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História Colors (Imagine OT7) - Seus Hábitos


Escrita por: Call_me_Amanda

Notas do Autor


❤️ᴇsᴄʀɪᴛᴏ ᴘᴏʀ: @Call_me_Amanda
💚ᴄᴀᴘᴀ ᴇ ʙᴀɴɴᴇʀ ᴘᴏʀ: @Cat-Line
🤎ᴡᴀᴛᴛᴘᴀᴅ:
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🤍ᴍᴜsɪᴄᴀ: Habits of My Heart - Jaymes Young
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🖤ᴘʟᴀʏʟɪsᴛ:
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💙ᴛʀᴀɪʟᴇʀ: —
💛ʙᴇᴛᴀɢᴇᴍ:—
💜ɴᴏᴛᴀs: Após alguns helps prestados, S/n ainda não compreendia os garotos. Essa necessidade de “amigar” rapidamente estava a deturpando, porque não parecia ser uma tarefa fácil. Para eles, muito difícil mesmo. Ainda sim estavam se esforçando.

Capítulo 7 - Seus Hábitos


Fanfic / Fanfiction Colors (Imagine OT7) - Seus Hábitos

    — Te peguei quatro vezes dando uma de enxerido no meu quarto. Quatro vezes, Jungkook? É melhor você cortar esse hábito ou vai se ver comigo.

    Antes mesmo da garota engolir a cantada romântica, Yoongi, com as mãos cruzadas, dava uma bronca no maknae.

    — Posso pegar emprestado? — mostra os instrumentos de pintura.

    — Vai... Pega e cai fora. Aproveita e troca essa blusa.

    Nem contesta, saindo rápido feito o rato ligeirinho.

    — 아이고 (aigo=céus)… O que eu faço com esse moleque? — Enquanto ponderava, S/n se dirigia à saída sem ser percebida, ou quase. — Volta aqui. Você também é uma invasora de quartos.

    — Foi ele que me trouxe aqui. Como que ia saber que era seu? — Parecia a irmã acusando o irmão mais velho de a ter metido numa encrenca.

    — É só olhar em volta que você percebe.

    E o faz literalmente, vendo móveis cinzentos, chiques porém sem muitos detalhes, uma escrivaninha enorme e entupida de pautas, prateleiras com prêmios e discos de vários artistas de hip-hop dos anos 2000 pra baixo. A cara cuspida e escarrada do garoto na sua frente.

    Yoongi dá um tapa na própria testa. Como ela era ingênua.

    — Já que está aqui, preciso que faça algo por mim.

    Embora a intérprete negasse de leve com a cabeça, uma resma foi entregue a ela. 

    — Corrija para mim as partes em inglês. Já as grifei por cima do lápis, mas falta conferir a ortografia. A Hybe exigiu que fizesse isso para mandar àquela tal de Genius que distribui as letras para plataformas musicais.

    Aquele jeito mandão, S/n não curtia. Diria poucas e boas pra ele e deveria mesmo, só que ele era o famoso Min Yoongi, o seu aluno, seu chefe. Aqueles títulos significavam que ela devia respeito a ele. Ainda era um ser humano? Sim. Para S/n, por o considerar uma entidade, a axiologia funcionava de outra forma. Ele estava e sempre estaria acima dela.

    — Okay — concordou sem mais nem menos.

    O garoto descruzou os braços, pendeu a boca para baixo chateado, como se quisesse que ela tivesse o refutado. Estava olhando fixamente para o rosto da jovem, tentando entender o que ali estava diferente. Quando percebeu, juntou os polegares e deslizou na própria língua, aproximando dela e indo na direção das bochechas. S/n esquivou, ele fez careta e a encorajou a se aproximar dele. Limpou a tinta, pressionando com firmeza do nariz para as orelhas, deixando a pele queimada, ou seria alergia da tinta? Independente, foi a pia, lavou e secou as mãos.

    — Faz mal passar na pele. Não deixe o Jeon nem ninguém fazer isso novamente.

    — E-está bem.

    Voltou para ela, para as bochechas e concluiu que devia arrumar uma pomada antes que a irritação se espalhasse e tomasse conta do rostinho mais lindo que ele já tocou. S/n afastou levemente o toque demorado dele e Yoongi foi para a porta do quarto na sequência.

    — Tenho que fazer algo e já volto. — E sai.

    Sem ninguém, fora aquele tanto de papel, S/n procurou um lugar para se sentar. Perambulou o olhar pelo quarto mais uma vez, conhecendo o ambiente inóspito. Eles, a casa, tudo era novo. Ajudar com uma coisinha aqui e acolá não era nada demais. O contato, os olhares, as palavras é que estavam mexendo com a intérprete e ela não entendia o porquê.

    Arrumou uma caneta naquela bagunça de escrivaninha, lendo os versos em amarelo, empenhada a realizar a tarefa designada ao invés de refletir sobre o que sua cabeça inventava para o coração. Seria mais saudável se não pensasse demais.

    Yoongi voltou minutos mais tarde, colocou a pomada na frente dela e explicou como se usava para então sumir nos corredores sem dar tempo dela perguntar se estava fazendo certo a correção e se ele voltaria algum dia para o próprio quarto.

    — Gostaria de te entender — ela admite, não fazendo ideia de que ele ainda estava por perto, segurando o peito colado na parede exterior, tentando conter um sentimento que malmente compreendia.

 

ಌ사랑ಌ

 

    No final das contas era pouca coisa. Terminou e ficou ali o esperando voltar, rodopiando na cadeira e olhando pro teto em completo tédio.

    — O Yoongi não te acorrentou à mesa dele ou algo assim, não é?

    — J-Jin!? — Ela se segura firme para não cair da cadeira.

    — O próprio! Feliz em ver um rosto bonito? — Encaixa o queixo entre o polegar e o indicador.

    — Bastante para falar a verdade.

    — Maravilha! Deixa pra lá o que aquele mini Eminem te pediu pra fazer e vem comigo. Estou precisando, necessitando de uma opinião sobre minhas roupas. Comprei tantas que nem cabem no armário e, não sei se notou, mas meus ombros são largos e não é qualquer camiseta que fica boa em mim. Seria bom um novo olhar, porque esses caras aqui tem estilos muito distintos do meu e nem sempre nós concordamos. E aí, topa?

    Anestesiada com o texto que Jin acabou de recitar, S/n se levanta e diz:

    — 가자 (kaja=vamos)?

 

ಌ사랑ಌ

 

    As paredes eram clarinhas, os enfeites bem posicionados e extremamente frágeis. Uma cama ginórmica com cobertores fofos num canto. Havia também duas poltronas bege viradas uma de frente para a outra com uma mesinha no meio e, atrás delas, um closet com luzes.

    Jin pegou uma das poltronas e virou de costas para os armários, dando batidas no encosto.

    — Fica aqui e, quando eu disser que estou pronto, você vira. Preparada para o desfile?

    — Estou!

    Jin experimentou algumas muitas blusas sociais e outras poucas camisetas formais. O que S/n aprovava ele guardava de volta, o que não ele jogava no chão, fazendo um montinho que seria doado. Divertiram-se bastante, principalmente quando ele vestiu aquela de listras brancas e vermelhas. S/n, respeitosamente, zombou, dizendo que era o vaqueiro mais brega que já vira.

    Teve um probleminha. O que aconteceu foi que uma das blusas estava tão apertada que se ele levantasse o braço a rasgaria. Conseguiu vestir, só que para tirar eram outros quinhentos. Tentou encolher os braços na frente e retirar por cima, mas assim os músculos das costas estavam fazendo força. Desistindo, mordeu os lábios, pois não queria pedir “esse” tipo de ajuda. Sem escolhas, apareceu na frente de S/n, que ergueu a cabeça lentamente.

    — Estou preso… Desabotoa pra mim? 재발 (jebal=por favor)? 

    — Oh! Sim!

    S/n, ainda sentada, abre os botões inferiores. A visão lá de cima o agradou e ele se forçou a olhar para o lado quando ela chegou nos superiores, tendo que ficar de pé para alcançar. Assim que terminou, Jin tratou de voltar ao closet e vestir a roupa que estava antes. Para S/n não significou nada, até porque ele vestia uma fina regata branca por baixo. Jin é que ficou pensativo.

    — Pelo visto eu sou beeem gastador — sibila quando volta com a roupa que sairiam mais tarde.

    — Esse monte nem se compara com o Everest que fiz ano passado.

    — Gosta de renovar o guarda-roupa?

    — Se eu pudesse, ia repor todo ano.

    — Você é das minhas — sorri pra ela, que devolve ainda mais radiante.

    O sorriso durou o mesmo tanto do silêncio constrangedor. A culpa não era de nenhum dos dois, até porque eles haviam forçado a barra o suficiente para tentarem desenvolver uma relação um pouco melhor do que professora/aluno. Se essa tentativa os aproximou, só mais à frente saberiam.

    Um grito cortou o clima, fazendo com que saíssem juntos do quarto e fossem procurar o responsável. Do andar de cima se podia ver Jimin no sofá lá embaixo, resmungando para o aparelho na sua frente.

    — Devo ir ver o que ele tem?

    — Nem benzer esse daí resolve. Acho que você só irá perder tempo. Melhor ir se acostumando com esses escândalos. 

    — Ele me ajudou uma vez, não custa devolver o favor.

   Jin apertou fraquinho o ombro dela, agradecendo a ajuda e dando uma certa permissão para ir atrás do escandaloso.

    Lá vai ela, descendo as escadas fazendo um barulho para Jimin saber que estava chegando.

    — O que foi que te irritou tanto?

    — S/n! — se anima ao vê-la se sentar perto dele. — Minhas selcas estão todas feias e prometi à empresa postar alguma no Twitter hoje.

    — Posso ver?

    Ele a entrega o celular aberto na galeria e fica vigiando enquanto a garota avalia as últimas fotos. Uma ou outra ele sorria e foi a que suas bochechas cobriam os olhos puxados de que ela mais gostou.

    — Essa daí? Puts, a que eu mais detestei? Ah… Eu não sei.

    — Você está ótimo! Super alegre! Se passar a imagem de que está feliz para suas fãs, elas ficarão mais tranquilas.

    — É… Você está certa.

    De volta com seu celular, ele faz a postagem e escreve na legenda:

    “Você me faz feliz!”

    — Vão amar — S/n comenta.

    Jimin sorri antes de a puxar para mais perto, tomando-a pelo braço. 

    — Tem outras fotos que eu pretendia postar algum dia para trazer polêmicas e chamar atenção para nosso grupo.

    — Essa estratégia realmente funciona? Pensei que fosse um mito.

    — Depende da publicação...

    Jimin pondera antes de entregar de novo o celular, observando o tempo todo para ver que cara ela faria. A boca descolou e as pupilas quadruplicaram de tamanho. Nelas o idol levantava a blusa ou com a boca, ou nem usava uma, revelando seu corpo sarado. Ao ver aquilo, quis devolver, no entanto Jimin passou uma a uma, forçando-a a olhar.

    — Nessas eu estou tão horrível assim? 

    Não tendo como saber se ele brincava ou fala à sério, S/n tomou ar e disse segura:

    — Você não devia mostrar essas fotos nem à mim, nem à mídia.

    — 왜 (wea=por quê)?

    — Tenho mesmo que te dizer?

    De repente ele começa a rir. Jimin guarda o celular e sorri feito um idiota. Qual é a sua?, ela se coçou para não perguntar, mas, por enquanto, assim como Yoongi, ela não o questionaria. 

    — Você é tão fofinha, sabia? Ficou toda impressionada quando viu minhas fotos.

    — E o que você queria que acontecesse? Q-que em lambesse a tela?

    Quando se está irritado, falar besteira é o mais comum. O garoto com uma personalidade duvidável passou a língua no céu da boca, criando expectativas inusitadas com aquela fala de S/n. O objetivo real era saber se ela seria maligna e o tentaria convencer a publicar o quase nude. A surpresa foi que ela deixou bem claro que era má ideia. Aquilo, por mais louco que pareça, fez sua confiança na garota aumentar 100%.

    — Posso participar da reunião dos dois?

    Por trás do sofá, Taehyung dá uma cambalhota em câmera lenta e vai parar sentado ao lado de S/n.

    — Chega mais. Deixei a S/n escolher minha postagem no Twitter. Deveria deixar ela escolher a sua também, porque ela tem bom gosto.

    — Hum! Era o que estavam fazendo?

    — Sim — Jimin responde pelos dois.

    — Era, S/n?

    — S-sim.

    Taehyung, aquele garoto esperto, tiraria S/n da enrascada do amigo. 

    — Você curte que tipo de música, S/n?

    — De tudo um pouco, Taehyung, por quê?

    Ele saca o celular e os fones sem fio. Oferece um lado a ela e depois coloca sua playlist. Jimin fica de fora e, se sentindo excluído, da no pé.

    A playlist de Kim era repleta de músicas que tinham só o instrumental de piano ou violino e Frank Sinatra junto a seus semelhantes. O gosto dele, para os padrões, é o mesmo de um idoso nascido nos anos 40. S/n achou aquilo lindo, único e exclusivo. Ninguém era como ele. Nem no gosto e nem no jeito.

    Do nada ele pulou do estofado, remexeu os quadris e dançou sozinho de olhos fechados ali no meio da sala. Para ela, aquele hábito da dança, cujo cada um tinha, continha imensa beleza.

    — Dança comigo? — faz a pergunta que toda garota de baile espera. Detalhe que não era um baile e que a música não era lenta.

    — Passo.

    — Sem essa. Vai dançar sim!

    Animado, pega nos pulsos da garota e a gira, revira, pira. S/n ria. O que mais podia fazer? 

    — E um, dois, um, dois, três!!!

    Que menino vivo!, ela pensava.

    No fim da música ela voltou para o sofá e ele deitou no colo dela. Na hora estavam ofegantes, rindo sem parar. Quando ela olhou para as coxas e encontrou uma das criaturas mais belas da existência, sua irritação das bochechas ficou irada. Taehyung nem se moveu, jogou um sorriso quadrado, piorando a situação. Levantou quando ela estava prestes a explodir e os dois olharam para a figura impactante do líder que surgiu bem diante deles.

    — Chame os outros, V. Está na hora.

    S/n devolve o fone e Tae vai buscar o resto dos garotos.

    — E aí? Como está sendo seu dia? Espero que eles tenham se comportado — vira-se pra ela.

    — Foi tranquilo, Namjoon. Eles são uns amores.

    De fato eram, a questão é que tiveram momentos que S/n se sentiu desconfortável — na sua mente a palavra teria o significado de ser energizada por um elétron e quase entrar em colapso. A química talvez explicasse. Uma pena S/n detestar essas aulas e ter esquecido a maioria dos ensinamentos.

    — Nervosa?

    S/n nega veementemente.

    — É que é meu primeiro emprego.

    — Linhyog disse que era uma ótima profissional. Como pode ser uma se não tem experiência? 

    — Meu primeiro emprego com gente famosa — corrige-se rapidamente.

    Ele faz um movimento de cabeça. Foi por pouco. Descobrir que estavam abrigando uma ex army na sua casa seria controverso.

    — Escuta, S/n, sei que tenho cara de bonzinho, mas não sou idiota. 

    S/n empalideceu. A ciência, essa autora tem certeza, não faz ideia de que o tom de pele pode ter tantas variantes. 

    — Se eles fizeram alguma coisa que te deixou constrangida, vou descobrir.

    A cor volta.

    O líder conhece o grupo que lidera. Sabe exatamente o que cada membro faria em qualquer situação. Eram como peças de xadrez para ele, os via como um bispo, um peão, uma torre, um cavalo, um rei e uma rainha. Namjoon não entrava no jogo, pois era o próprio tabuleiro.

    Ouviram a correria. Eles estavam vindo. 

    Ofereceu a mão e a levantou, acabando colados um no outro. Com a mão livre, pegou a liga que prendia o cabelo dela e desceu até soltar todos os fios. Colocou a liga no próprio pulso e a encarou de cima para baixo. Pegou a manga embolada da esquerda e ajeitou, repetiu o mesmo processo lento na da direita, as íris na dela.

    — Bem melhor agora — as covinhas aparentes, o rosto inexpressivo.

    Os hábitos deles levavam o coração da coitada a mil por hora. E isso porque este foi seu primeiro dia. Quantos mais ela vai aguentar? Ainda lhe resta dois e meio para decidir.


Notas Finais


Comentou? = Autora feliz!
💜💜💜💜💜💜💜💜💜

𝗧𝗿𝗮𝗱𝘂𝗰𝗮𝗼 𝗱𝗼 𝘁𝗲𝗺𝗮: Hábitos do meu coração

Em um quarto escuro
Em lençóis frios
Eu não consigo sentir
Coisa nenhuma
Eu me perdi
Entre suas pernas
Seu medicamento
Está na minha cabeça

Você sabe que eu prefiro ficar só
Mas então você me liga no telefone

Digo a mim mesmo
Que eu gosto disso
Quando você amarra minhas mãos
Nas minhas costas
Você está confiante
Eu vou te dar isso
Você fermentou em meus ossos

Ah, os hábitos do meu coração
Eu não posso dizer não
Está me rasgando ao meio
Você está muito perto
Você torna difícil te deixar ir


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