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História Come to the past - O que é medo quando ninguém sabe o que vem depois?


Escrita por: LunaSelene

Notas do Autor


Espero que gostem o/

Capítulo 14 - O que é medo quando ninguém sabe o que vem depois?


“Vocês estão aqui para aprender a ciência sutil e a arte exata do preparo de poções. Não espero que vocês realmente entendam a beleza de um caldeirão cozinhando em fogo lento, com a fumaça a tremeluzir, o delicado poder dos líquidos que fluem pelas veias humanas e enfeitiçam a mente, confundem os sentidos... Posso ensinar-lhes a engarrafar fama, a cozinhar glória, até a zumbificar.”

- Severus Snape

 

Havia um murmurinho no Salão Principal e Tom o ignorou de início, porque achava que nada de interessante poderia ter acontecido em tão pouco tempo, ele pensava sobre a futilidade dos seus colegas quando as vozes sussurradas começaram a chegar até ele, então sua atenção estava totalmente voltada aos sussurros.

“Dizem que ele atacou os grifinórios no meio da noite”, um garoto do terceiro ano falava para um amigo.

“Ele acordou a torre inteira com gritos, parecia que estava sendo cruciado”, falou um quintanista.

— O que aconteceu? — Tom se viu perguntando para Avery, mas quem respondeu foi Pollux.

— Hunter. Ele teve um pesadelo durante a noite, um bem ruim e quando os meninos tentaram acordá-lo ele acabou os repelindo com magia. Potter está na enfermaria.

Tom conhecia os pesadelos de Harry, eles tinham sido bem frequentes no começo e voltaram depois, sabia que alguns eram bem ruins porque Harry ficava se contorcendo na cama e ele ouvia um barulho muito próximo ao choro.

— Coitado, imaginem só, um dia você está em casa com seus pais e tudo está bem, então seus pais saem de casa, se despendem, mas você não sabe que é a última vez que você os está vendo. Depois descobre sobre um ataque e espera que eles voltem para casa, mas isso não acontece. Eu também acordaria gritando. — Dorea tinha uma expressão de tristeza dolorida.

— Ah, por favor. — Avery se empertigou incomodado. — Agora nós lamentamos por mestiços, sangues ruins e traidores do sangue?

Os irmãos Black o olharam em silêncio, mas os mais próximos a eles sorriram para Avery.

Os gêmeos eram uma incógnita para Tom mesmo depois de sete anos. Eles vinham de uma família que prezava a pureza de sangue, mas não sabia até que ponto os dois concordavam com os ideais de seus pais. Dorea era vista conversando amigavelmente com mestiços e até mesmo com nascidos trouxas, mesmo que sempre se mantivesse a uma distância educada, não era como quando ela estava nas masmorras. Ela os aceitava e isso não servia para os propósitos de Tom. Pollux era um grande defensor da supremacia bruxa, mas enquanto Avery e Mulciber adoravam atormentar os nascidos trouxas, Black se mantinha distante, achando que era superior demais até mesmo para olhar para um deles.

— Não se meta no caminho dele, Avery. Harry não precisa de você sendo um cretino hoje. — Dorea jogou o cabelo para trás e olhava em desafio para Avery.

O garoto iria revidar, mas bastou apenas um olhar de Pollux para que ele voltasse a comer do seu mingau. Era sempre assim, Dorea falava o que quisesse e ninguém ousava questionar, porque Pollux estava sempre ao alcance e era muito bom em feitiços.

Tom passou a ignorá-los e sua atenção se voltou a mesa no outro lado do Salão. Os alunos da Grifinória eram barulhentos e desorganizados, chegando ainda arrumando as roupas, vendo se não tinham esquecido nada no seu salão e comendo de forma animalesca, sem educação. E sentado mais afastado da balbúrdia estava ele, com a gravata vermelha e dourada colocada ao redor do pescoço, a blusa lisa e levando a colher a boca devagar, como se toda a sua atenção tivesse naquela tarefa.

Os grifinórios não eram discretos, eles olhavam e cochichavam tão alto que os lufanos deveriam estar escutando tudo, assim como Harry. Ele estava sozinho, assim como no Orfanato, mas como lá ele não parecia se incomodar com a solidão, observando de longe Tom poderia dizer que ele nem mesmo ligava para o que estavam dizendo.

E assim como ele tinha estranhado todo o falatório quando chegou ao Salão Principal, notou o estranho silêncio que foi dominando o ambiente. Procurou para ver a fonte e viu Charlus Potter passando pelas mesas indo até a que lhe pertencia, ele cumprimentou os amigos, mas não parou. Todos pareciam segurar a expectativa do que aconteceria a seguir, pois se tornou obvio para onde Potter estava indo.

Mas ele apenas se jogou ao lado de Harry e sorria enquanto falava, o que tivesse acontecido não foi o suficiente para irrita o sempre bem-humorado Potter, apostava como Harry estava se desculpando mesmo assim, mas depois de um tempo ele sorria também. Charlus continuou por perto comendo seu café e falando com Harry. Ainda o observando Tom percebeu algo incomodo. Harry estava contemplativo, ele olhava como se Potter fosse de alguma forma especial, como se houvesse algo nele que tivesse que ser absorvido, mas para Tom Charlus era tão insignificante quanto a maioria dos outros, não havia nada de especial em sua fisionomia que chamaria atenção e sua magia era medíocre, no mínimo.

Então porque Harry parecia tão encantado?

 

Tom adorava as aulas de poções e não só por que Slughorn o achava perfeito e não escondia isso de ninguém. Ele gostava da tecnicidade, de poder reinventar e melhorar o que já existia, de andar por outros caminhos, ele gostava da ideia de ter tanto poder em algo tão pequeno que poderia caber na palma da mão.

Mas ele detestava as aulas compartilhadas com a Grifinória, arruaceiros e barulhentos, sempre explodindo caldeirões com suas brincadeiras fora de hora e estupidez. Por isso Tom pegou a cadeira ao fundo da sala, não importava realmente se ele sentasse na frente, o professor saberia que ele ainda seria o melhor.

Não precisaria dividir a mesa com ninguém aquele ano, o que era perfeito para ele, viu quando seus colegas o olharam para saber quem deles seria o escolhido, em todos os anos Tom havia escolhido Abraxas, era o menos idiota e o mais poderoso, depois de Pollux, mas o bruxo nunca deixava a irmã, então ele tinha que se contentar com Malfoy.

Mas naquele ano os alunos estavam em impar, o que deixaria um aluno sozinho e este seria Tom. Era ótimo pensar que não precisaria mais ficar vigiando para ver se Abraxas não iria destruir sua poção ou o escutando ler as instruções em voz alta. Foi apenas quando terminou de arrumar sua mesa que ele percebeu que o mesmo problema acometia a Grifinória: Harry estava sozinho na mesa.

Respirou fundo.

Sabia o que Slughorn iria fazer, mas surpreendentemente ele não estava muito irritado com isso, na verdade se ele parasse para realmente entender o que sentia perceberia que estava ansioso, a expectativa de ter Harry ao seu lado fazia suas mãos formigarem e seu coração bater mais rápido. Essas reações eram estranhas para Tom, ele nunca havia se sentido assim, não por causa de uma pessoa, pelo menos.

O professor entrou na sala, com seu corpanzil que poderia ter sua própria gravidade, forçando tanto os botões de suas vestes que a qualquer momento eles poderiam explodir no olho de algum deles. Ele os saudou como normalmente fazia, com um sorriso tolo, vendo qual deles iria para sua coleção. Tom estava entre os escolhidos, sabia disso, Slughorn esperava algo grandioso de seu futuro e Tom mal esperava para mostrar a ele o quão grande seria.

— Oh, mas vejo que temos um problema. — Ele falava com um sorriso. — Teremos algo particularmente único aqui, um sonserino e um grifinório dividindo uma bancada de trabalho.

Todos olharam para trás. Tom devolveu o sorriso que Slughorn dirigia a ele, querendo fazer o professor perceber que não se incomodava com isso, Harry, no entanto, estava sentado tão duro na cadeira que poderia ter sido petrificado.

Então uma mão se ergueu no ar.

— Professor, eu poderia ficar com o Harry. — Dorea falou.

Tom teve que morder o interior da boca para não expressar qualquer reação.

— Tom fica com Pollux, não é, irmão?

Black olhou para a irmã e eles pareciam conversar naqueles segundos em que ficaram se encarando, por fim ela sorriu e ele bufou.

— Claro, será um prazer.

A garota não esperou que o professor aceitasse o combinado, ela empurrou o irmão para fora da mesa e se virou chamando Harry que pareceu ter voltado a respirar. Tom acompanhou os movimentos dele recolhendo o livro em cima da mesa e se abaixando para pegar a mochila, a colocando no ombro e por um instante, um ínfimo de segundo eles se olharam. Era a primeira vez desde a plataforma, desde que Harry tinha o olhado decepcionado e então passou, ele estava andando até a primeira fileira para sentar-se ao lado de Dorea Black.

 

O primeiro trabalho de poções era bastante simples, reproduzir a poção audiens que estava na lousa. Tom a conhecia e não seria difícil trabalhar com o que tinha e logo percebeu que Pollux era um ajudante silencioso e concentrado, total contraste com a irmã que aquela altura parecia estar falando sem parar, como sempre, enquanto Harry ia cortando os ingredientes e os separando.

Era meio desconcertante como Tom não conseguia estar totalmente focado em seu trabalho e sempre mantinha uma parte de sua atenção na dupla lá na frente, outra pessoa que olhava para os dois era Avery, mas Tom sabia que o motivo para isso era seu ciúme com relação a Dorea, algo completamente diferente das motivações dele próprio, é claro.

Mas pensar nisso, no por que Avery estava com aquela expressão raivosa o fez se questionar por que se importava de Harry estar trabalhando com outra pessoa. Ele não queria essa proximidade, ele queria estar distante de Harry, então era bom que Dorea tivesse se oferecido para ficar com ele, certo?

Mas ele não sentia assim.

— Sua irmã está muito próxima ao Hunter. — Tom disse.

Pollux parou de esmagar a raiz de suporífera e olhou para Tom.

— Isso o incomoda de alguma forma?

Ele era educado e cortês, mas fazia Tom lembrar que ele era apenas um garoto pobre, enquanto Pollux vinha da família mais importante do mundo bruxo britânico. Não era algo feito com palavras, mas na forma que as palavras saiam, como ele o olhava, a suavidade de sua expressão. Não era como os outros que viam em Tom alguém para seguir e guia-los, garotos sedentos de atenção e cobiçosos para aprender o que Tom estivesse disposto a ensinar. Pollux era um Black e não havia ninguém acima dele, ele sabia disso e fazia Tom saber também. Não importava que ele fosse o Herdeiro de Sonserina, que fosse poderoso e digno, ele ainda era só um Riddle.

— Se envolver com mestiços...

— Você pode levar suas considerações até ela e esperar pelo que ela tem a dizer a respeito disso. — Pollux o cortou, ninguém ousava fazer isso.

— Black... — Tom falou em aviso e a forma como Pollux ficou tenso de repente fez com que ele percebesse que o sonserino lembrou-se a quem estava se dirigindo.

Eles trabalharam o resto do tempo em silêncio e quando a poção atingiu o rosa brilhante que era o objetivo Tom tomou só um pouco, disse que era apenas para ter certeza de que eles tinham feito tudo corretamente. Pollux deu de ombros e sentou-se para esperar o resto da turma acabar.

Lógico que eles haviam acertado, Tom nunca fazia nada de errado e Pollux era um aluno decente. No começo foi irritante, várias vozes chegaram ao mesmo tempo, mas ele só precisou se focar um pouco mais para ouvir apenas o que queria, eles estavam logo na primeira mesa.

“Você tem que colocar as orelhas de morcego agora”, Dorea dizia.

Ele viu Harry pegar as orelhas e jogá-las dentro do caldeirão. Não havia refinamento em seus movimentos, mas era gracioso de certa maneira como ele se colocava na ponta dos pés para ver o conteúdo da poção.

“Elas afundaram, isso é um bom sinal”, Harry respondeu.

Dorea sorriu, mas ela sempre estava sorrindo.

“Não acredito que você quis me fazer acreditar que era ruim em poções.”, Dorea bateu o ombro no ombro de Harry, um gesto simples, mas ele viu Harry se retesar.

“É... é diferente”.

Tom se viu imaginando como seria se fosse ele ali no lugar de Dorea. Ele teria paciência para dar instruções a Harry? Provavelmente assim que o garoto dissesse que era ruim em poções ele teria resmungado alguma coisa, falado para Harry não atrapalhar. Não manteria um diálogo, não perguntaria como era aprender em casa, como Dorea fazia naquele momento, ele não ia querer mostrar que se importava.

“Meu pai...”, Harry mexia no caldeirão, “Eu sinto muito, mas não quero falar sobre isso”.

“Oh...”. Ficou um silêncio desconfortável, Harry parou de mexer. “Está muito mais para vermelho que rosa.”

“Acho que mexi mais do que devia”, Harry falou em tom de desculpas.

— Quero amostras das poções e como tarefa quero que escrevam 45 cm de por que não é recomendado o uso da poção de odor e audição ao mesmo tempo.

O efeito da poção passou, mas Harry continuava conversando com Dorea, provavelmente respondendo a uma das infindáveis perguntas da menina.

— Ele é legal, sabe?

Tom se surpreendeu com a voz de Pollux bem atrás de si. Olhou por cima do ombro para ver o colega olhando na mesma direção que olhava antes.

 

Pollux tinha esse irritante sorriso desde o fim da aula de Poções e Tom só queria retirá-lo do rosto dele com uma maldição ferreteante. O deixou com Dorea, porque não achava que seria capaz de suportar os irmãos e foi para junto dos outros sonserinos que teriam o bom senso de não irrita-lo.

Eles teriam Feitiços com a Corvinal o que seria um descanso para sua mente. Tom se sentia cansado e já fazia um tempo, talvez desde a visita de Dumbledore, desde que começou a afastar Harry. Sabia que no fundo ele sentia falta da cumplicidade dos melhores dias, da suave risada do garoto que não aparecia com frequência, mas que tinha um som bonito, um som que Tom aprendeu a gostar, geralmente porque vinha acompanhado de olhos verdes brilhantes.

Durante a viagem ele ficou pensando por onde ele andaria, com quem estaria, teria dormido durante a viagem, o sonho seria bom ou ruim? Harry não andava tendo sonhos bons nos últimos dias. Ele saberia que tinha que trocar de roupa antes deles descerem? Que não precisaria levar sua mala e que deveria tomar as carruagens?

Quando a seleção começou Tom foi só mais um dos alunos atentos ao que o Chapéu falava. Achava que o entendia um pouco melhor agora, Harry se colocou diante de Morfino para protegê-lo, voltou ao hospital e não o abandonou, talvez pela dita lealdade que o Chapéu o acusou de ter. Mas que tipo de apreço Harry teria por ele? Então um amargor o dominou, pensando que Harry poderia fazer aquilo por qualquer um e que ele não tinha nada de especial para o garoto.

Mas de que tipo de erros o Chapéu estaria falando? Harry parecia tão mortificado e Dumbledore o olhava com curiosidade, como se Harry fosse um enigma perigoso. Ele sabia que Harry não seria um corvinal sendo tão preguiçoso como era para terminar de ler um livro. O que realmente chamou a sua atenção foi quando o Chapéu falou sobre a Sonserina, ele duramente apontou como Harry estava sozinho agora, sem pais, sem família, sem amigos. Mas por que Harry iria querer algo daquela casa específica?

Uma parte ínfima de Tom possuía um desejo que a todo custo ele tentava enterrar, uma ideia que ele sequer se deixava formular. Não queria pensar naquilo, no significado das palavras do Chapéu. Por fim Harry foi parar na casa rival a sua e o último pensamento que Tom se permitiu ter com relação a Harry naquela noite é que era uma pena ele não ter ido para a Sonserina, o verde de sua casa destacaria os olhos dele.

Claro que toda sua resolução de não pensar em Harry caiu logo naquele primeiro dia e não melhoraria no resto deles, não quando os outros insistiam em trazê-lo para a conversa, mas especificamente Avery e seu incontestável ciúme. Era tão patético como ele se punha aos pés de Dorea apenas para ser rechaçado uma vez e mais outra, fazendo afirmações tolas que eles se casariam quando terminassem Hogwarts, enquanto a garota só o desprezava.

Ele os largou assim que pode e chegou a última aula daquele dia antes dos seus irritantes colegas. Já havia algumas pessoas na sala, grifinórios, na sua maioria, e ele queria ter lembrado que aquela era uma das aulas que eles dividiriam. Sem qualquer esforço ele viu Harry sentado na última cadeira do canto, tão encolhido que parecia querer se esconder.

Tom que nunca agia sem ter um propósito por trás, que calculava todos os seus movimentos e que sempre tinha um objetivo em mente se viu andando até Harry e sentando-se ao seu lado. Ele poderia rir da expressão chocada do grifinório.

— O que você está fazendo aqui? — Harry perguntou.

O aluno mais próximo estava a duas mesas de distância e mesmo assim Harry sussurrou.

— Eu sou o monitor-chefe dessa escola, eu posso querer me apresentar ao aluno novo.

Tom pensou aquilo de repente, porque sua mente estava vazia. Ele não tinha um motivo para estar ali ao lado de Harry além de puro desejo e era estranho, porque fazia um tempo que Tom não desejava algo só por desejar.

— Isso é ridículo. — Harry bufou.

— Por que Dorea Black gosta de você? — Tom detestou a forma como as palavras saíram, não tão despretensiosa quanto gostaria.

— O que?

— Ela ofereceu para sentar com você, por que ela faria isso?

— Talvez por saber que você não suporta qualquer um que não tenha cinco gerações de sangue puro. Meio hipócrita, não é?

— Por que ela iria querer proteger você?

— Eu não sei, Tom. Por que você não pergunta a ela?

Harry estava irritado, visivelmente e Tom quis rir, porque as bochechas dele estavam atingindo um tom adorável de vermelho e os olhos tinham aquele brilho de perigo e ele mantinha a varinha na mão.

— Nós viajamos juntos. — Harry respondeu depois de um tempo. — Ela e o irmão. Ela é diferente, eu pensei que todos os Black fossem...

— O que?

— Puristas imbecis. — Harry deu de ombros. — Mas ela não parece se importar de eu ser mestiço. O que não quer dizer muito, você também não parecia se importar, então a qualquer momento ela pode simplesmente começar a me ignorar e ser estúpida.

Tom aceitou o golpe e ali estava a decepção novamente. Surgiu uma vontade irracional dele dizer a Harry que seu sangue mestiço não era o problema, que quando os dois estavam juntos ele nem lembrava do sangue trouxa que corria nas veias dele, não era essa a questão ali. Mas o real problema era que Tom não conseguia ordenar seus pensamentos, porque a ideia geral da coisa é que ele sabia que Harry não serviria para seus propósitos e se ele não poderia ser útil não era alguém que devesse estar por perto, mesmo que Tom quisesse tanto.

Mas afirmar isso, que ele queria a companhia de Harry, que sentia falta das conversas e companheirismo seria fazer ele mesmo pensar a respeito e Tom nunca teve necessidade de ninguém. Ele não precisava de ninguém. Isso era uma fraqueza.

— Eu... — Eu não me importo. — Foi um prazer, Sr. Hunter.

Ele andou sem olhar para trás e sentou-se esperando pelo momento que Abraxas tomaria o lugar ao seu lado e ele teria apenas que aguentar mais aquela aula e poderia voltar a ignorar a presença de Harry.



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