apenas paga as peças para reparação. Terá de ser você a levantar, e terá de assinar um termo de reparação, para que possa registar no nosso sistema. Está de acordo com estes termos?  


Os olhos felinos observavam os amendoados do moreno através das lentes dos óculos de aros redondos, ambos ficando naquela observação por um pouco, depois se permitindo desviar, o rapaz ficando algo tímido, aquele tipo de olhares era incomum para si. Logo Higashikata se permitira retorquir, o olhando com certa curiosidade. Como sua memória era tão boa a ponto de se lembrar de coisas de anos atrás?


ㅡ Eu concordo com os termos… ㅡ O universitário assentira, se permitindo em seguida sorrir, sua curiosidade latente ainda estando mais que evidente em sua expressão.


Notas Finais


É isso, o primeiro encontro de Kishibe e Higahsikata. Será que as cordas e engrenagens do destino se movem a favor?

Obrigada por lerem até aqui ❤️


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