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História Closer - Capítulo XIV


Escrita por: evilynebrochu

Notas do Autor


cosima narrando

Capítulo 15 - Capítulo XIV


Delphine estava querendo me deixar louca. Aquela fotografia da sua bunda, com certeza, ficaria salva na pasta secreta do meu celular. Era já um fato consumado que Delphine me deixava mais envolvida que maconha, sua vibe era alucinante. Confesso que fiquei surpresa quando visualizei aquela imagem, mas ainda sim era uma tortura mental estar tão perto, mas tão longe dela.

Também devo confessar que foi maravilhoso ouvir seu gemido e seu barulho singular pelo telefone, eu havia feito ela gozar apenas falando a constante do seu orgasmo, certamente ela estava sentindo minha falta tanto quanto a dela.

 

- Eu não faço a minima ideia de como retribuir esse favor, mon amour. - sua voz ecoava no aparelho, estava respirando de maneira pesada, tentando recobrar a consciência.
 

Eu rapidamente tirei a calça e a blusa que estava vestindo. Estava com uma lingerie rosa debaixo da roupa, não era a melhor escolha, mas ainda sim era uma cor agradável. Sentei na minha cama ajustando minha postura e projetando meu busto para frente, eu queria dar meu melhor ângulo para Delphine. Tirei algumas fotos tentando escolher qual seria melhor, eu estava tão nervosa, já havia feito aquilo antes, mas com uns três anos de namoro. Com Delphine eu não tinha uma relação estável, ainda. Fechei meus olhos e enviei a imagem.

 

- Como eu queria poder visitar seu quarto agora e tirar esse conjunto de você. Como eu queria te sentir na minha boca, sentir seu gosto doce descendo pela minha garganta.

 

Aquele áudio encorajou a ação dos meus dedos que correram para dentro da calcinha. Realmente, a boca de Delphine Cormier parecia ter alguma droga viciante para me deixar tão louca. Seu efeito sobre mim já estava se mostrando desde o primeiro dia que eu a vi, melhor: desde o primeiro segundo que eu a observei.

 

Meus dedos estavam massageando meu clitóris com calma, eu não queria ir tão rápido, queria sentir Delphine mesmo estando em outro quarto. Umedeci meus lábios e continuei a massagem profunda na região.

 

- Já te contaram o quanto você é deliciosa? Eu sinto sede do seu gosto, Cosima. Não quero mais beber água, desde sábado eu só quero beber você. Quero me afogar no seu gosto. - cada palavra que eu ouvia era mais um incentivo a continuar o ritmo dos meus dedos, que começaram a ganhar velocidade.

 

Não tardei em mandar um áudio gemendo em resposta para Delphine. Eu queria que ela se sentisse dona da situação, queria que ela perdesse o medo de nunca ter tido relações sexuais com mulheres. Claramente ela tinha um dom naquilo, e se dependesse de mim, nunca seria desperdiçado.

 

- Eu queria poder tocar na sua entrada, dividir você em duas partes e provocar seu centro. Seu centro latejante contra minha boca. Tem noção do quanto isso é delicioso? Eu acho que não. - de repente, Delphine começou a gemer provocando ainda mais. - Como eu queria esticar minha língua e chicoteá-la contra você. Queria sentir suas mãos no meu cabelo incentivando mais meu ritmo. Eu começaria lento, assim como você, mas depois ganharia rapidez. Sentiria seu meio contra minha língua, e logo depois seu gosto na minha garganta.

 

O fim daquele áudio culminou no meu orgasmo. Senti o líquido quente em meus dedos e fechei os olhos para recobrar a consciência mais rápido. Queria mandar um áudio o mais rápido possível para Delphine, mas naquele ponto, ela sabia que eu estava tentando me localizar no tempo e no espaço.

 

“O que eu disse, baby? Com o tempo você vai pegando o ritmo. Agora mesmo eu só queria sentir sua língua limpando tudo o que você causou em mim.”

“Quero fazer isso pessoalmente o mais rápido possível, ma chère.” Respondeu minha mensagem rapidamente. “Queria ficar conversando mais com você, mas preciso ir dormir agora. Boa noite, ange.”

 

Eu estaria mentindo se eu não quisesse ficar conversando com Delphine até o sol começar a aparecer no céu, mas eu entendia que ela precisava acordar cedo na manhã seguinte porque mesmo com Rachel trabalhando na instituição, ela não pegaria leve com Delphine. Para o meu azar…
 

[...]

 

Na manhã seguinte eu acordei com uma mensagem de Delphine, mas também de Scott. Era engraçado ter Scott como amigo, ele havia mandado cinco mensagens, sendo a primeira só de bom dia. Estava nervoso porque iria pedir Evie em namoro na hora do jantar, ele já havia comentado comigo seu plano de pedi-la em namoro, mas estávamos distantes porque ele estava fechado para conhecer Evie, e eu para conhecer Delphine.

 

Como eu queria contar para Scott tudo que estava acontecendo entre Delphine e eu, mas ainda era muito cedo. Não tínhamos definido nossa relação, não tínhamos ainda um compromisso firmado, e talvez ela não queria isso. Dentro da minha cabeça havia nós mais seguros que meus dreads. Tudo culpa de Delphine Cormier.

 

Durante a manhã daquela terça-feira eu fui até a biblioteca pesquisar esclarecer algumas dúvidas sobre botânica para a aula da tarde, eu havia esquecido algumas informações cruciais, então para não dar uma aula vazia acabei optando por passar a manhã presa nos livros. Eu queria ser uma professora exemplo.

 

Anotei alguns detalhes no meu caderno e fui até o refeitório para almoçar. Eu estava quase atrasada para a refeição. Delphine não havia ido almoçar naquele dia, certamente estava presa no escritório por causa de Rachel.

 

Felix estava furioso, furioso desde Leekie havia passado por cima de Delphine para colocar a garota dos olhos de volta ao corpo docente da instituição. Apesar de ter marcado presença na festa de sexta, o paradeiro de Aldous ficava cada vez mais misterioso. Recordo-me de tê-lo visto muito pouco, e a frequência estava diminuindo ainda mais. Siobhan dizia que ele estava dando atenção aos netos Gemma e Oscar, filhos da única filha de Aldous. No fundo todos estavam com uma pulga atrás da orelha.

 

[...]

 

Depois de ter tomado meu banho pós almoço, segui até a sala de aula. Sentei-me na minha cadeira e inclinei meu corpo para trás. Estava tomando fôlego porque às 14h, as garotas entrariam na sala. Minha rotina nunca fora tão puxada, mas no entanto nunca fora tão recompensadora. Estava revisando a apresentação do slide quando notei uma presença ao meu lado. Não era Delphine, era Durrani, certamente querendo conversar.
 

- Senhorita Niehaus… - a olhei com reprovação, odiava formalidades. - Perdão, Cosima. Eu estou com uma dúvida sobre a aula de ontem… - diminuiu seu tom de voz.

- Ah, OK. Qual é sua dúvida?

- É um pouco complicado... - seu tom de voz continuava baixo, quase sumindo no silêncio da sala. Bem, ontem na aula você falou sobre sexo hétero… Eu… Bem… Eu queria saber se tem maneiras de se proteger em outro tipo de sexo. Claro que eu não vou engravidar, mas  eu queria saber se tem como eu me prevenir de algumas doenças. Não sei…

- Então… - antes que eu pudesse responder fui interrompida pelas garotas adentrando pela porta. Os olhos castanhos de Durrani ficaram perdidos no ambiente, pude sentir sua vontade de sair correndo, mas a segurei pelo braço. - Falo com você quando essa aula acabar, pode ser? - ela acenou confirmando com a cabeça
 

Durante toda a aula eu pensei em Durrani. Será que ela estava namorando alguma garota dentro do instituto? O que será que ela estava planejando? Eu pedi para as garotas analisarem algumas amostras de solo que pegamos na aula anterior, enquanto eu pensava naquela breve conversa com a garota de traços árabes. Lembro-me de ter perdido minha virgindade na idade dela, foi uma das melhores/piores decisões que eu havia tomado na minha vida. Eu havia escondido algo de Delphine naquela conversa do domingo. Antes de Emi, eu havia tido um breve relacionamento com uma garota da minha escola, e esse foi o meu maior arrependimento. O fato é, essa garota gravou nossa primeira vez e postou em algum site pornô em troca de alguns dólares. Eu nunca havia me sentido tão usada, e eu esconder essa história de Delphine partia do princípio de ninguém saber dessa história tirando eu, Scott e meu pai.

 

Eu me lembro dos olhos castanho acinzentados dele compadecidos pela história. Antes de Scott, meu pai era meu melhor amigo, e mesmo ele tendo ficado absurdamente chateado por eu ter transado com essa garota me acolheu e me ajudou a denunciar à polícia. Eu implorei para meu pai não contar nada para minha mãe, e esse era o nosso único e maior segredo na família Niehaus. Na época eu só tinha 16 anos, e minha mãe não sabia da minha sexualidade, enquanto meu pai sabia desde os meus 13 anos quando eu o contei que estava gostando uma garota do curso de espanhol.

 

Walter Niehaus me aceitou desde o primeiro momento da descoberta da minha sexualidade. Ele é o melhor pai do mundo sem sombra de dúvidas!

 

Pedi para as garotas fazerem um relatório com todas as observações e entregasse a Scott. Era mais um dos relatórios em conjunto das nossas aulas, uma das piores coisas porque precisaria da nossa correção coletiva. Eu preferia mil vezes falar com Scott sobre futebol do que corrigir relatórios de biologia, mas eram obrigações do ofício.

 

Estar longe de Delphine fazia com que minha mente pregasse peças em mim. Eventualmente eu me pegava pensando sobre esse pior momento da minha vida ou sobre precisar estar distante dela por pouca coisa. Esperei a moça da limpeza chegar para poder abandonar a sala e conversar com Durrani.
 

Andei pelos corredores apressadamente quando eu esbarrei na figura que só tinha visto uma vez anteriormente. Era Rachel Duncan, ela tinha uma cara de poucos amigos e a face se fechou ainda mais quando me viu. Mais uma vez uma sensação ruim correu pela minha espinha. Seu olhar era mortífero enquanto eu pegava alguns papéis que havia caído. Sussurrei um pedido de desculpas e continuei andando pelo corredor em olhar para trás. Eu tinha certeza que se olhasse diretamente pros olhos dela viraria pedra.
 

[...]

 

- Basicamente você pode usar um plástico filme. É super desconfortável, pra ser sincera, mas ainda sim previne doenças… - eu tentava parecer o menos patética possível - Na internet também tem dedeiras porque se você tiver com qualquer corte no dedo pode pegar alguma infecção. - eu estava falando aquilo mesmo? Conversando sobre aquele assunto com uma aluna? Fora da sala de aula?
 

 

A conversa com Durrani foi mais calma do que eu havia imaginado. Eu não queria ser invasiva a ponto de perguntar a razão daquelas perguntas, mas ainda sim eu estava com uma enorme interrogação na cabeça. Durante a janta eu encarava Delphine, estava querendo ler sua mente. Ela estava distraída e as poucas mensagens durante o dia me faziam querer esganar Rachel. Ela era a razão dessa distração de Delphine…
 

Eu ainda precisava aprender os traços de Delphine, Felix olhava para ela como se soubesse o que ela estava pensando, ou talvez ela houvesse contado para ele assim como ela havia contado sobre nós duas.

 

A mesa ficou em silêncio por um momento, e Scott viu naquela situação a oportunidade perfeita de pedir Evie em namoro. Todos estavam prestando atenção na janta quando ele se levantou da mesa e começou um discurso até que decorado. Fazia um tempo que ele e Evie estavam juntos, e era só questão de um dos dois tomar coragem para o relacionamento se concretizar.

 

- Eu conheci você a pouco tempo, Evie, pouco tempo para construir nosso relacionamento, mas eu sei que você é a garota certa. Eu olho nas suas órbitas castanhas e me perco facilmente. Eu estou totalmente apaixonado por você. Aceita me namorar?

- Claro que eu aceito, Scott! - Evie respondeu fazendo a mesa vibrar e as alunas também. Era o mais novo casal do instituto.
 

 

Automaticamente olhei para Delphine que sorria com extrema alegria, aqueles dentes brancos e maravilhosos. Certamente estava feliz por Evie, e eu por Scott. Nossos amigos estavam namorando, e como eu queria namorar Delphine. Tornar concreto o que estávamos construindo, mas fazia pouco tempo, eu não queria atropelar esse sentimento que era tão novo pra Delphine.

 

Senti meu celular vibrar no meu bolso e peguei na minha mão. Era ela. Deslizei a tela do celular e visualizei a mensagem. Ela queria me encontrar no coreto para conversar comigo. O que seria? Eu estava me corroendo de curiosidade, mas ainda sim precisávamos esperar. Esperar todo mundo ir dormir. Agora eu era um animal noturno.

 

[...]

 

Acabei vestindo um sobretudo devido ao frio que estava fazendo naquela terça. Ter crescido no Canadá me fazia ter uma alta tolerância ao frio, mas ainda sim estava muito frio para mim. Desci até o coreto e a esperei por cerca de 15 minutos. O que eu não faria por Delphine Cormier?

 

Ela correu até meu corpo e me abraçou. Abraçou possessivamente, estava sentindo saudades do meu calor sobre o corpo dela. Eu também estava.

 

- Eu estou tão feliz por Scott e Evie. - comentou no meu ouvido.

- Eu também! Eles merecem toda a felicidade do mundo, Delph. - respondi.

- Estou preocupada com algumas coisas. - soltou do abraço sentando-se no banco de concreto.

- É, eu também… Mas conta você primeiro.

- Brooke, a garota que passou mal na sua aula, está com os exames todos regulares. O histórico de saúde ela é impecável. Nunca nem pegou um resfriado, e está aqui desde o fundamental. Eu realmente estou preocupada com ela.

- Mas ela demonstrou algum comportamento estranho desde que ela voltou?

- Felix me contou que ela estava abatida, não queria mais pintar, sendo que ela respira arte. Tem alguma coisa acontecendo, com certeza e eu irei descobrir! Mas o que está preocupando você, mon amour.

- Sabe Durrani? Do primeiro ano? - concordou com a cabeça. - Me perguntou algo muito esquisito, mas eu como professora tive que esclarecer as dúvidas.

- Cosima, para de enrolar.

- Ela me perguntou maneiras de proteger de doenças sexualmente transmissíveis, numa visão lésbica das coisas…

- O QUE? Do nada? O que você disse? - estava nervosa e alterada.

- O que era necessário dizer, Delphine… As pessoas criam uma utopia que sexo lésbico não causa doença, mas causa sim. - expliquei rapidamente. - Eu falei como professora.

- Ainda bem. - suspirou.

- Por que?

- Vai saber se Rachel não mandou ela vir falar com você.

- Você não está sendo um pouco paranóica? - se naquele momento eu soubesse o que eu sei hoje, certamente nunca teria falado algo do tipo.
 

Delphine ficou em silêncio, tirou sua mão que estava enlaçada a minha e correu. Correu até o prédio principal, saindo do meu campo de visão. O que havia entre ela e Rachel era maior do que eu poderia imaginar…

 


Notas Finais


obrigada por todos os comentários e favoritos
um aviso: excepcionalmente o capítulo de segunda que vem será postado na sexta-feira pois vou entrar em semana de prova, mas depois voltamos com nossa programação normal (e possivelmente com capítulos extras) espero muito que vocês entendam <3
online 24hrs no twitter violetchochki
ps: bolão de aposta pra saber o que a Rachel fez com a Delphine


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