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História Coexist - Epílogo


Escrita por: CorregioKL

Notas do Autor


Parafaseando J.K. Rowling, esse capitulo é dedicado a você, que acompanhou Coexist até o fim <3

Capítulo 32 - Epílogo


Fanfic / Fanfiction Coexist - Epílogo

Kakashi e eu conversámos sobre a próxima reunião dos cinco kages que seria em Konoha no próximo mês. Eu estava fazendo algumas anotações sobre e ele estava praticamente em um monologo, mas ele pareceu não se importar. Meus pensamentos estavam um pouco distantes e ele sabia disso.

Faziam três meses que eu e Temari estávamos casados e ela tinha se mudado em definitivo para Konoha. Morávamos agora em uma casa de tamanho médio no bairro do meu clã, toda decorada e pensada por nós dois.

-Shikamaru. –Kakashi chamou e eu desviei minha atenção pra ele –Você está sorrindo como um idiota.

Corei. Sempre que eu pensava no “sim” de Temari para meu pedido de casamento, nos momentos que gastamos planejando-o e montando nossa casa, eu acabava ficando com aquele sorriso bobo e me entregava. Kakashi não estava bravo, eu sabia. Ele se divertia com a situação.

-Desculpe. –eu pedi.

-Saudades da esposa? –ele perguntou curioso.

Eu assenti, suspirando.

-Difícil não estar. –respondi –É a primeira vez que ela vai pra Suna depois que nos casamos e esses dez dias estão sendo uma tortura.

Kakashi soltou um risinho pelo nariz, assentindo. Temari não tinha tantos assuntos para resolver assim em Suna, mas ela tinha aproveitado a ocasião para passar um tempo com a família. Ela queria conhecer a cunhada, noiva de Gaara, antes do casamento. Então, o que eram para ser seis dias de viagem, contando ida e volta, e três em Suna, já tinham se transformado em dez dias e ela ainda não tinha me dado uma confirmação da data de sua volta. Casar foi uma decisão complicada para Temari, levando em conta tudo que ela teve que deixar para trás. Eu entendia sua necessidade de estar por algum tempo em sua vila natal e com sua família, ela realmente sentia falta de lá e ainda não estava totalmente acostumada com morar em Konoha, mesmo eu sabendo que ela não se arrependia e que era feliz aqui, tanto quanto eu. Mas eu ainda assim não conseguia deixar de sentir sua falta e me sentir um pouco ranzinza com sua ausência.

Batidas na porta chamaram minha atenção e a de Kakashi. Ele franziu o cenho, olhando para a porta. Que eu soubesse, não era esperado ninguém por volta desse horário.

-Entre. –Kakashi manou por fim.

A porta se abriu e por ela entrou Kotetsu, que devia estar de guarda no portão da vila naquele momento.

-Hokage-sama –ele cumprimentou –Shikamaru.

Acenei com a cabeça em resposta e Kakashi também devolveu o cumprimento.

-O que houve? –Kakashi perguntou, mas Kotetsu virou-se para mim para responder:

-Kankuro-san e Temari-san chegaram a vila a alguns minutos. –ele informou e eu foi minha vez de franzir o cenho. Temari não avisou que estava voltando e eu não tinha ideia do que Kankuro poderia vir fazer na vila –Eles pararam para pegar o passe de visitante de Kankuro-san na entrada da vila e Temari-san se sentiu mal e desmaiou. Nós a socorremos e quando ela acordou, Kankuro-san disse que levaria ela até o hospital e pediu para eu avisa-lo.

Meus olhos se arregalaram e eu olhei de Kotetsu para Kakashi, a preocupação inundando meu peito. Kakashi olhou para mim, compreendendo meu olhar e disse:

-Pode ir, Shikamaru. Depois continuamos.

Eu assenti e sai da sala apressado, agradecendo Kotetsu pelo aviso antes de fechar a porta atrás de mim. O nervosismo fez eu apressar meus passos quando sai do prédio do Hokage. Temari era teimosa e detestava hospitais. Se Kankuro tinha a convencido a ir até um, algo grave estava acontecendo. Cheguei no Hospital Central de Konoha na metade do tempo que eu levaria normalmente, afobado. Perguntei por Temari e me foi indicado que ela estava sendo atendida por Shizune no primeiro andar. A recepcionista me entregou um crachá de acompanhante e eu subi pulando degraus.

A primeira coisa que vi quando virei a curva do patamar foram os cabelos loiros. Temari estava de pé na sala de espera, encostada no batente da janela. Encarando algo lá fora, parecia perdida em pensamento.

-Temari. –Chamei e ela pareceu despertar, olhando para mim.

-Oi. –ela respondeu e me sorriu, um sorriso nervoso.

Eu caminhei apressado até ela.

-Você não devia estar de pé, deveria? –perguntei preocupado pegando sua mão, que estava gelada.

Puxei-a até a cadeira mais próxima e fiz ela sentar e sentei ao seu lado. Ela revirou os olhos.

-Eu estou bem, Shikamaru. –ela resmungou –Não havia necessidade de você sair do trabalho para vir pra cá. Kankuro está comigo, de qualquer forma. Eu ia passar no prédio do Hokage pra falar com você quando saísse daqui.

-Onde ele está? –perguntei dando falta do meu cunhado.

-Ele já vem, foi até o banheiro.

Assenti, suspirando.

-Certo. –respondi –Mas não seja problemática. Me diga, o que aconteceu? Porque voltou sem me avisar e porque Kankuro veio com você?

Ela me encarou e eu não soube o que se passava por sua cabeça, o que era raro. Temari e eu sempre nos comunicávamos pelo olhar e expressões. Me deixava mais nervoso ainda não saber o que ela estava pensando. A única coisa que eu conseguia dizer olhando seus olhos verdes, era que ela estava assustada. E algo que assustasse Temari não podia ser qualquer coisa.

-Desculpe não ter avisado. –ela começou a responder. –Eu só... Queria vir logo pra casa. –eu sorri de canto ao ouvir ela chamar Konoha de casa. –Eu estava me sentindo mal a alguns dias e Gaara e Kankuro não queriam que eu viesse embora por conta disso. Kankuro se ofereceu então para me acompanhar e eu tive que ceder, se não, não me deixariam sair de Suna.

-E com razão. –eu disse. –Kotetsu disse que você desmaiou. Já pensou se você desmaia sozinha pelo caminho? E que ideia foi essa de viajar doente, Tema? Podia ter esperado estar melhor!

-Não estou doente. –ela afirmou, desviando os olhos dos meus. Eu franzi o cenho. Temari estava tão... estranha. –E eu sei. Ainda bem que Kankuro estava comigo.

-Passou mal pelo caminho também? –perguntei aflito, ela concordou com um aceno curto –Afinal, o que você está sentindo? E porque diz que não está doente se está se sentindo mal e desmaiando pelos cantos?

Ela abriu a boca para responde, mas Shizune surgiu por um dos corredores e sorriu para nós.

-Oi, Shikamaru. –ele me cumprimentou –Bem que você disse que ele viria tão logo Kotetsu o avisasse.

Temari deu um sorriso amarelo.

-É, conheço meu marido. –Temari me disse e me lançou um olhar assustado. Apertei suavemente sua mão, tentando passar alguma segurança, mesmo eu próprio não sentindo.

Shizune riu.

-Pode vir, vamos fazer o que te falei. –ela disse, abrindo a porta de um dos consultórios e dando passagem –Você pode entrar também, Shikamaru.

Temari entrou na frente e eu me senti um pouco aliviado por poder entrar junto. Mesmo assim, meu coração disparou e eu senti medo do que pudesse estar acontecendo com Temari. O consultório era pequeno: Apenas uma mesa com duas cadeiras de um lado e uma do outro e uma maca.

-Abra o quimono e deite-se, Temari-san. –Shizune pediu, dando a volta na maca e esperando.

Temari atendeu ao pedido sem dizer nada. Eu fiquei do outro lado da maca, olhando de Temari para Shizune, sem saber o que esperar. Shizune concentrou chackra nas mãos, elas emanaram um característico tom verde, e tocou com ambas o ventre de Temari.

Então todas as peças se encaixaram em minha mente e meu coração acelerou mais, o senti na garganta. Meus olhos se arregalaram e minha boca ficou seca. De repente, parecia que o tempo passava devagar demais enquanto um sorriso de contentamento se desenhava nos lábios de Shizune e ela dizia:

-Aqui está a causa de seu mal-estar. –ela mexeu levemente a mão –É bem pequeno ainda, mas com certeza está aqui. Pelo tamanho e seus sintomas, eu diria de seis a oito semanas. Podemos fazer um ultrassom pra termos uma precisão maior.

O arfar de Temari com a notícia me fez despertar. Eu olhei para seu rosto e ela tinha os olhos fechado, a mão tinha subido e cobrindo a boca. Pelo que eu conhecia da minha mulher, ela estava segurando o choro. Meu coração se apertou e eu olhei para Shizune, um tato desesperado.

-Vou arrumar a sala do ultrassom e volto para chamar vocês. –Shizune declarou, entendendo que o melhor no momento era nos deixar sozinhos.

Ela saiu e eu segurei a mão de Temari que ela não cobria boca. Apertei de leve, sem saber o que dizer. Um pouco antes de casarmos, Temari tinha me perguntado se tudo bem mesmo pra mim casar com ela se ela não quisesse ser mãe. No dia, respirei fundo e disse que por ela eu abriria mão de qualquer coisa. Ela sorriu e me abraçou, dizendo que tudo bem, que eu não precisaria abrir mão disso. Poderíamos ter um filho dali alguns anos. Ela frisou bem o um, deixando claro que era um limite para ela, mas eu não me importei. Eu ia casar com a mulher mais maravilhosa do mundo então não havia o mínimo problema. Mas, naquele momento, era algo que não esperávamos. O “alguns anos” soou em minha mente. Talvez Temari não estivesse se sentindo preparada pra isso ainda e eu entendia. Eu mesmo não me sentia, e foi algo que eu sempre desejei.

-Eu já desconfiava. –ela disse por fim, abrindo os olhos. Ela sentou na cama e soltou sua mão da minha com leveza, fechando o quimono com as mãos tremulas –Estava tudo muito estranho... Minha barriga inchou, meus seios doendo... Mais esses enjoos e tonturas, eu... Fiz as contas, fui tão burra! Na correria pra Suna, nem noite. Entrei em pânico, queria vir pra casa, queria te ver, eu...

Ela soluçou e as lagrimas finalmente venceram. Eu me movi e a abracei, ela escondeu a cabeça no meu ombro e chorou.

-Yare, yare -resmunguei enquanto mexia nos cabelos loiros, mas preocupado com ela do que qualquer coisa -Só não entendi ainda porque você está chorando. É um problema pra você? Isso não te faz feliz?

-Não é isso. –ela respondeu, seus olhos voltaram para os meus e ela parecia estar com medo de eu ter entendido que ela não queria estar grávida.

A palavra dançou em minha mente. Grávida. Temari estava grávida. Meu peito se aqueceu com aquilo.

Eu sorri carinhosamente pra ela.

-Então você não precisa chorar. –eu disse e acaricie seu rosto, encarando os olhos verdes –Eu sei que você está assustada, era algo que a gente tinha que pensar um pouco e daqui uns anos. E, que problemático, eu sei que vou entrar em pânico assim que a ficha cair. Mas isso enche meu peito de um calor tão gostoso, Tema. Eu estou feliz.

Ela riu em meio as lágrimas e sorriu. Continuei acariciando seu rosto, encantando com a notícia.

-Você está me olhando com aquele sorriso bobo. –ela disse e corou.

-Eu sempre fico bobo quando o assunto é você, Tema. –respondi, encostando minha testa na dela.

Ela me abraçou e eu a abracei de volta. Sua cabeça deitou no meu ombro e acariciei seus cabelos enquanto ela passava as mãos pelas minhas costas. Alguns minutos depois, Shizune abriu a porta.

-Tudo bem por aqui? -ela perguntou e nos separamos. Temari segurou minha mão e assentiu com a cabeça. -Podemos?

Eu a olhei e Temari assentiu novamente. Seguimos para outra sala em silencio, Temari segurando com força minha mão.

-Seu irmão avisou que está esperando na recepção. –Shizune disse enquanto abria a porta de uma outra sala no fim do corredor.

Entramos. A sala era do mesmo tamanho que o consultório, com a diferença que em vez da mesa havia um monitor e uma aparelhagem. Shizune repetiu o pedido que havia feito no consultório e Temari atendeu novamente, abrindo o quimono e deitando na maca. Shizune passou um gel no lugar onde tinha colocado as mãos anteriormente e passou o receptor do ultrassom. Eu olhei para o rosto de Temari, mas ela olhava pra Shizune, os olhos levemente arregalados, sua mão ainda segurava a minha.

Então a imagem apareceu no monitor. Era um tanto confuso, parecia um espaço vazio com um caroço de feijão no meio. Meu coração disparou novamente.

-Aqui está. -ela disse, fazendo algumas marcações -Esse é o bebê de vocês.

Meus olhos marejaram, a palavra ressonou em meus ouvidos, meu coração parecia que ia se expandir e não caber mais dentro do peito. Olhei novamente para Temari e ela tinha os olhos voltados para a tela, as lagrimas voltaram a escorrer de seus olhos. Eu sorri, abobado, acariciando sua mão.

-Pelo que posso ver aqui, meu chute estava correto: Oito semanas. -Shizune disse e apertou alguns botões. –Já dá pra ouvir o coração. Escutem!

Era um som alto e acelerado e diferente de tudo que eu tinha ouvido. Eu pensei que eu não podia me sentir mais emocionado, mas ao ouvir o som que deixava claro que vida crescia dentro da minha mulher, eu não consegui segurar as lágrimas. Chorando, me inclinei, levando a mão de Temari até meu rosto e a beijando enquanto aquele som enchia meus ouvidos. Temari olhou para mim, as lágrimas também vertiam de seus olhos, que estavam arregalados, ela estava tão emocionada quanto eu.

-Nós vamos ter um bebê. -eu disse e ela riu entre as lagrimas, provavelmente eu estava com cara de idiota, mas eu não ligava.

Um filho. Eu e Temari íamos ter um filho. Nada poderia me fazer mais feliz nessa vida.


Notas Finais


E aqui está o epilogo de Coexist. Definitivamente o final.
Eu espero que tenha atendido a expectativas de vocês. Ele está rascunhado a um bom tempo, mesmo antes da fics chegar na metade, e eu mudei pouca coisa. Achei esse um momento importante pro casal, a descoberta que o nosso Shikadai está a caminho e eu não acho que eu podia terminar a fics de outra forma.
Estou me sentindo um pouco triste, um pouco aliviada e com a sensação de dever cumprido. Coexist é a primeira long fics de Naruto que eu concluo e a mais longa fics que eu escrevi até o fim. Eu queria agradecer imensamente quem acompanhou essa fics pelos oito meses que publiquei. Quem comentou, quem deixou recomendação e quem só estava aqui lendo e acompanhando, torcendo e vibrando pelo shipp e por mim. Foi uma experiência incrível escrever essa long e o apoio de vocês foi fundamental para que ela chegasse até aqui. Meu muito obrigada a cada um de vocês por estar aqui até agora.
E que venham muitas outras fanfics ShikaTema <3 Quem curte o casal, segue meu perfil que com certeza vou postar outras histórias dos dois. Inclusive, já comecei uma chamada “À Sua Maneira” para o Desafio de Maio do grupo ShikaTema do face <3
P.S.: Prometo que vou terminar de dar resposta a todos os comentarios!


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