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História Colored Life - Problems


Escrita por: Fic_MJ

Capítulo 13 - Problems


Fanfic / Fanfiction Colored Life - Problems

          May on

- May? - aquela voz doce invadiu meus ouvidos. Soltei todo o ar dos meus pulmões, por um minuto, achei que era meu pai - Aonde você estava?

- Estava na escola - andei de volta, coloquei minha mochila no sofá. 

- Passou a noite na escola também? - usou da ironia. 

- Não Meg, dormi na casa de... De um amigo - senti minhas bochechas corarem. Meg sorriu maliciosa - Não Meg! Não rolou nada! 

- É aquele menino educado? - sorri. 

- Sim.

- Tudo bem querida, mas não é comigo que você tem que se explicar. Seu pai esta preocupado. 

Assenti e subi as escadas, andando até meu quarto. Tirei minhas roupas e entrei no banheiro pra tomar um banho. Entrei de baixo do chuveiro e acabei por viajar em meus pensamentos. 

O que Calum havia me dito era verdade. Só não queria que meu pai tivesse escondido isso de mim. Não ter me contado desde o começo só fez com que eu imaginasse e criasse esperanças em ver ele e minha mãe juntos. 

E pensar em Calum me fez me perguntar por que estremeci com ele tão perto? Talvez tivesse pensado duas vezes antes de ter criado intimidade com os meninos.

Afinal ia terminar como todos que viraram meus amigos, ou até mesmo meninos que eu já gostei: no final, eu tenho que me mudar e morrer com a distância e saudades. 

Desliguei o chuveiro. Estava pensando demais. Saí enrolada na toalha. Deixei os meus fios molhados caírem sobre os meus ombros enquanto escolhia uma roupa.

Coloquei uma calça skinny preta e na parte de cima uma blusa de mangas curtas também preta com um desenho na frente. 

Passei a escova lentamente pelo meu cabelo enquanto procurava pelo quarto o meu celular. Droga! Havia deixado perto da mochila que deixei no sofá. Fiquei meio receosa de sair do quarto, mas acabei saindo. 

Andei até as escadas mas parei ao ver meu pai ao lado da Cármen sentados no sofá. E... A Paty? O que ela fazia ali?

Me preparei para dar meia volta, sem que ninguém me percebesse, até ouvir a voz dele e meu plano descer por água abaixo. 

- May! - ele parecia um pouco bravo as tentava ser simpático - Você não vem almoçar com a gente?

- Não - fui breve e me preparei para continuar meu caminho. 

- May! - chamou novamente - Acho que precisamos conversar. 

- Acho que não temos nada pra conversar - voltei para as escadas. 

- May, acho que... 

- Olha pai - me estressei - Não quero conversar, okay? - desci as escadas - Só vim pegar meu celular. 

- Esse? - perguntou Paty já com o aparelho nas mãos. 

- Me devolve Paty! 

- Vocês já se conhecem? - Cármem perguntou inocente.

- Estudamos na mesma sala - brincava com o aparelho - E agora ela é minha irmãzinha! 

- Eu nunca serei sua irmã - peguei o celular da sua mão e corri até meu quarto. Eu com certeza estava uma pilha de nervos. 

Andei de um lado para o outro no quarto até resolver pegar meu celular e ligar para a casa dos meninos. Talvez Cal atendesse. 

- Alô? 

- Oi... Ash?

- Oi May! Tudo bem?

- Mais ou menos - dei uma pausa - Ash, tem alguma programação para hoje?

- Ter um contato íntimo com minha cama, talvez seja uma opção - brincou me fazendo dar uma risadinha - Por que?

- Queria sair, me divertir com alguém. 

- E gostaria da minha companhia? 

- Sim, por que não? 

- Ah, tudo bem! - pareceu surpreso mas ao mesmo tempo animado - Que horas passo ai pra te buscar? 

- Agora. 

- Agora?

- E quando você chegar não toque a campainha, me mande uma mensagem. 

- O que você está tramando May?

- Até daqui a pouco. 

E desliguei. Sabia que se passasse pela sala meu pai não iria me deixar sair. A mensagem de Ashton não demorou para chegar. 

Calçei meus vans pretos, dei uma última olhada no espelho pra ver se minha maquiagem ainda se encontrava boa, peguei minha bolsa e andei até a janela. 

Olhei para baixo, não era tão alto, mas se eu pulasse iria fazer muito barulho e poderia torcer o tornozelo. Me segurei no batente da janela, botei o pé ali e aqui e conseguir chegar lá em baixo. 

- Até que foi fácil - pensei alto. Andei pelo lado da casa até ver Ash parado na frente do seu carro, corri até ele - Corre antes que eles me vejam!

Entramos o mais rápido possível e ele deu a partida. Comecei a rir. Foi uma fuga perfeita! 

- O que foi aquilo?

- Eu fugindo do meu pai - respondi com um sorriso sapeca - E olha, fui muito bem para uma primeira vez! 

Rimos. 

- Aonde vamos?

- Em uma MCDonald's, estou morrendo de fome!

- Então okay. 

Ele dirigiu até a lanchonete. Fizemos nossos pedidos e Ash estacionou ali perto para comermos no carro. 

- Isso é muito bom! - gritei com batata frita na boca. 

- Quero saber por que a senhorita saiu escondida do seu pai. 

- Porque desde quando ele resolveu admitir sua namoradinha, eu não quero ver ele. E advinha quem é a filha dela! - ele encolheu os ombros como se dissesse "sei lá" - A Paty. 

- Tipo, a Paty? Da escola de vocês? - engasgou com o seu sanduíche. Assenti com a cabeça. 

- Você conhece ela?

- Ela... Digamos que ela já foi lá em casa.

- Fazer o que? 

- Ela e o Luke... Ahã... 

- Não precisa dizer mais. Já entendi, e já suspeitava também. 

- Suspeitava? 

- É, no dia da apresentação do trabalho, ela ficou colocando o decote na cara dele e ele não parecia concentrado no trabalho, sem contar que estava uma bosta! Eu já suspeitava de que eles ficaram fazendo outra coisa do que só o trabalho. 

- Ah - ficamos em silêncio até terminarmos os nossos lanches - Vamos em uma praça? Conheço uma aqui perto. 

- Ta - fui breve. Gostava da companhia do Ash. 

Ela estacionou em uma praça ali perto. Era uma praça bem grande e tinha muitas árvores. Andamos pela calçada.

Eu olhava tudo em minha volta. As crianças brincando. O balanço das árvores. Os poucos patos que nadavam em um lago por ali. Parecia mais com um parque. O que me fez lembrar do Central Park em Nova Iorque. 

- May?

- Ah, oi Ash!

- Você ouviu alguma coisa que eu falei? 

- É... - tentei lembrar - Não, desculpa, mas não ouvi. 

- Sabe, eu acho legal essa sua coisa de analisar tudo que é novo - sorriu - Acho interessante. 

- Você é a primeira pessoa que me diz isso - correspondi o sorriso e me perdi em seu olhar. Ashton as vezes tinha o poder de me hipnotizar - Mas... Ahã... Você falava sobre?

- Irmos tomar um chocolate quente, ali no outro lado da rua. 

- Ah, claro! 

Andamos até a lojinha com enfeites bonitinhos e bolos na vitrine. Pedimos nossos chocolates quentes e voltamos a andar pela calçada. 

- Então, seu aniversário está chegando... 

- Ai Ash! Sério? Já falei... 

- Você odeia o seu aniversário - me interrompeu - É, eu sei. Mas por que esse ódio todo?

- Já expliquei. Não é legal você ficar um ano mais velho. Só significa mais obrigações, mais responsabilidades, sem contar que você está a menos   um ano pra morte. 

- Se você só for pensar assim. 

- E de que outro jeito eu pensaria?

- Quando você faz aniversário é como se você conseguisse viver mais um ano de realizações, mais um ano que você foi feliz. Sem contar os presentes e o bolo, e fala sério, quem não gosta de crescer? 

- Eu. 

- Você é um caso excepcional. Muito raro - o empurrei com o braço - Mas fala ai, o que você gostaria de ganhar? 

- Não vou dizer. Assim você vai querer comprar pra me dar. 

- Só fala, May. Não vou comprar.

- Sei que vai. Ninguém faz essa pergunta por nada. 

- Então fala uma coisa bem cara, que eu não possa comprar. 

- Ah não sei!

- Pensa! - não queria dizer mas parei para pensar. 

- Uma câmera profissional. Igualzinha a da minha mãe, só que portátil. 

- Um bom presente. Pensei que você iria pedir uma jatinho particular ou algo do tipo - soltei uma risada. 

- Bem que eu queria - riu junto. 

- Você gosta de tirar fotos?

- Tanto como gosto de dançar - demos uma pausa - Mas que tal falarmos de você? 

- Falar o que?

- Ah, me conte sobre seus gostos, sua família. 

- Já te contei algumas coisas. 

- Conte mais!

- Ta, ahã... Minha mãe e meus irmãos são praticamente tudo pra mim, quase como a banda e os meninos. 

- E o seu pai? - ele parou por um tempo e balançou a cabeça negativamente - Hm. Ahã... É, desculpa, eu não... 

- Ele nos deixou e eu tive que cuidar dos meus irmãos com minha mãe. Mas eu não gosto de falar sobre ele. 

- Então... Me conta sobre os meninos! - ele soltou uma risada. 

Ashton começou a contar sobre os meninos. Sentamos em um banco na praça e demos muitas risadas. 

Quando o dia já virava noite pedi para Ashton me levar para casa. Ele não negou e me levou. 

- Amei a tarde - falei. 

- Foi bem divertida. 

- Nunca mais eu tinha me divertido tanto - ficamos em silêncio - Gosto da sua companhia Ash. 

- Toda vez que sairmos juntos você vai fazer isso? - perguntou meio brincalhão. 

- Isso o que? 

- Me elogiar. Da última vez me chamou de gato - dei uma gargalhada nervosa. Senti minhas bochechas corarem. 

- Bom, acho melhor eu ir - sorriu generosamente. Me inclinei e dei um beijo em sua bochecha. Sorri novamente e saí do carro. 

Andei até a porta e respirei fundo. Virei a chave na maçaneta e abri a porta, avistando o homem sentando no sofá com um jornal nas mãos. 

Passei para o lado de dentro e tentei andar até as escadas o mais calmo possível, como se não estivesse acontecido nada e que nunca tivéssemos brigado. 

- May - chamou - Precisamos conversar - disse autoritário. Me virei e o lhe dei uma chance, mais cedo ou mais tarde teríamos que conversar. Sentei ao seu lado no sofá - Me explica o por que tudo isso.

- Não queria que tivesse me escondido. Você me deu esperanças em ver você e a mamãe juntos, o que eu nunca tive a oportunidade de, digamos assim, "usar" disso. 

- Você tem que entender que eu sou feliz com a Cármen e que eu e sua mãe não nos vemos a 17 anos. 

- Eu entendo. 

- E por que foi grossa com a Paty?

- Não sei. Mas eu não tenho nada contra a Cármen, é só que eu não fui com a cara da Paty. 

- Vocês são da mesma escola, certo? 

- Sim. Desde quando bati os olhos nela já não simpátizei - não queria lhe contar que ela esfregava o decote na cara do Luke, não que tivesse haver com ele, mas não fui com a cara dela. 

- Tudo bem. Mas por favor não fuja mais. Eu fico preocupado. E seja mais gentil com a Cármen, por favor. 

- Ta bom, pai, vou tentar, mas com a Paty não posso garantir nada - ele fez uma careta e abriu os braços. 

- Me dá um abraço, filha. 

Não neguei o abraço. Me senti tão acolhida quando aquela palavra saiu de sua boca. Pela primeira vez senti, de verdade, que tinha um pai e que ele me abraçava como sua filha. 


Notas Finais


Acho que ficou meio grandinho. Espero que gostem! Desculpem por qualquer erro!😘😘 #Maylum #Maychael #Mayton #Mayke


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