História Colored Life - I Like You

          May on

Empurrei a porta sem desgrudar meus lábios dos do Luke e ele a fechou com os pés, nós separando só para tranca-la. Joguei meu salto em algum lado qualquer enquanto ele já tirava a jacketa que eu usava.

Eu também não perdia tempo. Minhas mãos já haviam deixado seu terno em algum lugar da sala e se concentravam em desabotoar sua camisa. Na escada, ele desgrudou seus lábios e me pegou no colo, me fazendo soltar uma risada.

Entramos no meu quarto e voltamos a nós beijar. Como aquilo era bom. Como eu amava estar com ele, sentir ele. 

Novamente ele separou nossos lábios assim que desceu o zíper do meu vestido. Seus olhos se concentraram nos seus dedos que lentamente puxavam meu vestido para baixo até ele tocar o chão. Só aí seus olhos voltaram para os meus.

Sorri, um pouco vermelha, envergonhada, talvez com um pouco de medo do que ele estivesse sentindo e pensando. Afinal, eu não estava usando sutiã. Mas suas mãos me puxaram novamente pra um beijo, então voltei a me concentrar nele.

Abri sua calça e a deixei cair, assim como ele fez com meu vestido, porém não desgrudei nem um segundo dos seus lábios. Deixava minhas mãos passearem por todo seu abdômen e peito enquanto ele apertava minha cintura.

Segurei seu quadril e comecei a andar para a cama até eu cair nela. Luke caiu sobre mim e sorriu. Sorri de volta e inverti a ordem, ficando sobre ele. Corri minhas mãos até meu cabelo e tirei os grampos que o mantinham ele preso enquanto o loiro mordia o lábio, me olhando.

Sorri de novo ao ver seu lábio inferior vermelho e voltei a o beijar. E de novo ele nós virou. Sua boca então começou a beijar meu pescoço e foi descendo, passando pelos meus seios, depois pela minha barriga, parando na barrinha da minha calcinha. Me olhou e sorriu de lado.

- É... Você teria alguma... Hum...

- Camisinha?

- Isso. - respondeu meio tímido - Acho que esqueci a minha no carro. - assenti.

- Segunda gaveta dessa cômoda aí.

Ele assentiu e se inclinou para abrir a gaveta e pegar o preservativo.

- Então... - depositou outro beijo em meu pescoço - Você ainda é virgem?

- Bom, é... - concordei com a cabeça.

- Se doer, você fala, O.K.? - disse confortável perto de minha orelha. Assenti novamente.

Com os olhos fechado, senti seus dedões passarem para dentro do tecido frágil da minha calcinha e a tirar. Poucos segundos depois ele me penetrou.

Senti uma porção de sentimentos explodirem dentro de mim e eu conseguir soltar apenas um gemido ridículo no ouvido de Luke.

Abri os olhos devagar esperando encontrar o azul dos dele, e eu encontrei. Me olhavam, cautelosos, esperando uma resposta. Com certeza eu estava vermelha e desviei o olhar, mas o loiro puxou meu queixo e me beijou, um dos beijos mais calmos até agora.

- Você quer que eu pare? - perguntou ele baixinho. Não. Eu não queria. Mas eu não tinha forças para dizer. Então balancei a cabeça, simbolizando que não e Luke soltou um sorriso.

Tentei sorrir de volta mas acho que saiu o sorriso tenso. Devagar ele voltou a fazer os movimentos de vai e vem. Talvez, por ser minha primeira vez, eu me sentia estranha mas, esse sentimento estranho foi se misturando e se tornando prazer. Na verdade, nem eu sabia explicar o que estava sentindo no momento.

Meus gemidos se misturavam com os de Luke até chegarmos em nosso ápice juntos, com a respiração ofegante e o coração disparado. Aquilo realmente havia acontecido?

Saí do meu transe quando vi que Luke me olhava e sorriu de lado. Sorri de volta, como de costume e só aí ele fechou os olhos e abriu um sorriso que mostrava todos os seus dentes.

- O que foi? - perguntei rindo.

- Tem certeza que foi sua primeira vez? - ele olhava em meus olhos.

- Ham... Sim, por que?

- Porque isso, - sentou na cama e mostrou suas costas totalmente arranhada e vermelha e em alguns cantos saía um pouco de sangue - não parece ter sido feito por alguém que nunca fez antes.

- Meu Deus. - levei a mão a boca e sentei na cama, puxando o lençol para me esconder - Luke, me desculpa... Eu, eu que fiz isso?

- Quem mais seria? - ele parecia me culpar, mas ele dizia rindo, como se aquilo fosse uma piada.

- Ai meu Deus. Desculpe. Eu, eu nem vi que eu fiz... Eu, eu... Desculpa. - ele soltou uma risada, me deixando confusa. Segurou meu rosto com as suas duas mãos e me beijou.

- Relaxa May, estou de boas. - desviei o olhar tentando ficar não vermelha mas, eu estava morta de vergonha - E não precisa ficar toda vermelhinha assim, apesar de ficar muito fofa.

Depositou um beijinho na ponta do meu nariz me fazendo soltar um sorriso. Luke deixou suas mãos descerem pelo meu pescoço e meus braços, parando sobre minha cintura enrolada no lençol e me puxou para si. Mas seus lábios beijaram meu pescoço, várias e várias vezes, e em alguma delas senti que iria ficar marca.

- Pronto, agora estamos quites. - disse e levantou da cama, ainda sem roupa, me fazendo desviar o olhar de deu corpo - Vou tomar banho, O.K.?

- Uhum. Tem toalha na última gaveta.

- Ah, sim, ta. - disse e entrou no banheiro, fechou a a porta, porém a abriu de novo - É... Você não quer vim junto?

- Eu... Ham...

- Prometo que não vai ter outra rodada, vamos só tomar banho.

- Hum. Ta bom. - respondi e andei até o banheiro enrolada no lençol. Antes de entrar o deixei no chão e fechei a porta.

Como Luke falou, não teve outra rodada, apenas tomamos um banho, juntos, com alguns ou muitos beijos. Depois voltamos para o quarto. Luke foi dormir apenas de cueca e era quase impossivel não ficar olhando.

Ele passou seu braço sobre minha cintura e eu abracei seu abdômen. Antes que eu pudesse finalmente adormecer, senti um beijo sobre minha testa e um sorriso.

(...)

Abri os olhos lentamente alo sentir algo ao meu lado se mover. Quando finalmente consegui enchergar, Luke levantava da cama sonolento.

- Hum... Bom dia. - falei me esticando.

- Bom dia. - disse e sorriu - Alguém tocou a campanhia. Acho melhor eu ir lá ver.

- Você vai de cueca?

- Ah, isso. Minha calça está lá em baixo.

- Uhum. - assenti com preguiça e virei para o outro lado, ainda com sono.

Ouvi apenas que a porta abriu e fechou. Eu já quase dormia de novo quando meu celular apitou. Eu não ia olhar, mas apitou mais três vezes e a pessoa parecia desesperada. Peguei o celular e haviam três mensagens. Todas de meu pai.

"Olá May. Não me despedi de você. Você não estava lá quando saí. Fiquei muito preocupado."

"Senti sua falta, gostaria de ter falado com você."

"Consegui falar com a Meg, ela disse que você estava em casa. Provavelmente houve algum imprevisto para você sair mais cedo e sem me avisar. Quando puder, fale comigo."

"Desculpe pai, não estava me sentindo bem e saí mais cedo. Tomei remédio e esqueci de te ligar. Curta a viajem!" respondi.

Resolvi levantar e descer. Saí do quarto e avistei Luke na escada, meio escondido e desci até ele, mas antes que pudesse entender, Luke me escondeu atrás dele e só ouvi as risadas. Eram is meninos.

- A noite foi boa hein! - gritou o Calum.

- Como eles entraram? - perguntei.

- A Meg abriu pra eles.

- Ah. A Meg, havia esquecido. E onde está sua calça?

- Na mão do Calum. - dei uma olhada por cima do seu ombro e vi o moreno sentado no sofá com as calças na mão. Soltei uma risada involuntária - Qual é Calum! Joga ela aí!

- Joga logo Calum! - gritou Michael. Só aí pude ver que Amber estava com ele, de costa para nós com as mãos nos olhos. Provavelmente para não ver o Luke apenas de cueca.

Calum então jogou a calça sobre nós e Luke subiu as escadas, me puxando e me escondendo para que os meninos não me vissem. Aquilo era ciúmes?

- Por que você me segurou daquel jeito?

- Para os meninos não tiverem só com essa blusa.

- Mas eles já me viram só com essa blusa. - ele fechava a sua calça. 

- Mas agora é diferente. 

- Diferente? - arqueei uma sobrancelha. 

- Sim.

- Por que?

- Ah, porque sim May. - ele tentou passar mas fiquei em sua frente. - O que foi?

- Você ainda não disse o porquê.

- Porque sim. - tentou passar de novo mas não deixei. - Ta bom May, porque... Eu gosto de você, ta legal?

Abri um sorriso. Ele tinha acabado de admitir que gostava de mim. Como aquilo tinha avançado.

Luke me olhava nos olhos esperando uma resposta. Segurei em seu pescoço e o beijei. Um beijo calmo mas forte ao mesmo tempo. Ele retribuiu e ficamos ali um tempo.

- Sabe, - disse ao nós separar - eu também gosto de você.