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História Come to the past - Te usarei como um sinal de alerta


Escrita por: LunaSelene

Notas do Autor


Espero que gostem o/

Capítulo 17 - Te usarei como um sinal de alerta


“É uma coisa curiosa, Harry, mas talvez aqueles que são mais adequados para o poder são aqueles que nunca o procuraram.”

- Albus Dumbledore

 

Havia algo sobre colégios internos, coisas tolas chamavam muita atenção e os alunos só abandonavam o assunto quando outro melhor aparecia. Foi assim com os ataques de dois anos atrás e antes disso quando um corvinal explodiu um caldeirão mandando metade da turma para a enfermaria cheios de tentáculos, e com Harry.

Ele parecia o assunto preferido de todos por diversas razões. O seu aparecimento repentino primeiro trouxe o julgamento, grande parte deles acreditava que Harry não tinha conhecimento suficiente para estar ali, mas isso passou depois das primeiras aulas, diziam que ele era especialmente talentoso em Defesa contra as Artes das Trevas, embora fosse apenas mediano em Poções.

A questão é, era impossível Tom ignorá-lo quando todos ao seu redor pareciam tão motivados a falar sobre ele. Ele não compartilhava desse entusiasmo, mas o que poderia fazer além de escutar? Avery tinha muitos palavrões destinados a Harry e isso só vinha da repentina proximidade dele com Dorea. O que não incomodava Tom, claro que não e se o fizesse era apenas porque Dorea não deveria ficar tão a vontade com um filhote de trouxa.

— Tom?

Levantou o rosto para ver quem tinha vindo atrapalhá-lo, reprimiu o revirar de olhos e deu o que poderia ser o seu mais falso sorriso.

— Sim, Constance?

— Eu falei com o Bertie e nós resolvemos mudar os horários da monitoria. — Ela estendeu um pedaço de papel dobrado. — Não vai causar qualquer problema com a programação que você já tinha feito.

Era muito difícil esconder seu descontentamento quando coisas como aquela aconteciam. Ele não entendia como as pessoas poderiam ser tão incapazes de fazer coisas simples como respeitar um horário perfeitamente planejado por ele mesmo.

— Tudo bem, Constance. — Ele respondeu depois de dar uma rápida olhada.

Outra coisa que o irritava, os olhares encantados, como aquele que Constance o dava naquele momento. Ela era uma corvinal do quinto ano, inteligente, sem imaginação ou qualquer outro atrativo que pudesse chamar sua atenção, mas era sangue-puro e o pai tinha uma posição importante no Ministério.

— Eu posso ajuda-la em algo mais? — Ele tentou soar gentil.

— Er... não, desculpe, não, eu vou... Obrigada.

Ele soltou um suspiro irritado, ela só tinha sido a primeira aquele ano, sempre vinha outras por diversos motivos, todos estúpidos e sem propósito.

— Você sabia que a maioria dos garotos dessa escola quer uma chance de sair com Constance Bones, enquanto isso só o que você precisa é convidá-la?

— Eu não estou interessado nela. — Tom nem mesmo se dignou a olhar para Pollux para respondê-lo, certos tipos de farsas não funcionavam com ele e por isso Tom nem sequer tentava.

— Você nunca esteve interessado em ninguém.

— Há algum propósito nessa conversa, Black? — Tom largou a pena e cruzou os dedos em cima do pergaminho olhando diretamente para Pollux.

— Nós não somos amigos, eu sei. Mas nos conhecemos há sete anos e eu posso dizer que possuo algum afeto por você.

Tom permaneceu com a mesma expressão, mesmo que aquelas palavras o atingissem de algum modo, mas qualquer conotação positiva logo foi substituída por uma sensação de conquista. De todos os herdeiros ricos e influentes os Black sempre foram o ponto fora da curva, eles nunca foram encantados como os outros, se mantiveram por perto apenas, o respeitavam porque sabiam que tinham mais a perder do que a ganhar se fizessem o contrário, mas talvez o que ele precisava era de uma abordagem diferente com eles. Se Pollux o tivesse como um amigo já conseguia ver seu caminho brilhando sem tantos obstáculos.

— Ouvi dizer que você está noivo de Irma Crabbe. — Amizade significava falar sobre coisas pessoais, certo? Só que Pollux não pareceu querer falar sobre aquilo. — Devo dizer que sinto muito?

— Não, porque nós dois sabemos que você não sente.

E isso não parecia ser um problema para Pollux. Ele era o tipo difícil de pessoa, enquanto muitos eram facilmente desvendáveis, Pollux era uma caixa fechada impossível de se descobrir o que tem dentro antes de abri-la e se assustar com o conteúdo especialmente belo ou assustadoramente mortal.

— É uma família muito rica, ela é moderadamente atraente e... — A voz de Tom foi morrendo.

— Nem mesmo você pode dizer algo mais do que isso e todos nós sabemos o quão bom você é fazendo elogios para agraciar o ego de alguém.

— Sim, mas não estou realmente me esforçando aqui. — Tom deu de ombros. — Ela é sua noiva, vocês irão se casar assim que ela terminar a escola e seria bom se você abraçasse seu destino ao invés de fugir dele, porque acontece Black, que ele chegará em algum momento.

— E como você espera que eu faça isso? — Ele parecia realmente interessado na resposta.

Tom pensou no que sabia sobre Irma, ela tinha uma irmã mais nova que era muito mais talentosa e bonita. Irma era o tipo de garota feita para ter um bom casamento, livre de pensamentos próprios ela vivia repetindo o que ouvia sem pensar sobre isso criticamente, o que era um grande problema para Tom. Não era burra, só medíocre em um alto nível. Mas era extensivamente rica, com um nome poderoso. Aparentemente era apenas isso que você precisava para casar com um Black.

— Você deveria ao menos conhecê-la, não é?

— Tipo, falar com ela?

— Um passeio pelos jardins, Hogsmeade... — Aquela conversa estava se alongando muito e Tom não sabia do que estava falando, mas ele observava as pessoas e era isso que elas faziam.

— Isso foi realmente um bom conselho. Obrigado, Tom. — Pollux sorriu e apertou o ombro de Tom, um toque amigável que ele sentiu queimar.

Quando ele chegou a Hogwarts com onze anos já sabia que não precisava de ninguém, ele estava muito bem sozinho. Ele sabia sobre as quatro casas e o que cada uma delas significava, ele leu sobre os fundadores e suas conquistas, ele leu muito nas semanas que antecederam sua ida à escola e depois ficava até o limite do horário na biblioteca tentando entender aquele novo mundo que agora era seu também.

Foram dias que logo se tornaram semanas, ele não tinha falado com muitas pessoas, Tom sempre foi muito inteligente e esperto, não foi difícil perceber que alguém como ele não ia ter um caminho fácil na Sonserina. Todos supunham que ele era nascido trouxa ou mestiço, mesmo que ele nunca tenha falado sobre isso e ninguém nunca foi pergunta-lo.

Mas ele era inteligente e foi essa inteligência que trouxe tantos deles para perto, claro que alguns anos depois saber que era o Herdeiro de Sonserina fez com que tolos como Avery, Mulciber e Malfoy o tratassem como um tipo de príncipe. Alguém para ser enaltecido, obedecido, um guia que iria trilhar o caminho de Salazar e expurgar da escola os indesejáveis.

Então Murta Warren morreu.

Eles ficaram tão extasiados, uma sangue ruim tinha morrido, Tom apenas precisava acabar com todos os outros, só que os planos não saíram assim. Dippet ficou preocupado com a segurança dos alunos, ele queria fechar a escola e caso isso acontecesse Tom voltaria para a vida horrível no orfanato. Ele lamentou a morte de Murta, mas por todos os motivos errados. A câmara seria fechada e talvez no futuro ela seguisse com sua finalidade.

Quando Tom pensava em si mesmo ele se via em um círculo sozinho, cercado de outras pessoas, não amigos, ele não precisava deles dessa forma, eles seriam seguidores, pessoas que concordavam com os seus ideais, com os ideais de Salazar, que serviriam ao seu propósito e poderiam ser usados como ferramentas para que Tom alcançasse o que tanto desejava. Poder absoluto.

Ele tinha crenças inabaláveis, a mais forte delas é que a morte era algo indigno e alguém tão poderoso e inteligente como ele poderia fugir disso. Ele sabia como, esteve estudando por um longo tempo os procedimentos, buscando tudo que poderia fazer, ele iria onde nenhum bruxo ousou ir, não faria apenas uma, teria salvaguardas, só tinha que saber agora onde guardaria algo tão importante como sua alma.

Não poderia ser em qualquer coisa, não para guardar a alma do herdeiro de Sonserina, teria que ser objetos de valor, tão significante quanto ele próprio.

— Todos gostam dela, professora Maeve é realmente boa no que faz.

Pessoas estavam atrás da estante que escondia a mesa de Tom, sabia que era mais de uma por causa dos passos.

— Adivinhação não era o que eu tinha planejado para esse ano.

Ele reconheceu essa voz tão fácil que era irritante.

— Por que você aceitou então?

Esse seria Potter?

— Dumbledore estava lá e eu não conseguia pensar em nada.

A garota sorriu.

— Foi realmente engraçado ver sua expressão, parecia que você estava se afogando. — Ela disse. — Quer dizer, era só o professor Dumbledore.

Tom não precisava fingir que aquilo não o irritava.

— Eu sei... Só que era Dumbledore, sabe? Albus Dumbledore. Todo mundo conhece ele.

— É uma pena que sua adoração ao professor vá lhe render várias horas de aulas de adivinhação.

Eles se afastaram arrastando os pés e com Harry fazendo sons de desgosto e sofrimento. O irritava como todos pareciam olhar para Dumbledore como se ele representasse a luz da esperança, todos agiam como se ele fosse muito sábio, um bruxo muito poderoso. Ele já tinha recebido seu segundo convite para ser Ministro da Magia e recusado, por motivos que estavam bem além da compreensão de Tom.

Quando tudo que ele desejava era poder, ver alguém recusando algo assim o enfurecia. Dumbledore foi um dos melhores alunos do seu tempo, assim como ele, mas sabia que demoraria a ter aquele prestígio, pois Dumbledore tinha algo que Tom nunca foi agraciado: um nome importante.

E perceber isso o irritava de tal modo que sua visão ficou embaçada. Ele sempre detestou seu nome por ser tão comum, havia vários outros como ele no Orfanato, que iam e vinham e agora saber que seu nome era só um empréstimo de seu pai trouxa... Ele o desprezava, precisava de um nome poderoso se quisesse que todos o adorassem e o vissem como ele era de fato, o futuro. Porque Tom Riddle talvez nunca fosse capaz de ser nada além de um mestiço inteligente e esforçado.

 

Por que ele tinha ido até lá?

— Desde quando você se preocupa com qualquer um que não seja você?

Harry explodiu, não apenas em raiva, mas também em sofrimento e lágrimas. O rosto dele estava vermelho e os olhos transbordavam. As acusações que Harry fazia rebatiam de volta sem atingi-lo. Por que o fariam? Por que ele deveria ter se preocupado com um garoto que mal conhecia? Por que ele deveria se preocupar com aqueles que conhecia há anos?

Quem já havia olhado para ele com preocupação?

A resposta veio rápido.

Olhos que transbordavam dor, preocupação e uma infinidade de outros sentimentos que Tom não era capaz de absorver. Olhos que possuíam um brilho esverdeado como esmeraldas jogadas ao fogo.

— A última vez que eu fiz uma pergunta pessoal você respondeu com uma mentira.

Parecia uma desculpa mal feita, mas a verdade é que aquela mentira ainda pesava, não saber quem era Jorge e por que Harry sonhava com ele tinha lhe consumido por um tempo até perceber que estava se perdendo demais pensando em alguém que não deveria importa, então se obrigou a esquecer aquilo.

     Tom, que nunca havia amado ninguém, não entendia a dor que Harry sentia. Só sabia que doía muito, conseguia ver isso a cada respiração dele, a cada vez que alguém o lembrava de todos que ele havia perdido, como no dia da seleção e hoje na aula de adivinhação.

Para Tom era inconcebível que alguém se propusesse a sentir todas essas coisas por livre e espontânea vontade, ali soube de algo que já era certo para ele. Sentimentos eram uma fraqueza, o amor era pura destruição, ele nunca se colocaria na mesma posição de Harry. Ele nunca sentiria aquilo por ninguém, nunca deixaria que qualquer um o magoasse daquela forma.

— Eu sinto muito. — As palavras voaram por sua boca, não era isso que ele queria dizer, ele ia dizer que era estúpido se sentir assim, que era irracional se colocar naquela posição fragilizada e doente. Por que ele falaria algo tão estúpido quanto aquilo? Ele não sentia realmente, sentia?

— É estranho para você lamentar por outra pessoa?

Era estranho para Tom sentir qualquer coisa. Por tanto tempo ele tinha se blindado, não permitindo que qualquer sentimento ultrapassasse a barreira, até mesmo raiva, embora essa emoção fosse a mais difícil de controlar. Por isso que ele transpassava apatia para as outras pessoas, indiferença. Ele tentou e tentou, até o momento em que o olhar de desprezo da Sra. Cole não significava nada, que o adeus de Ruthie não lhe doía mais e que a distância imposta por Martha não lhe causava coisa alguma.

Harry era seu oposto direto. Era como se ele tivesse aparecido para mostrar a Tom tudo que ele não era. Harry sentia demais, se importava demais e isso era odiável, se Tom conseguisse de fato odiá-lo.

— Nunca houve ninguém por quem eu pudesse lamentar.

O que ele perdia por dizer a verdade? Era fácil demais ser sincero com Harry, talvez viesse daquela certeza que o garoto guardaria seus segredos e não o atacaria com eles. Quer dizer, ele o acusava sempre que podia de ser esnobe por ser herdeiro de Sonserina, mas ele não via isso de forma ressentida, não era uma mentira também.

Talvez estivesse na hora de Tom perceber que Harry não era como todas as outras pessoas que ele tinha conhecido. Ele não era assustado, temeroso, mas também não o olhava como se pudesse conseguir todas as respostas a partir de Tom. Harry existia em dor, fúria, determinação e força.

Harry estava ali, ele esteve por ali desde o momento que chegou e não importava o quanto Tom o tivesse afastado ele ainda estava por ali, pairando, uma memória que ele não queria lembrar, um rosto que ele queria esquecer, um resquício de gratidão que não queria dentro do seu peito, pois não havia lugar para esses sentimentos.

Harry era como um jogo de montar quebrado em várias partes difíceis de encaixar, mas que ainda era interessante tentar. E esse era outro ponto sobre Harry que o instigava e o irritava de maneiras diferentes, porque ninguém nunca foi tão interessante aos olhos de Tom. Claro que ele conheceu pessoas que o instigaram por um tempo, mas parecia que ele nem tinha olhando a superfície de Harry ainda, ele queria ir mais fundo, só que o desconhecido, não saber o que poderia encontrar e pior, o medo de se afogar na imensidão de Harry o fez querer parar de jogar.

Quando Harry o contou sobre seu pai havia nele uma apreensão do que aquela notícia causaria em Tom, um temor do que ele sentiria ao saber que seu pai estava logo ali do outro lado da colina, era como se Harry soubesse de algo e lamentasse muito que Tom tivesse que viver aquele momento. E quando eles estavam de volta a Londres Harry não o olhou como se ele fosse um pretenso assassino, era quase como se ele entendesse porque Tom fez o que fez, embora não concordasse e no orfanato enquanto ele lia a carta do seu pai e Harry falava sobre família... Harry esteve lá, ele o entendeu antes que pudesse falar, ele o respeitou e o deu a distância que Tom desejava, embora ele mesmo já tivesse vindo até Harry duas vezes e mesmo assim ele sabia que quando saísse daquela Torre Harry ainda se manteria longe.

Era fácil lamentar por Harry, sentir muito que ele tivesse perdido tanto em tão pouco tempo de vida, mesmo para Tom que nunca sentia nada por ninguém.

Era fácil sentir por Harry.

E por isso Tom precisava se distanciar novamente, porque sentir era uma fraqueza e ele não era fraco, não podia ser.

 

Claro que desejar um pouco de tranquilidade era demais e se fosse qualquer um dos outros ele teria mandado calar a boca, mas era Dorea, ela o olharia ofendida e algo aconteceria, seja pelas mãos dela ou pelas de Pollux. Era só uma chateação que ele poderia evitar, claro que não tinha nada a ver com o assunto ser Harry.

— Eu não sei o que você queria que eu fizesse. — Abraxas respondeu finalmente desistindo de comer.

— Não falasse todas aquelas coisas sobre ele.

— Era o que a professora pediu, Dorea. Ela queria que nós lêssemos a mão uns dos outros, só por que você é incapaz de fazer isso não significa que o resto de nós é.

Pollux tossiu, um gesto de aviso que Abraxas estava indo longe demais. Uma cortesia que ele fazia pelos anos de amizade. Nenhum outro aviso viria.

— Vai me dizer que você não gostou de vê-lo se retorcer com suas palavras?

— Eu não me importo com mestiços. — Ele cuspiu as palavras. — Você também não deveria se importar.

Dorea jogou o prato de comida em cima de Abraxas ao se levantar, com o rosto muito vermelho e os olhos brilhando de raiva.

— Você não me diz com quem eu devo me importar.

Harry que nunca arriscava olhar para a mesa das serpentes os olhava agora curioso, Tom pegou o olhar dele, o viu olhar para as costas de Dorea e voltar para ele, mas apenas negou com a cabeça e Harry assentiu o entendendo. Era estranho como Tom captava as intensões de Harry, mas aquela altura Dorea deveria estar pensando em todas as formas que faria Abraxas se arrepender e Harry não iria querer estar perto daquilo.

Abraxas ainda se limpava e os mais próximos tentavam esconder as risadas, Pollux tomou o lugar de Dorea perto de Tom, um movimento sutil e aparentemente sem grandes pretensões.

— Por que você finge que não o conhece? — Pollux perguntou, tão baixo que mesmo Lestrange não conseguiria entender as palavras.

De todos eles Pollux era o único que sabia onde Tom vivia quando não estava em Hogwarts, por causa de seu pai. Dorea deveria saber também, não havia nada que um gêmeo soubesse que o outro também não o fizesse, mas ela nunca tinha comentado nada ou demonstrado qualquer coisa.

Pollux com seu jeito silencioso às vezes passava despercebido, enquanto todos os olhares estavam na irmã. Agora pensando, talvez isso foi uma estratagema deles, enquanto ela atraia a atenção ele conseguia ver tudo melhor, até mesmo o que Tom tentou esconder com tanto esforço.

— Eu deduzi e depois disso foi fácil captar algumas coisas. Não de você, mas mesmo que ele tente, não é bom em esconder seus sentimentos ou disfarçar, sabe?

— Sentimentos?

— A forma como ele olha para você... Vocês são amigos em segredo?

— Não. — Tom respondeu rápido demais.

— São mais que só amigos?

Tom o olhou tão fixamente que Pollux baixou a cabeça, embora tivesse um sorriso querendo escapar pelo canto dos seus lábios.

— Desculpa, perguntar não faz mal.

— É melhor você tomar cuidado com o que pergunta, Pollux.

Pollux assentiu, ele ficou rígido, sabendo que Tom não estava brincando.

— Ele passou por muita coisa, não é? Ele não gosta de falar muito e sempre muda de assunto quando Dorea tenta saber algo mais da vida dele, mas dá para perceber. Ela me falou sobre a aula de adivinhação...

Ele esperou que Tom complementasse algo mais, só que o silêncio foi a única coisa que ele recebeu. Silêncio era a única coisa que Tom podia se dar, quando ignorar Harry era tão mais difícil.


Notas Finais


Eu especialmente adoro os capítulos do Tom


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