"Dobe. Estou com fome, prepara alguma coisa e traz pra mim"
" E não demore"
Suspirei irritado depois de ler as mensagens do moreno estúpido, mas como sempre simplesmente não consigo dizer não.
Lenvantei a contra gosto da cama tremendo com o contato dos meus pés no chão frio. É muita crueldade me fazer levantar da minha cama quentinha nessa noite tão gelada para preparar comida.
Escolhi fazer lamen, além de ser minha comida preferida é muito fácil e rápido de se fazer, aproveitei e preparei para mim também, depositei as tigelas sobre a bandeja, preparei duas xícaras de chá e segui para o quarto dele.
- Você é muito folgado sabia diso? - Falei depositando a bandeja com os alimentos na bancada ao lado da cama.
- E você faz umas comidas incríveis - Agarrou uma das tigelas e se pôs a comer com entusiasmo a sopa ainda quente.
Sentei na cama comendo minha própria porção. Enquanto comiamos ficamos conversando sobre assuntos aleatórios como faculdade e sonhos. Quando terminamos ele se levantou e pegou a bandeja com as coisas, foi andando para fora do quarto me dizendo para ficar sentado e espera por ele. Não entendi muito bem sua atitude, quase nunca eu entendo, mas obedeci jogando no celular dele para matar o tempo. Poucos minutos depois ele voltou apagando a luz quando passou pela porta. Se jogou na cama e agarrou minha cintura me derrubando com ele no colchão.
- O que você tá fazendo? - Perguntei tentando me libertar do seu agarre.
- Fica quieto, estou com frio e você vai me esquentar - Falou apertando ainda mais os braços a minha volta.
- Sasuke me larga, vai se esquentar nas cobertas - Tentei usar as pernas para ganhar apoio e me libertar mas ele as imobilizou usando a próprias.
- Eu tenho um namorado quente vivendo sob o mesmo teto que eu com apenas duas portas nos separando e você espera que eu vá dormir sozinho nessa noite tão fria - Parei de me debater e senti minha respiração se esvaindo - Eu não consigo dormir com mais ninguém e a culpa é sua então assuma a responsabilidade e me esquente. - Seus olhos se abaixaram para encontrar os meus e um meio sorriso se formou nos lábios. Como dizer não pra esse filho da puta quando ele me olha dessa forma? Com esse sorriso?
- Tudo bem - Relachei o corpo envolvendo a cintura dele. - Eu assumo.
- Ótimo.
Tenho que admitir que estou muito feliz, de verdade. Nunca me apaixonei antes, nem sequer gostei romanticamente de alguem e experimentar esse sentimento está sendo uma das experiência mais incríveis da minha vida mas sinto que falta algo, e uma coisa que ele falou me despertou para isso...Desde o dia na cozinha não falamos sobre o assunto sexo, nem uma única vez mencionamos sobre a nossa primeira, e única, noite.
Quando eu o conheci, ele estava sempre cercado de mulheres, nunca ficou mais de uma semana sem transar com alguém.
Virei o corpo colando as contas contra seu peito, seus braços me circularam nos juntando ainda mais um ao outro como se qualquer centímetro de distância fosse muito.
- Saduke...
- Hum.
- Eu estava pensando...
- Você pensa dobe? Isso é novidade. - Seu corpo tremeu com as risadas baixas que seguiram a sua brincadeira.
- Cala boca idiota - Enburrei a cara desistindo de falar.
- Desculpa - Senti seus lábios pressionarem em minha cabeça, seu nariz roçando em meus fios. - Em quê você estava pensando?
- Sexo - Soltei de vez agradecendo estar escuro no momento por quê meu rosto com certeza está vermelho.
- Quem olha esse rosto lindo de anjo nem imagina que na verdade você é um pervertido. - Mais risadas. Eu realmente gosto desse lado descontraído dele, e gosto mais ainda de saber que sou uma das poucas pessoas que conhece ele.
- Eu to falando sério teme - Dei uma cotovelada recebendo um xingamento de resposta - Você não sente falta?...que dizer, eu conheço bem como você é, e estamos namorando a mais de um mês e não fizemos nada depois da primeira vez... - minha voz foi sumindo no fim da frase e não consegui falar mais nada. Ele também permaneceu em silêncio por um bom tempo, seus braços me aprisionando na posição em que estava, impedindo qualquer movimento que eu pudesse fazer.
- Se eu sinto falta? - Sua voz rouca ecooando pelo quarto ativou em mim lembranças da nossa noite de sexo e de suas declarações em meu ouvido. - É claro que sinto falta. Não tem noção do quanto é frustrante estar a quase 2 meses sem sexo, principalmente quando meu objeto de desejo fica desfilando apenas de cueca pela casa.
- Então por que...
- Eu já pensei e fantasiei te pegando de tantos jeitos diferentes que acho que poderia ser preso por atentado ao pudor ou perversão ou qualquer uma dessas leis idiotas... - Ouvi seu suspiro ao mesmo tempo que senti seu hálito frio tocar a pele exposta do meu pescoço. - Mas eu sempre acabo lembrando do seu grito, das lágrimas que derramou e que ignorei na hora e do sangue espalhado pelas suas pernas e nos lençóis - Seus braços intensificaram o aperto tremendo de leve e eu pude perceber que essas lembranças o perturbavam - Eu não quero te machucar de novo.
- Eu disse a você que eu gostei - Acariciei seus braços tentando acalma-lo - Eu disse que foi bom - Uma ideia começou a se formular na minha cabeça - Talvez... Talvez pudesse ser melhor se a gente soubesse o que fazer. - Levou mais tempo do que esperei para que ele processasse o que acabei de falar.
- O que você sugere? que a gente pesquise sobre isso?
- Sim, po-podemos aprender sobre esse tipo de relação e... tentar. - Ouvi sua risada fraca ressoar de forma divertida
- tudo bem - senti o corpo dele relaxando o aperto - Nunca me interessei muito por vídeo pornô gay, mas se é isso que você quer por mim tudo bem.
- Caralho Sasuke, não foi isso que eu falei. - Ele é um completo idiota, e ainda diz que eu sou o pervertido. Retiro o que eu disse sobre gostar desse jeito dele,.....retiro o "retirar" de agora a pouco, não importa o quão irritante ele seja, eu gosto muito dele.
- Relaxa dobe, depois a gente pensa nisso.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.