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História Clover - Capítulo Seis


Escrita por: blancchan

Notas do Autor


Olá pessoal *-*
Estou aqui com mais um capítulo para vocês, esse e o próximo serão um o ou o mais tranquilos mas depois disso, pretendo animar um pouco mais as coisas *-*

Muito obrigada a todos os favoritos, todos os comentários e todo o apoio, vocês são maravilhosos motivadores *-*

***Todos os créditos das imagens, aos autores.***

Capítulo 7 - Capítulo Seis


Asta

– Boa noite meus jovens... – Julius falava empolgado enquanto eu nem prestava atenção direito em suas palavras, pois estava muito concentrado na comida servida a minha frente. – Os alunos mais antigos já sabem de nossa tradição, mas os novos talvez ainda não tenham ouvido falar do nosso baile de boas-vindas! – Prestei atenção por um momento, um baile? Mas qual a serventia disso, dei de ombros por fim, não estava muito interessado em um baile.

– AAAAAASTA! – Dei um pulo ao sentir uma aura pervertida surgir atrás de mim, de onde esse Finral surgiu do nada? – Garotas, m-muitas garotas... – Seus olhos brilhavam e ele saiu quase dançando para o lado de outras pessoas, gargalhei com o gesto.

– Ele não tem jeito. – Suspirei.

– Será que poderei trazer Marie? – Gauche pela primeira vez falou comigo e eu estranhei a forma como ele olhava para uma fotografia em suas mãos.

– Hm, não acho que pessoas de fora serão aceitas. – Falei baixo.

– Não se meta em meus assuntos com Marie seu moleque, ela é minha irmã mais nova e você não deve nem chegar perto dela, está me ouvindo? – Olhei assustado com a mudança de humor do garoto e deixei o assunto de lado, ele era literalmente um perturbado, decidi voltar minha atenção novamente para o diretor.

– O baile será no próximo final de semana e todos terão o toque de recolher suspenso nesses dois dias. – Ele continuava em seu tom animado. – Vão com seus pares, vão sozinhos, vão da maneira que quiserem, mas aproveitem esse momento antes de iniciar as ofertas de trabalho. – Piscou para todos e se retirou.

Após o jantar, aproveitei que tinha um tempo e fui falar com o Yuno, já que não nos falamos muito durante os últimos dias, segui para o lado de fora do salão e ele estava sentado no muro que dava uma visão muito bonita dos campos que ficavam abaixo.

– Yo, Yuno. – Acenei me aproximando do mesmo com um sorriso largo.

– Asta. – Ele disse simplista.

– E-então... – Suspirei pensando nas palavras do diretor. – Um baile, né? – Questionei sem jeito.

– E daí? – Ele riu da minha cara.

– Você vai chamar alguém? – Minha curiosidade era nítida, eu não sabia lidar muito bem com essas coisas, odiava eventos que se baseavam em formalidade, torci a cara com meu pensamento.

– Sei que as meninas esperam um convite e estamos em um número correto para irmos em pares. – Ele disse simplista. – Mas não gostaria de chamar ninguém, se tivesse essa opção. – Ele igualmente torceu a cara e rimos juntos da nossa situação.

– Mas quem você vai chamar? – Questionei, já que agradar as meninas parecia uma ideia legal, afinal, somos um grupo que está cada vez mais unido.

– Hm... – Ele disse pensando. – C-charmy... – Ele disse um tanto sem jeito e eu ri de sua expressão.

– Sério? – Disse tentando conter a risada. – Por isso vocês andam tão juntos em algumas aulas. – Completei me lembrando que após ele ter dividido uma pequena barra de chocolate com a garota, a mesma sempre está ao lado dele nas aulas.

– E você? Seu idiota... – Ele resmungou retomando a postura contida de sempre.

– N-não sei. – Desviei meu olhar e ele riu de lado.

– Cego como sempre, Asta. – Ele disse pulando do local onde ele estava sentado. – Bom, eu vou chamar aquela garota, antes que alguém a chame. – Ele deu um toque nos meus ombros e seguiu seu caminho, mas antes de entrar pela porta, ouvi suas últimas palavras. – Você anda muito com a Noelle, sabia? – Quando me virei, ele já havia entrado e saído do meu campo de visão.

O que ele havia dito, não era uma verdade, eu e Noelle tivemos sim alguns momentos, mas a verdade é que ela não permite que ninguém se aproxime dela por mais de um breve momento, eu entendo que ela tem seus problemas, mas ela precisa entender também que ela não está mais sozinha, enfim, no final das contas, acho que tenho que entender que cada um tem seu tempo. Suspirei fundo, sendo retirado de meus pensamentos pela mesma garota que os ocupava.

– Já está quase na hora de ir para o quarto, sabia? – Ela disse em seu tom turrão.

– Agora está preocupada comigo? – A olhei de canto e vi seu rosto corar.

– M-mas é claro que não... – Ela desviou seu olhar e eu ri de sua expressão. – E-eu já estou indo para meu quarto. – Ela disse sem jeito. – Sabia que Yuno acabou de chamar a Charmy para o baile? – Senti seus olhos mirarem o chão enquanto ela apoiava seus braços no muro e apoiando seu corpo no mesmo.

– Nossa, ele não perdeu tempo mesmo. – Sorri para ela. – Mas e você? – Questionei curioso.

– Ninguém aqui é digno de me levar a esse baile. – Ela empinou seu nariz e eu senti um pouco de raiva da maneira que ela falou.

– Entendo. – Me levantei do muro tirando do meu coração os resquícios de vontade que eu tinha de convidá-la depois da conversa com Yuno. – Boa noite Noelle. – Disse ríspido e me retirei do local a deixando sozinha.

– Boa noite Asta. – Ela pareceu soar um pouco triste, mas eu não pude voltar e perguntar nada, afinal, meu coração estava apertado e eu nem entendia o porquê.

 

_~*~_

 

Na manhã seguinte, durante o café, Finral se sentou ao meu lado não se importando muito com o fato de estar sentado em uma mesa diferente da sua casa.

– Asta, já tem alguém para levar no baile? – Ele questionou curioso e eu apenas revirei meus olhos.

– Não. – Respondi sem muita vontade.

– Cara, corre, as meninas bonitas estão quase todas com par e do nosso grupo, só a senhorita coração de gelo está só. – Olhei para ele ao ouvir o mais novo apelido de Noelle e não contive uma gargalhada. – É sério isso. – Ele disse sem nenhum tom de brincadeira e eu voltei meus olhos para ele.

– Foda-se. – Dei de ombros e ele me olhou boquiaberto. – Aliás, como assim só resta ela? – Questionei curioso.

– Bom, Yuno vai com a Charmy. – Ele apontava os dedos para não deixar nenhum detalhe passar. – Eu vou com a Kahono, Luck vai com a Gray, Gauche vai com a Vanessa... – Assustei com essa notícia e ele riu. – Com muito custo ele aceitou levar alguém que não fosse sua irmã. – Ele levou as mãos na testa como se limpasse gotas de suor. – Mimosa vai com Magna e aí só restam vocês dois. – Ele sorriu como se isso resolvesse algo.

– Entendo. – Respondi sem vontade. – Bom, a senhorita coração de gelo me disse ontem à noite que ninguém é merecedor de sua companhia. – Dei de ombros e ele me olhava surpreso. – Até ia chamá-la, mas é melhor ir sozinho. – Levantei da mesa e dei as costas para meu amigo e sai do salão em direção a primeira aula.

Ia passando pelos corredores e foi quando me dei conta que nem havia comido nada, como eu havia me esquecido da minha mais sagrada refeição? Levei uma mão ao estômago choramingando pelo meu ato.

– Vai levar uma eternidade até a hora do almoço. – Me lamentava baixo pensando na péssima aula que teria com o Nozel, Introdução as Práticas de Magia, eu odiava essa matéria, não entendia nada. – Droga...

Os corredores estavam vazios, visto que ainda tinha um bom tempo até começar a aula, mas como eu havia perdido a noção de tudo, sai cedo demais do salão e não voltaria apenas por capricho, estava próximo a sala quando ouvi uma voz conhecida.

– Me deixa em paz. – Me aproximei do local tentando entender o que estava acontecendo. – Não vou a baile nenhum com você, eu já tenho par. – A voz inconfundível de Noelle parecia com medo.

– Bah-ha... – Ouvi uma voz masculina falando com ela. – E quem é então? Esse seu tal par para o baile.

E quem esse desgraçado pensa que é para questionar alguém? Senti meu sangue ferver ao vê-lo tão próximo do rosto da Noelle e a mesma fechar os olhos para evitar qualquer contato com o mesmo. Não, eu não ia deixar isso assim, corri até os dois e segurei pelo pulso o homem alto com cabelos loiros presos por um adorno que deixava apenas uma parte de sua franja solta, ao mesmo tempo que um plano se fazia em minha mente, me lembrava de mais cedo quando disse que pouco me fodia para chamá-la para qualquer coisa, mas aquilo seria a saída perfeita para aquela situação que me deixava furioso.

– Não que isso seja da sua conta, Bah-hazinho. – Disse irônico. – Mas a princesinha aqui vai comigo. – Olhei sobre meus ombros e vi que ela me olhava com um ar de alívio e pisquei para que ela entrasse na minha jogada, mas a mesma apenas se mantinha em silêncio.

– Escória. – Ele cuspiu e voltei meus olhos para ele e o soltei. – Meu nome é Sekke Bronzazza. – Ele se apresentou e eu pouco me importei. – Noelle, você continua a cavar seu próprio buraco garota. – Ele dizia em um tom ofensivo e senti ela se encolher.

– Se continuar aqui, posso te cavar um também. – Pisquei e ele saiu bufando do local, não fiz questão nenhuma de me apresentar para aquele merda. – Você está bem? – Perguntei sem vontade, afinal, eu estava irritado com ela ainda.

– S-sim, obrigada. – Ela esfregava os punhos sem jeito e aquilo me deu vontade de sorrir, mas me mantive no lugar.

– Não se preocupe, aquilo não foi sério, não tenho interesse nenhum em te convidar, afinal, ninguém serve para ir com você, certo? – Falei ácido e sorri em um tom sarcástico e vi que ela ficou rígida e olhou para mim com vergonha.

– Eu iria com você. – Ela disse e meu coração se aqueceu, o que era isso que eu sentia? Droga Asta, entenda seus sentimentos, pensava irritado, já que até poucos segundos estava irritado e agora não mais.

– O que isso quer dizer? – Questionei curioso.

– Que se você me chamasse, eu aceitaria. – Ela disse sem jeito.

– Okay. – Suspirei pesado. – Noelle, quer ir ao baile comigo? – Levei uma mão na cabeça sem jeito, me rendendo as batidas erráticas de meu coração que pediam por isso.

– Eu adoraria. – Ela sorriu carinhosa e foi a primeira vez que a vi de uma maneira tão fofa.

– Certo, nos vemos lá. – Pisquei e segui para a sala sozinho a deixando para trás, ela não ia querer me acompanhar agora.

– E vista algo decente. – Ela disse e eu pude ver seus braços se cruzando.

– Pode deixar, princesinha. – Disse a provocando. – Estarei a sua altura. – Levantei a mão me despedindo e ela não disse mais nada.

Asta, o que está acontecendo afinal de contas? Essa perguntava não saia da minha cabeça, cruzei meus braços e segui para a aula.


Notas Finais


Então é isso!
Sintam-se à vontade para comentar e me dizer o que estão achando, eu amo ler cada comentário de vocês, obrigada por serem tão incríveis *-*

Um beijo da tia :*

_________.~♥~._________

Créditos de betagem: @Nabers, obrigada por sempre encontrar meus erros mais bobos ><


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