História Coincidências - Mesmo com tantas feridas, você me aceitou...

De manhã cedinho fomos embora porque o Lucas teria um show. Eu e o Henrique voltamos sozinhos e percebi que ele estava meio inquieto, queria falar algo mas não falava.
-O que você tem Henrique?
-Nada não! -Ele sorri sem tirar o olho da estrada.
-Quer falar alguma coisa? Pode falar.
-Vou ser direito então! O que aconteceu entre você e aquele cara?
-O que? -Minha respiração ficou acelerada e percebi que ia chorar.
-O que aconteceu? Porque percebi que algo sério aconteceu!
-Henrique, não quero falar sobre isso!
-Alice, confia em mim!
-Não é questão de confiar, é que eu não quero me lembrar! Já fazem dois anos! -Faço o maior esforço para as lágrimas não caírem.
-Você ainda não o esqueceu né? Me fala Alice! Eu preciso saber se você sente algo por ele! - Ele fala em um tom mais alto
-Você está louco? Não sinto nada por ele e mesmo que sentisse isso não é da sua conta! Não temos absolutamente nada! -Droga! A lágrima insiste em cair.
-O amor que a gente faz é nada pra você Alice? -Ele grita e bate no volante. -Eu só queria te ajudar mas você sempre me afasta! Já cansei das suas palhaçadas! Já que não temos nada vou te esquecer!
-Faça o que bem entender mas nunca mais fale como se soubesse algo sobre meu passado porque você não sabe!
Depois da nossa discussão seguimos viagem em silêncio absoluto. Ele me deixou em casa, entrei, fechei a porta e chorei até cair no sono em meu sofá. Acordo com as meninas falando alto na cozinha e vou até lá tomar um café. Depois arrumamos a casa e nos trocamos para a noite das meninas, normalmente fazíamos em um boliche que íamos quando éramos adolescentes.
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Estávamos jogando tranquilamente quando vejo os meninos entrando e pegando uma pista do lado da nossa.
-Oi meninas! -Todos falam.
-Oi meninos! -Todas falam.
-Vai ser guerra? -Juliano fala
-Com certeza! -Gi afirma
Começamos uma competição muito engraçada, nos divertimos demais. Fiquei procurando o Henrique mas nada de ele aparecer, fiquei pensando se tinha pegado pesado com ele mas ele não pode exigir saber de algo que me magoava tanto, só de começar a lembrar já sinto meu estômago revirar. Depois de ganharmos dos meninos fomos para uma sorveteria onde os meninos teriam que pagar para todas nós, chegando vejo o carro do Henrique estacionado na frente.
-Vocês chamaram ele? -pergunto
-Ele ligou para o Ju e avisou que estaria aqui!
Quando entrei me deparei com ele nos beijos com uma ruiva maravilhosa, eu fiquei extremamente nervosa e irritada, ele estava fazendo isso para provocar mas não ia mostrar que ele estava conseguindo. Sentamos na mesa dele e os cumprimentamos, ignorei todas as provocações dele até ele perceber que não ligava. Então decidi ir ao banheiro, depois que eu entro ouço a porta fechar atrás de mim e se trancar olho para trás e vejo Henrique.
-Você está louco?
-Estou! - Fico o encarando sem saber o que falar. -Estou louco por você!
-Você acha que pode vir... -Então ele me beija
-Para de ser marrenta! Me deixa te fazer feliz!
-O que você quer de mim Henrique? -Falo com lágrimas nos olhos.
-Me conta o aconteceu! Prometo não abrir a boca e depois que você terminar n falamos mais sobre isso!
-Eu não posso Ricelly! É doloroso demais!
-Eu to aqui -Ele cola sua testa na minha.- eu sempre vou estar, pode confiar.
-Tudo bem! Eu conto! Mas não vai ser hoje, amanhã você vai na minha casa e te conto tudo!
-Tudo bem! Você não vai se arrepender! -Ele beija o topo da minha testa e saí
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No outro dia eu acordei pensando se tinha feito a coisa certa, não queria pressioná-la mas era o que estava fazendo. Pensei em ligar pra ela e falar que não queria mais saber e pedir desculpa mas a curiosidade falou mais alto, então mandei uma mensagem.
"Alice, esquece aquela conversa de ontem não queria te pressionar, me desculpe! Mas não posso voltar atrás com a minha decisão, vamos ser apenas amigos aí não sofremos. Quando você estiver preparada você me conta! Vou ir fazer alguns shows e volto sexta aí podemos sair como amigos! Beijos"
Me doía muito mandar aquilo mas era o que deveria ser feito, não podia exigir nada dela.