História Com amor, Jonghyun - Capítulo IX

Cerca de dez minutos mais tarde, Helena abriu a porta para Jonghyun, que parecia tenso.

-Aqui estão - falou Helena entregando uma chave a uma senha, para a fechadura eletrônica. - Eu posso me atrever a perguntar a quem você está ajudando?
-Uma pessoa muito importante. - se limitou à breve explicação e segurou as mãos de Helena - eu prometo explicar tudo depois.

Helena resolveu acreditar em seu amigo naquele momento, mas não pode afastar completamente o sentimento de preocupação.

-Ele vai ficar bem. - sussurrou para si, numa tentativa de acalmar seu coração.

Quando Jonghyun voltou para o seu apartamento, Hana continuava dormindo serenamente, então ele começou a arrumar as coisas dela. Em sua cabeça, aquilo era para um bem maior, sua segurança.

Ela iria para um lugar onde não haveria riscos de alguém descobrir. Jonghyun era visível demais para garantir total discrição, a qualquer momento alguém a encontraria ali, junto dele e não seria uma cena bonita, para nenhum dos dois.  E o que ele poderia fazer para protegê-la contra seu próprio pai?

Aquele sentimento de inutilidade estava dilacerando-o por dentro.

Precisava protegê-la.

Eu vou protegê-la. Afirmou para si, tomando aquelas palavras como uma promessa. 

Quando terminou de arrumar tudo, se deitou ao lado de Hana, ela devia estar esgotada por guardar todos os problemas apenas para ela.

Para Jonghyun não era difícil imaginar toda uma vida ao lado daquela garota, que apesar da pouca idade e do tamanho diminuto tinha conquistado ele por inteiro.

“Hey ppeonhan sori gatjiman

Jamkkanman nal bwabwa geopmeokji ma

Ara ara neon

Bangeojeok taedo (chwihae)

Ihaehae dangyeonhae

Eojji nal mitgesseo

Omyohae neoui nunbicci

Tto ne nundongja

Ohae mara maeryeokjeogiya

Gyeolguk igot modeun siseon

Dokchaji han geosdo

Ei, eu sei que isso soa típico

Mas olhe para mim, não tenha medo

Eu sei, eu sei

Você está na defesa

Eu entendo, é claro

Mas você consegue acreditar em mim?

É estranho, seus olhos, suas pupilas

Não me leve a mal

Eu te acho cativante

No fim, você roubou todos

Os olhares desse lugar”

O toque da campainha o despertou de seu deslumbre.

Quando olhou através do olho mágico, apenas viu Sijin com sua expressão suave do outro lado.

- Jjong oppa! - saudou assim que Jonghyun abriu a porta e ela já foi entrando.

Sijin parecia cada dia rejuvenescer ainda mais, não aparentava seus 26 anos… E mais, não aparentava toda a astúcia que tinha em suas propostas para Jonghyun.

-Oi Sijin, o que você faz aqui?- perguntou enquanto observava a garota esbelta se jogar em seu sofá.

-O que mais? Ficar com você… E quem sabe, você pode colaborar um pouco com o meu álbum de comeback. - sugeriu enquanto alisava seus longos cabelos loiros - tingidos - e piscava seus olhos bonitos para ele.

Há certos momentos na vida em que o arrependimento bate em cheio. E para Jonghyun, aquele era o momento… Se pudesse nunca teria se aproximado de Kang Sijin. Ela se aproveitou de toda a situação, e transformou uma noite em um terrível pesadelo.

Ela tentou diversas vezes obrigar a Jonghyun a colaborar em seus álbuns para que mantivesse em segredo o que os dois tinham compartilhado.

A droga de uma cama, durante uma única noite.

-Sinto muito Sijin, não dessa vez. - falou enquanto tentava puxá-la para fora de seu apartamento.

-Não Jonghyunah, eu preciso de sua ajuda… De verdade. - disse, tentando se insinuar para Jonghyun.

Ele se limitou a revirar os olhos.

-Vamos Jjong, você gostou de colaborar comigo… Vamos fazer como da outra vez, formamos um belo par. - tentou convencer.  

-Pelo amor de Deus, Sijin, apenas me esqueça está bem? Eu tenho coisas mais importantes para fazer - declarou fechando a porta depois de deixar Sijin do outro lado. Longe dele.

Ao se virar, deu de cara com Hana, de braços cruzados.

- “Formamos um belo par”? - questionou, numa tentativa de imitar a voz de Sijin.

-Ani! Nós apenas nos envolvemos uma vez…

-As palavras dela deram a entender que foram mais de uma vez. - falou, estreitando os olhos.

-Acredite em mim… - Jonghyun começou a explicar quando se surpreendeu com Hana o envolvendo sua cintura em um abraço.

-Mianhae, mianhae. Eu não sei de onde está vindo essa insegurança. Mianhae. - pediu enquanto afundava seu rosto entre as dobras da roupa de Jonghyun.

“Jageumahan nun neoui nunbicci joha

jom jinhan nunsseop naneun geureon ge joha

machim baramdo ttak joha yegami joha

Hanabuteo yeolkkaji da

Oh sweet love

Euneunhan kaendeul ap joyonghi anja

Oh sweet love

Gamanhi nunman majuchyeodo neoman bomyeon michigesseo

Eu gosto dos seus olhos pequenos, da maneira como você me olha

eu gosto das suas sobrancelhas grossas

até o vento parece agradável, eu tenho uma boa sensação

De a a z,sobre tudo

Oh doce amor

Silenciosamente sentado em frente a uma suave vela acesa

Oh doce amor

Silenciosamente trocando olhares com você,fico louco só de te olhar”

-Venha, eu preciso levá-la daqui - falou pegando em sua mão e segurando a mochila que Hana tinha trazido com ela desde a primeira noite.

-Espere, não posso…

-Estou levando você para um lugar ainda mais seguro. - assegurou.

***

Quando chegaram ao antigo apartamento de Helena, Hana não tinha visto lugar mais delicado em toda sua vida.

Toda a decoração tinha sido pensada por uma mulher que gosta de abusar da feminilidade.

-Helena mandou reformar recentemente, depois de um incidente… Ela pretendia alugar para estudantes, mas graças a Deus ainda estava vazio, ela vai me emprestar por algum tempo.

-E ela simplesmente deu as chaves sem fazer perguntas?- questionou Hana se sentando no sofá de cor creme.

-Ani, ela fez perguntas. E todas as respostas serão dadas no devido tempo, nós dois responderemos.

-Jonghyun…

-Ani. Eu quero ter uma vida ao seu lado, não vou ficar observando você ser refém dos pecados dos outros. - se justificou enquanto Hana exibia uma expressão contrariada.

Jonghyun se sentou ao seu lado e envolveu suas pequenas mãos entre as dele. E afirmou: 

- Eu não consigo pensar numa vida sem você.

Hana fitou seus olhos.

-E eu não suporto a ideia de você se prejudicar por minha causa, Jonghyunah.

-Nós vamos ficar bem, apenas confie em mim, arasseo?

Hana assentiu.

-Arasseo.  

E apenas aproveitou o toque dos lábios de Jonghyun pelo seu corpo.