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História Colégio Ventos Uivantes - Emma


Escrita por: dfcrosas

Notas do Autor


Neste capítulo:
Emma Woodhouse
Arthur Dimmesdale Woodhouse (pai de Emma)
Jean Valjean (mordomo/faz-tudo)
Elton (um louco apaixonado)
Anna Karenina (secretária do diretor dos Ventos Uivantes)
Victor Frankenstein (diretor dos Ventos Uivantes)
Governador Macbeth Thornton (pai de John)
Lady Thornton (mãe de John)
Cathy Earnshaw (filha de Frankenstein)
Becky Sharp (amiga de Cathy)
Heathcliff (amigo de John)
Isabella Thorpe (uma garota má)
Anne Elliot (uma das melhores amigas de Emma)

Capítulo 4 - Emma


Fanfic / Fanfiction Colégio Ventos Uivantes - Emma

Emma Woodhouse -- linda, inteligente e rica -- olhou-se mais uma vez no espelho. Parecia unir as melhores qualidades existentes.

Sua mãe havia morrido antes que as duas pudessem criar laços duradouros. Emma foi criada por um pai afetuoso, mas que trabalhava demais e nunca estava em casa. Eles viviam na Vila Verona, a parte rica de Mistral. Valjean, o mordomo, tinha trabalhado para o pai do sr. Woodhouse; não havia dúvidas da sua dedicação e lealdade para com a família. Emma adorava ele. O homem já era bem velho, impossivelmente alto e forte, mas tinha olhos tão gentis que era difícil sentir qualquer coisa que não fosse afeição com relação à ele. Valjean costumava dizer que o momento mais emocionante de sua vida foi quando viu a recém nascida Emma saindo do hospital. Ela era um anjo e ele, assim como os outros, não pode resistir à sua beleza. Desde então, havia criado Emma como filha sempre que esta se encontrava sem o pai. E Valjean era um ótimo aliado -- nunca a recusava nada e cumpria todos os seus caprichos. 

A ausência da mãe era o ponto frágil de Emma. Mais de uma vez implorou ao pai para que lhe desse alguma coisa que tivesse pertencido à sua mãe, mas ele insistia que todos os objetos, todas as fotos, tudo que importava, havia sido jogado fora. Emma não podia acreditar que ele fosse tão cruel. E o sentimentalismo? Como poderia ter se livrado de tudo que pertenceu à mulher que amava? Não fazia sentido nenhum. Ele com certeza ainda tinha alguma coisa dela mas por alguma razão se recusava a dividir com Emma. 

"Não quero falar sobre isso." Essa era sempre a sua resposta à tudo que se referia ao seu passado. 

Emma achou que podia perdoar sua falta de tato e sua teimosia se o pai perdoasse a dela. Mas Dimmesdale não tinha tempo pra perdão. E quando soubesse o que Emma havia feito... Bem, dessa vez estaria pronto pra vir com pesadas punições. 

Não havia sido culpa dela, Emma lembrou-se. Ele não poderia culpá-la. Ela APENAS tirou a roupa porque ele não estava lá pra assisti-la como havia prometido. Ele prometeu que estaria lá! Ele deu sua palavra. E ela, babaca como era, havia acreditado nele. 

Emma teve que aguentar horas de pé sendo apressada por Anne Elliot, aturando as declarações de amor de Elton e as reclamações das outras meninas. Sim, Elton insistia nessa história de amor. Emma não podia recordar quantas vezes já havia dito não. Elton era mesmo um crápula, chato como só ele sabia ser, e só podia receber boas remarcações por sua eterna perseverança. 

Levou horas pra que todos achassem seus respectivos lugares e Emma esperou pacientemente. Lá do backstage, ela viu a secretária do Diretor, Anna Karenina -- que parecia ser a faz-tudo dentro dos Ventos Uivantes -- pisar no palco e apresentar o Diretor, Victor Frankenstein. Victor era magro e comprido, sem nenhum traço especial. Exceto pelos olhos de louco que ele lançava para os estudantes. Frankenstein subiu no palco para chamar atenção ao fato de que o Governador Macbeth estava presente. Frankenstein era um puxa-saco de primeira viagem. 

Algumas pessoas se viraram para espiar Macbeth que sentava com a família no lado direito do auditório. O Governador sorriu e acenou. Ele era outro crápula. Um duas-caras, um sociopata do pior calibre. Emma mal conseguia olhar pra ele. Ela viu John ao lado do pai; ele parecia tão enojado quanto ela. Pobrezinho. Tinha que viver com aquele monstro. Emma chegou até a agradecer pelo pai que tinha naquele momento. 

Emma percorreu os olhos pelo auditório. Viu Cathy Earnshaw colocar fones de ouvido, ignorando os protestos de Becky Sharp. Cathy fazia de tudo pra deixar claro o quanto odiava o Diretor Frankenstein. Outra pessoa que fazia Emma apreciar o pai que tinha. Heathcliff estava perto de John; ele era alto, moreno e absurdamente taciturno. Emma nunca tinha visto o garoto sorrir. Ele guardava aquilo para os seus momentos de pura irresponsabilidade com John, ela achava. 

Emma procurou mais um pouco mas a verdade logo ficou clara. Dimmesdale não estava lá. Emma suspirou, seus olhos se enchendo de lágrimas. Ele não viria. Ele mentira. E ela caiu na dele mais uma vez. 

"Chorando, Emma?" riu uma das meninas que estava backstage com ela. Isabella Thorpe, a verdadeira garota má de Ventos Uivantes. Emma odiava ela, e Isabella odiava Emma, mas a duas eram obrigadas a se aguentar já que participavam do mesmo grupo de dança. "Não fique assim," disse a sanguessuga. "O mordomo vai vir com certeza." 

"Cuida da tua vida," disse Emma empurrando Isabella. As lágrimas não paravam. Dimmesdale ia se arrepender de envergonhar ela desse jeito. Ela faria ele pagar, faria ele sentir o mesmo que estava sentido. A vergonha não seria só dela. 

Emma limpou o rosto e arrumou o cabelo loiro. Levantou a cabeça cheia de orgulho. Era uma Woodhouse. Puxou Anne Elliot e disse que voltaria em um minuto. Correu pro dressing-room e escolheu um outro CD -- o chamado plano B. Aquilo deixava claro suas expectativas. Voltou pro backstage e entregou o CD à Anne mandando-a trocar os CDs quando desse o sinal. Anne hesitou; era a típica boa moça, mas acabou concordando. Ninguém ganhava uma discussão contra Emma Woodhouse. 

"Agora," continuou Karenina. "Nossas alunas do segundo ano vão dançar pra nós, dirigidas pela srta. Emma Woodhouse." Karenina saiu do palco que ficou vazio. Emma liderou as outras meninas. Tomaram suas posições e a música começou a tocar. Elas dançaram, como tinham ensaiado, até que Emma fez o sinal para Anne mudar de CD. As outras meninas pararam, confusas, sem saber o que fazer a seguir. Mas Emma sabia. Iniciou sua nova dança, dessa vez devagar, sensual. Rebolou a cintura e ouviu os meninos aplaudirem, assobiarem. O ritmo logo tomou conta de todos, contagiando o auditório. Emma tirou o casaco, tirou a saia, tirou a camisa. Dançou mais intensamente de sutiã e calcinha, ignorando os sinais que o Diretor Frankenstein lhe mandava. 

O Governador Macbeth levantou-se, pegou a mulher pelo braço e se retirou do auditório contrariado. John Thornton sorriu e fez um sinal de aprovação pra Emma -- ele sempre ficava do lado dela quando fazia alguma coisa louca. 

As outras meninas improvisavam sua dança junto Emma, mas nenhuma delas teve a coragem de tirar a roupa. Os meninos gritavam viva, frenéticos. Frankenstein foi até o DJ tentar forçar o homem a desligar a música. Karenina encarou o tanquinho de Emma, lembrando-se de uma época em que foi linda também. 

Naquele momento Emma se sentiu perfeita. Agora, sentada ao lado do pai no escritório claustrofóbico do Diretor, Emma perguntou-se se aquilo havia valido à pena mesmo. 

"Sr. Woodhouse," disse Frankenstein, "preciso que entenda, senhor, que o que Emma fez foi constrangedor principalmente para esta instituição. Ela ficou semi-nua na frente dos colegas, dos pais dos colegas, dos amigos dos colegas." 

Dimmesdale nem olhou pra filha. "Você tem a minha permissão de puni-la como bem entender, Frankenstein." 

"É por isso que mandei chamá-lo, senhor. Não creio que eu punindo Emma será o suficiente. É você quem deve fazê-lo desta vez." 

"É um assunto disciplinar que aconteceu dentro do seu colégio. É sua responsabilidade, Frankenstein." Era inacreditável. Nem tempo pra pensar em punições ele tinha. Parecia que não queria se envolver com nada que fosse sobre Emma. 

"Sr. Woodhouse, por favor, você precisa dar um jeito na sua filha!" exclamou Frankenstein. "Como todo o respeito, senhor." 

Dimmesdale suspirou. "Tudo bem. Eu compreendo. Tenho sido bonzinho demais com ela." Ele olhou pra Emma pela primeira vez desde que chegara lá. Emma encarou o pai sem medo, sem perdão. "Não vai mais para Paris." 

Aquilo pegou ela de surpresa como um soco no estômago. Emma sentiu o rosto queimar. Outra promessa que ele estava pronto pra quebrar. "O quê?"

"Consequências, Emma. Todo ato tem consequências." 

Emma sentiu o ar deixando seus pulmões. "Papai... Eu nunca te vejo," apelou. "Nem nos finais de semana. Por que não coloca um lacinho em mim e me dá de presente?" 

"Tudo que faço é pro seu próprio bem. Precisa aprender uma lição. Precisa respeitar as regras do colégio."

"Se você não me levar -- se me deixar aqui -- nunca vou perdoá-lo," ela sussurrou, ameaçadoramente. 

Dimmesdale deu uma olhadela desconfortável para Frankenstein. "Sinto muito, Emma. Você foi longe demais. Foi intolerante e fez papel de ridícula pra todo mundo ver--"

"EU ESPEREI POR VOCÊ!" ela gritou lutando contra as lágrimas. "Eu preparei uma show especial pra você! Mas você só se importa com o que é ridículo! O ridículo é mais importante que o que eu sinto. Os meus sentimentos podem ser pisados pelo ótimo pai que você é!" Emma lembrou-se de todos os Natais que passou sozinha com Valjean. Lembrou como ele mandava presentes caros na esperança de comprar a afeição da filha. E naquele momento, Emma odiou Dimmesdale. Odiou tudo nele e odiou principalmente a maior das ofensas, aquela que nunca poderia vir a perdoar -- o fato de que amava ele mesmo quando ele a machucava tanto. 

Emma levantou-se e saiu de lá antes que eles pudessem vê-la chorar. 


Notas Finais


Oferta de fanfic --- (Jogos Vorazes/The 100/Maze Runner/Divergente)

Panem se prepara para o 74° Jogos Vorazes. Cada um dos 24 Distritos precisa mandar um tributo. Bellamy se oferece no lugar da irmãzinha. Clarke é escolhida de maneira injusta, mas tenta se preparar físico ou emocionalmente para algo dessa magnitude. A crueldade come ela por dentro. A falta de moralidade faz o ódio dele crescer. E alguém precisa fazer Ava Paige pagar por seus pecados.

Seja bem vindo à esse mundo. E que a sorte esteja sempre ao seu favor. -- https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-divergente-o-destino-extraordinario-4947521


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