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História Cobertor - Worse or better, I'm leaving


Escrita por: paulinhamrs3

Notas do Autor


Olá, essa é a minha primeira fic Jikook, e eu gostei muito de escrevê-la! Será uma short-fic com apenas alguns capítulos e espero que gostem tanto quanto eu. Ela já está toda escrita e betada pela minha beta pessoal Mari! Que mesmo não conhecendo o fandom e nem kpop leu e betou pra mim, lindamente! E ela também fez a capa, ou seja, eu amo essa menina! <3<3 Obrigada, de verdade, Mari!

Enfim, espero que gostem! <3

Capítulo 1 - Worse or better, I'm leaving


Ouvi os vizinhos reclamando. Somente dei uma risada abafada pelo ombro alheio, pois não me importava. Não quando ele me direcionava aquele olhar, que me deixa totalmente louco. Eu não ia parar de fazê-lo gemer, não até a melodia que sua voz carrega alcançar a nota mais alta. Segurei sua mão e entrelacei nossos dedos não deixando de olhá-lo nos olhos. Senti que ele estava chegando ao limite, pois estava tremendo sob meu corpo. Não precisei de mais nada depois de ouvir meu nome ser chamado em alto e bom som através de seus lábios. Sucumbimos ao êxtase praticamente juntos.  

Deitei-me calmamente ao seu lado, recuperando a respiração que quase me foi totalmente tirada. Recebi um olhar doce e amoroso, mas logo percebi as lágrimas se formando no canto dos seus olhos. Assim que elas caíram, beijei cada uma delas. Segurei seu rosto delicadamente, enquanto sussurrava palavras que normalmente o acalmavam. Mas pela primeira vez ele não se acalmou, e ao contrário, começou a bater em meu peito com força, enquanto soluçava audivelmente. Eu nada podia fazer a não ser deixar que me batesse, e me culpasse. A culpa era minha, afinal.

— Eu te odeio, Jeon Jungkook. Odeio. — ele disse, e eu dei um sorriso triste, pois sabia que, naquele momento, era verdade.

— E eu te amo, sempre vou amar.

Parou de me bater e se afastou, sentando na beirada da cama e de costas para mim. Sabia que ainda chorava, e que me odiava no momento mais que qualquer coisa. Por dentro me encontrava desesperado vendo-o se sentir assim, pois isso me deixa inquieto e agoniado. O dia todo, toda vez que olhei em seus olhos, percebi a tristeza e decepção que eles transmitiam. E isso me matava.

— Jimi –

— Não quero mais ouvir. — me interrompeu bruscamente. — Não quero mais te ver. Não quero mais lembrar que você existe. Saia daqui.

Levantei-me afobado e tentei tocar em seu ombro, porém ele recuou e se afastou. Vi ele se vestir apressadamente e acabei fazendo o mesmo enquanto o via sair pela porta do quarto.

— Amor. — chamo, assim que cheguei à sala, onde ele olhava pela janela de costas para mim.

— Não me chame assim. — praticamente gritou, enquanto voltava seu olhar ao meu. — Já mandei você sair daqui, acabou, Jungkook. A porra do seu casamento é amanhã, hoje foi a última vez.

— Caralho, Jimin! Você sabe que eu não quero me casar, mas o que você quer que eu faça? Ela é minha prometida desde a infância, você sabe disso. Sempre soube. — minha voz já se encontrava alterada também, eu sabia que estava perdendo-o.

— Eu já sei, você já me contou essa historia quantas vezes? Umas cem? Eu sei da droga do acordo do seu pai com o pai da garota, eu sei disso tudo. Sei que você aceitou antes de me conhecer, e sei que não pode voltar atrás agora, já que a porcaria dos negócios da sua família dependem disso. — ele disse tudo aquilo com mágoa e desprezo na voz. — Eu já sei de cor essa história, caramba. Mas eu não vou ser seu amante. Eu não quero saber que você vai transar comigo e depois correr para dormir com ela. Eu não quero você pela metade, eu quero inteiro. Eu não vou ser sua puta.

— Não estou te pedindo isso, caramba. É só por um tempo, até – 

— Até o que, Jungkook? Até os negócios se acertarem? Até seus filhos crescerem? Você não vê que isso se tornaria uma bola de neve? Eu não vou esperar você. Eu não quero ver a porra do homem que eu amo casado com alguém que não sou eu. Eu mereço mais, eu quero mais. — eu podia ver as lágrimas correndo pelo seu rosto, e soluços abandonarem sua garganta, porém seu olhar era firme denunciando que sua decisão não iria mudar.

— Você merece tudo, Jimin. Eu sei disso, sei que sou eu que não mereço você. — respirei fundo e comecei a puxar meus fios de cabelo entre os dedos, descontando meu nervosismo neles. — Eu quero te dar tudo, um casamento, uma casa, um cachorro, filhos, tudo que você quer. Eu juro que quero, mas eu...

— Mas você não pode. E isso é tudo que importa. Você pode, por favor, sair da minha casa agora? — ele me lançou um olhar desolado antes de se voltar para a janela novamente. — Nem pense em voltar aqui, eu vou trocar as fechaduras e avisar o porteiro, e se não adiantar eu me mudo.

Só naquele momento percebi que lágrimas rolavam pelo meu rosto também, e meu peito doía de uma maneira que eu nunca havia sentido antes. Eu queria correr e abraça-lo, e implorar para que ficasse comigo, mas eu sei que não é justo. Não com ele. Não com o ser mais doce e maravilhoso que já conheci. Não com o homem que derramou café em mim e se desesperou a ponto de me levar para casa só para poder me emprestar uma camisa. Não com aquele me mandava mensagens de bom dia e boa noite, até eu finalmente chama-lo para sair. Não com o dono dos lábios mais macios e beijáveis que eu já toquei. Não com a única pessoa que eu já amei verdadeiramente.

— Me desculpe, Jimin. Eu vou sair e não vou te aborrecer novamente. — minha voz saiu falhada, e percebi o ombro dele tremer ao me ouvir. — Eu sei que você não acredita, mas eu amo você.

— Adeus, Jungkook. Espero que você seja feliz com seu casamento.

Por incrível que pareça, eu sabia que havia sinceridade em suas palavras e que seu desejo foi verdadeiro. Jimin sempre foi uma pessoa incrível e nunca me desejaria o mal. Mas o que ele não sabia é que eu nunca poderia cumprir com o seu desejo de ser feliz, pois era ele quem guardava minha felicidade. Os meus sorrisos mais sinceros e sentimentos mais profundos foram todos direcionados a ele e é com ele que irão permanecer.

Andei vagarosamente de costas até a porta para poder ter meu olhar preso a ele o máximo de tempo possível. Seus cabelos loiros balançavam com a brisa que vinha da janela, e me perguntei vagamente se um dia o visse novamente, qual cor teriam seus cabelos?, já que ele nunca parava com uma por muito tempo. Calcei meus sapatos e peguei minhas chaves enquanto tateava a porta atrás de mim até localizar a maçaneta e abrir. Respirei fundo, meu coração estava sendo esmagado a cada segundo e eu sentia como se meu corpo estivesse sendo esvaziado de todo sentimento bom que um dia já senti. Saí do apartamento com passos trôpegos, esperando um ultimo olhar, um último sorriso, um pedido para ficar, qualquer coisa que eu sei que não viria. Quando percebi que realmente não aconteceria, fui fechando a porta lentamente enquanto tinha um ultimo vislumbre da figura delicada e rara parada perto da janela. Ouvi o barulho da porta se fechando e só vi a madeira branca e desgastada em minha frente.

Eu sou Jeon Jungkook, tenho 22 anos, sou filho único, herdeiro de uma multinacional e noivo de Kim Mi-Cha. Quando tinha 12 anos, meu pai fez um acordo com a família Kim de que eu me casaria com sua primogênita quando assumisse os negócios da família, estabelecendo assim uma aliança que já dura dez anos e faz tanto a nossa quanto a empresa Kim prosperarem. Nunca fui uma pessoa muito sociável, tive poucos amigos e só permaneci mesmo com um, esse de nome Kim Taehyung. Meu relacionamento com Mi-cha nunca foi amoroso, criamos no máximo uma convivência agradável e nunca fomos além de abraços e encontros em festas da empresa. Mesmo sendo difícil de acreditar sempre fui fiel a minha noiva, nunca me envolvi com ninguém, até porque nenhuma pessoa me interessou a ponto de me fazer mudar de ideia. Eu nunca vi problema nessa coisa de casamento arranjado, concordei para agradar meu pai e estava indo bem até meus dezenove anos, quando comecei a cursar administração de empresas na Universidade de Seul.

Tudo mudou enquanto eu andava apressado para chegar a minha aula no horário e alguém que vinha em direção contraria a minha esbarrou em mim e manchou toda a minha camiseta, e parcialmente a minha calça, de café. Lembro-me de ter ficado irado e sentido uma queimação em minha pele pelo fato do café estar morno, e pensando em como eu iria assistir aula naquela situação. Ouvia incessantes pedidos de desculpas da pessoa a minha frente, mas só conseguia olhar o estado em que me encontrava. Foi bem engraçado na verdade, me lembro de ter xingado a pessoa que causou aquilo de inúmeros palavrões em minha mente, mas quando levantei a cabeça e encontrei aquele olhar, tudo que eu pensava sumiu. Eu nunca tinha passado por uma situação daquelas, pois minha mente ficou totalmente em branco e eu sequer lembrava meu próprio nome. Eu nunca fui romântico ou coisa do tipo, na verdade era chamado de coração de gelo e taxava coisas como “amor” de bobas e inexistentes. Amor à primeira vista era ridículo em minha opinião, mas passei a acreditar nisso e em muitas outras coisas a partir do momento em que vi um garoto de cabelos vermelhos em minha frente, segurando um copo vazio e com um olhar culpado direcionado a mim. Seu nome? Park Jimin. E desde que o conheci eu venho colecionando erros, mas o principal deles foi ter saído por aquela porta.


Notas Finais


Adoraria saber o que acharam. Obrigada a quem leu.

Até o próximo! <3


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