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História Coexist - Capitulo 9


Escrita por: CorregioKL

Notas do Autor


Olá pessoas! Capitulo fresquinho saindo! Espero que gostem!

Capítulo 9 - Capitulo 9


Temari, como o prometido no dia anterior, me fez levantar cedo e limpar a casa. Reclamei algumas vezes durante a manhã, mas não foi de todo ruim. Além de ser bem mais rápido limpar tudo em duas pessoas, Temari não era nenhuma maníaca por limpeza, como minha mãe, que sempre reclamava que eu não limpava nada direito e queria tudo brilhando. Ela era prática, como em praticamente tudo que fazia. Acabamos antes da hora do almoço.

-Tá vendo? –ela perguntou depois de tomar um banho, estava vestindo uma blusa e uma saia preta, sem o hitaiate de Suna, os cabelos milagrosamente soltos –Nem foi tão ruim assim.

-Tsc.

Ela revirou os olhos para mim e eu levantei do sofá onde estava, ela já estava abrindo a porta. O chá e algumas outras coisas haviam acabado e eu tinha sugerido mais cedo de irmos no mercado. Temari gostou da ideia, comentando também que preferia cozinhar do que comer fora todos os dias, principalmente esses dias que estávamos de folga.

Andamos lado a lado em direção ao mercado que ficava a duas quadras do apartamento.

-Eu estava olhando o calendário que tem na cozinha... –ela começou e eu olhei para ela. –Amanhã é seu aniversário.

Eu sorri de canto, um pouco surpreso que ela lembrasse da data.

-Sim. –respondi mesmo ela não tendo feito uma pergunta.

-Você tem o hábito de comemorar? –ela perguntou.

-Minha mãe costuma fazer um jantar. –respondi. –Mas Ino gosta de festa, e o dela é um dia depois do meu. Ela já disse que vai fazer “o maior festão”. –dei de ombro.

Ela riu.

-É uma tradição InoShikaChou os filhos nascerem em dias seguidos, também? –perguntou irônica.

-Não. –revirei os olhos. –Foi uma coincidência. Um tanto infeliz desde que Ino decidiu que meu aniversário tem que ser comemorado junto do dela em suas estrambólicas comemorações.

Ela assentiu ainda risonha.

- Em Suna é costume fazer reuniões familiares nessas datas, ou comemorações em restaurantes ou bares também. Mas eu e meus irmãos na maioria das vezes deixamos passar batido.

-Uma pena que seu aniversário já tenha passado, senão eu pedia para Ino providenciar uma festa pra você. –eu disse com um sorriso maldoso.

-Como se você soubesse que dia é meu aniversário. –ela respondeu e revirou os olhos.

-É dia vinte e três de agosto.

Ela levantou uma sobrancelha para mim.

-Eu te disse apenas uma vez e você gravou?

Bufei.

-Não sou considerado um gênio à toa, por mais problemático que isso seja. –respondi –E eu costumo guardar as datas importantes para mim.

-E porque meu aniversário seria importante pra você?

-Que pergunta idiota. Logicamente porque foi o dia que você nasceu.

Ela corou. Eu sorri de canto. Ela sorriu, mas desviou os olhos. Chegamos no mercado e nos separamos para pegar tudo mais rapidamente. Pagamos a compra e dividimos tudo em quatro sacolas. Ela pegou duas e eu as outras duas. Estávamos já na porta quando ela parou.

-Esqueci de pegar uma coisa. –ela disse

-Tudo bem, vou te esperar lá fora. –eu respondi, pegando as sacolas que ela me estendia.

Sai do mercado e me encostei na parede alguns metros da entrada. Coloquei as sacolas no chão e olhei para o alto. O céu estava bem azul e alguns nuvens branquinhas passavam preguiçosamente. Fiquei olhando-as, distraído.

-Shikamaru! –escutei uma voz chamar e baixei os olhos.

Uma loira meio descabelada e com óculos redondos e grossos vinha em minha direção.

-Oi, Shiho. –cumprimentei quando ela chegou mais perto.

-Tudo bem? –ela perguntou parando a minha frente.

-Sim... E você?

-Também... –ela hesitou por um momento –Que coincidência te encontrar aqui... Eu estava pensando em nossa missão, sabe, a do código do Jiraiya-sama?

Eu assenti. Já faziam dois anos dessa missão e, mesmo tendo certa simpatia pela garota, ela era bem inteligente, fazia pelo menos seis meses que eu não a via.

-Então, eu estava pensando, e bem, a gente meio que podia sair pra jantar pra relembrar né? Tipo, hoje...

-Ah, bem –cocei a cabeça, lembrando do encontro InoShikaChou no Restaurante Q –Hoje não dá...

-Ah... E amanhã?

-Também não...

-Ah... Bem...

-Shikamaru –a voz de Temari chamou e eu olhei para a porta do mercado de onde ela vinha com uma sacola na mão –Vamos?

Ela pareceu notar Shiho apenas no momento que chegou mais perto, e cumprimentou-a com um aceno de cabeça. Shiho olhou de mim para Temari antes que eu lembrasse que elas não se conheciam. Suspirei.

-Temari, essa é a Shiho –apresentei –Ela trabalhou comigo antes da guerra naquele caso do código do Jiraiya-sama sobre o Pain...

Temari assentiu.

-Shiho, Temari... –eu hesitei por um momento. Como eu deveria apresentar Temari? Que problemático! –Minha namorada. –eu completei por fim, corando.

Temari me encarou com os olhos levemente arregalados e corou também.

Shiho olhou de mim pra ela algumas vezes antes de dizer:

-Ah, namorada? –sua voz soou estranha e ela arrumou o óculos –Bem, prazer. Tudo bem... Então... Eu vou indo, a gente.... Se vê por aí, Shikamaru.

Ela foi embora antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.

-Ué... –eu cocei a cabeça.

-O que foi isso? –Temari perguntou com a sobrancelha arqueada.

-Eu sei lá... –respondi, pegando as sacolas no chão e acenando com a cabeça para começarmos a andar. –Ela me chamou pra jantar com ela, eu disse que não dava e ai você apareceu.

Temari franziu o cenho, arqueou a sobrancelha e depois riu.

-Tsc. –resmunguei –O que você entendeu que eu não?

-A garota gosta de você, Shikamaru. –ela respondeu risonha.

-Hã?

-Ela ficou desapontada porque você tem uma... namorada. –ela disse e sorriu de canto.

-Isso não faz o mínimo sentido!

-Pra alguém tão inteligente, você é tão lerdo pra essas coisas...

Eu continuei encarando-a, sem encontrar a lógica no que ela me falava. Notei a indireta em sua fala, mas ignorei, repassando mentalmente as atitudes de Shiho. Talvez, e apenas talvez, a problemática estivesse certa. Fiquei um pouco chocado com o fato de eu realmente ser muito lerdo para essas coisas. Decidi que, de qualquer forma, não era exatamente importante. Se Shiho gostasse de mim, um tanto melhor para mim que ela soubesse que eu tinha namorada por outra forma que não quando se declarasse. Senti um frio na espinha pensando nessa situação e agradeci por não ter acontecido... Seria extremamente problemático.

Temari ficou com aquele sorrisinho o caminho inteiro até o apartamento. Eu não podia deixar de me sentir um pouco bobo com isso... Ela tinha gostado que eu tinha a apresentado como minha namorada e, apesar de ser um pouco constrangedor ainda chamá-la dessa forma na frente dos outros, eu gostava também. Apesar de tudo, eu meio que queria que o mundo soubesse que eu e ela estávamos namorando.

Quando chegamos no apartamento, eu a ajudei arrumar as compras no armário, almoçamos lámen instantâneo e me joguei no sofá logo depois de arrumar a cozinha.

Temari entrou no quarto e reapareceu algum tempo depois com um livro nas mãos, que eu reconheci sendo meu. Ela sentou do meu lado no sofá e eu passei o braço por seus ombros. Ela encostou em mim enquanto abria o livro e eu encostei a cabeça no encosto do sofá, fechando os olhos.

Não tenho ideia de quanto tempo se passou, mas acordei com o calor dela se distanciando. Abri os olhos e Temari estava entrando no banheiro. Passei a mão no rosto, tentando espantar o sono. Olhei o relógio que tinha na parede de frente para o sofá e já era meio da tarde.

Temari voltou depois de alguns minutos. Ela sentou-se novamente e eu voltei a passar o braço por seu ombro. Ela pegou o livro que tinha deixado no braço do sofá, voltando a lê-lo. Fiquei observando como seus olhos percorriam a página e seu cenho se franzia levemente dependendo do que lia, ou sua sobrancelha se arqueava. Ela parecia tão compenetrada na história que eu apenas fiquei observando suas reações, até que seus olhos se desviaram das páginas e olharam para mim. Ela corou quando percebeu que eu a observava.

-O que tanto me olha? -ela perguntou num murmuro incomodado.

Eu suspirei.

-O quanto você é linda. -admiti, corado.

Temari ficou mais vermelha, seus olhos arregalaram levemente. Eu sorri pra ela e encostei de leve meus lábios nos seus. Ela fechou os olhos e eu fiz o mesmo, aprofundando o beijo. Nos beijamos com calma. Quando nos separamos, ela deixou o livro em cima da mesa de centro e passou os braços pelo meu pescoço, voltando a me beijar. Passei o braço pela sua cintura e ela se sentou sobre uma perna, se aproximando mais de mim. Minha outra mão se embrenhou em seu cabelo, sentindo a textura dos fios macios. Ela apertou de leve meu ombro quando mordi seu lábio inferior, porém continuamos a nos beijar sem pressa. Depois de um selinho demorado, ela encostou a testa na minha, sua respiração levemente acelerada, assim como a minha própria.

Meus olhos se abriram e encontraram os verdes dela, eu podia ver os pequenos tons de verde se misturando em sua íris. Temari sorriu e seus olhos fecharam lentamente enquanto ela vinha me beijar de novo, de novo e de novo.

Suspirei quando ela me deu um último beijo e se aconchegou melhor contra meu peito, sua cabeça encostada nele. Encostei o rosto no topo de sua cabeça, aspirando o cheiro de shampoo de seu cabelo misturado com seu cheiro natural. Em pouco tempo ela respirava calmamente, adormecida. Sorri, encostando a cabeça novamente no encosto do sofá.

Quando abri os olhos novamente, a sala já estava totalmente escura.

-Tsc. -resmunguei, lembrando que tínhamos marcado de sair. Não estava com a mínima vontade de deixar meu sofá e o conforto do calor de Temari.

-Que horas são? -a voz dela perguntou sonolenta, ela se remexeu, seu corpo se distanciou do meu.

-Não tenho a mínima ideia. -murmurei contrariado.

Ela levantou e alguns segundos depois a luz ascendeu. O relógio marcava sete e meia.

-Droga, Shikamaru. -ela resmungou. -Estamos atrasados!

-Tsc -resmunguei novamente -Não é minha culpa.

-Claro que é! -ela afirmou -Sua preguiça me contagiou!

Eu revirei os olhos, mas achei graça de sua carranca.

-Problemática! -resmunguei enquanto ela entrava no banheiro.

-Eu ouvi isso, seu idiota! -a voz dela gritou de dentro do banheiro.

Chegamos no Restaurante Q quase uma hora depois do combinado. Ino já estava reclamando em alto e bom som com Chouji, provavelmente por ele ter roubado sua carne. Sai olhava os dois com sua característica cara de paisagem e Karui parecia não saber onde enfiar a cara.

-Oe, Shikamaru! Temari! -meu amigo comilão chamou quando nos viu, ignorando totalmente as reclamações de Ino. Karui pareceu aliviada de nos ver e Ino parou de gritar por um momento quando nos sentamos na a mesa.

-Vocês estão atrasados! -ela disse, mas não parecia zangada, e sim maliciosa. Revirei os olhos.

-Seu amigo dormiu demais. -Temari disse me lançando um olhar atravessado. Pensei em rebater dizendo que ela também dormira, mas isso não ia mudar nada e Ino só teria mais um motivo pra sua implicância maliciosa.

-Seeeeei... - a Yamanaka deu um risinho malicioso.

E então Chouji pegou o pedaço de carne que estava na grelha de frente para a loira e ela recomeçou a reclamar com ele.

Temari e Karui engataram em uma conversa sobre os finalistas do Exame Chuunin.

-Vocês só sabem falar de trabalho! -Ino reclamou.

-E você só sabe reclamar. -Temari rebateu com um ar divertido e desafiador.

Karui segurou o riso e Ino estreitou os olhos, apesar de eu saber que ela não estava ofendida, Temari e ela tinham uma espécie de amizade estranha onde viviam trocando farpas, Chouji riu alto e Ino mandou-o calar a boca. Temari e Karui voltaram a conversar enquanto Ino perguntava se Sai não ia defendê-la.

Eu sorri de canto, pensando em como todas aquelas pessoas na mesa eram ridiculamente diferentes e mesmo assim, estavam aqui e eram amigos de certa forma. Logo Choji estava gritando por mais arroz e Ino conseguiu fazer Temari e Karui mudarem de assunto e inclui-la na conversa. Aos poucos, notei que Karui se sentia mais à vontade naquela bagunça em que Temari e Sai já estavam acostumados.

Chouji parou de comer em algum momento e eu notei que a mão dele encontrou com a de Karui por de baixo da mesa. Sorri irônico pra ele que corou ao perceber que eu tinha notado. Aparentemente, eu e meu amigo tínhamos mais uma coisa em comum agora: Namorávamos mulheres de outras vilas. Suspirei, a mão de Temari encontrou o meu joelho por de baixo da mesa e ela me lançou um olhar. Segurei a risada, ela também tinha notado. Ino parecia distraída demais brigando com Sai por algum motivo idiota que eu não prestei atenção e, pra sorte do novo casal, não reparou.

-Vocês vão no nosso casamento mês que vem, não é? –Ino perguntou para Karui e Temari no meio da conversa. –Vocês são acompanhantes dos meus melhores amigos, não podem deixar de ir!

Karui e Temari se entre olharam.

-Não é tão simples assim, Ino-san... –Karui disse, um pouco corada pela afirmação da loira. –Não podemos ficar saindo de nossas vilas toda hora...

-Tenho certeza que vocês podem dar um jeito. –Ino continuou, toda alegre. –Além do mais, vocês aproveitam pra ver seus namorados.

Os únicos na mesa que não ficaram vermelhos depois da declaração da loira foi ela própria e Sai, que eu na verdade nunca tinha visto esboçar muita reação de qualquer forma.

-Eu acho que é um ótimo momento pra você ficar quieta, Ino. –Temari disse lançando um daqueles olhares que faziam as pessoas pensarem duas vezes antes de contrariá-la.

Ino realmente pareceu pensar duas vezes, mas mesmo assim continuou com seu drama:

-Ai, mas como vocês são sensíveis! –ela exclamou –Chouji e Karui eu até entendo ficar um pouco sem graça com essas coisas pois começaram a namorar agora, mas vocês estão juntos a anos, Temari!

-Ah, não estamos não. –Temari respondeu levantando uma sobrancelha – O lerdo do seu amigo só me pediu para namorar com ele a quinze dias!

Ino me lançou um olhar espantado e incrédulo.

-Shikamaru! –ela exclamou –Eu não acredito que você baba pela garota a quase seis anos e só.. –ela parou por um instante apertando os olhos e negando com a cabeça –Nossa, como você é molenga!

Senti vontade de bater a mão na minha própria testa, ou de matar a Ino. Matar Ino parecia uma boa opção. Chouji riu da minha cara. Temari me olhava, tão vermelha quanto eu, mas com aquela cara que dizia que tinha guardado muito bem as palavras da Yamanaka.

-Problemático! –exclamei.

-Não me diga que vocês também ainda não... –ela levantou as sobrancelhas, insinuando exatamente o que eu pedia a todos os céus que ela não tocasse no assunto.

Temari arregalou os olhos e olhou para qualquer lugar, menos para mim. Eu não acreditava que Ino tinha mesmo tocado nesse assunto. Tive que segurar o braço de Temari para ela não voar na outra loira, enquanto pensava na possibilidade de afundar para de baixo da mesa.

-Eu não acredito! –Ino exclamou mais incrédula. –Shikamaru! Até o Chouji...

-Chega, Ino! –Chouji pediu, sua bochecha ficando extremamente vermelha.

Ino revirou os olhos.

-Como eu disse, sensíveis! –ela deu a língua. Ela percebeu que Chouji tinha dado mole e deixado um pedaço de carne chegar ao ponto na grelha e o pegou antes do Akimichi. Chouji fez cara de cachorro sem dono quando viu.

Por um momento o silêncio prevaleceu, mas então todos riram. Revirei os olhos, ainda em meio as risadas, para Ino e lancei um olhar significativo para Chouji, que corou. Temari me olhou, ainda um pouco constrangida, mas logo estavam todos conversando como se o assunto anterior não tivesse acontecido. Agradeci mentalmente Ino não falar disso novamente pelas horas que se seguiram e a bagunça característica das reuniões InoShikaChou se prolongou até pagarmos a conta.

Ino e Sai foram para o lado oposto, mas Chouji veio com a gente por parte do caminho para acompanhar Karui. Nos despedimos quando chegou na porta hotel onde ela estava hospedada e Temari e eu seguimos pro meu apartamento.

-Então, quer dizer que você “baba” por mim desde que a gente se conheceu? -ela perguntou com uma sobrancelha arqueada assim que ficamos sozinhos.

Bufei. Ela não iria mesmo perder a oportunidade de tirar com a minha cara.

-Ino está delirando. - respondi - Eu te achava um saco, com aquela pose de durona e aqueles flertes que me deixavam constrangido.

-Você que era um pé no saco. - Temari me acusou - Aquela cara permanente de desinteresse... Eu te deixava constrangido pra arrancar aquela cara de você.

Revirei os olhos. Chegamos no apartamento, abri a porta e esperei ela entrar. Temari passou pela porta e, depois de trancá-la, me virei. Ela estava na minha frente, às mãos na cintura.

-Se bem que... -ela começou -Eu achei ter visto uma babinha no canto da sua boca quando te salvei daquela ninja do Som mesmo... Você ficou com uma carinha de... Bobo apaixonado. -ela sorriu cínica.

Eu encarei-a pelos segundos que se seguiu. Ela levantou uma sobrancelha para mim, esperando uma resposta para sua provocação. Eu sorri de canto. Venci a distância de dois passos que me separavam dela e a enlacei pela cintura. Calei um protesto com um beijo. Quando nos separamos, sorri de canto novamente enquanto ela abria lentamente os olhos.

-Quem é que está com cara de “bobo apaixonado” agora? –murmurei.

Ela revirou os olhos e me puxou pela gola da camiseta, me beijando novamente. Suas mãos se enfiaram pelo meu cabelo e o bagunçaram, meus braços apertaram mais sua cintura, seu corpo de encontro com ao meu. Nos beijamos longamente, nossas línguas brigando por espaço, por dominação. Levantei-a alguns centímetros do chão e girei com ela, encostando seu corpo na parede e a prendendo com meu próprio corpo. Nossos lábios se separaram, nossos olhos se encontraram por segundos, voltando a se fechar e um novo beijo se iniciou.

Todas aquelas sensações que ela me causava voltaram a me preencher. A mão dela se enfiou pra dentro da minha camiseta, passando pelos músculos do meu abdômen e subindo até meu peito. Minhas mãos desenhavam o contorno de sua cintura, subindo e descendo e subindo novamente. Enquanto uma delas continuava esse caminho de vai-e-vem, a outra subiu mais, até seu seio, o apertando gentilmente. Ela suspirou contra meus lábios, a mão dentro da minha roupa me arranhou levemente e em segundos suas mãos estavam na barra da minha camiseta, puxando-a pra cima.

Parei de beijá-la por um momento. Me afastei apenas o suficiente para olhá-la nos olhos. Temari estava vermelha, ofegante e seus olhos verdes estavam escuros.

-O que você está tentando fazer? –perguntei, só para ter certeza.

-Tirar sua roupa, Shikamaru, o que mais parece? –ela respondeu ácida, desviando os olhos dos meus, envergonhada.

Suas palavras do dia anterior ressonaram em minha mente: Como ela queria mais, mais do que eu causava nela. Eu não sabia até que ponto ela queria e, por mais que eu quisesse perguntar, as palavras não saiam. Levantei os braços para ajudá-la a tirar minha camiseta, pensando que sinceramente não importava. Nós faríamos o que ela quisesse, pararíamos aonde ela quisesse e, se ela não quisesse parar... Só de pensar nisso eu me sentia extremamente quente.

Temari tirou minha camiseta e a jogou para qualquer canto. Ela me empurrou levemente, fazendo eu me afastar um pouco. Olhou meu tronco nu como se quisesse decorá-lo e eu me senti um pouco constrangido, até ela morder o lábio inferior. A prensei contra a parede novamente, tomando seus lábios com os meus. Ela deslizou as mãos pelos meus braços, ombros e peito. Deixei seus lábios e desci meus beijos por seu queixo, até seu pescoço e subi até sua orelha, sussurrando:

-Eu quero tocar sua pele também.

Ela suspirou.

-Toque, então.

Minhas mãos tremeram um pouco quando encontraram a pele da barriga dela por de baixo da blusa roxa que ela usava. Sua pele era macia e estava quente, fiz o caminho com a mão espalmada em sua barriga, até sua cintura. Repeti os movimentos que tinha feito antes por cima de sua roupa e ela suspirou, seus lábios encontrando com os meus novamente. Continuei subindo a mão até encontrar seu seio coberto pelo sutiã. Acariciei por cima do tecido, sentindo o rendado sobre minha palma.

-Shika... –ela suspirou contra meus lábios, suas mãos apertaram meus ombros, senti minha cueca ficar mais apertada. Ela roçou os lábios no meus, descendo pelo meu queixo e pescoço, abaixou o rosto, beijando meu peito – Vamos para o quarto? -ela perguntou timidamente.

Eu suspirei, tentando pensar claramente com sua língua traçando círculos no meu peito. Assenti, sem saber se ela tinha visto ou não e me afastei, tirando a mão de dentro da sua blusa. Ela não olhou para mim, envergonhada, enquanto eu segurava sua mão. Meu coração já acelerado martelou no peito, a mão que não segurava a sua segurou seu queixo e levantou seu rosto.

-Se você não está segura do que quer, nós não precisamos...

-Eu quero. -ela me interrompeu, os olhos finalmente encontraram os meus, determinados.

Nos encaramos por um momento, perdidos um nos olhos do outro, os rostos corados, os cabelos bagunçados, as respirações aceleradas. Me perguntei se Temari podia ouvir meu coração martelando no meu peito e se o dela estava assim também.

Ela me puxou, tomando o caminho do quarto, sua mão estava trêmula na minha. Passamos pela porta e ela parou, de costas para mim, ao lado da cama, parecia tomar coragem para o que vinha a seguir. Me senti mais nervoso do que já estava, pensando se ela estava realmente segura com isso. Ela virou de frente pra mim, soltou minha mão e levou as próprias mãos até a barra da blusa que ela usava, levantando-a.

Encarei-a com os olhos arregalados. Temari jogou a própria blusa no chão, como tinha feito com a minha na sala. Ela vestia um sutiã preto rendado e os seios dentro dele subiam e desciam com sua respiração acelerada. Me aproximei e a abracei, sua pele nua encontrou com a minha e arrepios percorreram todo meu corpo. Eu a beijei, as mãos dela enlaçaram meu pescoço, empurrei seu corpo até a cama, onde caímos, eu por cima dela. Deixei seus lábios e tracei um caminho de beijos e chupões por seu pescoço e colo até chegar no sutiã. Minha mão subiu por sua cintura até a peça de roupa e a puxou para baixo. Temari soltou uma exclamação alta quando minha boca capturou seu mamilo, sua mão se enterrou no meu cabelo, a outra apertou meu ombro. Ela suspirou e gemeu baixo quando suguei com um pouco mais de força, minha outra mão apertou o outro seio ainda coberto. Ela parecia conter os gemidos e suspiros, apesar de alguns escaparem de sua boca. Eu me sentia cada vez mais quente, a cueca mais apertada e a cada segundo era um pouco mais difícil de pensar.

-Shika –ela chamou no meio de um suspiro.

-Hum? –murmurei sem tirar a boca de seu seio, passei a língua pelo mamilo, ela estrangulou um gemido.

-Pa-para. –ela suspirou.

Eu quis gemer de frustração, mas deixei seu seio e a encarei. O cabelo tinha se soltado de um dos rabos e caia no rosto dela. Coloquei a mecha para trás da orelha dela, fitando seus olhos verdes turvos do que eu só podia definir como desejo.

-Quer parar? –eu perguntei gentilmente, acariciando seu rosto.

-Não. –ela responde. Ela ficava tão linda corada e com esse olhar. –Lembrei de algo importante.

-Você se lembrou de algo importante tipo, agora? –perguntei descrente, tentando entender o que seria tão importante para parar nosso momento se ela queria continuar.

-Sim, Shika. –ela revirou os olhos.

-E o que seria? –eu perguntei afobado.

-Camisinha, Shikamaru. –ela respondeu e, se fosse possível, ela provavelmente tinha ficado mais vermelha –Tem?

Me senti um idiota, notei também que estava me sentindo um idiota com muita frequência. Apesar das coisas estarem esquentando gradativamente entre nós, aquilo era um detalhe que eu não tinha pensado antes.

Bufei frustrado e a puxando para sentar comigo na cama.

-Não. –respondi.

Ela cruzou os braços, tampando a visão que eu tinha de seus seios.

-Bem... –ela começou –Então eu acho que não vai acontecer... A não ser que você conheça algum lugar que venda essas coisas a essa hora.

Eu quis bater a cabeça na parede. Eu nunca precisei sair para comprar qualquer coisa depois das onze horas da noite. Eu não fazia ideia se havia algum lugar aberto essa hora, ainda mais que vendesse esse tipo de coisa, e eu não queria pensar o quão constrangedor seria ter que comprar.

-Não tenho ideia. –admiti.

Ela bufou também.

-Que droga. –ela resmungou, sem me encarar.

-É, é uma droga. –respondi.

Ela moveu um dos braços, tirando o cabelo que insistia em cair em seu rosto, tive uma breve visão de seu seio. Bufei de novo, sentindo-me pulsar dentro da cueca.

-Eu preciso de um banho gelado. –resmunguei saindo do quarto.

Ela até tentou esconder, mas eu escutei sua risada enquanto entrava no banheiro.


Notas Finais


Bem, assim, vamos lá:
Eu sei que eu vou receber ameaças de morte hoje huahauhauuhaah' Shika vive esquecendo as coisas em? Primeiro a reserva, agora a camisinha huahuahauhau'

Sobre a Shiho: Eu até pensei em fazer uma cena de ciumes, mas não rolou. Eles estão tão em sintonia nesse momento que eu não consigo ver uma situação onde eles briguem, apesar de achar que se a Shiho continuar insistindo nessa historia a Temari vai ficar um tanto puta ahuhuhhaau'

Karui e Chouji já são oficialmente um casal agora <3

Agora, não me ameacem de morte! EU JURO que o proximo capitulo está recomepensador por essa quebrada monstra de clima hauahuah'


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