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História Come out and play.(Vkook) - Now


Escrita por: Noona_Hobi

Notas do Autor


Boa leitura!!
✨🍍✨

Capítulo 16 - Now


Fanfic / Fanfiction Come out and play.(Vkook) - Now

 

Naquele mesmo dia, assim que mais calmos, Taehyung e Jungkook guardaram segredo sobre a notícia. Queriam, antes de tudo, ter Hyuk em casa.

Eles se direcionaram para o orfanato juntamente com o advogado da família, e ali, segurando as lágrimas, eles finalmente se tornaram pais pela primeira vez.

O contato com o pequeno havia sido, quando em uma tarde, Taehyung acompanhando o noticiário, ouviu a triste notícia de que uma criança havia sido encontrada em uma caixinha de sapatos. O pintor já alimentava em seu interior o desejo de adotar uma criança, sua vida estava estabilizada, o trabalho na galeria que ele dividia com Jimin e Jin lhe tinha um retorno muito considerável, e Jungkook tinha o seu trabalho como fotógrafo, também muito reconhecido. Ele se sentia pronto, mas antes também deveria conversar com o seu marido, saber se ele estava preparado para esse passo, afinal eles eram uma família, todas as decisões deveriam ser pensadas juntas, com muita sapiência e amor, Taehyung queria garantir  que diferente do que acontecera com ele, seus futuros filhos teriam muito respeito, carinho e compreensão em casa.

Naquele mesmo dia, Taehyung contou para Jungkook a triste situação onde a criança fora encontrada, o menor se sentiu muito triste pela situação, e sem rodeios, Taehyung contou o que havia sentido em seu coração diante do caso, ele queria ser pai, pai daquela criança.

Jungkook não hesitou, era o desejo dele também ser pai, na verdade sempre foi, e agora que eles possuíam condições, para cuidar e dar toda a assistência e amor para quem quer que fosse, eles dariam o seu melhor como pais.

Jungkook então ligou para o advogado da família, Park Hyunsik, contou toda a situação e pediu para que fosse feito o pedido de adoção, e assim o advogado o fez.

O contato com a criança fora feito aos poucos, o garotinho era muito pequeno e o orfanato tinha dúvidas quanto à "capacidade" de dois homens conseguirem cuidar de uma criança .

Taehyung e Jungkook todas as quartas visitavam o berçário do orfanato, passaram por acompanhamento com uma assistente social e também com uma psicóloga, tudo para garantir que a casa deles era, de fato, o lugar certo para o desenvolvimento de uma criança.

A rotina foi se arrastando por 6 meses, e é claro, eles sentiam o cansaço de todo o trabalho que era aquele processo de adoção, sendo mil vezes pior para um casal homoafetivo. Querendo ou não, isso se tornou um empecilho, mas o casal se fortaleceu um no outro e também em Hyuk, nome dado à criança pelos responsáveis da instituição de asilo para menores. 

O pintor e o fotógrafo, construíram ali no orfanato uma amizade linda, as cuidadoras, psicólogos e voluntários, todos se compadeceram daquele casal que lutava judicialmente para terem o direito de serem pais, de transbordarem mais ainda aquele amor que emocionava todos ao redor, o amor que contagia.

Jungkook movimentou entre seus amigos uma proposta para criarem uma associação com o intuito de ajudar as crianças que moravam ali, é claro que eles não podiam ter um contato direto com os pequenos, devido à situação da espera deles em ter um lar, por isso iam sempre fantasiados, dos personagens mais aleatórios e loucos, sempre apareciam por lá muitos, mas o que mais fazia sucesso mesmo, era o homem ratinho e o senhor Coala. 

É...Jin e Namjoon eram celebridades no orfanato Joseon.

Hyuk já estava com 7 meses,  e agora era muito receptivo com o casal, eles construíram aquele vínculo com o pequeno de forma lenta e paciente, e mesmo que a primeira tentativa judicial fosse negada, eles não desistiriam de Hyuk, porque os papéis não significavam nada, quando nos corações de Jungkook e Taehyung, eles já eram pais. E o sorriso cheio e dengoso do garotinho só fazia com que suas forças nunca acabassem, a justiça coreana que se preparasse, porque no dicionário daquela pequena família não existia a palavra "Desistir."

A primeira negativa veio, o juiz alegou erros na formatação do processo, algo que deixou Park Hyunsik extremamente irritado, porque se havia algo que ele prezava era em sua capacidade processual. A desculpa infundada do Juiz foi questionada pelo conselho de advogados de Seoul, e assim o processo do casal ganhou mais força e foi destinado para análise em segunda instância, uma nova chance, uma nova luta.

Hyuk estava com 8 meses quando o processo foi deferido, e finalmente o pequeno tinha como pais Jeon Jungkook e Kim Taehyung.

A festa foi maravilhosa, os novos papais estavam radiantes, reuniram os familiares mais próximos, a família Kim, vovó Hyonji, a família Jeon, Yoongi e Jimin, Jin, Namjoon e Hoseok.

E naquela pequena reunião em família, eles celebraram a presença tão desejada do pequenino que outrora tinha apenas uma caixa de sapatos como proteção e naquele momento havia ganhado muitos pares de braços e corações para habitar.

[...]

Taehyung e Jungkook vivenciaram de tudo com o pequeno, as preocupações com o primeiro resfriado, dorzinhas devido aos gases, mudanças na rotina e a insônia que o bebê agitado promovia aos novos papais.

Era um dia preguiçoso, uma sexta-feira quente e Taehyung estava em casa cuidando de Hyuk, enquanto Jungkook resolvia alguns assuntos de trabalho, durante os seus compromissos naquela tarde, o menor havia recebido uma adorável sequência de fotos de seu bebê vestido com um pijaminha de um personagem famoso entre as crianças. 

O garotinho estava esperneando de animação enquanto o papai coruja organizava o pijama no corpo rechonchudo do pequeno.

Após tirar algumas fotos e enviar para o seu marido, Taehyung esquentou o leite específico para o seu garotinho, logo o fazendo arrotar em satisfação pelo alimento. O pequeno garotinho brincou tanto com o seu pai que acabou dormindo no meio da brincadeira, eram dias desafiantes para os pais, há muito tempo que eles não sabiam o que era ter uma noite de sono completa, mas isso não era problema, por Hyuk, Jungkook e Taehyung passariam a vida toda sem dormir, se isso garantisse o bem estar de seu filho.

Jungkook chegou em sua residência por volta das 17:30 da tarde, estranhou o fato da casa estar em um perfeito silêncio, coisa essa quase inexistente naqueles dias dentro daquela residência, bom...o silêncio só aparecia quando o Hyuk estava dormindo, então talvez fosse essa a explicação. Mas e Taehyung? Onde estava?

— Tae?!— O fotógrafo disse baixinho indo até o ateliê do marido, não o encontrando, passou pelo quarto de Hyuk e também não encontrou nem o marido e nem o filho. 

Assim que entrou em seu quarto, o rapaz se deparou com uma cena de encher o coração e os olhos. Os amores de sua vida estavam dormindo lado a lado, seu pequeno garotinho devidamente protegido e na posição correta para dormir, Taehyung estava com a o semblante de calma e relaxamento, o maior merecia aquele descanso. Então o menor fotografou a cena e sem mais esperar, retirou a jaqueta pesada que estava usando, e se juntou aos seus pequenos tesouros, e igualmente cansado da semana cheia, o rapaz se permitiu entregara-se ao mundo dos sonhos, sem antes é claro, se atentar e garantir a segurança e proteção de seu diamante raro, sua joia mais valiosa, sua família.

[...]

 

Com 1 ano e 1 mês o garotinho já arriscava ensaiar os seus primeiros passos, momentos esses que eram devidamente gravados pelo casal. Me lembro como se fosse hoje, o dia em que eu entrei desesperado em casa pensando que havia acontecido algo mas era apenas Taehy e Jungkook eufóricos, os olhos sempre voltados para o pequeno que levantava os bracinhos enquanto decidia se arriscaria levantar o seu pezinho gordo, que para mim eram a mais linda tentação, apesar de Taehyung sempre me avisar sobre "nada de morder o bebê." 

Jungkook estava com um pijama azul, os cabelos grandes e rebeldes, típicos de quem acabara de acordar, Taehyung estava segurando a câmera gravando tudo, ansiosos para que aquele de fato fosse o primeiro passo de Hyuk.

O fotógrafo estava ao redor do pequeno, tudo para garantir que ele não se machucasse, caso suas gordinhas pernas não se equilibrassem. Hyukie olhava para os pais com curiosidade, a chupeta verde se movimentando freneticamente na boca cheinha, enquanto o garotinho balançava um carrinho de brinquedo nas mãos.

— Já está gravando meu amor.— Taehyung disse enquanto segurava a câmera nas mãos.

— Vamos até o papai Hyukie, Hun?!— Jungkook apontou para o marido enquanto acompanhava o filho.

— Vem com o papai Hyukie.— Taehyung não segurou o sorriso orgulhoso no rosto, enquanto o garotinho soltava gritinhos de felicidade pela brincadeira engraçada. — Whua! Jungkookie ele tem os seus olhos, nosso filho é tão lindo como o papai.

— Vamos atacar o appa com beijinhos meu amor?! Vamos?!— Taehyung gargalhou de forma tímida diante da proposta do marido, Jungkook se afastou do garotinho já se juntando ao moreno para acompanharem o primeiro passo do pequeno.— Amor acho que agora ele vem.— Jungkook cochichou para Taehyung enquanto segurava com carinho na cintura do marido para esperarem uma reação do pequenino.

O que não tardou, após um gritinho de extrema felicidade do garotinho, ele colocou pé ante pé e ainda um pouco desequilibrado Hyuk gargalhava enquanto ia em direção aos pais, e ali acompanhando o primeiro passo de seu garotinho, Jungkook e Taehyung sentiam-se completos.

 

[...]

 

Assim que o pequeno completou 02 anos de vida, o casal resolveu fazer sua primeira viagem em família, eles iriam levar Hyuk para ver a linda paisagem da montanha Inwangsan, era um lugar muito bonito e os pais queriam registrar cada momento. Ah, e eu?! Eu estava junto também.

Era impossível não se derreter com a fofura do pequeno catarrento, um apelido novo que eu resolvi dar para Yukie. Os cabelos grandes e reluzentes pretos, estavam protegidos por uma touca muito fofa, o pequeno garotinho estava com dois casacos de frios, além de 2 meias, tudo para garantir que não sofresse com a temperatura severamente baixa daquele momento. Mas mesmo assim, era inevitável que suas grandes bochechas não ficassem rosadas. 

Eu e Hyuk tínhamos sorte, éramos pequenos o bastante para sermos carregados no colo, enquanto o casal de mãos dadas fazia a trilha da montanha, as vezes parando para tirar fotos, outras vezes paravam apenas para fechar os olhos e se imaginar parte daquela natureza também.

— Taetae, fique parado, exatamente onde está, esse ângulo ficou perfeito e eu preciso registrar esse momento.— Jungkook disse atento ao ambiente.— Fique aqui Tannie, vamos tirar uma foto desses dois garotões bonitos, Hun?!

— Yep!!— Acabei sinalizando minha alegria de poder ajudar na foto também.

— No latido do Tannie eu quero que os nossos modelos gritem, butterflies. Certo?!— Jungkook afirmou, enquanto se afastava.

— Certo, senhor capitão. Não é Hyukie?! Vamos gritar para o appa, Hun?! Vamos meu amor.— Taehyung dizia enquanto sorria para o bolinho em seus braços, a pele leitosa como a de seu marido e os olhos que ameaçavam carregar, também, um universo todo ali.

— Appa, Appa, bu-bu...— O garotinho apontava para o rosto do pintor, tentando balbuciar qualquer palavra estranha, dita pelos seus progenitores.

— Isso meu anjo, butterflies.

— Appa, buter- buter...

— Isso meu amor, butterflies, quando crescer meu bebê vai ser uma linda borboleta?! Hun?! — O garotinho sorria com o gracejo feito pelo papai coruja que o mimava com amor e carinho 24 horas por dia ao lado de Jungkook, que também não era diferente.

— Ok! Atenção Tannie, fique atento.— Jungkook olhava para mim e eu só sabia abanar meu pequeno rabinho em animação.— 1, 2 e...

— Yep!!

E ao som do clique da câmera fotográfica junto ao "bubu" do pequeno Yukie, mais uma memória era gravada ali, e todas iam para o portfólio do pequeno Panapaná de Kim Taehyung e Jeon Jungkook.

[...]

— Uma bruxa tio?— Hyukie, questionou atento ao "conto encantado" que Jin narrava para os pequenos.

Era a festa de aniversário de 4 anos do garotinho. A casa toda estava um ensaio perfeito de playground, um paraíso para os pequenos e uma tarde confortável para os adultos que ali estavam. Enquanto isso eu corria atrás do pompom, o gato de Jin e Namjoon, sempre fomos muito amigos mas isso não me impedia de dar uns sustos nele. 

— Sim, ela se chamava Soah, e acreditem crianças, ela tentou roubar o   Jungkook do outro appa do Hyukie.

— Whua, e quem protegeu os meus papais da bruxa Soah, tio?— Hyuk questionou totalmente atento àquela história mágica.

— Um cavaleiro bonito surgiu por entre as árvores da faculdade onde todos os nobres estudavam, ele era muito bonito, tipo imaginem o rosto mais bonito do mundo todo, então, é o me- ops, era o rosto desse cavaleiro. 

— Papai, e o que esse cavaleiro fez pra proteger os meus tios?— Sanha, filho de Jin e Namjoon perguntou baixinho. O garotinho era muito amigo de Yuki, e sempre brincavam juntos, sendo ele também um anjo que surgiu na vida daqueles dois, mediante o orfanato Joseon.

— Ele usou palavrinhas mágicas que mostraram a verdade, e assim, quando a bruxa Soah passou a enxergar a sua feiúra e maldade, ela ficou com vergonha e voou pra longe, bem longe...— Jin engrossava a voz como a de um narrador de histórias, e os olhinhos brilhantes das crianças que ouviam tudo ali, era a melhor prova de que o talento do maior era comprovado.

— Jin! Pare de assusta-lós com essas histórias.— Taehyung surgiu no jardim da casa com vários pacotes de pipoca doce.— Crianças, hora de brincar de pega-pega.

Dito isso os pequenos se apressaram em ir em direção à animadora da festa para participarem da brincadeira.

— Tsc...você viu como eles ficaram quietinhos ouvindo a minha história?! Eu tenho talento meu caro. E não adianta querer me derrubar porque a borboleta aqui, sabe voar.— Jin respondeu empinando o nariz, enquanto ajudava o menor na árdua tarefa de arrumar a mesa do aniversário.

— Hyung, eu nem sabia que você era bo-

— Papai, papai, papaiiii...— Sanha disse enquanto corria em disparada até SeokJin.

— Por Zeus, Sanha não corra desse jeito, você quase trouxe a festa toda com você.

— Papai, papai, eu acabei de provar o doce mais gostoso do mundo, se, se cha-chama Pudim. —  O garotinho disse, enquanto sua bochechinhas inflaram com a pronúncia do doce pitoresco.

— Pudim? 

— Sim, o Tio Hobi foi quem trouxe, e o papai Nam falou pra mim que um dia  queria provar o melhor doce do mundo, cadê ele papai, eu preciso achar meu appa Namjoon pra comer com ele o melhor doce do mundo.— O garotinho disse segurando em mãos um copinho com uma porção do doce gelatinoso.

— Meu filho, seu appa Namjoon foi comprar umas coisas com o Tio Gukkie.

— Appa, liga pra ele vir logo, não vou aguentar e vou comer o melhor doce do mundo sem ele.— Sanha olhava para todos os lados, esperando que Namjoon surgisse logo para juntos experimentarem o tal doce.

— Sanha, mas escuta aqui, e eu?! Não mereço um pouquinho desse doce não?!— Jin questionou ciumento, apesar de sempre estar ao lado de seu filho, este tinha uma super adoração para com Namjoon, e Jin amava isso. Sabia que não era menos amado do que seu marido, apenas era a ligação entre os dois Kim da sua vida que transformava aquilo em um forte laço de família.

— Óh! Appa, me desculpe, diga "Aaa" Sanha vai fazer aviãozinho.— O garotinho segurou a colherzinha com um pedaço do pudim e com muito cuidado direcionou para a boca de Seokjin.

— Sem sujar a roupinha, ouviu papai?!— O garotinho repetia o que seus pais lhe diziam. O sorriso satisfeito por ter dividido com seu appa "O doce mais gostoso do mundo" dominava o rosto do garotinho de bochechas branquinhas como a neve, muito diferente de Yuki que possuía as bochechas naturalmente coradas e rechonchudas. A atenção de Sanha foi retirada assim que ele pôde ouvir a risada da Namjoon ecoar no jardim da casa de Jungkook e Taehyung, o pequeno simplesmente saiu em disparada até agarrar as pernas de seu querido appa, este que não tardou em abandonar as sacolas de compras e segurar o seu "garotão" nos braços.

— O que o meu super soldado encontrou de tão mágico hun?!— Namjoon questionou enquanto ia com o filho até Jin, que assistia orgulhoso a cena dos dois homens da sua vida.

— Appa, eu achei, achei o que estava procurando.— O menino sorriu com os dente quadradinhos e os olhos se fechando em arquinhos perfeitos.— Achei o doce mais gostoso do mundo. Se chama Pudim, vamos provar papai?

Então Namjoon desceu o garotinho de seus braços e Sanha tratou de fazer aviãozinho, assim como havia feito com seu appa Jin.

— Taehy.— Jungkook apareceu ali também, os fios que estavam grandes, grudavam na tez pálida do menor.

— Hum.— Taehyung respondeu já se aproximando do marido, e com um lenço procurou secar com cuidado e carinho a testa de seu marido.

— Já comprei tudo o que você pediu meu bebê.— O fotógrafo disse já segurando na cintura do menor com sutileza. Os olhos negros sempre voltados para aquela imensidão castanhal que era as orbes do maior.

— Yah! Não me chame assim no meio da festa, alguém pode ouvir Gukkie.— Taehyung disse enquanto olhava para o chão, tentando esconder o rubor das bochechas devido ao apelido carinhoso do marido.

— É bom que ouçam.— O menor disse baixinho,— que saibam que o meu marido é o meu bebê, meu amoreco, minha vida, o príncipe dos meus sonhos...

— Yah!— Taehyung então como forma de esconder o ataque diante daquela declaração, apenas abraçou o marido escondendo o rosto ruborizado no vão livre do pescoço do menor, a taquicardia forte no coração mostrava o nível do efeito que Jungkook tinha sobre o pintor.

— Tsc...eles nunca vão mudar esse jeito boilinha deles né?!— Yoongi questionou enquanto olhavam o casal em seu momento. 

Jimin e o marido haviam chegado à pouco tempo de sua viagem de lua de mel, e é claro não perderiam a festa de seu "sobrinho".

— Não, é como se eles literalmente tivessem nascido já predestinados.— Jimin dizia enquanto sentia o calor bom que emanava do corpo de Yoongi.

E ali, sentados sobre a sombra boa árvore, junto de seus amigos eles se sentiam como se o melhor lugar do mundo fosse ali, ao lado dos amigos e de quem amavam.

[...]

O amanhã que estávamos esperando se torna ontem em algum momento. E bom...já fazia muito tempo que o ontem mais precisamente no dia 09 de junho, chagava a nossa casa uma nova membro, Sarang era o seu nome.

Após a adoção de Yuk, os rapazes não cessaram os trabalhos no orfanato, inclusive, com a Galeria Jamais Vu patrocinando todos os eventos que ocorriam lá, muitos passaram a compor a corrente do bem, e cada vez mais pessoas procuravam mudar o mundo, mesmo que esse mundo seja uma criancinha de 4 ou 5 anos que ainda não viveu tudo o que tinha pra viver, mas carrega nas costas a falta de uma família, ainda sim, estava tudo bem. Ali elas tinha alguém para cuidar e amar, estava tudo bem.

Em uma dessas visitas, Jungkook conhecera à distância uma garotinha muito famosa no orfanato, ela tinha nome coreano, nacionalidade coreana, mas os traços eram totalmente diferentes, os olhos verdes rasos, os cabelos eram loiro castanho, e o comportamento dela era totalmente recluso, não interagia com os demais e também não falava com ninguém que não fosse a psicóloga do orfanato.

Jungkook aos poucos foi sentindo um comichãozinho no coração, algo que dizia "é ela." Então não foi preciso muito a se fazer, ele conversou com Taehyung, refletiram sobre o momento certo de dar aquele passo, e lá estavam eles, entrando judicialmente com o pedido de adoção da pequena Sarang.

A aproximação com eles foi muito mais fácil do que com o pequeno Yukie, isso porque Sarang estava sedenta de amor, suas lembranças na sua antiga família eram algo que ela procurava esquecer, mas ao lado do rapaz de sorriso de coração e do tio com sorriso de coelho, Sarang aprendeu amar, aprendeu a confiar, Sarang aprendeu o que era família.

Sarang tinha 7 anos quando oficialmente foi incluída como filha de Jungkook e Taehyung, e irmã do pequeno Hyuk que agora tinha 4 anos, e ali na sua nova família, a garotinha coreana com traços ocidentais aprendeu que família não era sangue, genética ou qualquer outra coisa que os cientistas diziam, família era pertença e sentimento, e isso ela tinha.

Taehyung chamou Hobi e Lanna para serem "padrinhos" da pequena, o pintor sabia muito bem que seria um desafio ser pai de menina, tanto pela sociedade que ainda mantinha seu olhar arcaico sobre a função delas ou pela diferença de vivência entre eles, Taehyung e Jungkook eram homens , tinham corpos de homens , temiam não saber orientar corretamente sua filha, por isso pediram que Lanna se comprometesse em ser amiga de sua filha, e de ajudá-la caso Sarang assim quisesse, mas isso não tiraria de modo algum os seus papéis como pais, tanto que Jungkook e ele prometeram serem pais compreensíveis, que conversam com os filhos sobre aquelas "coisas" de adulto que todo mundo teme ter que conversar, ali na família deles não teriam tabus, eles seriam o porto seguro um do outro, naquele panapaná não haveria divisões, apenas multiplicação de amor e compreensão.

[...]

— Papai.— Sarang gritou assustada.

Taehyung estava na cozinha começando a preparar o almoço enquanto esperava Jungkook voltar de sua corrida matinal, ao ouvir os gritos de susto de sua filhota, o agora azulado, se desesperou e correu às pressas até o quarto da mesma.

— Sarang. O que aconteceu?— Taehyung entrou exasperado, encontrando apenas a cama vazia e os lençóis bagunçados.

— Pai, eu tô aqui no banheiro. Preciso te contar uma coisa, mas o senhor promete não ficar chateado?!

— Que?!— Taehyung estranhou o rumo daquela conversa, mas nada podia ser feito. Se Sarang tivesse cortado os cabelos em alguma nova experiência, não adiantava chorar sobre o leite derramado.— Prometo.— O rapaz disse compreensivo.

— Papai, eu sujei os lençóis.— A garota disse atrás da porta ainda fechada.

— E o que tem isso meu anjo, o papai Gukkie lava pra gente depois, Hun?! 

— Mas é um macha muito estranha e difícil de tirar...

A garotinha disse, e o pintor passou a entender o rumo da conversa, Sarang já tinha 12 anos e isso uma hora ou outra poderia acontecer. Então com cuidado, Taehyung se aproximou dos lençóis bagunçados achando lá a tal macha que sua pequena havia falado.

Tsc...a puberdade havia chegado.

— Sarang minha filha.— Taehyung disse emocionado, feliz e triste ao mesmo tempo, isso significava que agora sua garotinha já era uma pré-adolescente, céus como eles crescem rápido.

— Desculpa pai...— A menina disse chorosa, ainda trancada no banheiro.

— Filhota, por Deus, pare de pedir desculpas por algo assim. Você quer sair do banheiro pra gente conversar?— Taehyung perguntou cauteloso, aquela seria a tal "conversa de mulheres" mas nesse caso sem uma em específico, se assim a garota desejasse.

A menina meio envergonhada, abriu a porta lentamente, e ao invés de caras de chateação, Sarang achou seu pai com um sorriso gentil e amoroso no rosto, além é claro dos braços estendidos, à espera de uma abraço, o que não tardou para acontecer.

— Óh meu amor, eu estou tão feliz por você, Hun?! Agora eu quero saber se você tem preferência em ter essa conversa com esse seu velho pai ou quer que eu chame a Lanna?— Taehyung questionou cauteloso, ele sabia que talvez conversar com alguém que tem o mesmo corpo que o seu era mais fácil, mas se Sarang desejasse ele estaria ali.

— Pai?! O senhor não é velho, está na casa dos 30, com carinha de 20. E é claro que eu quero conversar com você, eu amo a madrinha e sei que ela vai me aconselhar, mas primeiro eu quero ouvir o meu pai.— A menina disse convicta.

— Nesse caso...senta aqui, vou te explicar tudo o que tá acontecendo com você e com o seu corpo, vou pedir pro seu pai passar na farmácia pra gente.

— Pai? Farmácia?! É tão sério assim?!

— Claro que não meu amor, é só porque é mais perto da onde seu pai está.— Taehyung disse acariciando os fios dourados de sua crescida garotinha.

— Obrigada pai.

E ali, Taehyung explicou sobre as mudanças na rotina da nova adolescente do pedaço, explicou sobre as dores mensais e todo o combo que acompanhava a puberdade.

E Sarang não podia estar mais feliz, os seus pais eram os mais legais do mundo, eram prestativos, compreensivos e acima de tudo, a amavam demais.


Notas Finais


✨🍍✨



💛


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