CLOSE TO YOU
-Escrita por S.Priscilla-
Lucy Heartphilia
“Tão jovem e tão linda. Minha pequena Lucy, estou mais perto do que você imagina.”
Era tudo o que dizia. E mesmo que fossem poucas as palavras, foram mais do que suficiente para fazer meu coração vacilar uma batida e em seguida assumir um ritmo descompensado. Minhas pernas tremiam, minha cabeça rodava e o ar já não adentrava meus pulmões com tanta facilidade. Eu sabia que poderia perder os sentidos a qualquer momento e realmente preferia que isso acontecesse, tudo que eu queria era esquecer que isso estava acontecendo, apagar essa culpa e acordar desse pesadelo. Fechei os olhos e soltei o ar pesadamente, aliviando a tensão dos ombros me acomodando o melhor possível naquela cadeira desconfortável.
Estava a espera do agente que cuidaria do caso e viria para me interrogar. À minha frente havia uma mesa de madeira reforçada com aspecto antigo, ocupada por diferentes pastas e fileiras de papéis, que deviam conter informações de outras investigações; a cadeira que acompanhava o imóvel era revestida de couro e com toda a certeza era mais confortável que a minha, esta estava desocupada já que o dono da sala não estava presente. Mais atrás havia uma janela que estava aberta e dava vista ao céu noturno coberto por nuvens de chuva.
Me ergui devagar e de forma lenta fiz meu caminho até a janela, quase tropecei nas pernas da cadeira, mas consegui evitar a queda. Me apoiei no batente e soltei meu peso sobre a parede, observando a cidade lá fora e sentindo um vento gostoso acariciar meu rosto, o que acabou por me ajudar a respirar melhor. Eu não entendia o que estava havendo, e nem por que. Nada daquilo pra mim fazia sentido, nem deveria, era loucura!
Cerca de duas horas atrás, Erza apareceu toda fardada à nossa casa, acompanhada de um pessoal do FBI (onde ela trabalha), e pediu para que eu os acompanhasse. Eles não tinham um mandato, mas Erza sabia que eu os acompanharia por vontade própria, seja para o que quer que fosse.
-Revistem a casa. –disse ela, autoritária. –Procurem indícios de que ela esteja sendo vigiada e certifiquem de que não foi invadida.
E assim foi feito. Saí acompanhada por Erza e mais outros dois agentes, deixando os outros para trás e nos dirigindo ao prédio onde está localizada a sede do FBI. Eu estava confusa. O que o FBI poderia querer comigo? Criminosa eu não era, na verdade o contrário disso, eu salvava vidas! O sentido da situação toda não vinha a mim, mas eu estava realmente preocupada.
Só mais tarde, naquela mesma noite, eu descobri que quando minha amiga ordenou a sua equipe que procurasse por indícios de que a casa estava sendo vigiada, ela não se referia só a casa. Ela se referia especialmente a mim!
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