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História Combustão - Capítulo Único


Escrita por: milfodidas

Notas do Autor


Oiii anjos!!
Então, o que poderia ser mais inspirador que essa viagem dos favs pra Tailândia? NADA!
Eu tive essa ideia há alguns dias, quando vi uma foto e com uma pressãozinha das amigas,
consegui colocar no "papel" hihihi
Espero muito que gostem dessa one-shot, que é simples mas bem soft <3
ME DIGAM TD NOS COMENTÁRIOS
boa leituraaaa

Capítulo 1 - Capítulo Único


O sol já se esvai do céu da Tailândia. Tailândia, que significa “terra dos homens livres”, abrigara o maior assaltante de toda a Espanha. E Sérgio amava tal paradoxo. Talvez pelo fato de ter seu ego alimentado, ainda que negasse. Ou simplesmente por nunca ter, de fato, se sentido tão livre.

De todos os inúmeros lugares pelos quais havia passado nos últimos anos, esse com certeza era o seu preferido. Não a meticulosa Berlim ou a bucólica Toscana. Mas, Tailândia. E toda liberdade que ela representava.

E, naquela noite, o professor desfrutaria um pouco mais dela.

“Nós vamos nos atrasar.” Ele diz, pela décima vez na última hora.

“Talvez se parasse de me atormentar, eu já estaria pronta.” Raquel responde, sem desviar o olhar de seus cabelos, que ela penteia calmamente enquanto encara o espelho da penteadeira a sua frente.

A verdade é que a vaidade excessiva houvera a abandonado há anos, mas perceber o semblante de Sérgio, que se irritava ainda mais a cada minuto que passava, era, agora, um de seus passatempos favoritos.

“Ok. Ok. Não vou dizer mais nada.” Sérgio fala enquanto se levanta da cama. Desliza a mão pelos cabelos e finaliza o movimento posicionando os óculos mais próximo de seus olhos, mais uma vez. Passa a caminhar de um lado para o outro, observando milimetricamente o relógio em seu pulso.

“Ótimo.” Ela retruca, buscando ao máximo segurar o sorriso que se forma em seus lábios.

Quinze minutos, um risco de lápis sobre os olhos e um batom nos lábios depois, Raquel se levanta. “Engole o choro, professor. Já terminei aqui.”

Sérgio solta um riso nervoso ao passo que balança a cabeça negativamente. “Então, vamos?”

“Pode só... me ajudar aqui antes?” Ela questiona enquanto vira de costas para ele, destacando a pele que o zíper, ainda aberto, deixa a mostra.

“Claro.” Ele diz, raspando a garganta. O ar insiste em faltar em seus pulmões e dificulta o movimento de suas mãos, que deslizam lentamente o zíper caminho à cima. Talvez o atraso não fosse uma má ideia, afinal de contas. E se não haviam evidências, nem mesmo na bíblia, de que a maçã era, de fato, o fruto proibido, Sérgio sabia que o seu era ainda mais apetitoso. E inebriante.

O zíper, finalmente, se encaixa em seu feixe. Com uma demora dolorosa, Sérgio leva seus lábios até o ombro dela, depositando um beijo suave ali. Retirando o montante de cabelo do caminho, continua o feito até pescoço de Raquel, sugando sua pele macia enquanto roça a barba sobre o local. Aproveita para pressionar suas mãos contra a cintura dela, que o vestido sutilmente realça. 

Ela fecha os olhos, desfrutando do súbito calor que passa a percorrer seu corpo. Suspira.

Vira o rosto até sua boca ficar a milímetros de distância da dele. “Nós vamos nos atrasar.” Ela repete a fala de mais cedo, reproduzindo o tom de Sérgio com a voz mais grave que possuía.

Ele sorri.  “Vamos.” Diz enquanto agarra a mão dela, a guiando até a porta.

O trajeto não se parece em nada com a calmaria em que ambos se encontravam. O tuque tuque balança de um lado para o outro, fazendo Raquel agradecer aos céus por ainda não ter se alimentado. A postura sempre alinhada de Sérgio parece insustentável, já que seus ombros se chocam repetidamente com os de Raquel, em uma velocidade nada romântica.

Ela volta seu olhar para o semblante preocupado de Sérgio, tentando a todo custo se equilibrar, e não consegue conter o riso. Leva as duas mãos até a boca enquanto sua gargalhada a invade sem temor.

Sérgio a encara por um instante e parece ser contagiado. Ri desacreditado, e descontroladamente.

São interrompidos pelo motorista, que avisa haver chegado ao destino. Eles respiram fundo, devolvendo o ar que as risadas haviam roubado de seus pulmões. Mais uma vez, unem suas mãos e caminham até o rio mais próximo, onde dezenas de pessoas já estavam reunidas.

“Preparada para o espetáculo?” Ele questiona, alcançando uma lanterna de papel que descansa sobre a mão da comerciante tailandesa.

“Sempre.” Raquel responde com olhos brilhantes. Ela percorre com o olhar, as pessoas ali presentes. A tradição daquele local a encantando ainda mais a cada minuto. Ousa questionar os motivos que haviam guiado cada um daqueles seres àquele lugar. Alguns se destacam: a fé, a união, o amor. Amor. Só de recitar a palavra em pensamento, sente seu peito ser preenchido por uma calmaria tão intensa, que até acelera seus batimentos. E se fazia cada vez mais presente. A cada toque, olhar, momento. Por mais corriqueiro que fosse, a sensação parecia a recordar de sua vivacidade.

Ela retorna o olhar para Sérgio e abre um largo sorriso.

Ele devolve. “Vem, já tá começando!” Exclama ao passo que ajeita a grande lanterna em suas mãos. “Pronta?”

Ela balança a cabeça positivamente enquanto leva o isqueiro até a vela que compõe o objeto. Assim que a acende, olha para Sérgio, que segura um lado da lanterna com suas mãos.

“Não se esqueça de fazer um pedido.” Ele a recorda, sorrindo.

Raquel segura o outro lado do objeto com as mãos. O casal o ergue em conjunto. Permitem que seus olhos se encontrem por um breve instante, antes de serem hipnotizados pelo brilho do fogo. Ambos sorriem.

A lanterna se desprende de suas mãos, flutuando pelo céu como se nunca houvesse pertencido a qualquer outro lugar. Se une a inúmeras outras. Tão parecidas. Tão únicas. O céu passa a ser palco da dança indescritível daquelas chamas.

Sérgio percebe o olhar de Raquel se iluminar com as luzes. Ela brilha como elas. Leva a mão até o rosto dela, solicitando sua atenção, quase inalcançável.

“É... incrível.” Ela suspira. Sem desviar os olhos do céu, encosta seus lábios sobre a palma da mão de Sérgio, que descansa sobre o seu rosto.

Ele sorri. Se aproxima, beijando brevemente os lábios entreabertos da ex-inspetora.

Ela parece despertar, enfim. “O que desejou?” Indaga, curiosa.

“Mas, se eu disser, meu desejo não se realiza.” Ele responde, erguendo as sobrancelhas. 

“Ai Sérgio, desde quando você é um homem supersticioso?” Ela questiona, empurrando o ombro dele levemente.

“Desde quando eu passei a acreditar em sorte.” Ele diz, acariciando o rosto dela. A encara apaixonado.

Raquel sorri. Permite que sua boca encontre a dele. O beija lentamente, deslizando os braços por seu pescoço, sentindo as mãos de Sérgio serem posicionadas sobre sua cintura. Escorrega seus lábios sobre os dele, apreciando cada segundo.

Ela se afasta relutante, finalizando o ato com último e breve beijo. “O que desejou, Marquina?” Ela insiste, sussurrando contra seus lábios.

Ele ri desacreditado. “Sabe, acho que Buda me achou redundante.” Ele afirma, tão baixo quanto ela.

“Ah, sim? Por que?”

“Porque eu desejei o que desejo todos os outros dias de minha vida.” Sérgio confessa, encostando a ponta de seu dedo na ponta do nariz de Raquel. 

Ela sorri largamente. Ele a beija, mais uma vez. As lanternas continuam a bailar pelo céu. Promessas, desejos, problemas e expectativas encontram um meio, além da voz, de serem levados ao seu destino. Incerto, mas encantador. Como a vida. Como o amor.


Notas Finais


E AI MINHAS CONSAGRADAS? O Q ACHARAMMMM


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