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História Cold Blooded - O corte de misericórdia


Escrita por: Ssinful

Notas do Autor


Puta q PARIU, eu demorei demais, sei disso. Por favor, perdoem essa pobre camponesa. Estamos de volta.

Contudo, esse também é o penúltimo capítulo.

Boa leitura.

Capítulo 9 - O corte de misericórdia


Fanfic / Fanfiction Cold Blooded - O corte de misericórdia


Shoto Todoroki 

Ele levantou da cama e andou pelo quarto. Tanto andou, que cansou e voltou a deitar. Remoendo pensamentos incontroláveis, ele sentiu-se pequeno. O ser reduzido a um nada insignificante.

Katsuki Bakugou seria executado em praça pública no dia seguinte pela manhã. Como um traidor, seria decapitado. Estava preso nos calabouços do castelo, sem comida ou água. Era mais uma de suas punições. Provavelmente, os machucados do corpo iriam inflamar sem os devidos cuidados, ainda mais em um lugar sem iluminação, sujo e asqueroso como aquele.

Mas esse não era só um dos problemas. Shoto estava preso em seu quarto desde que tinha voltado no dia anterior. Algumas horas apenas de quando deixou Izuku lá, sozinho, chorando e grunhindo pela perda do amor de sua vida. Do jeito que era, provavelmente iria atrás de Katsuki. Shoto sabia bem o quão corajoso aquele ômega era.

Por isso, precisava ajudar. Precisava consertar seus erros, porque Bakugou estar preso ali, era justamente por sua culpa. Seu descuido tinha os levado até aquela situação. Como um verdadeiro príncipe, ele iria fazer o certo. Talvez aquela fosse a hora em que ele deveria parar de remoer o passado e viver da forma que queria.

Desprender-se da mãe. Da irmã. De tudo aquilo que fazia ele sentir uma raiva tão genuína e dolorosa. Alguém só morre de verdade quando é esquecido, Todoroki. Foi o que Midoriya lhe disse em uma de suas conversas, e isso nunca fez tanto sentido quanto agora. Ele tinha uma obsessão doentia pela mãe, e isso era o que o fazia ruir.

Por isso, deixou aqueles sentimentos guardados na gaveta mais funda e escura que tinha. Concentrou-se apenas no que deveria fazer agora: ajudar Katsuki a escapar. 

Do lado de fora de seu quarto, ele sabia da existência de dois guardas fortemente armados. Seu pai queria garantir que ele não fugisse. Parecia mais uma punição, mas também era para Shoto não atrapalhar, de alguma forma, a execução de Bakugou. Escapar pela janela não era uma possibilidade válida, porque ela ficava a metros do chão. Cair dali de um jeito não tão conveniente não o mataria, mas com certeza quebraria algum osso.

Entretanto, foi a única coisa que ele pôde pensar no momento. Aproximou-se da janela, abrindo-a com facilidade. Enji talvez tivesse pensado que ele não era louco o suficiente para pular, mas esse fora seu erro. Não se desafia um Todoroki. Nunca.

Ao lado direito de sua janela, havia um punhado em linhas de plantas trepadeiras. Como o nome já dizia, provavelmente eram para trepar, certo? Com sorte, Shoto estivesse certo.

Antes da sua, havia mais duas janelas abaixo. Os muros eram lisos e pouco escaláveis, então teria de confiar exclusivamente nas plantas. Seu quarto, por alguma razão, não tinha sacada, apenas grandes janelas de vidro. 

Colocou a perna esquerda para fora, segurando-se pela abertura até que conseguisse ficar de pé. Quando olhou para baixo, a altura quase lhe causou náuseas desconcertantes que quase fizeram ele desistir da missão. Mas era isso ou nada. Isso, ou se render. Mas nunca mais Shoto ajoelharia aos pés do pai. 

Jogou o corpo para o lado direito, utilizando do braço esquerdo para tentar agarrar as trepadeiras. De sua janela até ela, tinha mais ou menos um metro e meio de distância, supondo que fosse a mesma de um adulto com braços abertos. Com um suspiro profundo, Shoto se inclinou para trás minimamente, apenas para logo em seguida saltar rumo às trepadeiras. 

Quase deu de cara no chão. O braço direito arrastou por bons centímetros até que ele conseguisse de fato cravar os dedos nas plantas e segurar-se com força. O esforço fez seu corpo todo tremer. Pelo menos, não tinha caído dali para a morte, o que Shoto certamente considerou algo positivo.

Foi se esgueirando lentamente, tomando cuidado com os movimentos. Exigia força e concentração, porque era difícil apoiar os pés e descer com cuidado. Ainda mais com o receio de ser pego e tudo aquilo ter sido em vão. 

Quando colocou os pés no chão, foi impossível não respirar aliviado. Olhou para as mãos vermelhas e sujas, o suor correndo pela têmpora. No fim das contas, estava tudo bem.


Shoto passou pelos fundos do castelo, indo em direção ao calabouço. Na entrada, uma grande escada em espiral sumia na escuridão. Provavelmente alguém estaria guardando as celas, então teria que ser mais cuidadoso ainda. 

Desceu lentamente cada degrau, observando atentamente a luz que vinha do final daquele longo lance. Ao chegar lá, se deparou com um guarda de costas, quieto e calmo. Provavelmente dormindo em serviço, o que era bem errado, na verdade.

Porém, certamente ótimo para Shoto, que apenas agarrou uma cadeira do outro lado da entrada. Se aproximou e a quebrou na cabeça do guarda em um baque alto, estilhaçando a coitada da cadeira.

Sem perder mais tempo, o príncipe pegou o bolo de chaves que estava preso ao cinto dele. 

Antes de entrar, murmurou:

— Bons sonhos.

O lugar era mais fétido e lúgubre do que ele imaginava. Fedia a poeira, suor e carne podre. E com infiltrações, porque algum vazamento causava aquele gotejar incessante e chato de água. Shoto não conseguiu imaginar Midoriya preso ali. Um lugar sem sol, sem luz, gentileza ou cura. Sem tudo aquilo que ele era.

E foi passando, cela por cela. Nem todas estavam ocupadas, mas as que estavam, demonstravam de perto a crueldade de lugares como aquele. Dos aposentos que deixavam presos trêmulos e soluçantes saírem amargurados e com dores. Shoto viu durante anos de sua vida, pessoas serem presas ali por roubarem comida. O mínimo que não deveria ser negado a ninguém

Ele prometeu, enquanto procurava Katsuki, que herdaria aquele reino. Mesmo que não quisesse, faria aquilo para mostrar o quanto era diferente do pai. Que era bom. Seria o melhor rei que Volkmart já teve em décadas. 

Olhou para a sua direita e lá estava ele. Os cabelos loiros desgrenhados, os olhos vermelhos mais vivos do que o sangue. Estava preso por ambos os pulsos, exalando feromônios tão fortes, que fariam até alfas ajoelharem perante seus pés. Se tinha algo que Shoto não podia negar sobre aquele homem, era sua força. A personalidade indomável. 

— Bakugou — chamou. Katsuki levantou a cabeça. — Você ainda consegue me ouvir?

— Não, filho da puta. 

Shoto suspirou. Aquilo pelo menos era bom sinal. Bakugou responder daquela forma usual, significava que estava tudo bem com ele. Não tinham feito nada de mais.

— Eu vou te tirar daí.

— Passou da hora.

— Você bem que podia ser mais educado. Mas o que devo esperar de um bárbaro? — bufou, enfiando uma chave atrás da outra na fechadura. — Precisamos ser rápidos. 

Abriu a grade com rapidez, logo tratando de procurar as chaves das algemas. Parecia que o universo estava conspirando contra ele. Era um bolo infinito de chaves com a mesma forma e peso. 

— Como você passou pelo guarda? — Katsuki franziu o cenho. Shoto pôde ver, mesmo na pouca luz, o rosto dele repleto de machucados. Parecia até mesmo respirar com dificuldades. 

— Nada que uma cadeirada não tenha resolvido.

— Você sentou a cadeira nele?

— Esperava que eu o socasse até desmaiar, tal qual a sua cultura ignorante?

Bakugou fechou a cara. 

— Eu vou matar você. 

— Quer sair daqui ou não? — o alfa calou-se. Shoto soltou a algema direta. Trêmulo, partiu para a outra. — Certo. Eu vou soltar você. Preciso que coopere comigo e faça o que eu disser para fazer. É o único jeito de sair daqui.

Katsuki ficou calado por mais um tempo. Apenas o tilintar das chaves e a respiração irregular de Todoroki foram ouvidas naquele espaço curto de tempo. Era como andar no escuro. Não sabia se alguém estava vindo, ou sequer se alguém tinha notado seu sumiço. 

— Por que está me ajudando? — murmurou, finalmente, Bakugou. — Não me odeia?

O príncipe riu pelo nervosismo, sem parar com as chaves. 

— Odeio. Céus, como eu odeio — engoliu a seco, lembrando-se das palavras de Izuku. — Mas eu aprendi que, não importa o que eu faça, sempre vai ser você. Independente do resto, eu nunca vou tê-lo da mesma forma que você tem, Bakugou. Isso dói. Dói tanto, que parece que meu coração vai sair do peito. Mas, sem você, ele perde tudo o que tem, e se você está longe dele agora, a culpa é minha. Mesmo que você tenha assassinado minha irmã e mereça esse lugar, eu o amo demais para vê-lo chorar por algo que fiz. Então, só… só saia daqui.

Logo quando terminou o seu monólogo, a chave abriu a última algema. Katsuki massageou os pulsos, levantando-se do chão imundo com certa dificuldade. Eles trocaram um longo olhar, certos do que precisavam fazer naquele momento. 

Saíram do calabouço, passando pelo guarda ainda desacordado. Shoto, muito educado, deixou a chave no mesmo lugar. Apenas levou consigo a espada que furtou do guarda, já que ainda não sabiam o que podiam encontrar do lado de fora. 

Ao chegarem no jardim dos fundos, com o sol se pondo ao longe, eles viram Enji Todoroki parado, também segurando uma longa espada. Shoto trincou os dentes. Por que ele sempre atrapalhava tudo? Por quê? Chegava a ser incômodo.

— Puta que pariu — grunhiu Katsuki, tomado pela raiva. Pareceu sentir alguma dor ao fazer isso, pois segurou a costela com força. — Esse merda não cansa?

— Me pergunto a mesma coisa. — apertou o cabo da espada. Maneou com a cabeça para Katsuki. — Venha. Eu cuido disso.

Aproximaram-se do rei. Ele tinha mais um daqueles seus sorrisos nojentos, cheios de soberba. Shoto pensou que, na verdade, tudo nele era venenoso. Seu toque, sua fala, seu ser. Era um péssimo rei, um péssimo pai, e, pior, um péssimo marido. Endeavor havia afundado a esposa em uma solidão sem fim. Desdenhou de tudo o que ela era e sentia. Pouco se importou quando Rei adoeceu por algo que ele mesmo havia causado.

— Aonde pensa que vai com meu prisioneiro, Shoto? — apoiou a espada no ombro. — Eu sempre soube que você era astuto, mas fugir do próprio quarto? Ainda mais para agir em prol deste bárbaro? Esqueceu do que ele fez com sua irmã?

O príncipe fechou brevemente os olhos, engolindo lentamente a saliva. Odiava cada mísera palavra daquele homem. Elas lhe causavam um asco gigantesco. 

— Vou fazer o que é o certo, pai. — sem desviar o olhar do rei, ele disse para Katsuki: — Vou lutar com ele. Enquanto isso, você aproveita para fugir. E tome cuidado.

— Soque esse merda até que ele esqueça o próprio nome. — Bakugou pareceu hesitar antes de responder e se afastar. — E… Todoroki? Eu não matei a sua irmã. Isso eu garanto a você. 

Katsuki afastou-se para bem longe enquanto Todoroki ia cada vez mais perto do pai. Os dois soltaram tantos feromônios, que seria impossível para um ômega ficar entre eles. Era uma questão de honra. Dessa vez, ele ganharia. Faria tudo sem nem hesitar, porque hesitar significaria entregar-se, e isso era algo que ele definitivamente não faria de novo. Nunca mais.

Correu na direção de Enji, girando o cabo da espada e chocando-a com a do pai. Foi um barulho cru e fino, o que mostrou que o rei não pouparia o príncipe apenas por ser seu filho. Não era do feitio de Endeavor fazer algo assim. 

Shoto rangeu os dentes, jogando o corpo com toda força para frente para se livrar do aperto. Endeavor cambaleou, sorrindo de lado. Com apenas a mão direita, ele jogou a espada com toda a força contra a cabeça de Shoto, que teve o ímpeto de se agachar para não ter metade do cérebro cortado.

Aproveitou a brecha para dar uma rasteira em Enji, que quase caiu, porém, manteve-se no mesmo lugar. Shoto quase não reagiu a tempo quando o pai chutou uma de suas costelas, jogando-o alguns centímetros mais longe do que estava. Foi como se perdesse todo o ar. O peito todo sucumbiu em uma dor excruciante.

Endeavor não perdeu tempo. Correu até ele, que ainda tentava se levantar. Quando perto o suficiente, Enji desferiu um golpe em Shoto, que seria certeiro se ele não tivesse desviado para a esquerda. Sem conseguir parar a tempo, o rei teve a gola de sua roupa segurada pelo príncipe, que o derrubou e o fez girar no chão. 

Todoroki rangeu os dentes, agarrando a espada e indo para cima do pai novamente. A terra molhada recebeu o golpe da arma, pois senão, Endeavor teria a cabeça perfurada por uma ira sem fim. Shoto sentia o corpo doer, mas quando pensava no que o pai tinha feito, tudo parecia passar. Como se ele estivesse ganhando forças.

— Não faz muito tempo desde que lutamos assim, Shoto, mas você parece ter melhorado… — Endeavor rolou mais uma vez para longe, levantando-se. — Mas é surpreendente. Vamos, diga-me o que te deu tanta convicção a ponto de achar que pode me vencer?

O bile amargo subiu pela boca do príncipe, o que o fez cuspir no chão. Claro que aquilo ia totalmente contra as normas de etiqueta real, mas, olhando para Endeavor, naquele ângulo, esta era a única reação possível. Ele era nojento. Era tão sórdido, que apenas o pensamento era capaz de fazer Shoto vomitar. 

— Não acho que vou, eu tenho certeza — respirou fundo, segurando a espada na frente do rosto. — Você já reinou tempo demais. Já fez coisas imperdoáveis demais. O que você merece, meu pai, é uma morte lenta e dolorosa. 

Endeavor teve a ousadia de rir.

— Não fale assim. Ou acha que sua mãe iria se orgulhar? Sua irmã…?

— Cale a boca! — apertou mais o cabo da arma. Estava com mais raiva do que podia mensurar. — Elas odiaram você até o último minuto de vida. Tenho certeza que tinham pena de quem você é.

E Enji abriu a boca para falar algo, mas o príncipe não deixou. Não queria ouvir sequer mais uma única palavra que saísse daqueles lábios persuasivos. Temia que, caso se deixasse levar, Endeavor iria convencê-lo de que o que estava fazendo era errado. E que Bakugou tinha mesmo matado a sua irmã. 

Por alguma razão, Shoto acreditou. Mentir não era bem a cara de Katsuki, e ele quis se agarrar a essa ideia. A de que aquele bárbaro era honesto. Uma verdade escondida em algum lugar. 

Foi para cima do pai mais uma vez, disposto a colocar um fim naquela tirania de uma vez por todas. Endeavor não era o rei que Volkmart merecia, e Shoto iria fazer valer a pena cada um dos machucados que tinha agora. Desde o tilintar das espadas aos chutes que levara, ele iria proteger aquele povo.

Voltaria para Midoriya. Ele tinha que voltar.

Com as espadas ainda travadas, Shoto se esgueirou para a esquerda, soltando a espada e tirando o peso contraposto daquela luta. Endeavor arregalou os olhos, tropeçando nos pés e quase indo ao chão. 

O príncipe, então, fez o que tinha que ser feito. Retirou uma adaga escondida da bota, golpeando o pai, pelo que ele soube, uma última vez. Ouviu um grunhido baixo, uma respiração pausada. O silêncio se estendeu por um tempo curto, mas válido. 

O olhar incrédulo de Endeavor logo deu lugar a um sorriso pequeno, quase grato.

O corte da misericórdia que tinha tirado sua vida. Ao olhar para as mãos com sangue, trêmulas e constatar que estava chorando, Shoto caiu de joelhos. Tudo estava acabado. Finalmente, Endeavor tinha caído. Era tudo o que o príncipe mais ansiou. Então por que doía tanto?

Era como se tivesse tirado um peso descomunal de cima do peito. Pensou que sentiria uma enorme satisfação ao vê-lo deitado ali, morto. Mas aí que estava: ele não sentiu satisfação. Só dor. Contudo, também, vinha o sentimento de dever cumprido. 

De liberdade. Perguntou-se se Rei e sua irmã estariam orgulhosas dele. 

Fechou os olhos, sentindo gotas de chuva pingarem em sua pele. Quando a água desabou do céu com mais força, lavando sua culpa e incertezas, Shoto chorou mais um pouco. 



Katsuki Bakugou

Ele arfou. A dor nas costelas quase o impedia de respirar normalmente. Entretanto, Katsuki resistiu. Mais do que nunca, ele precisava ver seu ômega. Segurá-lo entre seus braços para ter certeza de que ele estava bem. Tão quente e vivo quanto sempre fora.

Antes de chegar a porta, o alfa tropeçou. Caiu de quatro, respirando fundo. A chuva parecia assolar com força o reino de Volkmart. Por alguma razão, ele sentiu que aquele era um novo começo. Uma chuva que vinha para dar fim a dias cruéis. 

Ajoelhou. Dentro da casa, todas as luzes estavam acesas. Katsuki sorriu, sentindo o peito aquecer. 

— DEKU — gritou, em plenos pulmões. Abafou até o barulho da chuva. — EU ESTOU AQUI!

A porta da casa foi aberta numa brutalidade gigantesca. De lá, o ômega de olhos verdes e sorriso gentil encarava Bakugou com lágrimas embaçando sua visão. Tinha o semblante mais caloroso que um dia Katsuki já teve o prazer de receber.


Notas Finais


É isto.

Eu espero mesmo que tenha sabido retratar essa relação conflituosa do Shoto com o Endeavor. E fora a aceitação do próprio Shoto também, porque nada mais me irrita do que triângulo amoroso e a história do "se o macho não é meu, não é de mais ninguém" eu hein.

Não respondi todos os comentários, mas saibam que li TODOS e que amei todos também! Vocês são incríveis. Só tenho a agradecer <3

Qualquer coisa, gritem. Tô sempre por aqui.
Beijão~


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