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História Colega de quarto - Acordos.


Escrita por: LadyCandy

Notas do Autor


Olá!
esse é o ultimo capitulo... mas teremos bônus.
Enfim, comecei a escrever a fanfic pela visão do Soo... Mas to achando meio sem graça, e tenho medo de estragar o personagem.
Eu tendo a comédia e a ironia, e o Soo deveria ser alguém sério.
Mas vamos ver.

Capítulo 55 - Acordos.


 

 

 

 

Eu saberia resolver...

Ou não.

Porque na sexta-feira  Kyungsoo estava sentado na minha mesa de jantar, brincando com meus sobrinhos e conversando com a minha irmã enquanto eles me esperavam chegar do trabalho.

E tudo o que eu queria era saber o que diabos ele estava fazendo ali.

Eu não disse nada quando minha irmã animada me contou da surpresa “agradável”, ou narrou como Kyungsoo tinha a ajudado, preparando a comida.

Eu até mesmo provei primeiro porque temi pela segurança dos meus sobrinhos, e como o cara mais velho que não queria se tornar tutor legal de 3 crianças órfãs, me sacrifiquei pela segurança da minha irmã também. E estava gostoso.

Estava mais gostoso que o normal para uma comida feita pelo Soo...

Certeza que Yoora tinha ajudado e dado umas dicas, ela arrasava na cozinha. Não tanto quanto a minha mãe, mas ela fazia seu melhor.

Era surpreendente comer calado, em uma mesa de jantar, enquanto ouvia Kyungsoo ter uma conversa civilizada com a minha irmã.

Ele até mesmo respondia as perguntas dela! E fazia perguntas de volta.... e ouvia atentamente.

Ele também escutou todas as infinitas novidades absurdamente sem sentido que as crianças tinham para contar, como quem tava com piolho na escola, o que fizeram na aula de artes, os números novos que Moombin tinha adquirido ao seu vocabulário... E Moonbin também contou sobre a cor do coco de Sanha, e que ele tinha gorfado.

Criança é uma coisa maluca.

Foi bom não ter que falar, porque as crianças preenchiam animadamente qualquer silencio. Eu quase pedi para Eunwoo mostrar de novo como era bom em morrer, e quase pedi pra ele me ensinar como fazia. Porém minha irmã volta e meia me lançava olhares, curiosa pelo meu silencio.

Mas não me perguntou nada em nenhum momento da noite, ao que eu agradeci.

Durante a semana eu não tive tempo de realmente conversar com minha irmã, e sabia que ela se sentiria culpada por isso... Porque ela veria como ela não tendo tempo de acolher e ajudar o irmão caçula.

Mas... eu falaria com ela.

Quando chegou a hora das crianças dormirem, minha irmã logo as levou para cima e eu me prontifiquei a ajudar, porque eram 3, mas ela pediu para que ao invés disso eu levasse Kyungsoo para casa.

Ela não era boba, sabia porque ele tinha vindo.

Mas... eu não sabia, e eu não queria conversar com ele.

Não ainda.

Então pedi para Kyungsoo esperar, o que ele aceitou, e fui cuidar dos dois mais velhos enquanto minha irmã lidaria com o caçula.

Surpreendentemente Kyungsoo me acompanhou, e deitou na cama de Moonbin fazendo carinho em seu cabelo, enquanto eu deitei com Eunwoo e comecei a ler um livro bem longo para ele.

Eu amava ler livros longos, principalmente os com poucas imagens... eles dormiam na hora.

Porém... eu também ficava com sono.

Quase desisti de levar o Soo, e quase dormi ali mesmo. Porém, me lembrei que Kyungsoo também estava ali, e talvez não fosse uma boa ideia minha irmã acordar vendo Kyungsoo dormindo no quarto dos filhos.

Ela entenderia, mas me acharia um irresponsável por não levar o coitado para casa.

Coitado seriam palavras dela.

Olhei para Kyungsoo sem muita paciência e percebi que ele me observava.

O que era estranho.

O olhar era até mesmo carinhoso.

Eu devia parar de deixar Kyungsoo perto de crianças... ele ficava estranho. E era até bom, mas era um falso bom. Era algo que mudava.

Seu olhar carinhoso virava depois um “não quero nada” ou um “não significa nada”.

Melhor não deixar ele perto de crianças.

Me levantei sem vontade e o chamei, entrando com ele no carro e abrindo a garagem pelo controle.

Ele não disse nada.

Na verdade, tinha me dirigido muitas poucas palavras naquela noite... e eu realmente já tinha desistido de tentar entender ele.

E daí que ele gostava de mim? Ou que sentia saudades? Por quanto tempo eu esperaria ele... decidir entender os próprios sentimentos?

Eu não queria mais esperar.

Porque não era como esperar por algo que eu teria certeza no fim que daria certo...

Na verdade, dia após dia eu via a probabilidade do errado.

Eu era bom de matemática.

– Você é bom com os seus sobrinhos. – Ele comentou, quando já estávamos no carro e a pelo menos uns cinco minutos da casa da minha irmã.

Eu realmente não tinha o que responder à isso... então apenas concordei com a cabeça.

E Kyungsoo novamente ficou em silêncio.

Olhei para o lado, apenas de relance, porque eu obviamente estava curioso. E estranhamente Kyungsoo brincava com os próprios dedos, nervoso.

Suspirei.

– O que queria vindo hoje? –  Perguntei, tentando soar suave.

– Você... saiu de forma estranha. Eu só queria checar se está bem.

– Eu estou. – Respondi, um pouco desanimado... mas soando o mais feliz possível por ser capaz de responder a sua inquietação.

Eu estava.

Ou, pelo menos, ficaria.

– Eu... não sei exatamente o que eu deveria fazer. – Kyungsoo confidenciou.

– Como assim? –  Perguntei, afinal, eu não era capaz de entender todas as meias palavras dele.

– Você saiu por minha causa, não foi?

– Sim. – Fui sincero.

Kyungsoo então voltou a ficar em silêncio.

Mas não demorou muito dessa vez:

– Os outros não estão falando comigo. Não que a gente conversasse antes... Eles estão sendo educados, mas... não tentam mais puxar assunto. Eu sei que eles claramente não gostam de mim. – Kyungsoo comentou, e então riu.

Hoje ele estava tão falante.

– Eu não sei como ajudar. – E eu realmente ajudaria se pudesse.

Eu não queria que Kyungsoo se afastasse dos poucos amigos que estava começando a fazer.

– Talvez... eles ficariam mais ok se você voltasse. – Ele comentou.

Eu ri sem vontade.

– Eu não quero voltar ainda.

– Entendo.

Ele então voltou a ficar em silencio.

– Como sabia onde eu tava? – Perguntei subitamente, percebendo que, se ele e os garotos não se falavam... como ele sabia onde me encontrar?

– Eu não sabia. Só... pensei que ver sua irmã e as crianças podia ser legal. – Falou lentamente.

– Hn. – Concordei com a cabeça.

E... silencio.

Foi só quando estávamos perto do prédio que Kyungsoo voltou a falar:

– Se você quiser... fazer um acordo... – Ofereceu acanhado.

– Que tipo de acordo? – Eu estava claramente confuso com a proposta.

– Você disse que faria minhas contas em troca de duas noites... – ele me lembrou, como sempre reticente.

– Ah, você quer que eu continue como seu contador? – Perguntei, tentando segurar meu tom ultrajado.

– Não! – Kyungsoo respondeu rindo, mas ainda tenso. – Eu quero fazer outro acordo.

E subitamente Kyungsoo pareceu ainda mais tenso.

– Que tipo de acordo? – Desconfiei.

– Se... eu dormir com você, a noite inteira, sempre que você quiser... E deixar você escolher o que quiser fazer, por... quantas noites na semana quiser... Você volta pra casa? – ele perguntou.

Aquilo era absurdo.

– Eu não sou seu prostitudo. – Reclamei, estacionando o carro em frente ao prédio.

Kyungsoo suspirou derrotado e tirou o cinto.

Só então eu percebi:

Essa era a abertura que ele poderia me dar... para eu ver até onde ele estava disposto.

Ele já tinha decido do carro quando eu o chamei de volta. Ele veio até minha janela, vacilante, mas eu apenas continuei:

– Você dorme comigo quando eu quiser, eu comando por quantas noites eu quiser... e você conhece os meus pais. E eu conheço os seus. – Tentei.

Kyungsoo mordeu o lábio inferior e, mesmo com sua careta, após alguns segundos ele surpreendentemente concordou.

Fiquei chocado.

Até onde eu poderia ir?

– E a gente vai se apresentar para as pessoas como namorado. – Arrisquei, com medo de estar indo longe demais.

E dessa vez Kyungsoo nem piscou antes de responder:

– Tá.

– E você vai ser meu namorado? – Perguntei confuso.

Kyungsoo sorriu.

– Se quiser, posso ser.

Ok, eu estava chocado.

– Vamos sair em um encontro? – meu deus, meu coração estava acelerando mais com isso do que com a palavra namoro.

– O que quiser.

Ok... eu precisava testar:

– E se eu disser que só volto se a gente casar semana que vem?

Kyungsoo então me olhou chocado.

Eu vi os lábios dele abrindo e fechando por ele não saber o que falar, e também vi os olhos começando a passear pelo carro em desespero.

O pior era ver que ele realmente considerava a ideia.

Então eu ri.

– Foi brincadeira, só queria ver até onde você ia. –O tranquilizei.

Foi engraçado ver o tamanho do seu alivio quando encostou a mão no peito e respirou fundo.

Voltei a ligar o carro.

– Para onde vai? – perguntou temeroso.

Achei fofo.

Soo era tão absurdamente fofo...

– Estacionar na minha vaga. – Expliquei apenas.

E deixei Kyungsoo com o grande sorriso que eu tanto adorava.

É... o encontro viria antes com casamento.

Eu estava satisfeito com um encontro.

 

 

 


Notas Finais


Esse é o último capitulo, mas tem um epilogo e um bônus.
Enfim, obrigada por terem atendido meus pedidos no capitulo passado e me desculpem se acharam o final fraco, eu achei que era o que mais combinava... e sinceramente gostei kkkk
Os bônus vão saciar melhor a sede de ver os dois juntos.
Algumas leitoras reclamaram da falta de boas fanfics chansoo, então vou dar uma dica de uma que eu amo MUITO.
Vão lá ler e, se gostarem e tal, comentem que a Lady Candy mandou vocês pelas notas dessa fic.
Eu gosto da ideia do apoio entre autoras, e que outra autora saiba que eu valorizei muito o trabalho dela para fazer isso. E eu realmente recomendo por gostar e ser uma fic que... sei lá, tem muitas coisas que eu gosto.
A fic se passa em Hogwarts e eu sou muito fã de HP, morri de amores lendo... Eu cresci com HP então ver Chansoo lá... É curtinha! São 3 capítulos bem longos e só tá faltando o último.
https://www.spiritfanfiction.com/historia/agridoce-11922817


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