História Cloudy past - Marotos - An Aggressive Doll

POV. Apollim

Já tinha muita gente lá, mas pelo menos a mesa estava cheia de comida e quando eu coloquei os olhos em um prato cheio de pudim , não me contive. Lucios já ia atacar o prato , mas eu fui mais rápida , dei uma enorme tapada em sua mão.

 -  Tira o zóio disgraça , isso é meu infeliz- digo pegando o prato para mim.

-  O que você disse seu sangue ruim?! - Sussurrou ele.

 - Se meu sangue fosse ruim nem estava vivo , sangue ruim é o seu , tá pálido e parece até uma múmia , agora faça o favor de calar a tua boca e me deixar comer em paz.- penetro seu olhar , o calando totalmente.

Volto  minha atenção ao prato de pudim , sentindo uma enorme felicidade , que se esvaziou em 5 minutos pelo prato estar vazio. Mas pelo menos estou satisfeita, olho para severo e vejo ele olhando diretamente para a mesa da grifinória, sigo seu olhar e o vejo olhando para uma garota ruiva.

Seu cabelo era como fogo e seus olhos como lindas esmeraldas. Pelo jeito o severo estava gostando dessa garota, isso é bom , eu acho. Pressiono meus olhos para ver melhor, e vejo que os marotos estão perto dela , essa visão me incomoda muito .

   - Severo.- o chamo fazendo-o olhar para mim.

  - Fale.

  - Qual dos marotos você mais odeia?- digo apoiando minha cabeça em minhas mãos

  -  James.- ele apontou para o garoto de óculos

  -  Entendi.

Vejo a garota olhando para o James , mas não consigo decifrar aquele olhar.

  -  E você? .

   -  Peter Pettigrew. - Falo direto, sem nem mesmo pensar.

    -  Faz sentido.- ele esconde um meio sorriso de seus lábios.

 Fico mais um tempo falando com Severo sobre os marotos , até que vejo a Lizz com uma enorme torta em suas mãos. Me levando bruscamente puxando severo comigo o levando na direção de minha amiga.

   -  Lizz fofa, aonde vai com essa torta?- pergunto olhando para a torta

   -  Ahhh..... sabe... a intenção é come- respondeu confusa

    - Sério?  Que bom , eu te ajudo. -Digo pegando a torta de sua mão.

Mas parece que Merlim não estava de bom humor hoje,  pois no momento que eu peguei a torta ela caiu da minha mão.

  -  Apollim..............-apenas ouvi a voz de Lizz ecoar pelo salão  (pois já estava vazio)

- Então. .........- Digo me afastando bem devagar.

Olho para o lado e vejo que Snape já estava colado na porta,  mas na parte mais escura, só olhando a situação. Ela levantou a cabeça e olhou o chão por alguns segundos. Já estava engolindo seco, ela estava me dando muito medo. Lizz passou a mão igual uma dama, prendeu o cabelo em um coque , e sorriu angelicalmente para mim.

   - Corre- disse simplesmente.

Não  precisou falar mais , pois já estava na porta correndo junto a Severo. Ainda bem que os corredores estavam vazios , pois estávamos em um enorme desespero.

  - Severo- digo enquanto viramos o corredor.

-  O que? - Disse ofegante

-  Como sabia que era pra correr? - Dou um tropicão e quase caio , mas recomponho o equilíbrio

 - Lúcios me disse como sua irmã é .

Olho para trás e vejo a Lizz se chegando perto.

 - Acelera aí Severo , ela está chegando perto .-  Severo desce a escada correndo , e eu o sigo, mas como disse , merlim está de mau humor. Tropeço de novo , e saio caindo em cima de severo.

O  pior era que a escada é gigantesca, quando chegamos no final , minha queda foi amortecida por snape, a posição não era a melhor de todas. Eu estava em cima dele, minha capa ficou na metade da escada , meus botões estavam abertos até meu peito , dando uma vista significativa do  meu mini busto. Por  causa da posição , a calça , mesmo sendo larga , estava esticada , dando um volume em meu traseiro, mas não deu muito tempo para ele decifrar a visão.

Olhei para cima e vi a lizz me olhando com os olhos queimando por vingança e dei um enorme pulo por causa do susto.

  - Meu Merlim!

Snape aproveitou que a lizz estava focada em mim e deu no pé, a se eu encontrasse ele novamente......iria virar pó. Liz estava me segurando pelo colarinho, numa tentativa falha de me levantar, pois eu era muito maior que ela.

   - Eu não acredito que você fez isso .

  -  Foi sem querer ...... não me mata pelo amor de Merlim- já estava descendo uma gota de lágrima do meu rosto.

  -  Matar?- cara inocente- Nunca Apollim, apenas me vingar. Você odeia o uniforme feminino, não é? - Sorriso malígno.

 - Lizz, não faz isso , você não entende , não posso fazer isso , pelo amor de deus lizz- já estava gritando de desespero.

 -  Um dia, você me deve agora senhorita Apollim, um dia inteiro com o uniforme feminino- respondeu mais calma - Eu tenho um modelo perfeito para você, eu que desenhei sabia??

  - Eu juro....JURO QUE SE FOR A MERDA DE UMA MINI-SAIA , EU JOGO NO LIXOU , OU MELHOR , TACO  FOGO!.

  -  CLARO QUE NÃO NÉ. Eu desenhei me inspirando em você ok ?- respondeu se fazendo de ofendia.

- hmmmm.........ok  , vou confiar em você, mas agora me libera , está praticamente me despindo no corredor- digo

Ela  me larga e me deixa respirar , isso foi bem assustador.

  -  Claro. Bem... eu vou atrás de  outra tortinha.- disse simplesmente, me dando as costas.

Ainda muito nervosa, levanto do chão com as pernas tremendo. Isso com certeza é uma cena que não quero que se repita. Tento inutilmente arrumar meus cabelos, que continuaram avoaçados.

Calma Apolim , já passou, ela já se foi..

Começo a andar em direção as masmorras , pensando , que não vai ser uma boa ideia aparecer com um uniforme feminino, espero que a Liz tenha dó de mim, e esqueça desta ideia louca. Paço pelo buraco da comunal e vejo , Belatrix , Narcisa , Lucius , Avery e Mulcifer conversando em um canto isolado , enquanto Severus está sentado perto da lareira.

 Como eu não queria dormir , e ficar esperando a liz trazer as tortas , me dirigi ao Severus e sentei ao seu lado. Ele  estava tão desajeitado quanto eu, seus cabelos bagunçados e seu rosto levemente coradO.

  - O-oi........- Digo tentando acalmar minha respiração.

 Isso.....- Ele olha pra mim de cima pra baixo , me olhando desconfiado.

 - Então, primeiro , não olhe assim para mim. Segundo , como você é inteligente , sei que percebeu uma coisa diferente .Terceiro , não fale pra ninguém.- digo calma olhando diretamente para ele.

  - E quem garante que eu não vá contar pra ninguém ?- Ele tem a coragem de me ameaçar descaradamente?!

- Bem , se você quiser ficar pior do que já está é sua escolha , além que iria perder a sua ruivinha.- No exato momento que falei aquilo, se fosse possível , ele já teria me matado com olhar de ódio que lançava para mim.

 - Mas é claro que não farei nada.

Um silêncio permaneceu durante longos 2 minutos.

 - Posso te ajudar com ela , se você quiser ....sabe .... fazer vocês ficarem juntos- Digo com um certo receio.

-  E por que razões faria isso? - Misericódia, que cara mais desconfiado.

 - Porque eu percebi que você gosta muito dela.....E acho que seria uma boa não te ver mais com essa sua carranca. ..Quer dizer , sem seu mau humor

Ele me olha por alguns segundos, como se estivesse procurando um resquício de mentira,  mas percebe que estou falando a verdade.

 - Ok. .... pensarei sobre isso...- Ele se levanta e se dirige até os dormitórios masculinos,  até sumir nas escadarias.

Olho em volta e percebo que não tem ninguém. A comunal estava vazia. A não ser por um ser que me olhava em um canto escuro.

Elizabeth

 

  Pov. Elizabeth

               

Andei durante um bom tempo, quando dei de cara com Regulus. Seus olhos estavam fixos em mim, enquanto eu caminhava em sua direção.

 Era estranho. Eu sentia como se eu já tivesse visto ele hoje, porém eu não conseguia lembrar. E sinceramente seria um milagre, pois ele parece não gostar muito de mim, sempre deixou isso claro nos jantares de Natal que a minha família ia em sua casa.

 A imagem da minha tortinha de chocolate caindo veio com tudo na minha cabecinha loira. As lagrimas foram se formando levemente cada vez que a imagem deva play de novo. Regulus deve ter percebido, pois perguntou se eu estava bem, me olhando atentamente.

 - Ela derrubou a minha tortinha... No chão... Todo o chocolate esparramado no salão. - Falei andando em direção ao quadro que Lucius disse ser a cozinha. Cheguei em frente a ele e fiz o que me foi instruído fazer para ele se abrir. Fiz cocegas na pera, que ficava logo ao meio.

 Sorri maravilhada quando ele se abriu e mostrou uma cozinha incrivelmente grande, onde diversos elfos-domésticos se espalhavam por ela. Cada uma fazia uma tarefa diferente, e alguns as vezes se revezavam em duas tarefas alegres.

Entrei ainda maravilhada, olhando em volta. A sensação de ter esquecido alguma coisa se fez presente, porém não dei muita atenção,  depois eu tentaria lembrar. Segui até uma mesa que ficava logo ao meio, me sentei e um elfo se aproximou.

 - Uylo a seu dispor senhorita. No que Uylo pode ajudar a senhorita? -Perguntou fazendo uma reverencia, um tanto quanto exagerada. Não tinha necessidade disso, porém sei que é o jeito dos elfos-domésticos então deixai de lado.

 - Olá Uylo, me chamo Elizabeth. Você poderia me trazer algumas tortinhas de chocolate pera mim? E embrulhar algumas para minha amiga? - Perguntei sorrindo, observando seus olhos brilharem enquanto ele assentia desesperadamente e logo em seguida sumindo em um bop.

 Olhei em volta e dei de cara com Regulus que me olhava tentando segurar a risada, se sentando ao meu lado. Aló Liz. Acho que foi ele que esqueci, eu acho que sou meio tapada as vezes.

 Logo ouvi um Bop e Uylo apareceu na minha frente, colocando um prato cheio de tortinhas de chocolate em cima da mesa e me entregando um embrulho com estampas de pequenas flores. Achei lindo.

- Muito obrigada Uylo. Você salvou a minha vida. - Seus olhos se arregalaram e o pequeno começou a pular alegre, dizendo " Uylo salvou a vida da senhorita" diversas vezes. Achei ele tão fofo.

Ele se despediu dizendo que tinha trabalho a fazer. Regulus se virou em minha direção, levantando a sobrancelha enquanto observava eu literalmente atacar as tortinhas.

  - O que foi? São as minhas favoritas. - Falei fazendo biquinho. Me assustei quando senti seus dedos passando levemente em meus lábios, os contornando lentamente.

- Estava sujo bem aqui. - Respondeu minha pergunta muda se aproximando. Logo seus lábios se encontraram com os meus, fique em choque pois nunca imaginei que ele me beijaria. Sua língua faminta pediu passagem, logo explorando todos os contos de minha boca, ele tinha gosto de alguma coisa que lembrava menta e ao mesmo tempo quente. Eu achei estranho e ao mesmo tempo bom.

 Sua mão desceu pelas minhas costas, se envolvendo em minha cintura, puxando meu corpo de encontro ao seu. Gemi em seus lábios e logo tive vontade de me bater por ter feito um som tão constrangedor como esse. Coloque minhas mãos em seus cabelos, puxando levemente e dessa vez foi a sua vez de gemer, nossas línguas se entrelaçaram e a maldita falta de ar nós pegou de jeito.

    Nós separamos devagar, com nossas respirações ofegantes se misturando. Seu olhar era selvagem e predatório, como uma ferra louca para atacar a sua presa.

        Seus olhos se arregalaram e ele se levantou desesperado, murmurando um "desculpas " e saiu pela porta me deixando chocada para traz. Levantei minha mão tremula e toquei meus lábios, que agora devem estar vermelhos, ele me beijou e depois fugiu, pensei sentindo certa amargura em meu coração. Por que ele fugiu? 

.. Ok ...Essa eu não esperava...

Mordi minha tortinha de vagar, enquanto ia andando pelos corredores. Depois de me recuperar do choque do beijo, juntei meu embrulho de tortinhas e resolvi voltar para dormitório.

Querendo ou não, Regulus não saia da minha cabeça e a cada corredor que eu passava, minha mente se lembrava da sensação de seus lábios colados aos meus.

 Ele não tinha esse direito, isso é claro para a minhas pessoas. Porém a sensação de lembrança do seu toque me perturbava em um grau assustador. Era quente e ao mesmo tempo gelado, a mistura perfeita da mais pura e excitante confusão. Fechei meus olhos passando perto de uma série de janelas, que estranhamente estavam abertas.

 O vento batia contra o meu rosto e soprava docemente meus cabelos para trás, e de repente eu senti. Era forte e intenso. Passava pelo meu corpo e se aprofundava no fundo da minha alma e daí eu vi, seus olhos me observando no fundo da minha mente. Me chamando, me atraindo para si.

 E assim como começou, ela se foi de repente, se separando do meu corpo e alma, arrastando todas as minhas confusões para fora do meu subconsciente. Todas as minhas emoções e lembranças se mostraram.

Inocência.

Paz.

Amor.

Confusão.

Descontrole.

Esquecimento.

Solidão.

Esperança.

Fortes e misturadas, como um furacão que avançava lentamente, botando medo em suas vítimas. Pode ser estranho, porém eu já estava acostumada e fiz a única coisa que eu podia fazer  essas situações. Ergui a cabeça e segui como a dama que me ensinaram a ser.

Mesmo com o vento ricocheteando meus cabelos violentamente, não me permiti abaixar a cabeça ou fechar os olhos. Os corredores podiam estar vazios, mas o meu sangue esquentava  em minhas veias, me alertando que nem para a escuridão e solidão você se rebaixa.

 Cheguei na entrada das masmorras e respirei fundo, naquele ponto já era bem frio e o uniforme  feminino não é o mais adequado para essa temperatura. O caminho era escuro agora a noite, isso devia me dar medo, porém só contribuía para a adorável  sensação de doce lar.

Entrei no salão comunal e devagar observei se alguém ainda estava acordado. Para a minha surpresa o salão estava até que bem cheio, pensei sorrindo.

Apollim e Snape conversavam em um canto, pareciam entretidos. Meu casal preferido estava na companhia de o que me parecia Bellatrix...ok...Eu amo o cabelo dela, mas depois eu penso nisso Avery e Mulcifer "amigos" de meu irmão, já os vi em alguns natais em minha casa.

 Voltei meu olhos para Apollim que pelo jeito já tinha encerrado seu diálogo com Snape, pois ele já subia para o dormitório masculino, um tanto quanto alterado se reparassem bem.

Assim que o olhar de Apollim se encontrou com o meu indiquei as escadas com a cabeça, indicando para ela subir. Temos que botar o papo em dia e esse é o melhor momento. Segui pela parte mais escura do salão comunal para não ser percebida, porém quando eu já estava no final da escada senti os olhares de Lucius em minhas costas, suspirei dramaticamente. As coisas pelo jeito não mudaram muito, já que ele sempre descobria meus esconderijos quando brincamos, mas eu ainda duvido que era trapaça.

Adentram o quarto e finalmente me joguei na cama, com meu corpo relaxando aos poucos, que dia louco. Ergui a  cabeça e a vi  me olhando com um sorriso suspeito em seu rosto. Alô Liz, você que tem que sorrir assim para ela, foi tu que viu ela de conversinha  com o Snape, pensei brincalhona.          

 -  Não me olhe assim senhorita, você que estava conversando com o Snape-. Falei me levantando e seguindo em direção a sua cama para logo em seguida me jogar novamente.

 - Cadê a pequenina?- Perguntei olhando em  volta buscando a pequena raposa.

-É ...Pode ser .... Mas que tal me fazer um favor? Sabe , para ajudar os amigos - Diz ela me olhando diretamente nos olhos. Lá vem.

  -  Vai pode dizer.- respondi logo me arrependendo.

 -  Então,  estou precisando de ajuda para desencalhar o Severo. .....Sabe. ...Ele está muito solitário,  e pelo que percebi, seu amor não é correspondido. Seria legal ajudarmos ele com isso né? - Hmmmm.

 -  E como exatamente você quer fazer isso?- estou temerosa? Claro.

 - Hmmmm......... poderíamos nos aproximar dos marotos ...Ou melhor , eu me aproximo deles , e você faz amizade com a Lilian,  a garota que ele gosta. O que acha?-

Lilian? A amiga do Remus. É talvez isso seja legal afinal de contas.

  -  Quando  a gente começa?- perguntei sorrindo enquanto pegava o embrulho de tortinhas.

  - Amanhã! Quanto mais rápido melhor.

Que Merlin nos ajude, essa vai ser difícil.

Ofereci o embrulho para Apollim, que continuava sentada na beirada da cama. De repente a lembrança do ocorrido na cozinha me fez me sentar, o que chamou a atenção de Apollim que começou a me olhar desconfiada.

 - Ei. ...Por que você está tão vermelha , está se sentindo mal ? Se quiser te levo para a enfermaria. - Perguntou me fazendo corara ainda mais lembrando dos olhos de Regulus.

 -  Bem... aconteceu uma coisa enquanto eu estava na cozinha.- respirei fundo tentando me concentrar- Regulus...ele...me encontrou no corredor e me acompanhou até a cozinha. Ele estava...carinhoso comigo, preocupado... e... ai Apollim-. suspirei triste comigo mesma, isso mexeu tanto comigo e eu só percebi agora.

 -  ......

  -  Ele me beijou e eu não consigo tirar isso da minha cabeça.- confidenciei incerta, tentando focar em um só sentimento no meio desse turbilhão.

  - Isso é de certa forma bom,  pois significa que você tem um grande afeto por ele .....né?.

  -  Eu não sei, tudo é tão confuso. Eu me sinto segura com ele, porém ao mesmo tempo é como se ele estivesse brincando comigo, seus sentimentos são um mistério, que mesmo eu odiando admitir, talvez eu queira desvendar.- é tão idiota o quanto esse sentimento me domina.

Peguei mais uma tortinha e voltei a deitar, deixando minhas pernas para fora.

 - Eu não tenho experiência com esses sentimentos. ..Mas espero que você consiga se encaixar neles...- eu conseguia enxergar carinho em seus olhos e isso me acalmou,

O quarto caiu em um silencio confortável, me ajudando a pensar.