★ Haru on ★
Fiquei no meu quarto o resto da noite no meu quarto sem sair pra nada, porque ela deu meu número pra ele? Eu não quero vê-lo e nem saber dele nunca mais. Estava deitado pensando nisso tudo e escuto alguém bater na porta.
- Filho, podemos conversar? - minha mãe fala.
- É muito importante? Estou meio ocupado. - invento na hora.
- Bem, é sobre seu irmão.
Eu levanto rapidamente e abro a porta e a encaro com um olhar sério.
- Você sabe que não quero saber dele, e porque deu meu número pra ele? - falo meio nervoso.
- Vocês são irmãos de qualquer jeito e...
- NÃO IMPORTA! - eu falo alto.
Ela fica calada olhando para mim com cara de assustada e logo em seguida sua expressão muda para raiva.
- Olha aqui menino eu sou sua mãe então baixe esse seu tom de voz. - ela fala com raiva.
- Você sabe o que ele fez pra mim não foi? Ele só me maltratou e você fingia não ver nada disso, eu apenas aturava para não dar dor de cabeça pra você. Mas agora eu percebi o grande idiota que eu fui, e por isso eu não quero saber dele. - falo fechando a porta.
- Ha..Haru abra essa porta agora! - ela tenta abrir a porta.
Eu apenas me sento no chão encostando na porta escutando minha mãe tentando abrir a porta.
- Filho, me desculpa por tudo, eu sei que fui uma péssima mãe mas eu só quero ter uma família de volta. Seu irmão mudou, ele está melhor agora, por favor dê a ele uma chance. - ela fala gaguejando, parecia estar segurando o choro.
- Como você sabe que ele mudou mãe?
- Ele me disse!
- E você acredita nele?
Fica alguns minutos em silêncio, eu estava com um nó na garganta, eu não queria ter gritado com ela, eu estou apenas confuso.
- Ele vai vir para cá daqui a dois dias, vai ficar alguns dias por aqui e...espero que vocês se entendam. - ela diz e escuto ela sair.
Fiquei paralisado, depois de tanto tempo vou vê-lo, será mesmo que ele mudou? Eu não sei se acredito nessa bobeira toda, não sei mesmo.
★ Hiroshi on ★
Depois de jantar falo pra todos que vou dormi pois estava cansado e vou tomar um banho e depois para meu quarto. Estava pensando em mandar mensagem para Haru mas, era melhor esperar, apenas ó adicionei, ele estava com uma foto de um gato, era muito fofo. Coloquei meu celular para carregar e fui arrumar minha bolsa até que escuto uma batida na porta.
- Posso entrar? - era minha mãe.
- Claro. - disse.
- Estava ocupado?
- Não, não mãe, estava apenas tirando umas coisas da minha bolsa, o que quer falar? - falo me sentando na cama e ela faz o mesmo.
- Bem filho, você sabe que está difícil para eu e seu pai nessa questão de contas e sustentar todos nós certo.
- Sim eu sei mãe, eu disse para me deixar trabalhar mas você não quer.
- E claro que não! Você precisa focar nos seus estudos, e você ainda não conhecemos essa cidade então e melhor não.
- Okay, okay, então a onde quer chegar? - falo curioso.
- Bem, tem um quarto a mais lá nos fundos, com cozinha e banheiro, e eu estava pensando em alugar ela, o que acha?
- Ah...bem por mim tudo bem, dependendo de quem for.
- Sim, claro. Estava apenas querendo sua opinião, não quero que fique desconfortável com isso, então, tudo bem para você?
- Claro mãe, se isso vai nos ajudar então tudo bem. - falo com um sorriso.
- Maravilha! Obrigada filho. - ela me dá um beijo na testa. - Agora vou deixar você dormi, boa noite querido. - ela sai do quarto.
- Boa noite mãe.
"Será mesmo que é uma boa ideia?" Fico pensando, mas bem, acho que não pode acontecer nada demais, e isso vai ajudar bastante meus pais então fico feliz. Termino de guardar minhas coisas eu vou dormi.
~•~•~
- FILHO!
Eu acordo no pulo, vejo minha mãe na porta me olhando assustada.
- Vamos garoto, você tem 10 minutos para se arrumar anda!
Eu olho meio sonolento ainda para o relógio e já são 6:40.
- PUTA MERDA! - dou um grito e vou correndo formar banho.
Saio do banho correndo, me arrumo e pego minhas coisas e desço correndo para a cozinha.
- Estava cansado mesmo em garoto, fiz um pão pra você, vai comendo no cominho, eu te levo. - minha mãe fala arrumando minha irmã.
- Bom dia irmão!! - Yumi fala.
- Bom dia irmãzinha! E não precisa mãe vou andando. - pego o pai e vou para a porta.
- O que? Esper... - quanto ela falava eu já tinha saído. - Esse menino em.
Sai correndo com o pão na boca, "como pude ter dormido tanto?". Chegando mais perto da casa de Haru eu o vejo na esquina.
- Haru! - eu dou um grito.
Ele para e olha para trás, olha para mim assustado. Chego até ele e coloco minhas mãos nos meu joelhos e tento recuperar o ar.
- Eh... você tá bem Hiroshi? - ele pergunta se abaixando e olhando para mim.
- Estou...só..estou um pouco cansado...- falo ofegante.
- Por que veio correndo?
- Eu acordei atrasado, e queria te acompanh... - paro na hora e sinto meu rosto queimar.
Ele estava olhando para mim com uma cara de curioso.
- Me acompanhar? - ele completa.
- Eh.. sim, eh. - me levanto na hora e tento esquivar o olhar.
Ele da uma risadinha e pega algo na bolsa dele.
- Toma, beba. - ele fala me entregando uma garrafa de água. - Acho que ajuda.
Eu fico vermelho outra vez e depois dou um sorriso.
- Ah, obrigada Haru. - pego e começo a beber.
- Bom, vamos. - ele fala indo na frente.
"Ele sempre faz isso, apenas fala e sai andando"
Começamos a andar e Haru parecia estar fingindo algo, ele estava sorrindo mas não parecia verdadeiro.
- Eh, quando chegarmos a escola eu encho a garrafa e te devolvo okay! - falo segurando ela.
- Ah? Não precisa, depois eu encho. - ele vai tentando pegar a garrafa da minha mão.
Ele acaba vindo muito para meu lado e tropeço nele, ele quase caí e eu seguro ele pelo braço.
- Nossa! - eu falo. - Você tá bem? - eu pergunto puxando.
Ele fica quieto e com cara de assustado, e acaba tropeçando de novo e para em meu peito.
- Ah, Haru? Você está um pouco... desajeitado hoje, parece que não está nesse mundo... - fico olhando para ele.
Ele fica com a cabeça no meu peito por um tempo e eu apenas olho,ele parece assustado, queria afastar ele para olhar nos olhos dele mas ele acaba me abraçando.
- Obrigada por estar comigo de novo. - ele fala.
Eu fico sem reação, eu conseguia sentir um nó na garganta dele. Eu o abraço forte e depois o afasto e olho nos olhos deles, estava sem brilho de novo...droga, respiro fundo e pego o braço dele.
- Vamos. - falo o levantando.
Me lembro quando chegamos aqui eu vi um lugar que parecia um bosque, não era longe então fomos para lá. Chegando lá eu larguei o braço dele e me sentei encostando em uma árvore. Ele olha para mim ainda assustado e eu faço sinal para ele se sentar do meu lado e assim ele fez.
- E a aula? - ele perguntou.
- Entramos na segunda aula.
- Okay..
Ficamos um tempo quietos, os sons de pássaros e o vento leve do bosque relaxava bastante.
- Então, o que aconteceu com você? - pergunto.
- Ah.. ontem eu meio que discuti com minha mãe, achei que poderia esconder o cansaço disso tudo mas parece que você percebeu.
- Bem, você não é de sorrir muito por isso achei estranho.
Ele olha para mim com uma cara de bravo e surpreso, e eu apenas o encaro com uma cara de "mas é verdade".
- Não da pra esconder coisas assim, e até pior esconder.
- E eu percebi...- ele falo desanimado.
- Não sei sobre o que era a tal discussão mas, ela e sua mãe, o melhor a se fazer e conversar.
- Também achei que seria isso mas, ela quer me forçar a fazer uma coisa que eu não quero.
- Mães tem essa coisa de "é pro seu bem" por isso fazem isso essas coisas.
- Bem, pra mim isso pode pior as coisas.
- Entendo.
Ficamos de novo em silêncio, eu adoraria saber sobre o que era essa briga mas não sei se ele contaria e se é confortável para ele, apenas queria ajudá-lo.
- Por que me agradeceu lá atrás? - eu perguntei.
- Ah. - ele fica envergonhado e começa a corar
- Haha, você é muito fofo! - "o que eu disse??" Pensei na hora.
- O que? Eu não sou fofo! - ele fala bravo.
Começo a rir e ele fica apenas fica com cara de "bravo", ele era realmente fofo não tinha como discordar. Ficamos zuando um pouco e brincando, consegui tirar algumas risadas dele e eu vi o brilho voltar, finalmente ele estava voltando. Olho para o relógio e daqui 20 minutos ia começar a segunda aula.
- E melhor irmos se não perdemos essa também. - falo me levantando.
- Okay.
Estico minha mão para ele e ele pega, apenas puxo e ele se levanta na hora.
- Tá querendo me quebrar é? - ele falo.
- Haha, desculpa. - falo rindo.
Começando a andar e brincamos no caminho, e eu consegui ver um sorriso nele mas dessa vez era verdadeiro.
- Estamos quase chegando. - eu falo
- Eh. - ele fala. - Hiroshi.
- Sim?
- Eu te agradeci aquela hora porque quando estou com você me sinto seguro, mesmo se você não fizer nada eu ainda sinto essa segurança, por isso, obrigada. - ele fala olhando para frente.
Eu apenas o escaro, fico meio paralisado, nunca achei que alguém se sentirá seguro ao meu lado, e bem estou feliz por ele achar isso, ele me faz me sentir uma pessoa forte e me alegra muito, é isso é tão bom.
- Eu que agradeço Haru.
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