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História Intersex - A história de Emma - G!P - Conhecendo você


Escrita por: KikyoArtemis

Notas do Autor


A pedidos, estou postando essa fic aqui no Spirit

Capítulo 1 - Conhecendo você


Sou acostumada a conversar com o rádio durante um engarrafamento, ligar a TV para tomar banho,  me divertir com maratonas de séries...
 

Não sou adepta a escavar noites em busca de companhia e voltar para casa mais solteira do que quando sai. Mas aqui estou eu, perdida em alguma rua de New York, buscando por um endereço que parece não existir.
 

“Relaxa David, já estou quase chegando... Não, eu sei o quanto essa apresentação é importante... David, eu... Dá pra acalmar, estarei lá quando você chegar. Vou desligar, estou dirigindo, bye”

Nenhuma novidade que meu sócio não irá chegar a tempo de assistir a performance de nosso futuro cliente. Olhei mais uma vez o endereço que minha assistente Mary me passou e estacionei a quase uma quadra da casa de shows. Pensativa como quem penteia o cabelo olhando para o espelho, me perguntei se realmente valia a pena entrar naquela casa de shows e assistir a mais uma banda que sonha com o estrelato e não ama a música, vê  ela apenas como um caminho para massagear o ego.

Fiquei receosa porque nem sempre sei como serei recebida, se irão perceber o que sou, as vezes é cansativo fingir ou esconder, já me sinto exausta.

No momento que pisei meus pés dentro daquele grande salão com luzes irritantemente coloridas e piscantes, fui arrebatada com alguém cantando muito mal, tomara que não seja meu cliente ou terei uma séria dor de cabeça amanhã na Produtora.
 Para meu azar era meu cliente.

Entrei na área especial e escolhi uma mesa. Não demorou Mary e minha amiga Ruby chegaram e sentaram comigo. Deus! Se depender delas, com certeza hoje sairei daqui tonta. 
 

Não sei quantas bebidas Ruby trouxe, o que sei é que se ela trouxer um pouco mais, Mary e eu sairemos daqui carregadas. O cantor não valia meu tempo, então resolvo curtir com minhas amigas, mesmo com meus ouvidos doendo com aquela som.

A música entrou na minha vida muito cedo, desde pequena resolvi compor. Deixar fluir na melodia o que as palavras não poderiam expressar. Não escrevia por timidez ou falta de concordâncias. Era excesso de pensamentos, eu transbordava sentimentos e queria deixar a solidão da voz para fazer letra acompanhada.
 

É necessário coragem para se expor através de uma canção, porque a música não é como o papel fixo e imutável, é maleável e com diversas interpretações e o mais importante, a música renasce no momento em que é ouvida, não importa quantas vezes aconteça.

A natureza me chamou e fui ao banheiro.

Uma jovem morena ficou me observando através do espelho enquanto passava seu batom carmim. Por mais que tentasse disfarçar, sentia seus olhos sobre mim enquanto me dirigi ao reservado. Nos apaixonamos primeiro, depois decidimos se é possível ou não. Porém para mim, amor e paixão é algo fora de cogitação, então, reservei aquela atração para uma outra oportunidade, que eu sei que não viria.

Quando saí, na tentativa de voltar a segurança da minha mesa, aquela mesma morena esbarrou "sem querer" em mim.

"Oh desculpa! Eu juro que não queria. Foi totalmente minha culpa." Falou me olhando, quando por falta de equilíbrio e excesso de bebida eu caí no chão.

"Não, tudo bem." Ela me deu a mão me ajudando a levantar, é o mínimo que poderia fazer após me jogar no chão de propósito. "E não foi totalmente sua culpa, eu também não estava muito atenta pra onde meus pés estavam me guiando, então..." Tentei sorrir, ela ainda me encarava de uma forma enigmática.

"Você esta bem?" Me olhou preocupada, me analisando de cima a baixo. Acho que realmente se preocupou.

"Estou com o bumbum um pouco doendo, mas fora isso, estou bem. E você?"

"Estou bem, mas minhas bebidas não" olhou para os copos de plástico no chão.

"Vem, vou te pagar outras." Ela fez uma carinha tão fofa que não resisti.

"Não. Não precisa." Me olhou assustada, beirando o desespero.

"Faço questão. Por minha culpa você ficou sem... " Olhei os copos no chão enquanto evitava uma careta. "Coke e... O que é isso?"

"Whisky" Me falou constrangida enquanto esfregava um anel em seu anelar, seu olhar ainda estava muito em mim.

"Vem, vamos pegar as bebidas." andei em direção ao bar, com ela a reboque

"Você veio com amigos?" A morena tentou puxar assunto quando paramos na fila.

"Sim, e com colegas de trabalho também." Apontei a esmo com a cabeça. Seus olhos castanhos em mim estavam começando a me incomodar.

"Oh! Que legal! E você trabalha com o que?" Se aproximou mais de mim, seu ombro quase encostando no meu.

"Uma coisa aqui e outra ali." Dei de ombros

"Entendo" Senti uma pontada de decepção em sua voz, enquanto ela alisava seu vestido preto básico. Não vai doer conversar com ela...

"E você? Está com amigos?" Me sorriu como se eu tivesse oferecido um presente.

"Sim. Na verdade mais ou menos " fez um biquinho até fofo "É que renovaram a temporada do seriado que trabalhamos. Então viemos aqui comemorar" Falava o tempo todo sorrindo pra mim, olhando nos meus olhos como se pudesse me ler.

Meu celular vibrou:  

David: Quem é a garota?

Emma: Ninguém.

Olhei para a área vip e percebi que Killian, August e David haviam chegado.

"Que bom. Assim é mais trabalho pra você" Falei enquanto guardava meu celular

"Na verdade não." Voltou a mexer no anel "Amanhã vou gravar a morte do meu personagem. Não estarei na segunda temporada"

Chegamos ao inicio da fila "Mas virão outros." Me virei para o atendente. "Um gimbre e duas cokes com... Whisky?"

"Isso" Me sorriu. Seus olhos não saiam de mim por nada. 

Mostrei meu cartão e peguei os dois copos dela e a entreguei "Aqui estão suas bebidas. Tomara que essas também não tenham atração pela gravidade."

"Sim." Sorriu sem graça, talvez desapontada, enquanto peguei meu copo e sai, voltando à mesa.
 

 

***

"Emma, quem era a chica?" Ruby me perguntou fingindo um sotaque latino assim que aproximei da mesa.

“Parece caliente." Mary me olhou com expectativa, e com um sotaque falso pior do que o de Ruby.

"Ela não é latina. Ao menos não tem sotaque. E não sei quem é."

"É... Mas ela não pára de olhar pra você." Mary apontou com a cabeça e olhei sobre meu ombro pra ver a morena parada no mesmo lugar onde a deixei. Nossos olhos se encontraram por um breve momento, antes da morena olhar para baixo com um sorriso tímido.

"Não importa. E os outros?" Sentei à mesa

"Bêbados. E você vai tirar essa bunda daí e vai lá falar com ela. Pegar um telefone, trocar uns beijos, sei lá." Ruby e sua delicadeza de coice de mula

“Talvez ela nem curta.” Apontei pra mim

“Estamos em uma casa de show em um show gay.” Mary fez uma careta para mim como se dissesse o óbvio

"Você não é gay. Alias, nenhuma das duas é. E estão aqui."

"Mas pegaria uma gata como aquela. Agora levanta essa bunda daí, não vou falar de novo. E vai lá. Deixa que bebo isso pra você." Ruby bebeu no meu copo "Que isso aqui? Credo! É horrível!" e virou o copo, tomando todo seu conteúdo.

"Achei que estivesse horrível" Cruzei os braços a encarando

"E estava. Mas agora você terá que ir lá comprar mais." Sorriu satisfeita, teria achado graça se eu não estivesse tão bêbada.

“Não esqueça de pegar o telefone da muchacha” Mary me falou esfregando uma mão na outra de forma ansiosa.

“Já falei que ela não é latina.”

Revirei meus olhos e segui novamente até a longa fila. Assim que a morena me viu aproximar se acendeu, como uma criança na véspera de natal.

“Mais bebidas?” Me perguntou, tentando soar casual e tentando também esconder o grande sorriso que teimava em seu rosto.
 

“Sim, minha amiga ali bebeu a minha” Notei como seus olhos buscaram por Ruby. "Você é latina?" Nem sei por que perguntei aquilo.

"Não, só descendência mesmo." Seu sorriso cheiro apriou mais

“Ei Regina, cadê nossa bebida?” Um homem alto, forte e negro se aproximou de nós. Sem me olhar, apenas encarando a mulher.  “Você saiu e parece que esqueceu da vida.”

“Desculpa” entregou a bebida ao homem que finalmente me viu ali. “Estava apenas conversando com a...”

“Emma” falei

“Tanto faz.” virou novamente para a morena. “Mais dois copos desse.”

Saiu de perto de nós e a mulher me olhou sem graça. “Desculpa. Ele esta um pouco nervoso por terem escolhido esse lugar.”

"Mas isso não  é desculpa pra ele te tratar assim. Se não gostou,  problema dele, ele que vá embora."

Chegou nossa vez na fila. “Um gimbre.”

“Duas cokes com Whisky e um gimbre também.” Ela pediu e entregou algumas notas trocadas demais.

Novamente mostrei meu cartão e percebi-a me olhando de canto. Quando o barman entregou os gimbres, Regina resolveu conversar... De novo.

“Então... Tem alguém te esperando em casa?”

Eu sei que ela está realmente perguntando se estou saindo com alguém. "Não. Não há ninguém no momento."

Ela balançou a cabeça e tomou um gole de sua bebida, e notei que estava sorrindo para si mesma.

"E você?" Não tenho ideia por que estou perguntando. Não é como se eu estivesse planejando prosseguir com essa garota. "O seu namorado está esperando por você?"

"Não há nenhum namorado. Ou namorada no caso."

Ri, "Desculpe. Não sabia que curtia."

Regina riu junto, não costumo gostar tanto de risadas, mas acho que o som dessa em particular é adorável.

"Seus amigos provavelmente estão sentindo sua falta " comentei e saímos da fila, levando nossas bebidas para o outro lado do balcão enquanto esperávamos a coke com whysky.

"Tenho certeza que eles estão bem." Ela continuava me olhando, como se estivesse me analisando. 

 "Você não parece o tipo desses lugares." falei olhando ao redor de toda aquela bagunça de corpos dançantes e músicas mal cantadas por uma má banda. Olhei para Regina, provavelmente essa mulher é de livros e estudar nos finais de semana, ao invés de sair com os amigos.

"Eu realmente não sou, estou aqui com meus amigos e cumprindo um favor." Regina balançou a cabeça, tomando mais um gole de sua bebida, sem seus olhos saírem realmente de mim.

"Nem eu. Meus amigos estão na área vip. Quer ir pra lá?” Normalmente é isso que as garotas querem não é? Então vamos facilitar.

“Não obrigada” Regina olhava apreensiva para o  Vip, Ruby olhava para nós, como minha amiga é curiosa.
E então percebi que enquanto conversava com ela, nem estava realmente prestando atenção mais na apresentação horrível da banda. Olhei novamente para Regina, ela estava me olhando. "Você olha muito. Por que isso?"

"Desculpe", gaguejou. "É só que você é tão bonita, e você está falando comigo, é quase inacreditável."
Corei, e antes que eu pudesse responder, David tocou meu ombro, olhando desconfiado para Regina que ficou apreensiva.

“O povo tá te procurando Emma. Querendo saber sua opinião da banda.”

“É sério que vocês querem minha opinião pra aquilo? Depois conversamos sobre isso.” Regina não tirava os olhos de nós dois “Daqui a pouco eu volto pra lá.”

“OK” David saiu, não antes de lançar outro olhar desconfiado para a mulher apreensiva ao meu lado.

“Acho que seu amigo não gostou de mim” Passou o indicador na borda do copo e mordeu o lábio carmim.

“Ele só é protetor demais.” dei de ombros

“Mas é claro, você é uma amiga muito leal. Eles só querem o melhor pra você.

Antes que eu pudesse absorver aquela frase, ela me beijou. Rapidamente retribui a prensando contra o balcão. O beijo foi ficando quente, ela realmente beijava muito bem, cresci em segundos e afastei meu quadril um pouco dela. Seus dentes puxavam com desejo meu lábio. Parei o beijo antes que ela percebesse algo que não deveria. Normalmente eu me controlo muito bem.

“O que foi?” Me perguntou confusa e ofegante.

“Há muitas pessoas aqui.” Olhei ao redor e ela acompanhou meu olhar

“Moro nesse quarteirão. Divido um apartamento com minha irmã e o marido dela. Eles estão trabalhando agora” O desejo sempre cria possibilidades paralelas.

“Acho melhor n...” Antes que eu pudesse continuar a frase ela me beijou com mais luxúria, descendo os beijos por meu pescoço, me excitando com mordidas e antes que eu me da-se conta, estava a imprensando na parede de tijolos exposto do lado de fora da casa de shows.

Seus gemidos em meus ouvidos toda vez que eu descia ao seu pescoço  estavam me enlouquecendo, eu precisava ter aquela mulher.

“Então, sobre seu apartamento...” sussurrei com voz rouca enquanto colocava uma mecha atrás de sua orelha, e ela puxou a lapela da minha camisa me puxando para algum lugar.

“Me acompanha.” Agarrou uma das minhas mãos e em poucos passos estávamos paradas na frente de um edifício pequeno e velho no meio do quarteirão, eu estava tão excitada que não estava raciocinando direito.

Enquanto ela abria o portão, mandei a localização para a Mary falando onde estava, no caso de estar entrando em uma fria.

Subimos um lance de escadas e então paramos em frente a porta 108. Ela abriu e notei o quanto era pequeno, porém bem arrumado. Com certeza eles não tinham muito dinheiro, mas possuíam capricho e bom gosto.

“Você quer beber algo? Tenho um tinto seco.” Colocou a bolsa simetricamente sobre uma mesa. Afirmei que queria, mesmo sabendo que ambas estávamos muito bêbadas, e ela me apontou o sofá.

Sentei entre almofadas macias e logo ela sentou ao meu lado, segurando duas taças. Seus olhos novamente em mim.

“Você é tão linda” falou enquanto me olhava admirada entregando uma das taças.

“E então... Você é atriz né?” Beberiquei o vinho, não sei a marca, mas era bom

Ela me sorriu e retirou os saltos. “Sim. Vim do Maine tentar carreira aqui. Faço mais pontas, mas ao menos estou fazendo algo né.” Bebeu de sua taça

“Todos começamos de algum lugar.”

Ela me beijou novamente e senti o gosto de vinho em sua língua quente. Nossos beijos eram recheados de desejo, mordidas e chupadas. Deitei-a no sofá, ficando por cima e me deliciei com seu pescoço enquanto puxava seus cabelos sedosos. Sua pele era tão macia, tão fácil marcar, com certeza deixaria marcas ali.

Meu corpo estava tão quente e eu sentia que estava ficando duro novamente, tentei afastar meus quadris, mas ela me enlaçou com as pernas. Eu devia ter parado antes de chegar até esse ponto, nunca fui tão imprudente assim.
Me levantei em meus braços, parando o beijo.

"Fiz algo errado?" os olhos chocolates agora estavam realmente assustados enquanto ela me analisava. Balancei a cabeça em negativo e ela me beijou de surpresa, me arrancando um suspiro. Sua mão em minha nuca me puxando possessivamente. Meu quadril começou a mexer por vontade própria, buscando um maior contato.

"Emma?"  Bruscamente me sentei percebendo que estava esfregando meu centro na intimidade dela.

"Eu vou embora, ok? Só não conta pra ninguém." Me posicionei para levantar e com  único movimento ela subiu em cima de mim, me impedindo.

"Por favor não. Eu só senti algo que não deveria estar lá. Senti o mesmo na boate também. Fiquei confusa...Você é trans?"

Cocei minha nuca "Na verdade não." Ela me olhou por alguns segundos, parecia confusa ainda. 

"Então você é intersexual?

Fiquei surpresa por ela conhecer o termo. Ainda na surpresa apenas afirmei com a cabeça.

"Ele... ele é subdesenvolvido?" sua voz, agora  insegura, demonstrava timidez e um brilho de curiosidade. Senti alivio, nojo era o mais comum nesse momento constrangedor. "Pergunto porque você é muito feminina, não sei, tem remédios que..."

"Não. tamanho adulto. E como você pôde perceber, é totalmente funcional" Ela se afastou sentando ao meu lado.

"Desculpa, eu só." Parecia insegura demais.

"Eu vou embora, não preci..." Tentei levantar mas ela pulou em cima de mim novamente, uma perna de cada lado do meu corpo enquanto suas mãos seguravam meus ombros.

"Por favor não!" apertou mais suas unhas em meus ombros "Eu quero. Eu quero você."

A olhei um pouco, eu estava confusa, não estou acostumada a isso.

"Você é especial, Emma. E esse detalhe só me faz te querer mais. "

“Você tem certeza? Sou diferente.”

“Essa diferença só me faz te querer mais. Eu trouxe uma linda mulher para casa.” Sorriu.  Nunca, em toda minha vida, me senti tão acolhida como naquele momento.

Nos beijamos novamente, e quando percebi, estava deitando ela na cama, nem lembro como chegamos ao quarto. Ela desabotoou os botões da minha camisa, parei sua mão.  

“Não precisa ter vergonha.” Falou olhando nos meus olhos, como se pudesse ler minha mente.

“Eu nunca fiz isso como menina.”

“Você se veste de menino pra...” parecia envergonhada “Transar?” Apenas balancei a cabeça. “Eu disse que trouxe uma mulher linda para casa, independente do que ela tem entre as pernas." Nos beijamos novamente, acho que palavras nunca me tocaram tanto

“Você tem camisinha? Eu não sabia que teria uma noite diferente hoje.” Perguntei quebrando o beijo

“Acho que meu cunhado tem.” Levantou da cama e saiu pela porta. Aproveitei e tirei minha blusa, sutiã  e calça. Deitei na cama e olhei para a direção que ela havia saído.
Regina estava parada no marco, me olhava, mais precisamente olhava para minha calcinha box branca, a protuberância era bem evidente. Não era repulsa ou medo, era curiosidade.

A vi corar ao ser pega me observando. Timidamente colocou alguns envelopes sobre a mesinha de cabeceira. E nada timidamente abriu o zíper lateral de seu vestido preto o deixando cair ao chão enquanto caminhava. Com um charme e delicadeza torturante ela fez todo o caminho, até ficar com apenas lingerie vermelha sangue. Engatinhou sobre a cama e deitou ao meu lado. Havia desejo em seus olhos, e pela primeira vez me senti bem estando seminua.

Passei a mão por seu abdômen e subi aos seus seios que estavam pressionados pela sustentação do sutiã. Desci minha boca para eles, dando a devida atenção a cada um. Senti todo meu corpo se arrepiar quando senti a pequena mão adentrar minha box, deslizando para cima e para baixo no meu comprimento, como se certificando que era real. Retirei toda sua roupa e passei meus dedos na sua intimidade. Não consegui evitar o gemido quando a senti tão molhada. Retornei a mordidas no pescoço enquanto penetrava um dedo dentro dela.

Tomei seus lábios no meu e aumentei a velocidade, penetrando mais um dedo. Senti Regina suspirando contra meus lábios.

"Você tem certeza de que quer fazer isso?" parei o movimento e olhei em seus olhos. "Eu não vou ficar louca se você dizer não."

Regina puxou minha box para baixo, liberando minha ereção "Tenho certeza." Tentei descer para dar prazer oral primeiro, mas ela segurou meus braços, me trazendo para um beijo, percebi que ela estendeu uma mão para pegar o preservativo, me entregou e senti seus dedos percorrendo minha barriga. Rasguei o envelope e desenrolei em meu comprimento, Regina não tirava seus olhos de mim um segundo, olhando todo meu corpo nu sobre ela. Senti sua mão me puxar, ela parecia tremer um pouco.

“Só estou um pouco nervosa” falou e sorriu, um sorriso que mostrava que não era pouco seu nervosismo. Deitei sobre ela, ficando em meus cotovelos, direcionando meu membro lentamente em sua entrada. Corri a ponta algumas vezes para cima e para baixo antes de empurrar devagar.

Senti sua mão em meu quadril, como se estivesse evitando que eu entrasse mais, então percebi que ela estava segurando a respiração. Me retirei de dentro dela, deixando apenas a ponta, não queria que fosse uma experiência dolorosa pra ela.

“Você está bem? Está desconfortável?” perguntei em quase sussurro em seu ouvido. Eu não tinha nenhum tamanho excepcional, mas sabia que quando a mulher não estava confortável poderia ser doloroso.

"Desculpe," solta o ar. "Continue."

Entrei devagar, empurrando e tirando delicadamente, senti suas unhas cravando fundo em minhas costas cada vez que eu a penetrava. Beijei-a, na tentativa de fazer aquela tensão desaparecer.

“Você é tão linda.”  Sussurrei em seu ouvido tentando ser o mais sexy possível e gemi baixo.

“Sério?” Essa mulher é uma incógnita. Em um momento é sensual e confiante, e em outra é insegura e tímida.

“Demais” Sua tensão havia diminuído, levantei em meus braços e estoquei mais profundamente, ela se contorcia um pouco, estava começando a sentir prazer.

“E eu acho você linda.” me falou sorrindo e fechou os olhos. Bati com mais força e ela se contorceu mais, soltando um gemido de prazer. Levantou as pernas e apoiou os pés sobre meu quadril, me permitindo entrar com mais facilidade.

Ajoelhei-me na cama e segurei suas pernas, enquanto admirava suas caras e bocas. A forma como mordia o próprio lábio e massageava os próprios seios estavam me deixando louca. A cama estava rangendo, se eu não estivesse tão bêbada, estaria envergonhada pelo barulho da cabeceira batendo contra a parede e pelos gemidos bem audíveis que ela emitia. Mas agora, fodas! Realmente ela é muito gostosa.

Olhei meu membro entrando e saindo com facilidade, cada vez mais encharcado, ela estava muito excitada. Senti as paredes se fechando, ela estava bem próxima do orgasmo. Regina puxou meus ombros, me fazendo deitar sobre ela, e abraçou minhas costas.

Seus gemidos estavam diretamente no meu ouvido, eu não iria aguentar muito tempo. Sentia que estava ficando mais difícil entrar, ela estava apertando muito. Então me abraçou mais forte, senti seu corpo inteiro tremer e ela se jogou na cama respirando com dificuldade. Fiquei receosa de continuar, mas ela me abraçou forte, sussurrando safadezas em meus ouvido, em pouco tempo eu estava preenchendo o látex.

Eu mal tive a chance de recuperar o fôlego quando ela me beijou novamente. Depois de um minuto, afastei com uma pequena risada  "Eu preciso de uma pausa."

"Oh, desculpe."

Selei novamente nossos lábios "Está tudo bem."

Levantei, indo em direção a pequena lixeira no canto do quarto. Regina se cobriu com o Edredom

"Foi incrível!" Ela estava animada, com seus cabelos despenteados e sorrindo pra mim. "Realmente maravilhoso.”

Apenas sorri e deitei na cama ao seu lado puxando o edredon, normalmente sou mais resistente, porém ela era... Ela era diferente das outras.

"Estou feliz por ter esbarrado em você na casa de shows" me falou enquanto passou seu braço ao redor da minha cintura e deitou sua cabeça em meu ombro. "Realmente estou."

"Vou pegar meu celular" Sentei na cama e peguei o aparelho, nenhuma mensagem. Ela distribuiu alguns beijos sobre meus ombros enquanto abraçava minhas costas. "Preciso de um tempo para me recuperar". Falei sobre os ombros e ela continuou distribuindo beijos "Você tem o costume de ir direto?"

Afastou de mim, sentando mais em cima na cama e me olhou confusa.

"Quis dizer com os caras que você fez." Ela me olhou ainda mais confusa.

"Só tive um" gaguejou

"Sei" Sorri sarcasticamente e ela me olhou ofendida, puxando mais a coberta e cobrindo totalmente seu corpo ainda nu.

Levantei e vesti minha box. Realmente ela estava bem insegura para uma mulher experiente. Sentei na cama e a olhei.

"Olha, desculpa. É que não da pra acreditar, você tem o que? 22, 23 anos?"

"26" não me olhava, ainda estava ofendida

"Então... É difícil acreditar, mas confio em você" me olhou, seus olhos estavam marejados, então me sorriu. Deitei na cama e me cobri, novamente, ela se abraçou a mim.

"Você teve muitas mulheres?"

"Algumas" dei de ombros, na verdade foram bem poucas.

"Difícil acreditar. Você é tão linda."

Não havia como responder esse comentário. Apenas a beijei. Após alguns minutos de beijo, senti sua pequena mão em minha virilha, ela me acariciava, me animando.

Desceu os beijos por meu pescoço. Passando pelo meu abdômen e  retirou minha cueca. Sua mão bombeava meu membro, coloquei a minha sobre a dela mostrando meu ritmo. Fechei os olhos e me assustei quando senti sua língua percorrer toda minha extensão. 
A olhei, seu olhar era pura luxúria enquanto me degustava.
Me tomou em sua boca, não havia experiência, mas havia vontade, isso bastava para eu ter que me segurar e não ir ali, na boca dela.
Puxei-a para cima, para que se sentasse sobre mim. Peguei um preservativo e coloquei enquanto ela me analisava. Passei as mãos pela lateral do seu corpo, instruindo para que ela se sentasse sobre mim. Parecia insegura.

"O que foi?"

"Desculpa. Não sei como fazer bem nessa posição." Deite-a na cama e pairei sobre ela, na posição em que ela se sentia confortável. Novamente entrei devagar e comecei o movimento.

Deitei sobre meus cotovelos e ela me puxou para um beijo faminto. Suas unhas passeando por minhas costas. Aumentei a velocidade e ela gemia em minha boca, suas pernas se agarrando a minha cintura.

"Isso" Gemeu quando fincou suas unhas em mim. Graças a Deus não eram muito grandes. "Mais forte" sussurrou.

Me levantei um pouco, ficando em meus braços e peguei o ritmo que ela gostava, aproveitei a posição para brincar em sua intimidade com meus dedos. Não demorou para que seus gemidos aumentassem, junto com o ranger da cama. Ela se segurava nos lençóis, tentava segurar em meus braços, enquanto movia seus quadris de encontro ao meu. Fiquei surpresa com o quanto ela aprende rápido. Me concentrei ao senti suas paredes molhadas me apertando, eu esrava me segurando para não ir. Ela agarrou em meus cabelos. 

"Emma!" seu corpo tremeu, me apertando mais, ultrapassando meu limite e gozei. Deitando-me sobre ela exausta. Ambas estávamos assim, exaustas.

Me puxou para um beijo enquanto eu ainda recuperava o fôlego. Afastei um pouco, buscando ar e sai de dentro dela, que apertou as pernas, se virando de lado. Por um instante me arrependi de ter ido tão forte. Novamente me levantei indo até a lixeira.

"Foi incrível" sussurrou quando entrei novamente debaixo do edredom. Dei um simples selinho e fechei os olhos, mal percebi quando cai no sono.
 

 

 

 

 

Acordei e abri os olhos, ela estava me observando, deitada sobre um cotovelo, sorriu ao me ver acordada.

"Dormi muito?" bocejei, bastava fechar os olhos e eu apagaria de novo

"Nem meia hora" sorria. Será que ela passou esse tempo todo velando meu sono?

"Alguém já te disse que você olha demais?"

Ruborizou "Desculpa. é que você é tão linda" me falou como uma confidência.

Apenas fechei meus olhos e dormi novamente.
  

 ***

 

Minha cabeça latejava com o barulho de tantos carros e buzinas, abri os olhos e percebi que já estava claro lá fora. Regina estava nua ao meu lado, seu braço possessivamente sobre minha cintura.

Ela parecia tão frágil. Não era uma mulher fácil e interesseira como pensei, como estou acostumada. Talvez fosse apenas uma garota que queria um pouco de diversão com sexo casual. Apenas mais uma garota

Afastei uma mecha de cabelo do seu rosto, e então notei uma cicatriz em sua boca. Dava-lhe um ar sexy, além da experiência por trás dessa marca. Todos temos nossas cicatrizes.

Retirei seu braço com o maior cuidado possível, não saberia como reagir se ela acordasse. Bêbadas que querem se divertir é uma coisa, ressacadas de manhã é outra.

Sentei na cama devagar, estava tonta, boca seca, minha língua parecia um couro velho. Levantei catando e vestindo minhas roupas. Congelei quando ela murmurou algo, e voltei a respirar ao perceber que só estava falando dormindo. E era um sonho bom, pois estava sorrindo.

Peguei meu celular sobre a mesinha, pensei em deixar algum contato, por educação talvez. Mas pra que? Foi apenas sexo casual, eu não aguentaria criar expectativas e depois ouvir dela que sou uma aberração. Talvez ela só tivesse um fetiche. Peguei meu casaco e saí.
Ambas divertimos certo? E nunca mais vamos nos ver, isso extrai um pouco a culpa e o medo.

 

 



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